Fraturas de Acetábulo Flashcards
Conceito do Y invertido
O acetábulo tem suporte do quadril por duas colunas:
- Anterior e Posterior
Coluna anterior ( Componente iliopubico)
Estende-se da crista ilíaca até a sinfise pubica, inclui a parede anterior do acetabulo
Coluna posterior (componente ilioisquiatico)
estende-se da incisura glutea superior até a tuberosidade isquiatica, inclui a parede posterior do acetabulo
Domo acetabular
porção superior, responsável pela carga.
entre as colunas anterior e posterior
Corona mortis
anastomose arterial ou venosa entre os ramos da ARTERIA OBTURATORIA e da ARTERIA EPIGASTRICA INFERIOR/ILIACA EXTERNA sobre o ramo da pube - pode ser lesada em fx de pube e acetabulo
Os SEIS pontos de referencia no RX pelve AP
1- linha ileopectinea
2- linha ilioisquiatica
3- U ou lagrima
4- Teto acetabular
5- borda anterior do acetabulo
6- borda posterior do acetabulo
Mecanismo de lesão
trauma alta energia - Carro, moto, quedas
O que define o padrão de fratura
definido pela posição da cabeça femoral no momento, trabalhando como martelo dentro do acetabulo
Fratura acetabular transversa?
Impacto direto sobre o trocanter maior, com quadril neutro
Fratura de coluna anterior
Quadril rodado externo e abduzido
Fratura coluna posterior
Quadril rodado interno e aduzido
Trauma indireto (painel de carro com joelho flexionado)
Provoca qual tipo de fx de parede posterior
+ fletido o quadril -> + chance parede posterior INFERIOR
- flexão de quadril -> + chance parede posterior SUPERIOR
Nervo com alta chance de lesão na fx de parede posterior
nervo ciatico em até 40% das vezes
Aplicabilidade da TC
Melhor visualização da fx, fragmentos e planejamento cirurgico
Aplicabilidade RX AP
Avaliação geral, das 6 linhas anatomicas
Aplicabilidade RX Alar
Mostra coluna posterior, ASA do iliaco e parede anterior do acetabulo
( roda AoLARdo machucado
Aplicabilidade RX Obturatriz
Avalia coluna anterior e parede posterior do acetabulo
Classificação de Judet-Letournel
Divide as fx em “elementares” (linha simples de fx) e “associados”(fx complexa)
Objetivos do tratamento - 2
1- redução anatomica da superficie articular
2- Estabilidade articular
(prevenir artrite pós-trauma)
Tratamento Inicial
Tração esquelética - mantém a redução da cabeça femoral no acetabulo
(manter comprimento do membro, permitir abordagem, minimizar danos aos tecidos moles)
Sinal de “asa de gaivota”
impactação do teto acetabular - prognostico sombrio
Indicações gerais de tratamento conservador
se fx for concentricamente reduzida, estável e não envolvam a cúpula superior
Contraindicações relativas de tratamento conservador
Instabilidade do quadril e incongruência articular
Como saber se o teto acetabular sustenta o peso?
pela medida do arco do teto acetabular (Ângulo de MATA)
Como fazer a medida do arco do teto acetabular (ângulo de MATA)
Fazer duas linhas:
1- Uma apartir do centro da cabeça do fêmur vertical até o acectabulo
2- Medida do centro da cabeça até a fx na superfície articular
(fazer em AP media, Alar anterior e obturatriz posterior)
Medida do arco que indica tto conservador
< 45° AP
< 75° ALAR
< 25 ° Obturatriz
Tipo de fx que a medida do arco não é aplicável - 2
1- fx bicolunares
2- fx de parede posterior
Indicações de tto conservador - 3
1- Fx sem desvio, quadril estavel
2- Fx coluna anterior distal, ou transversa com congruencia articular normal
3- Manutenção dos arcos medial, anterior e posterior do teto > 45°
Indicação de tto conservador em fx de parede posterior
Depende do tamanho do fragmento:
< 20% - conservador
> 50% - cirurgico
intermediarios precisam de teste fluoroscopico sob estresse
Indicação de tratamento cirurgico - 5
1- Fx desviada do acetabulo
2- Articulação nao fica congruente sem tração
3- Grande fragmento de parede posterior
4- Instabilidade posterior no exame de estresse
5- Remoção de fragmento livre intra-articular
Emergências cirurgicas - 4
1- Fx exposta do acetabulo
2- Paralisia do n. ciático apos redução fechada
3- Luxação irredutivel de quadril
4- lesao de morel-lavallé
Lesao de Morel-Lavallé
Lesao em desenluvamento
infectada em 1/3 dos casos
OBRIGATÓRIO desbridamento completo antes da cirurgia
Cuidados Pós-OP - 3
1- Profilaxia TEP, ou veia cava inferior
2- mobilização precoce
3- Carga total só apos rx com consolidação (8 a 12 apos cirurgia)
Complicações - 6
1- infecção da ferida operatoria
2- Hematoma pós-op
3- lesao nervosa
4- ossificação heterotopica
5- necrose avascular (+ fx psoterior com luxação)
6- condrolise (acontece no tto conservador e cirurgico, causa osteoartrite pos-trauma
Possiveis Lesoes nervosas - 3
n. ciatico: abordagem de kocher-lagenbach
- n. femoral: abordagem ilioinguinal
- n. gluteo superior: vulneravel na incisura isquiatica maior, paralisia dos adutores