Fratura Anel Pelvico Flashcards
epidemiologia
Jovens 18-44 anos - Traumas de alta energia
Idosos - trauma mínimo (queda da própria altura)
56% homens
Porque a mortalidade é tão grande?
Por associação comum com lesões de órgãos pélvicos, e acidentes em alta velocidade
Os ossos que formam o anel pélvico
Sacro e dois ossos inominados, unidos anteriormente na sinfise e posterior nas art. sacroiliacas
Formação do osso inominado
Formado pela fusão do isquio, ileo e pubis através da cartilagem trirradiada no domo do acetábulo
Quais estruturas proporcionam a estabilidade inerente da pelve?
As estruturas ligamentares, que podem ser divididas em:
Sacro ao ílio
Púbis ao púbis
Qual regiao proporciona maior estabilidade articular?
Regiao posterior do anel pélvico
Sangramento intrapélvico é arterial ou venoso?
+ venoso (arterial tem maior mortalidade)
Artérias que podem ser lesionadas?
Art. glúteo superior
Art. pudenda
(ambos ramos da ilíaca interna)
Mecanismo de trauma
Alta energia
motos / atropelamentos
quedas importantes
Impacto lateral
traumas associados mais comum
- traumas torácicos (68%)
- fx ossos longos
- TCE
- lesao orgão sólido
- fx coluna
- fx expostas
Orgão intrapelvico comum de ser lesionado?
Bexiga/uretra ->hematúria
Atendimento inicial do trauma de anel pelvico?
ABCDE - cuidados com instabilidade hemodinamica
Apresentação clinica
CV - encurtamento + RE
CL - RI
CAP - equimoses
Sinal de Destot
hematoma escrotal/grandes lábios
Equimose dos flancos e periumbilical
Sinal de grey-turner (sangramento retroabd)
Sinal Cullen (sangue abd)
Como identificar instabilidade do anel no exame físico
- Instabilidade grosseira
- Compressão AP na asa do ilíaco (uma única vez)
- Avaliação neurologica
Incidências radiográficas?
AP
Inlet (25°)
Outlet (60°)
Sinal sentinela
Fx processo transverso L5 (Avulsao lig. ileiolombares) alta chance de lesao bacia
Quando realizar TC?
Sempre!
principalmente para planejamento cirurgico
Classificações (4)
- Tile
- Young and Burgess
- AO
- Denis
Classificação de Tile
divididas pela estabilidade do anel
A - estável
B - Instável rotacional e ESTÁVEL VERTICAL
C - INSTÁVEL rotacional e vertical
Classificação Young and Burgess
Dividido pelo mecanismo de trauma
1 - AP (compressão anteroposterior)
2 - CL (Compressão lateral)
3 - CV (cisalhamento)
4- MISTO
Classificação de Denis
Fraturas do Sacro
I - Lateral aos forames: 60% (baixo risco de lesao nervosa)
II - Transforaminal: 33% / 16% lesao nervosa
III - Medial aos forames: + rara /60% lesao nervosa
Tratamento inicial
Manejo inicial
Controle do Sangramento!
Técnicas de estabilização da pelve inicial
Binder
Lençol (altura no trocanter maior, MMII aduzidos e RI)
Tiras
Fixador externo
Angiografia (sangramentos arterial, refratário a fechamento de pelve)
Indicação de tratamento Conservador
Fx estáveis (TILE A1)
Fx sacrais sem desvio
Pacientes graves
Ligamentos sacroiliacos (4)
- ligamento posterior (curto e longo)
- ligamento anterior
- Ligamento sacrotuberal (estabilidade vertical)
- ligamento sacroespinal
Ligamentos da sínfise púbica (púbis ao púbis) (2)
- ligamentos iliolombares
- ligamentos lombossacrais
Mecanismo de lesão em AP
- rotação externa de hemipelve
- pelve abre, ligamentos posteriores funcionam de dobradiça
Mecanismo de lesão em CL
- metade posterior do ílio
- metade anterior da asa do ilíaco
- região trocânter maior
- força em rotação externa e abdução
Mecanismo de lesão em cisalhamento
-fx instavel
Lesão de Morel-Lavallée
Lesao com desenluvamento da pele
debridar antes do tratamento definitivo
Indicações de tratamento conservador
- CL I e CAP I
- diastase de sinfise < 2,5 cm
Seguimento do tratamento conservador
- carga parcial de muletas
- rx seriados
- desvio do anel posterior >1 cm -> restrição total de carga
Indicações absolutas para tratamento cirúrgico (4)
- fx em livro aberto
- perfuração visceral associada
- fx verticalmente instáveis
- instabilidade hemodinâmica
Indicações relativas para tto cirúrgico
- Diástase de sínfise > 2,5 cm
- diferença MMII > 1,5 cm
- Deformidade rotacional
- Desvio Sacral > 1cm
- Dor intratável
Aplicabilidade de fixação externa
- fixação ressuscitativa
- apenas para lesões de pelve anterior
Métodos de fixação externa (2)
- Fixado na crista ilíaca
- Fixação supraacetabular
fatores que aumentam a mortalidade (6)
Ruptura posterior
Alto escore de gravidade
lesões graves associadas
choque hemorrágico na admissão
lacerações perineais, fx expostas
idade avançada
Cuidados pós-op
- Profilaxia TEP
- Carga parcial no MI acometido por 6 semanas, total sem muletas após 12 semanas