Estômago Flashcards

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1
Q

Quais são os sintomas apresentados na síndrome dispeptica? (3)

A
  • Dor em andar superior de abdome
  • Empachamento pós-prandial
  • Plenitude precoce
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Q

Qual a classificação das dispepsias? (3)

A
  • Funcional
  • HP-associada
  • Orgânica
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3
Q

O que é a Dispepsia Funcional?

A

Síndrome dispéptica que não sabemos etiologia (aproximadamente 80% dos pacientes possuem esse tipo de dispepsia).

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4
Q

Como é feito o diagnóstico da Dispepsia Funcional? (3)

A
  • Presença de síndrome dispéptica, por pelo menos, seis meses, com paciente sintomático pelo menos três vezes por semana, nos últimos três meses
  • Paciente não possui nenhuma outra doença orgânica identificável.
  • Por que existe dispepsia funcional? Acredita-se que existe um componente psicogênico, uma relação com ansiedade.
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5
Q

Depois da dispepsia funcional, qual a segunda causa mais comum de dispepsia?

A

As doenças ácidos-pépticas (doença do refluxo, as esofagites, gastrites e úlceras).

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6
Q

Quais as doenças menos comuns que podem causar dispepsias? (5)

A

A colelitíase, pancreatite, a pneumona, IAM, câncer de estômago e doenças biliares.

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7
Q

Quais são os possíveis sinais de alarme? (6)

A
  • Perda de sangue
  • Anemia
  • Disfagia
  • Anorexia
  • Icterícia
  • Vômitos persistentes
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8
Q

O pode ser encontrado no exame físico? (4)

A
  • Ascite
  • Organomegalia
  • Massa abdominal
  • Porém, geralmente normal
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9
Q

Quais situações favorecem a realização de uma Endoscopia Digestiva Alta? (4)

A
  • Idade > 45-55 anos
  • Presença de sinais de alarme
  • Ausência de melhora após tratamento empírico
  • Uso de AINE
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10
Q

Qual a diferença entre azia e pirose?

A

Azia é dor em queimação retroesternal sendo uma manifestação das doenças ácido-pépticas e câncer de estômago (aquela dor que sobe), que é diferente de dor em queimação epigástrica, chamada de pirose.

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11
Q

O que é a náusea? Quais suas características? (4)

A
  • É a sensação desagradável, sentida na faringe e no abdome superior, associada à vontade de vomitar ou de vômito iminente
  • Ocorre em ondas
  • Precede o vômito ou pode ser isolada
  • Há relaxamento gástrico, peristalse reversa do duodeno com refluxo
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12
Q

Qual a diferença entre vômito e refluxo?

A

Vômito é a expulsão forçada do conteúdo gástrico pela boca ou nariz e marca a peristalse reversa, já no refluxo e na regurgitação não é expulsão é transbordamento e não possui a peristalse reversa.
O vômito como sintoma neurológico é em jato - não precedido de náusea.

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13
Q

Qual a epidemiologia do Câncer de estômago? (5)

A
  • 95% são adenocarcinomas
  • 3% são linfomas (presença do H. Pylori infectando o sistema MALT)
  • Outros: leiomiossarcomas…
  • 65% dos pacientes mais de 50 anos
  • Maior incidência no sexo masculino
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14
Q

Quais são os fatores de risco para o Câncer de estômago? (5)

A
  • Idade: acima de 45 anos = endoscopia investigativa
  • Etilismo e tabagismo
  • Gastrite crônica por HP
  • Ingestão de alimentos com conservantes
  • Alimentação em conserva e pobre em vit. C e A
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15
Q

Qual a sintomatologia do Câncer de estômago? (8)

A
  • Pode ser ausente
  • Manifestação clínica geralmente é na fase tardia
  • Não há sintomatologia específica mas sugerem o diagnóstico:
  • Sintomas dispépticos persistentes por meses (epigastralgia (dor no estômago), náuseas, vômitos e sensação de plenitude)
  • Anorexia e perda ponderal - sinais de alarme
  • Massa epigástrica palpável
  • Hepatomegalia e ascite
  • Hemorragia digestiva alta
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16
Q

O que pode ser encontrado no exame físico? (9)

A
  • Massa palpável (que significa que já tem um tumor muito grande)
  • CA de estomago gosta de dar metástase para os linfonodos
  • Linfonodo supra clavicular esquerdo, ou linfonodo de virchow
  • Linfonodo axilar esquerdo, também conhecido como sinal de “aurich”
  • Linfonodos periumbilicais (se o paciente fica com uma massa periumbilical palpável, a gente chama de sinal da irmã Maria José)
  • Metástase para peritônio, percebida como nodulações nos fundos de saco peritoneais no toque retal, sendo chamado de sinal da prateleira de Blumer.
  • A metástase para ovário é chamada de tumor de
  • Carcinomatose peritoneal (disseminação de um câncer pela cavidade abdominal)
  • Acantose nigrecans: Doença de pele caracterizada por manchas aveludadas e escuras em dobras e vincos do corpo.
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17
Q

Qual o exame para diagnosticar o CA de estômago?

A

Endoscopia digestiva alta (EDA) -> padrão ouro

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18
Q

Como é dividia a classificação de bormann? (4)

A
  • Tipo 1: Polipoide (uma lesão exofítica bem delimitada)
  • Tipo 2: Ulcerado (lesão ulcerada, porém de bases delimitadas)
  • Tipo 3: Ulcerado infiltrativo (lesão ulcerada, porém de bordas infiltrativas/mal delimitadas)
  • Tipo 4: Linite (plano infiltrativo) é um problema grave, porque é sem lesão aparente, porém com infiltração difusa da parede.
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19
Q

Dos 4 tipos de bormann, qual é considerado o princila problema? por que?

A

Bormann 2, isso porque ele tem cara de úlcera benigna. Isso significa que se eu vir uma úlcera de estômago eu tenho que fazer biópsia. Quando terminar o tratamento, oito semanas depois, eu tenho que fazer uma nova endoscopia pra ver o controle de cicatrização dessa úlcera, porque se o tratamento não tiver cicatrizado a úlcera, essa biópsia pode ter sido falso-negativa e isso pode ser um CA.

20
Q

Qual o tratamento do CA de estômago?

A

Gastrectomia parcial ou total com linfadenectomia (única chance de cura)

21
Q

Quais as características de uma dor clássica da doença ulcerosa péptica? (8)

A
  • Tipo queimação, em andar superior de abdome
  • Duas à três horas após a refeição
  • Dor noturna (horário de pico de produção do ácido)
  • Alívio com alimentos ou antiácidos (alcalinos) - se a úlcera for por hipercloridria, já que a alimentação suaviza os efeitos do ácido
  • Piora com jejum
  • Cloking
  • Periodicidade (períodos com sintomas e períodos assintomáticos)
  • Ritmicidade (piora no final da manhã e no final da tarde e tem dor noturna)
22
Q

O que é uma úlcera? (3)

A
  • Uma solução de continuidade, uma perda de tecido do TGI que atinge a submucosa, em áreas banhadas pela secreção cloridropéptica
  • Se não atinge a submucosa isso é uma erosão.
  • A erosão não deixa cicatriz, a úlcera, como é mais profunda, independente do tratamento ter sido com sucesso ou não, ela deixa cicatriz.
23
Q

Quais são as principais causas da úlcera? (3)

A
  • Heliobacter pylori (HP), responsável por mais de 95% das úlceras duodenais e 80% das úlceras gástricas
  • AINEs (anti-inflamatórios não hormonais/estereodais)
24
Q

Qual a fisiopatologia da úlcera na hipocloridria?

A

O H. Pylori é diretamente lesivo para célula, porque diminui a produção de prostaglandinas, que são o que as células que estômago e duodeno precisam para produzir o muco, bicarbonato, estimular a regeneração e para controlar a vascularização fazendo com que a defesa funcione como deveria. Então já começa que o H. Pylori diminui a defesa.
Só que o H. Pylori também pode aumentar a produção de ácido, depende da cepa que o paciente tem e depende de que célula o h. Pylori destruiu. Temos células G, produtoras de gastrina, que vão virar para as células parietais e dizer: produz ácido. Aí a célula parietal vai lá e produz ácido. Se o H. Pylori infectar as células produtoras de somatostatina vai aumentar a produção de ácido.

25
Q

Qual a fisiopatologia da úlcera na hipercloridria?

A

A produção de ácido diminui o pH e isso estimula a produção de somatostatina, que vai chegar na célula G fazendo com que ela pare de produzir gastrina porque está bom.
Se o H. Pylori infectar as células produtoras de somatostatina vai aumentar a produção de ácido.
Então, mesmo com a defesa não tendo sido comprometida, o aumento de ácido vai causar a úlcera.

26
Q

Qual a fisiopatologia da úlcera duodenal? (5)

A
  • O H. Pylori não consegue colonizar as células do duodeno
  • O H. Pylori primeiro infectou o estômago, mas foi o tipo de infecção que aumenta a produção de ácido.
  • Esse ácido é despejado no duodeno, e quem é que está preparado para lidar com tanto ácido? É o epitélio do estômago.
  • O duodeno sofre uma metaplasia estomacal
  • O H. Pylori infecta o duodeno na área de metaplasia, dizima a defesa daquela célula e aquele ácido todo que já estava vindo faz a úlcera duodenal.
27
Q

Qual a fisiopatologia das úlceras causadas pelos AINEs?

A

O AINEs diminui a produção de prostaglandina, inibe as enzimas que produzem prostaglandinas e aí é óbvio diminui defesa, e o ácido que já estava lá vai poder fazer a úlcera

28
Q

É possível pela clínica separar úlcera gástrica de duodenal?

A

Não
Obs: Tem algumas referências mais antigas que falavam que a úlcera duodenal melhorava quando comia e a úlcera gástrica piorava quando comia

29
Q

Quais são as possíveis complicações da úlcera péptica? (3)

A
  • HDA
  • Perfuração
  • Obstrução piloro-duodenal (se a úlcera estiver perto do local)
30
Q

Uma úlcera pode evoluir para CA?

A

Não

31
Q

CA de duodeno se disfarça de úlcera benigna?

A

Não (não é necessário endoscopia de controle após a cura).

32
Q

Como é feito o tratamento?

A

Associação de um antissecretor (inibidor de bomba de prótons) mais 2 antibióticos.

33
Q

A gastrite pode causar úlcera?

A

Não, Gastrite é o diagnóstico anatomopatológico de inflamação da mucosa gástrica. A gastrite não causa úlcera, o processo patológico que está causando a gastrite causa a úlcera. Elas podem ser até um processo evolutivo, mas não é a gastrite que causa a úlcera. Seja lá o que causou a gastrite vai evoluir e também vai formar a úlcera.

34
Q

Explique o teste da urease:

A

O H. Pylori é uma bactéria produtora de urease que transforma ureia em amônia e dióxido de carbono. É dado pro indivíduo ureia marcada com carbono radioativo, se esse paciente tiver no seu estômago uma bactéria produtora de urease, aquela ureia que tinha o carbono marcado vai ser transformada em amônia e CO2, só que o carbono do CO2 é radioativo e ele vai ser exalado na respiração. Eu, então, meço o carbono liberado na respiração. Se saiu carbono marcado na respiração é porque ele tinha uma bactéria produtora de urease. Você deve pensar: poxa, massa! Não preciso fazer endoscopia! O problema é que lugar nenhum faz.

35
Q

O que é Melena?

A

Fezes enegrecidas malcheirosas e pegajosas (textura de piche)

36
Q

O que é hemorragia digestiva alta (HDA)?

A

Aquela acima do ângulo de Treitz (A última porção do duodeno dá uma subidinha e na hora de virar no jejuno tem um ângulo, esse ângulo é o ângulo de Treitz. Qualquer coisa que sangrou antes desse ângulo é HDA, o que sangra depois é HDB (hemorragia digestiva baixa).

37
Q

Qual o quadro clínico de HDA? (2)

A

Hematêmese e melena

38
Q

Qual o possível quadro clínico de HDB?

A

HDB, pode se manifestar como sangue vivo nas fezes, como hematoquezia.

Obs: Agora uma HDA pode se manifestar como hematoquezia ou enterorragia? Sim. No caso de um ritmo intestinal acelerado, porque pode não dar tempo de digerir. Ou seja, esses sinais não atestam HDB.

39
Q

Quais são as causas de HDA? (4)

A
  • Úlceras pépticas
  • Síndrome de Mallory Weiss
  • Tumores de estômago
  • Varizes de esôfago e de estômago
40
Q

Qual a conduta em paciente com HDA em choque?

A

Aplicação de soro fisiológico

41
Q

Qual a etiologia da HDA por ruptura de varizes esofágicas?

A

Hipertensão portal secundária à hepatopatia crônica (70% dos casos)
O esôfago tem comunicação vascular com o fígado. Se tem aumento de pressão na veia do fígado, tem um aumento de pressão na veia do esôfago e aí os vasos ficam engorgitados. Se por causa disso, há formação de varizes essas varizes sangram, porque esse aumento de pressão pode ser tanto que rompe. A etiologia das varizes se chama síndrome de hipertensão portal. A veia do fígado é a porta, logo, se eu tenho aumento de pressão na veia porta isso repercute de forma retrógrada até o esôfago e os vasos da mucosa do esôfago ficam engorgitados. Se esse aumento de pressão é muito grande, rompe e sangra.

42
Q

Qual a conduta para pacientes com HDA por ruptura de varizes esofágicas?

A

A hidratação é cautelosa, porque se ele tem um aumento de pressão vascular se eu der 5L de soro pra esse paciente eu aumento ainda mais a pressão vascular por excesso de volume e eu aumento ainda mais a hemorragia.
Na terapia farmacológica eu preciso reduzir a pressão do sistema porta e eu faço isso comum vasoconstrictor. É porque o sistema porta está dilatado demais, por mais paradoxal que pareça, reduzir o calibre um pouquinho pra voltar ao normal, não ficar vasoconstricto, vai melhorar a pressão.
E claro, endoscopia, eu vou amarrar essas varizes ou então vou injetar uma substância para fazer com que elas parem de sagrar.

43
Q

Como diferenciar quem é úlcera e quem é hipertensão portal com varizes em um paciente sangrando?

A

Eu procuro indícios de insuficiência hepática pura nesse paciente que chega sangrando para que eu saiba ir de um lado para o outro.

44
Q

O que faz o balão de Sengstaken Blakemore?

A

Uma sonda e que ao redor da sonda ela tem um balão gigante comprido que você bota a sonda dentro do esôfago e você enche o balão de água depois ele fica cheio e comprime a parede do esôfago de dentro para fora. O balão só pode ficar algumas horas se não começa a necrosar. Isso é uma medida emergencial até o endoscopista chegar ou transferir o paciente para um lugar que tem o endoscopista.

45
Q

Como estimar a perda sanguínea pelos sintomas clínicos? (4)

A

Paciente 1: paciente que perde entre 0,5L e 1L, é geralmente um paciente sem sintomas característicos.
Paciente 2: paciente que perde entre 1L e 1,5L, se ele ter que ficar de pé, fazer exercício, pode ter taquicardia e ter uma leve hipotensão.
Paciente 3: paciente que perde entre 1,5L e 2L, com certeza já teve quadro de tontura ou desmaio.
Paciente 4: paciente que perde igual ou acima de 2,5L, já está em choque.