Esclerodermia (Esclerose Sistêmica) - 40m Flashcards

1
Q

Quais os tipos de esclerodermia?

A

Aquelas limitadas apenas à pele e a que acomete vísceras também (esclerose sistêmica - é uma colagenose).

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2
Q

Quais as formas clínicas de esclerose sistêmica?

A

Cutânea difusa (acomete toda a pele ALÉM das vísceras), cutânea limitada (acomete a pele distal aos cotovelos, joelhos e acima da clavícula, ALÉM das vísceras) e a forma visceral (acomete APENAS as vísceras). Ou seja, TODAS as formas de esclerose sistêmica acometem as vísceras.

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3
Q

Por que ocorre a ES?

A

Por uma superprodução e deposição de colágeno, resultando em fibrose dos tecidos.

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4
Q

Qual a epidemiologia da ES?

A

Mulheres, 30-50 anos, negras.

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5
Q

Qual a etiopatogenia da ES?

A

Há uma combinação de desfunlão vascular de pequenas artérias com o desenvolvimento insidioso de fibrose pelo estímulo nos fibroblastos.

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6
Q

Qual a HND da ES?

A

Diferentemente das outras colagenoses em que há alternância de períodos de remissão com períodos de atividade da doença, uma vez instalada a lesão da ES, ela não apresenta remissão (pois houve fibrose do tecido).

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7
Q

Comente sobre o fenômeno de Raynaud.

A

Costuma ser a 1a manifestação da ES, ocorrendo tipicamente após exposição ao frio ou estresse emocional. Não são todos os pacientes que apresentam a clássica forma trifásica, fazendo com que a repetição de palidez dos dígitos possa ser um Raynaud. Casos graves e prolongados podem fazer úlceras dolorosas e gangrena, necessitando de amputação. Pode ser primário ou associado a doenças reumatológicas.

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8
Q

Qual a principal causa do fenômeno de Raynaud? Explique.

A

A doença de Raynaud, em que há apenas o fenômeno sem outras manifestações, tendo um ótimo prognóstico e não estando relacionado a inflamação sistêmica.

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9
Q

Como se desenvolvem as lesões de pele da ES?

A

Inicia-se por edema (geralmente com prurido), seguindo o endurecimento e então a atrofia.

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10
Q

Quais as alterações características nos dedos na ES?

A

Ficam edemaciados e a pele fica espessa, brilhosa e firmemente ligada ao tecido subcutâneo subjacente. As pregas vão desaparecendo (incapacidade de pinçar a pele). Há limitação do movimento e queda de pelos –> ESCLERODACTILIA.

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11
Q

Quais as alterações na face na ES?

A

Perda da expressão facial e da capacidade de abrir completamente a boca (microstomia), os dentes ficam à mostra e os lábios adelgaçados. O nariz afina –> fácies esclerodérmica.

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12
Q

Quais outras alterações de pele podem estar presentes na ES?

A

Leucomelanodermia (sal e pimenta, com áreas de pigmentação alternadas por despigmentação), sinal do pescoço, redução dos capilares na pele com dilatação dos remanescentes (telangiectasia), pode haver calcificação dos dígitos (calcinose).

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13
Q

Quais as manifestações constitucionais da ES?

A

Fadiga e perda de peso. Febre é raro.

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14
Q

Quais as manifestações musculoesqueléticas da ES?

A

Poliartralgia, mialgia, atrofia/fraqueza muscular e sd do túnel do carpo.

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15
Q

Quais as manifestações esofágicas da ES?

A

Redução do tônus do esfíncter esofagiano inferior promovendo DRGE, disfagia (por estenose ou deficiência da motilidade do esôfago).

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16
Q

Quais as manifestações intestinais da ES?

A

Sd de má absorção, pseudo-obstrução intestinal, constipação crônica, divertículos com “boca larga”. Possui associação com a cirrose biliar primária.

17
Q

Qual a principal causa de morte na ES?

A

O acometimento pulmonar.

18
Q

Quais as manifestações pulmonares da ES?

A

Alveolite com fibrose do parênquima pulmonar e hipertensão pulmonar (e cor pulmonale).

19
Q

Comente sobre a alveolite com fibrose do parênquima pulmonar.

A

É uma alveolite com propensão à fibrose, se manifestando como dispneia, tosse seca e estertores crepitantes bibasais. O exame de imagem de escolha é a TC, sendo diferente para cada fase da doença: alveolite (vidro fosco) e fibrose (faveolamento). O ideal é iniciar o tratamento na fase de alveolite, pois uma vez fibrosado, não tem muito mais o que fazer.

20
Q

Comente sobre a hipertensão arterial pulmonar.

A

Ocorre por obliteração de pequenos vasos pela fibrose da sua parede.

21
Q

Quais as manifestações cardíacas da ES?

A

Miocardiopatia difusa fibrótica, bloqueios e arritmias e pericardite/derrame.

22
Q

Em qual forma clínica da ES ocorre a manifestação renal e qual é ela?

A

Apenas na cutânea difusa, sendo ela a crise renal da ES.

23
Q

Quais as características da crise renal da ES?

A

Há 4 componentes: IRA oligúrica, hipertensão acelerada maligna (com todas as suas complicações - EAS, encefalopatia, borramento visual), anemia hemolítica microangiopática e trombocitopenia.

24
Q

Como posso identificar a anemia hemolítica microangiopática?

A

Através do esfregaço de sangue periférico evidenciaod esquizócitos (fragmentos de hemácias).

25
Q

Por que ocorre a crise renal da ES?

A

Ocorre de forma semelhante ao fenômeno de Raynaud, em que há vasoconstrição dos vasos renais por vasoespasmo, promovendo isquemia cortical e ativação do SRAA (HRN).

26
Q

Como tratar a crise renal da ES?

A

IECA.

27
Q

Quais outras manifestações clínicas sistêmicas podem estar presentes na ES?

A

Fibrose da tireoide, sd seca, impotência, neuralgia do trigêmeo e lesão fibrótica de outros órgãos.

28
Q

Como a forma cutânea limitada da ES se manifesta clinicamente?

A

Além de poupar algumas regiões da pele, promove a síndrome CREST: Calcinosse, Raynaud, Esôfagopatia, Sclerodactilia e Telangiectasia. A calcinose aparece como depósitos de material calcificado, principalmente em tecidos moles.

29
Q

Qual a diferença de prognóstico da ES limitada para a difusa?

A

A limitada apresenta um melhor prognóstico, pois a lesões são menos graves e tem menor chance de desenvolver lesões em órgãos vitais (coração, pulmões, rins). Já na forma difusa, o acometimento é mais grave e tenho que acompanhar mais de perto esse paciente.

30
Q

Qual auto-Ac está relacionada a sd CREST?

A

O anticentrômero.

31
Q

Qual auto-Ac está relacionada com a ES cutânea difusa?

A

O anti-topoisomerase I.

32
Q

Como é feito o dx da ES?

A

Não existem critérios específicos e exames 100% diagnósticos, portanto o dx é feito através da correlação da clínica, exames sorológicos e capilaroscopia do leito ungueal (tortuosidade e dilatação das alças capilares.

33
Q

Qual o tto da ES?

A

Não tem cura, sendo o objetivo evitar a progressão da doença: agentes anti-fibróticos (d-penicilamina), anti-inflamatórios e drogas de ação vascular.

34
Q

Como tratar o fenômeno de Raynaud?

A

Interromper tabagismo, evitar desencadeadores, posso usar drogas vasodilatadores (BCC di-hidropiridínicos - nifedipina e anlodipina). IECA não tem efeito sobre o FR. Outras medidas: nitroglicerina tópica, fuoxetina, sildenafila e evitar drogas vasoconstrictoras (fenilefrina, por ex).

35
Q

Como tratar a doença pulmonar?

A

Só será eficaz se ainda não houve a fibrose intersticial, ou seja, apenas na fase de alveolite: prednisona + ciclofosfamida.

36
Q

Qual minha conduta caso os IECA não conseguirem controlar a crise renal da ES?

A

Usar outro anti-hipertensivo, como os BCC. NÃO devo usar GCs ou imunossupressores pois podem agravar o dano renal.