Biossegurança e Segurança do Paciente Flashcards
Evento Adverso
Incidente que resulta em dano à saúde não atribuído à evolução natural da doença de base.
Pode ser oriundo de atos intencionais ou não intencionais
Cultura de Segurança
Conjunto de valores, atitudes,
competências e comportamentos que determinam o comprometimento com a gestão da
saúde e da segurança.
Gestão de Risco
PPCR
Aplicação contínua de políticas, procedimentos, condutas
e recursos na identificação,
análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e
eventos adversos.
Segurança do Paciente
Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário aos pacientes associado à
atenção à saúde ou decorrentes do cuidado.
Dano
Comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou
qualquer efeito dele oriundo,
incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade
ou disfunção.
O que é um risco acidental?
são fatores que colocam os trabalhadores em situação vulnerável e que possam causar danos
O que é um risco ergonômico?
fatores que interferem nas características psicofisiológicas do trabalhador
Ex: movimentos repetitivos, posturas inadequadas, carga horária intensa, etc.
A Comissão de Biossegurança em Saúde poderá instituir a Comissão de Especialistas para revisar e atualizar a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos a cada…
2 anos
Classe de Risco 1
- Baixo risco individual e coletivo
- Agentes que não causam doenças
- ex: lactobacillus spp
Classe de Risco 2
- Moderado risco individual
- LIMITADO risco coletivo
- PROVOCAM INFECÇÕES MAS NÃO CAUSAM DISSEMINAÇÃO EM LARGA ESCALA
- Existem medidas profiláticas e terapêuticas para eles
Ex: rubéola e esquistossomose
Classe de Risco 3
- ALTO risco individual
- MODERADO risco coletivo
- Se propagam pessoa a pessoa
- Aqui estão a maioria das doenças de transmissão respiratória
- Existem medidas profiláticas e terapêuticas
Classe de Risco 4
- ALTO RISCO individual e coletivo
- NÃO EXISTEM MEDIDAS PROFILÁTICAS OU TERAPÊUTICAS
Ex: ebola
3 principais riscos pela NR-32
- Biológicos (marrom)
- Químicos (vermelho)
- Físicos (verde)
As infecções hospitalares acontecem em …..h após a admissão
72h, com incubação desconhecida e sem evidência clínica ou laboratorial
A infecçõa hospitalar também abarca as que acontecem no RN, com exceção das…
transmitidas por via transplacentária ou associadas à bolsa rota > 24 h - essas são consideradas INFECÇÕES COMUNITÁRIAS
Em relação às infecções de sítio cirúrgico incisional profunda ou de órgão / cavidade, serão consideradas como IRAS quando…
IRAS: infecção relacionada a assistência a saúde
ocorrerem em 30d depois da cirurgia ou em 90d para cirurgias que envolvam implantes
Quanto a identificação de Micobactérias de Crescimento Rápido, considera-se critério para diagnóstico de ISC se a infecção ocorrer em…
ISC: infecção de sítio cirúrgico
até 24 meses depois do procedimento cirúrgico
IRAS Precoce de Origem Materna
IRAS: infecção relacionada a assistência a saúde
Primeiras 48h de vida do RN + fator de risco materno:
* bolsa rota > 18h
* cerclagem uterina (sutura no colo do útero na porção vaginal, impedindo que a cavidade uterina abra antes da hora)
* pessário (instrumentos produzidos com silicone e utilizados no tratamento conservador do prolapso uterino)
* parto < 37sem
* procedimentos fetais invasivos nas últimas 72h
* ITU sem tratamento ou com tratamento < 72h
* febre materna nas últimas 48h
* infecção por estreptococco B
* corioamnionite:
- febre materna > 38° sem foco + 2 outros parâmetros
- taquicardia materna e fetal
- dor/ desconforto uterino
- líquido amniótico fétido
- leucocitose > 15.000
IRAS no RN Tardia de Origem Hospitalar
IRAS: infecção relacionada a assistência a saúde
- DEPOIS DE 48H DE VIDA
- No momento da internação ou depois da alta
16 principais desafios de Segurança do Paciente enfrentados pelos hospitais
- Criar a cultura de segurança
- IRAS
- Adm de medicamentos
- Falha de resgate (não identificar complicações a tempo, levando o paciente a óbito)
- Anemia e transfusões
- Transferências entre setores e instituições
- RN’s
- Vias aéreas
- Sepse
- RCP
- Obstetria
- TEP/ TVP
- Saúde Mental
- Quedas
- Sondas e Drenos
- Engajamento de Pessoas e Famílias
seis protocolos básicos de segurança do paciente
- Identificação correta
- Higiene das Mãos
- Prevenção LPP
- Cirurgia Segura
- Uso seguro de medicamentos
- Prevenção de quedas
A classificação da flebite pode ser feita de acordo com a escala proposta pela Infusion Nursing Society (INS). Esta classifica de acordo com os seguintes graus:
0 – sem sintomas;
I – eritema com ou sem dor local;
II – eritema com dor e/ou edema local;
III – além dos sinais clínicos do grau II, acrescenta-se a presença de um cordão fibroso palpável ao longo da veia;
IV – adicionalmente ao grau III, apresenta um cordão venoso palpável longo, com drenagem purulenta
Uma das estratégias de segurança utilizada no preparo de medicamentos é estabelecer área especial de ……….. ?
não interrupção da leitura e preparo dos medicamentos.
Quais são os fatores instrínsecos que podem levar ao desenvolvimento de MARSI (Medical Adhesive Related Skin Injury)?
lesões da pele relacionadas a dispositivos médicos
- Extremos de idade
- Desidratação
- Desnutrição
- Situações clínicas que podem afetar a pele (diabetes, infecção, insuficiência renal, insuficiência venosa)
- Edema
Os NSPs (Núcleos de Segurança do Paciente) em hospitais devem ter a mesma conformação dos NSPs em estabelecimentos de saúde não hospitalares, como as Unidades Básicas de Saúde???
ERRADO
A conformação dos NSP deve estar de acordo com o tipo e a complexidade do serviço
É aconselhável que os Núcleos de Segurança do Paciente hospitalares estejam vinculados diretamente à direção e que tenham…
uma agenda periódica com setores assistenciais (direção técnica assistencial, de enfermagem e farmacêutica) e não assistenciais (engenharia hospitalar, compras, serviço de higiene e limpeza, hotelaria).
6 metas internacionais de segurança do paciente
Meta 1 – Identificação Correta dos Pacientes
Meta 2 – Comunicação Efetiva
Meta 3 - Medicamentos de Alta Vigilância
Meta 4 – Cirurgia Segura
Meta 5 - Redução de IRAS
Meta 6 – Prevenção de quedas
CIRCUNSTÂNCIA
situação ou fator que pode influenciar um evento, agente ou pessoa.
ERRO
falha em executar um plano de ação como pretendido ou aplicação de um plano incorreto. Pode ocorrer por fazer a coisa errada (erro de ação ou comissão) ou por falhar em fazer a coisa certa (erro de omissão) na fase de planejamento ou na fase de execução. Os erros são, por
definição, não intencionais.
AGENTE
substância, objeto ou sistema que age para produzir mudança.
VIOLAÇÃO
São de forma habitual intencionais, apesar de raramente maliciosas; e, em determinado contexto, podem se tornar rotineiras ou automáticas.
Um exemplo de violação é a não adesão à higienização das mãos por profissionais de saúde.
Erro Ativo X Erro Latente
ERROS ATIVOS:
* São atos inseguros cometidos por quem está em contato direto com o sistema. Ex. troca de medicamento no momento da administração
ERROS LATENTES:
* São atos ou ações evitáveis dentro do sistema, que surgem a partir da gestão. Ex. falta de medicamento no hospital.
4 Eixos do PNSP
Eixo 1: O estímulo a uma prática assistencial segura
Eixo 2: Envolvimento do cidadão na sua segurança
Eixo 3: Inclusão do tema segurança do paciente no ensino
Eixo 4: O incremento de pesquisa em segurança do paciente
Fatores Contribuintes para o EIXO I do PNSP
HSER
I. Humanos – relacionados ao profissional.
II. Sistêmico – relacionados ao ambiente de trabalho.
III. Externos – relacionados a fatores fora da governabilidade do gestor.
IV. Relacionados ao paciente. Exemplo: não adesão ao tratamento.
Características do Sistema de Classisifcação de Incidentes
- não punitivo;
- confidencial;
- independente – os dados analisados por organizações;
- resposta oportuna para os usuários do sistema;
- orientado para soluções dos problemas notificados;
- as organizações participantes devem ser responsivas as mudanças sugeridas.
O incremento de pesquisa em segurança do paciente envolve:
1) Medir o dano
2) Compreender as causas
3) Identificar as soluções
4) Avaliar o impacto
5) Transpor a evidência em cuidados mais seguros
Graus de Dano
- NENHUM: não houve qualquer consequência para o paciente.
- LEVE: o paciente apresentou sintomas leves, danos mínimos ou intermediários de curta duração sem intervenção ou com uma intervenção mínima (pequeno tratamento ou observação).
- MODERADO: o paciente necessitou de intervenção (exemplo: procedimento suplementar ou terapêutica adicional), prolongamento da
internação, perda de função, danos de longo prazo ou permanentes. - GRAVE: o paciente necessitou de grande intervenção médico-cirúrgica para salvar a vida ou causou grandes danos de longo prazo ou permanentes;
- MORTE: o paciente foi a óbito
Quem deve elaborar o Plano de Segurança do
Paciente?
O NSP é a instância responsável não somente pela elaboração, mas também pelo desenvolvimento e pela atualização do PSP do serviço de saúde.
O PSP É OBRIGATÓRIO
Quais os conteúdos que estruturam o Plano de
Segurança do Paciente?
- Identificação, análise, avaliação, monitoramento e comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma sistemática;
- Gestão de risco;
- Implementação de protocolos estabelecidos pelo MS;
- Identificação do paciente;
- Higiene das mãos;
- Segurança cirúrgica;
- Administração de medicamentos;
- Sangue e hemocomponentes;
- Equipamentos e materiais;
- Órteses e próteses;
- Quedas;
- LPP;
- Prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde;
- Terapias nutricionais enteral e parenteral;
- Comunicação efetiva;
- Estimular a participação do paciente e dos familiares;
- Promoção do ambiente seguro.
Eventos Adversos Graves (Never Events)
- Óbito ou lesão grave associada a choque elétrico durante a assistência dentro dos SS;
- Cirurgia no local errado ou do lado errado;
- Cirurgia errada;
- Retenção de corpo estranho em um paciente após cirurgia;
- Óbito pós-operatório em paciente ASA Classe 1;
- Perda de amostra biológica insubstituível;
- Gás errado na administração de O2;
- Fuga de paciente gerando óbito ou lesão grave;
- Suicídio ou tentativa de suicídio durante a assistência à saúde;
- Óbito de gestante de baixo risco;
- Inseminação artificial com esperma de doador errado ou com o óvulo errado;
- Óbito ou lesão grave associado a objeto metálico em área de ressonância;
- Queimaduras durante a assistência à saúde;
- Lesão por pressão estágio III ou IV.
Quais os prazos para notificação e investigação no
sistema NOTIVISA?
- Mensal – prazo – 15° dia útil do mês subsequente.
- 72 horas para notificar óbitos relacionados aos eventos adversos.
Quais são as Queixas Técnicas?
- Produto com suspeita de desvio da qualidade;
- Produto com suspeita de estar sem registro;
- Suspeita de produto falsificado;
- Suspeita de empresa sem autorização de funcionamento (AFE).
a Etapa 1 do protocolo de prevenção de LPP, “Avaliação de LPP na admissão de todos os pacientes”, apresenta dois componentes, que são:
a avaliação do risco de desenvolvimento de UPP e a avaliação da pele para detectar a existência de UPP ou lesões de pele já instaladas.
Como identificar um paciente?
Pulseira branca padronizada com no mínimo 2 identificadores, o local escolhido para o adulto é o punho, mas, para RN’s, a pulseira deve ser colocada preferencialmente no tornozelo.
Iniciada na admissão e realizada SEMPRE que entrar em contato com o paciente
FAZER RODÍZIO DA LOCALIZAÇÃO DA PULSEIRA
Quais são as condições que podem dificultar a identificação de um paciente?
- grandes queimados
- mutilados
- politraumatizados
- insconcientes
- desacompanhados
Nos casos em que a identidade do paciente não está disponível na admissão e quando não houver a informação do nome completo, como identificar o paciente?
poderão ser utilizados o número do prontuário e as características físicas mais relevantes do paciente, incluindo sexo e raça
Quando o paciente for morador de rua, de instituição de longa permanência, desabrigado, proveniente de catástrofes, de localidades na periferia e interior, onde não há número de casa ou rua para ser
referenciado, o serviço de saúde determinará…
o identificador adicional
Técnica SBAR de passagem de plantão
- AMBIENTE TRANQUILO E SEM INTERRUPÇÕES
- Situação: enunciado conciso do problema;
- Background: informação pertinente e breve acerca da situação/problema;
- Avaliação: à análise e opções de resolução/ encaminhamento;
- Recomendação: ação necessária/recomendada.
TÉCNICA READ BACK
Quais são os fatores de risco para quedas?
- Idade menor que 5 anos ou maior que 65 anos.
- Agitação/confusão.
- Déficit sensitivo.
- Distúrbios neurológicos.
- Uso de sedativos.
- Visão reduzida (glaucoma, catarata).
- Dificuldades de marcha.
- Hiperatividade.
- Mobiliário (berço, cama, escadas,
tapetes). - Riscos ambientais (iluminação,
inadequada, pisos escorregadios,
superfícies irregulares). - Calçado e vestuário não
apropriado. - Bengalas ou andadores não
apropriados.
6 DOMÍNIOS DA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA
SAÚDE PARA O CUIDADO SEGURO
- Domínio 1: cultura de segurança do paciente
- Domínio 2: trabalho em equipes interdisciplinar
- Domínio 3: comunicação efetiva
- Domínio 4: maneja os riscos à segurança
- Domínio 5: maneja a relação entre as características individuais e ambientais
- Domínio 6: reconhece a ocorrência de um evento adverso e responde efetivamente para reduzir o dano, assegurar a revelação e prevenir a repetição.
Quais são as competências da CCIH?
- Elaborar, implementar, manter e avaliar a CIH
- Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares
- Adequar e implementar rotinas técnico operacionais
- Capacitar profissionais
- USAR RACIONALMENTE ANTIMICROBIANOS E MATERIAIS
- Avaliar as informações do sistema de vigilância e aprovar medidas e controle
- Investigação epidemiológica
- Elaborar e divulgar relatórios
- Elaborar e implementar rotinas técnico operacionais COM MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E ISOLAMENTO
- Adequar e implementar rotinas técnico operacionais para PREVENIR E TRATAR INFECÇÕES HOSPITALARES
Os consultores de CCIH em hospitais com até 70 leitos são apenas representantes dos serviçoes de…
medicina e enfermagem
os executores da CCIH representam o…
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), e são encarregados de executar ações de controle de infecção
O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde, elaborado pelo Núcleo de Segurança do paciente, deve abarcar estratégias para:
apenas exemplos
- Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, sangue e hemocomponentes.
- Estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada.
Segundo Donabedian, a qualidade da assistência é construída pela avaliação de três dimensões:
- Estrutura: refere-se às características relativamente estáveis das instituições, como: recursos humanos, materiais, físicos, financeiros e modelo organizacional
- Processo: refere-se ao conjunto de atividades desenvolvidas na produção em geral e no setor saúde, nas relações estabelecidas entre os profissionais e os clientes, desde a busca pela assistência até o diagnóstico e o tratamento
- Resultado: é a obtenção das características desejáveis dos produtos ou serviços, retratando os efeitos da assistência na saúde da população.
O Programa Nacional de Segurança do Paciente está estruturado em 4 eixos:
- O estímulo a uma prática assistencial segura
- O envolvimento do cidadão na sua segurança
- A inclusão do tema no ensino
- O incremento de pesquisa sobre o tema.