CX PED - Urologia E Gastro Flashcards
postectomia
cirurgia para correção da Fimose, é reservada para os casos não resolvidos e com complicações e o momento ideal é controverso, geralmente realizada após o desfraldamento (2 a 3 anos).
- O prepúcio é o excesso de pele que se estende aproximadamente 1 cm além da glande, com função protetora local. A fimose ocorre quando há incapacidade de retrair o prepúcio, sendo fisiológica nos recém-nascidos e reduz naturalmente com o tempo
*sintomas fimose: dificulta o fluxo uretral e infecções locais e urinárias
*PARAFIMOSE: ocorre quando há aprisionamento do prepúcio retraído, levando a congestão da glande e risco de comprometimento arterial.
criptorquidia
Mais comum em prematuros
Quando não há a migração do testiculo ate os 9 meses de vida.(deve completar seu descenso entre o terceiro e quarto mês de vida, por isso, o diagnóstico deve ser feito após o sexto mês de vida)
Acomete o testículo direito em metade dos casos, o esquerdo em 25% e é bilateral em 25%.
Existe uma associação entre criptorquidia e outras mal formações como a patência do conduto peritoneovaginal levando a hidrocele ou hérnia inguinal indireta.
Complicação: infertilidade e neoplasia testicular
Tto cx indicado entre 6-18meses (corrigir idade gestacional);
-testiculo palpável: orquidopexia
- na palpável: laparoscopia dx
Indicação DX na criptorquidia
6 e 18 meses de vida, corrigidos pela idade gestacional.
Caso o testículo seja palpável, o tratamento deve ser realizado com orquidopexia.
Se o testículo não for palpável, o tratamento se faz com laparoscopia diagnóstica onde 3 achados são possíveis:
1. vasos espermáticos em fundo cego (ausência de testículo) - sem tratamento.
2. Vasos espermáticos entrando no canal inguinal - explorar via inguinal.
3 - testículo identificado - proceder orquidopexia. Orquiectomia pode ser indicada em testículos intra-abdominais em meninos púberes e pós-puberes.
Complicacoes criptorquidia
Neoplasia testicular e infertilidade
Principais achados laparoscopicos em caso de criptorquidia com testiculo não palpável ao exame físico
- vasos espermáticos em fundo cego (ausência de testículo) - sem tratamento.
- Vasos espermáticos entrando no canal inguinal - explorar via inguinal.
3 - testículo identificado - proceder orquidopexia. Orquiectomia pode ser indicada em testículos intra-abdominais em meninos púberes e pós-puberes.
fimose fisiológica ou aderências balanoprepuciais
tendem a ceder espontaneamente, a grande maioria dos casos resolvem-se até os 3 anos. Os casos que permanecem com anel fibroso podem ser tratados com cremes de batametasona 0,1% em até 80% dos casos em 6 a 7 semanas.
A postectomia é reservada para os casos não resolvidos e com complicações
indicações cirúrgicas de postectomia
fimose (estenose anatômica fixa do orifício prepucial, que impossibilita a retração do prepúcio sobre a glande),
balanite xerótica obliterante (doença infiltrativa da pele),
parafimose (estrangulamento da glande pelo prepúcio) e
balanopostite de repetição (inflamação superficial ou infecção da glande)
Fimose fisiologica pode-se aguardar ate
5 anos de idade pra CX
doença de Hirschsprung/ aganglianose colonica
1-definicao
2-sintomas
3-enema opaco
4-complicações
5-tto
se dá pela ausência do plexo autônomo na parede intestinal, limita-se ao segmento distal do cólon (75% dos casos).
As crianças apresentam constipação desde o nascimento, distensão abdominal e fezes explosivas ao toque retal.
enema opaco identifica o afilamento da área acometida e na dúvida, a biópsia retal indica ausência de células ganglionares.
Complicações como a enterocolite infecciosa ou megacólon tóxico podem ocorrer.
O tratamento inicial será conservador, baseado na hidratação vigorosa, antibioticoterapia endovenosa de amplo espectro, sonda nasogástrica aberta e lavagem intestinal abundante com soro fisiológico. Na suspeita de perfuração intestinal ou peritonite a criança deve ser operada.
megacólon congênito
Então agora precisamos confirmar o diagnóstico, e para isso seguimos alguns passos:
1º Radiografia simples de abdome: não faz o diagnóstico de certeza. Mostra uma distensão gasosa generalizada de alças intestinais, com predomínio do cólon, sugerindo obstrução baixa. (alternativa E errada)
2º Enema opaco: Realizado com bário, identifica a zona de transição e a extensão do segmento aganglionar. É um exame mais útil para planejamento cirúrgico do que para confirmação do diagnóstico.
3º Manometria anorretal: Mede a pressão do esfíncter interno ao aumento da pressão do reto (reflexo de abertura do esfíncter interno). No megacólon congênito o reflexo é AUSENTE. (alternativa A errada)
4º Biópsia retal: é o exame padrão-ouro para fechar o diagnóstico. Realizada a 1,5 a 2 cm acima da linha pectínea, de parede total.
- PESQUISA DE CÉLULAS NERVOSAS (HEMATOXILINA-EOSINA): ausência de células ganglionares e presença de troncos hipertrofiados (alternativa B errada)
- PESQUISA DA ATIVIDADE DA ACETILCOLINESTERASE: Positiva. Na ausência de células ganglionares há aumento de fibras colinérgicas
- IMUNOHISTOQUIMICA CALRETININA: ausente
estenose hipertrófica do piloro
Definição
Epidemiologia
Clinica
Exame físico
Exame de imagem
Tto
é uma hipertrofia adquirida da musculatura pilórica causando obstrução progressiva ao esvaziamento gástrico.
É mais frequente em meninos e entre a 3ª e 6ª semana de vida.
Os vômitos costumam ser alimentares, em jato de 30 a 60 minutos após a alimentação.
alcalose hipoclorêmica e hipoKalemia
perda de peso, desidratação, desnutrição, constipação e até icterícia.
Distensão no andar superior do abdome e as ondas peristáticas visíveis dirigindo-se do quadrante superior esquerdo para o quadrante superior direito(ondas de kussmaul?).
Pode-se palpar o piloro hipertrofiado de forma ovóide e móvel no quadrante superior ou epigástrico (palpação da oliva pilórica).
USG
O RX simples mostra gás no andar superior do abdome.
estabilizar o paciente e corrigir os distúrbios hidroeletrolíticos, e a indicação cirúrgica não é de urgência
pilomitomia à Fredet-Ramstedt, com uma pequena laparotomia transversa no quadrante superior direito, exteriorização do piloro e incisão na musculatura do piloro para separar as fibras musculares sem abertura da mucosa gástrica
Torção de testículo/cordão espermático
Clinica
EF
Exame de imagem
Tto
Dx diferencial
A dor da TT é aguda, muito intensa, pode acordar o paciente durante a noite, acompanhada de náuseas e vômitos
testículo pode estar em posição horizontalizado(sinal de angell) e mais elevada que o testiculo contralateral; aumentado de volume e muito doloroso.
O reflexo cremastérico, elevação do testículo após a estimulação da face interna da coxa (nítido na criança), está bastante reduzido ou abolido.
O sinal de Prehn é negativo (não há melhora da dor com a elevação, pela mão do examinador, do testículo acometido).
USG testicular apresenta ausência de fluxo sanguíneo ao testículo
A TT não deve ser postergada, pois “tempo é gonada”. Os pacientes devem ser submetidos à exploração testicular quando da suspeita do diagnóstico (e este não deve ser postergado a espera de exames complementares). Caso o testículo esteja viável deve ser feita a orquidopexia, caso contrário, orquiectomia. O testículo contra-lateral deve ser sempre fixado ao escroto (orquidopexia) pelo risco (25%) de torção futura
* deve-se tentar desfazer a torção da gônada, girando o testículo no sentido externo ipsilateral. Mesmo com sucesso, esta manobra tem por objetivo ganhar tempo, porém não substitui a indicação cirúrgica.
Dx diferencial com orquiepididimite.
tratamento da intussuscepção
crianças com boas condições gerais, sem sinais de peritonite e com evolução há menos de 24 horas, o tratamento de escolha é a redução hidrostática (com enema baritado) ou pneumática.
contraindicadas se houver sinais de isquemia intestinal, perfuração ou peritonite ou na presença de instabilidade hemodinâmica, indicando-se o tratamento cirúrgico
Invaginação intestinal
Clinica
Epidemiologia
Exame de imagem
Tto
dor abdominal tipo cólica (com período de acalmia), com sintomas obstrutivos (vômitos, distensão abdominal e ruídos abdominais aumentados e com timbre metálico), massa abdominal em quadrante superior direito e fezes gelatinosas de cor róseo avermelhada (fezes com aspecto de geléia de framboesa)
**5 a 8 meses, e até os 2 anos de idade. **A causa é idiopática em 95% dos casos, provavelmente relacionada com uma hipertrofia dos linfonodos submucosos no íleo terminal (placas de Peyer), com um quadro de infecção respiratória ou enterite precedendo o quadro.
radiografia de abdome é caracterizada por sinais radiológicos de obstrução intestinal baixa.
O enema opaco mostra parada da progressão do contraste no nível da cabeça da invaginação. A ultrassonografia é a técnica diagnóstica preferencial por não ser invasiva, os sinais radiográficos conhecidos são: sinal do “alvo” no corte transversal ou imagem de “pseudorrim” no corte longitudinal ou sinal de “rosca” com anéis concêntricos no corte transversal.
consiste em aliviar a obstrução através da sua redução (de forma não operatória com redução hidrostática por enema opaco, soro fisiológico ou insuflação de ar; ou de forma cirúrgica).
A técnica padrão ouro é através da **redução com infusão de solução salina aquecida via retal. **
Há contraindicação em realizar a tentativa de redução hidrostática quando há sinais de choque sem melhora com ressuscitação clinica, sinais de perfuração intestinal, idade superior a 5 anos (provável presença de fator desencadeante como tumor), invaginação íleoileal e invaginações recorrentes.
Sempre após a redução da invaginação, realizar **ultrassonografia de controle para checar o sucesso do procedimento. **
divertículo de Meckel
Predomina no sexo masculino
divertículo curto, de base larga, localizado na borda antimesentérica do íleo a aproximadamente 40-90 cm da válvula ileocecal
Complicações: hemorragia, intussuscepção, volvo, inflamação, perfuração, obstrução e neoplasia
DX: USG, TC cintilografia e angiografia
Mais de 50% da vezes, o divertículo contém tecido como o do estômago, do pâncreas ou de ambos. Caso o tecido estomacal esteja presente, ele pode secretar ácido exatamente como o estômago. Esse ácido pode causar úlceras e hemorragia no intestino. Sangramento é o sintoma mais comum em crianças com menos de cinco anos de idade. Neste caso a cintilografia é o exame mais apropriado para definição do diagnóstico
*pode evoluir pra diverticulite em crianças mais velhas
Tto em ptes sintomáticos com diverticulectomia simples ou a enterectomia segmentar com reconstrução pela anastomose primária término-terminal