CLM 9 - Síndromes De Imunodeficiência Flashcards

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1
Q

Como é constituído o vírus HIV?

A
  • Vírus de RNA
  • É um retro vírus:
    • HIV-1: pandemia
    • HIV-2: africano
  • Enzimas de replicação:
    • Transcriptase reversa
    • Protease
    • Integrase
  • Envoltório lipídico e de glicoproteínas
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2
Q

Quais são os principais alvos do vírus HIV?

A
  • Células dendríticas/macrófagos.
  • Linfócito T helper (CD4)^

^ Como ele é o maestro do sistema imune, a imunidade humoral (mediada por linfócitos B) também será afetada por hiperestimulação (gera uma gamopatia policlonal) o que atrapalha sua função. Isso aumenta a chance de infecção por germes encapsulados.

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3
Q

Dê um panorama da epidemiologia da infecção pelo HIV desde os anos 80 até agora.

A
  • Proporção homem/mulher:
    • 1985: 26:1.
    • Final dos anos 90 início dos anos 2000: 1,5:1.
    • Atualmente 2,2:1.
    • Ou seja, houve uma femilização no fim dos anos 90, porém voltou a crescer em homens.
  • Houve um aumento de incidência em jovens e adultos-jovens masculinos.
  • Houve aumento de prevalência e incidência em idosos.
  • Houve redução da transmissão vertical .
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4
Q

Qual é a história natural da infecção pelo vírus HIV?

A

1) Exposição sexual/sanguínea/vertical (<13 anos)

2) Infecção aguda: alta carga viral, redução de CD4
* Mononucleose-like: febre, linfonodomegalia, faringite, rash…
* Soroconversão em 1-3 meses

3) Latência clínica: “Setpoint viral”^
* Assintomático (2-12 anos)^^.
* Pode haver, nesta fase, linfonodomegalia generalizada persistente (>=3 meses)^^^.

4) Sintomática:
* Doenças relacionadas ao HIV. Fase precoce (CD4<350), fase tardia (CD4>350).

^ Equilíbrio entre a carga viral e a contagem de CD4. Baixa carga viral nessa fase: controladores de elite. É o maior fator prognóstico de evolução da doença.
^^ Por isso precisa de rastreio.
^^^ Deve ser extra-inguinal, em 2 cadeias.

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5
Q

Quais são manifestações precoces da fase sintomática pelo HIV?

A
  • CD4>350
  • Cândida:
    • Oral/ vaginal.
  • Tuberculose:
    • Pulmonar.
  • Vírus:
    • Leucoplasia pilosa^.
    • Herpes-zóster
  • Neoplasia:
    • Displasia cervical
    • CA cervical in situ
  • Outros:
    • Anemia
    • Diarreia crônica

^ EBV.

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6
Q

Quais são manifestações da fase AIDS da infecção pelo HIV?

A
  • CD4<350
  • Cândida:
    • Esôfago/respiratória.
  • Tuberculose:
    • Extra-pulmonar.
  • Vírus:
    • CMV disseminada (retina, pulmão, TGI^).
    • Vírus JC.
    • Encefalopatia do HIV (demência).
  • Neoplasia:
    • CA cervical invasivo.
    • Linfoma não-Hodgkin.
    • Sarcoma de Kaposi.
  • Outros:
    • Pneumocistose (PCP).
    • Neurotoxoplasmose.

^ Pode gerar úlceras grandes em porção distal do esôfago. Na biópsia há células com grandes inclusões intra-nucleares (“olhos de coruja”).

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7
Q

Como é feito o diagnóstico em >18 meses em situações especiais?

A
  • Teste rápido (TR1 em sangue ou fluido oral):
    • (-): amostra não reagente -> repetir em 30 dias (caso suspeito).
    • (+): TR2 (sangue) -> (+) -> amostra reagente.
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8
Q

Como é feito, idealmente, o diagnóstico em >18 meses?

A
  • Referência^: imunoensaio (ex: ELISA)
    • (-): amostra não reagente -> repetir em 30 dias (?)
    • (+): HIV-RNA (carga viral):
      • > (+): Amostra reagente (realizar uma segunda amostra com imunoensaio^^).
      • > (-): Western-blot (padrão ouro) -> (-) -> Amostra indeterminada (repetir tudo em 30 dias).
  • A carga viral pode ser detectada a partir de 48h.
  • Os imunoensaios de 4ª geração tem janela imunológica de 10 dias (detectam anticorpos e antígenos)

^ Amostras discordantes do teste rápido.
^^ Desencargo de consciência.

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9
Q

Como é feito o diagnóstico de infecção pelo HIV no <18 meses?

A
  • 1ª Carga viral (CV):
    • 2 semanas após a profilaxia.
    • Detectável: repetir imediatamente -> se (+) -> infectada.
    • Não detectável: 2ª CV 6 semanas após o fim da profilaxia (4 semanas após a primeira CV).
  • 2ª CV:
    • Se (-): não infectado.
    • Se (+)^: repete (“melhor de 3”)
  • Se CV<5.000 cópias pode ser falso positivo.
  • Criança que não fez profilaxia após o parto:
    • Fazer CV imediatamente.
  • Sorologia após 18 meses:
    • Documentar que é HIV (-)^^.

^ Discordantes.
^^ Se as CVs forem negativas em <18 meses.

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10
Q

Quais são as indicações para início da terapia antirretroviral (TARV)?

A
  • Oferecer a todos com o vírus!!!
  • A TARV não é emergência médica^, então a pessoa deve estar motivada para iniciar o tratamento.

^ Exceto em casos de exposição vertical, violência sexual, acidente biológico, pós-exposição.

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11
Q

Quais são os segmentos prioritários a receber a TARV?

A

1) Sintomáticos^.
2) Assintomáticos com CDA<350.
3) Gestantes.
4) Tuberculose ativa^^.
5) Hepatite B ou C (coinfecção).
6) Risco cardiovascular elevado (>20%)^^^.

3) e 4) -> Genotipagem pré-tratamento, SEM ADIAR O INÍCIO (qualquer coisa troca depois).

^ Mesmo se não for por doença definidora de AIDS.
^^ Incidência maior de vírus resistente.
^^^ HIV=inflamação crônica. O MS da saúde recomenda aplicar o Score de Framingham.

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12
Q

Quais são as opções de drogas para a TARV (separadas por mecanismo de ação)?

A
  • Inibidor da transcriptase reversa:
    • Tenofovir (TDF)
    • Lamivudina (3TC)
    • Abacavir (ABC)^
    • Zidovudina (AZT)^^
    • Efavirenz (EFV)^^^
  • Inibidor de integrase:
    • Dolutegravir (DTG)
    • Raltegravir (RAL)
  • Inibidor de protease:
    • Lopinavir (LPV)
    • Saquinavir
    • Ritonavir (r)^^^^

^ Muita reação cutânea.
^^ Acidose lática, mielotoxicicidade.
^^^ “Efavironha”, sonhos vívidos, alucinações.
^^^^ Ruim, porém amplifica a potência do lopinavir. Inibidor do citocromo P450 (pode aumentar o nível sérico de outras drogas)

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13
Q

Qual o papel da TARV no “envelhecimento precoce” pelo HIV?

A
  • A ativação imune persistente gerada pelo HIV gera um processo de “envelhecimento precoce” devido à inflamação crônica.
  • A TARV reduz o envelhecimento precoce, porém não é capaz de suprimir completamente a replicação viral (mesmo com CV indetectável), principalmente nos “santuários” (ex: linfonodos).
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14
Q

Quais são as drogas ARV atualmente proscritas?

A
  • Estavudina (d4T) e indinavir, devido aos seus efeitos colaterais.
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15
Q

Qual o esquema de 1ª da TARV?

A
  • TDF + 3TC + DTG^^

^ TDF + 3TC: “dupla dinâmica”
^^ “Dou o que? Doulutegravir”. Porém não há experiência com grávidas.

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16
Q

Qual o esquema de TARV usado nas grávidas?

A
  • TDF + 3TC + RAL^.

^ “Raltegravir na gRALvida”.

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17
Q

Qual o esquema de TARV usado no paciente com tuberculose?

A
  • TDF + 3TC + EFV^

^ Maior experiência, não interage com RIPE.

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17
Q

Como fazer o tratamento do HIV na pediatria?

A
  • 14 dias-3 meses: 3TC+AZT+LPV/r^
  • 3m-2a: 3TC+ABC+LPV/r^
  • 2a-12a: 3TC+ABC+RAL
  • > 12a: = adulto.

^ “Lactente faz lopinavir”.

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18
Q

Fale efeitos adversos do TDF e do EFV.

A
  • TDF: nefrotoxicidade^, osteoporose.
  • EFV: psicose, requer genotipagem (índice maior de resistência).

^ “TeNEFROvir”.

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19
Q

O que é considerado falha virológica no tratamento do HIV e qual a conduta?

A
  • CV indetectável após 6 meses de terapia OU rebote após a supressão^.
  • Conduta: genotipagem.

^ Não pode estar em vigência de outra infecção ativa.

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20
Q

O que é a mandala da prevenção combinada para o HIV?

A
  • Usar preservativo em todas as relações.
  • Tratar todas as pessoas vivendo com HIV-AIDS.
  • Testagem regular para o HIV, outras ISTs e HV.
  • Profilaxia pós-exposição.
  • Profilaxia pré-exposição.
  • Prevenir transmissão vertical.
  • Imunizar para HBV e HPV.
  • Redução de danos.
  • Diagnosticar e tratar pessoas com IST e HV.
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21
Q

Quais são os segmentos prioritários para receber a profilaxia pré-exposição?

A
  • Gays e homens que fazem sexo com homens (HSH).
  • Pessoas trans.
  • Profissionais do sexo.
  • Parceiros sorodiscordantes.
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22
Q

Quais são os critérios de indicação da profilaxia pré-exposição?

A
  • Relação anal ou vaginal sem preservativo, nos últimos 6 meses.
  • Episódios recorrentes de IST.
  • Uso repetido de profilaxia pós-exposição.
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23
Q

Quais são as drogas usadas na terapia pré-exposição ao HIV? Quanto tempo de uso para fazer efeito?

A
  • Tenofovir + Entricitabina^: uso contínuo.
  • Relação anal: 7 dias de uso contínuo para a proteção.
  • Relação vaginal: 20 dias.

^ “Entri parceiros discordantes”.
^^ A PrEP não impede a infecção pelo vírus mas impede drasticamente a transmissão.

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24
Q

Quais as indicações de profilaxia pós-exposição ao HIV?

A
  • Exposição de risco <72h (idealmente <2h):
    • Material infectante: sangue, sêmen, fluidos vaginais, líquidos cavitários (serosa, líquor, articular, amniótico).
    • Exposição: percutânea, mucosa, pele não íntegra, mordedura com sangue.
25
Q

Qual a conduta frente a uma exposição de risco ao HIV?

A
  • Teste rápido: pessoa fonte e exposto.
    • Fonte (-): sem profilaxia.
    • Fonte (+) ou desconhecida:
      • Exposto (+): sem profilaxia (faz tratamento)
      • Exposto (-): TDF + 3TC + DTG por 28 dias.
  • Repetir a testagem 30-90 dias após a exposição.
26
Q

Como fazer a profilaxia da transmissão vertical do HIV durante o pré-natal?

A
  • Iniciar a TARV a partir da 14ª semana: TDF + 3TC + RAL.

^ Pelo que entendi, se ela já usava TARV antes da gravidez, trocar o DTG por RAL. Se ela descobre durante a gravidez, esperar até 14ª semana para começar a TARV.

27
Q

Como fazer a profilaxia da transmissão vertical do HIV durante o parto?

A
  • Principal momento de transmissão!!!
  • Via de parto + AZT IV^ até clampeamento do cordão.
  • Avaliar a CV após a 34ª semana:
    • CV<1.000: indicação obstétrica (normal/cesárea). Se CV indetectável: sem AZT.
    • CV>1.000/desconhecida: cesárea eletiva^^ (38ª semana, bolsa íntegra, dilatação até 3-4cm).
  • Fazer o mínimo de invasão possível: menos toques, sem episiotomia, clampeamento imediato do cordão.

^ Ataque: 2mg/kg. Manutenção: 1mg/Kg/h até o clampeamento do cordão. Se não tiver AZT venoso pode ser oral na dose 300mg 3/3h até o clampeamento.
^^ Fora do trabalho de parto e bolsa íntegra.

28
Q

Qual a conduta na amniorrexe prematura?

A
  • Não entendi isso direito.
  • Na RPMO com feto <34 semanas, a conduta é obstétrica.
  • Deve-se evitar que a paciente permaneça com a bolsa rota por mais de 4h (escolher a via mais rápida).
  • O AZT só deve ser administrado quando houver trabalho de parto, ou pelo menos 3h antes da cesárea eletiva.
29
Q

Quais os cuidados com a mãe HIV (+) no puerpério?

A
  • Mãe: continua a TARV^ e ALEITAMENTO CONTRAINDICADO.

^ Trocar RAL por DTG novamente.

30
Q

Quais os cuidados com o recém nascido exposto ao HIV no puerpério?

A
  • Cuidados na sala de parto:
    • Banho precoce
    • Se for aspirar, fazer com cuidado, para evitar trauma.
  • Alimentação: fórmula infantil.
  • RN: AZT nas primeiras 4h^ por 4 semanas. Associar Nevirapina (NVP) em 3 doses se:
    • Mãe sem TARV na gestação ou má adesão.
    • CV>1.000 ou desconhecida no 3º trimestre.
    • Mãe com IST (principalmente sífilis)
    • Teste reagente no momento do parto.
  • Sulfametoxazol+trimetoprim: 4ª semana até excluir o diagnóstico na criança.

^ Máximo de 48h.

31
Q

Qual a etiologia da pneumocistose (PCP) e a faixa de CD4 que ocorre?

A
  • Pneumocystis jirovecii.

- CD4<200.

32
Q

Qual a clínica da pneumocistose (PCP)?

A
  • “Pneumonia arrastada”: febre, tosse seca, dispneia progressiva.
33
Q

Como é a imagem da pneumocistose (PCP)?

A
  • Rx: normal ou com infiltrado bilateral^, peri-hilar, poupando ápices.
  • Não ocorre derrame pleural nem adenopatia peri-hilar

^ Dissociação clínico-radiológica.

34
Q

Como é feito o diagnóstico da pneumocistose (PCP)?

A
  • Diagnóstico clínico radiológico^.
  • Sugerem o PCP:
    • Candidíase
    • Hipoxemia
    • Aumento de LDH (bem alto)
  • O paciente tem alcalose respiratória (hiperventilação).

^ Análise do escarro é ruim porque a tosse é seca e fungo demora a crescer. Geralmente, colhe-se o escarro para excluir TB.

35
Q

Como é feito o tratamento da pneumocistose (PCP)?

A
  • Sulfametoxazol+trimetoprim (SMX+TMP) por 21 dias.
  • Se PaO2=<70 (em ar ambiente) ou gradiente alvéolo capilar >35 mmHg: associar corticoide (para diminuir inflamação).
  • Esperar 2 semanas para iniciar a TARV por risco de síndrome da reconstituição imune.
36
Q

Como e quando fazer a profilaxia primária da pneumocistose (PCP)?

A
  • CD4<200 OU candidíase oral OU febre de origem indeterminada >2 semanas.
  • Feito com SMX/TMP 3x por semana.
37
Q

Etiologia da tuberculose e faixa de CD4 que ocorre?

A
  • Mycobacterium tuberculosis.

- Qualquer CD4.

38
Q

Qual a clínica da tuberculose?

A
  • Febre, tosse, sudorese noturna, emagrecimento.
39
Q

Como é a imagem da tuberculose (baseada no CD4)?

A
  • Rx:
    • CD4>350: apical e cavitária.
    • CD4<350: miliar, difusa.
40
Q

Como é feito o diagnóstico da tuberculose?

A
  • Escarro^: teste rápido ou baciloscopia.
  • SEMPRE solicitar cultura e teste de sensibilidade.

^ Sempre descartar tuberculose quando o paciente HIV (+) tem sintoma respiratório, já que é a maior causa de morte nesses pacientes no Brasil.

41
Q

Como é o tratamento da tuberculose no paciente HIV (+)?

A
  • RIPE, 6 meses (2RIPE + 4RI)^.
  • Iniciar a TARV em até 2 semanas. Inicia o RIPE primeiro já que a tuberculose é emergência da TARV não.

^ Igual no paciente sem HIV.

42
Q

Quais as indicações e como é feita a profilaxia de tuberculose no paciente HIV (+)?

A
  • Isoniazida, 270 doses^ (9-12 meses).
  • Indicações:
    • Rx de tórax: cicatriz de TB nunca tratada.
      OU
    • Contactante de paciente bacilífero.
    • CD4=<350.
    • PPD>=5 mm OU IGRA (+).
  • Todo paciente com HIV deveria fazer Rx de tórax e PPD ao diagnóstico.

^ O número de doses é mais importante do que o tempo.

43
Q

O que é, etiologia, faixa de CD4, clínica e tratamento do sarcoma de Kaposi?

A
  • Doença neoplásica.
  • Herpes 8.
  • CD4<200.
  • Clínica:
    • Lesões cutâneas violáceas.
  • Tratamento:
    • Local (ex: crioterapia) ou quimioterapia.
44
Q

Etiologia, faixa de CD4, clínica e tratamento da micobacteriose atípica?

A
  • Complexo Mycobacterium avium (MAC^)
  • CD4<50
  • Clínica:
    • Febre, emagrecimento, enterite.
  • Tratamento:
    • Claritromicina + etambutol.

^ “MAC de MACrolídeo”.

45
Q

Etiologia, faixa de CD4, clínica e tratamento da histoplasmose?

A
  • Hytoplasma capsulatum^.
  • CD4<100.
  • Clínica:
    • “Disseminada”, anemia, hepatoesplenomegalia.
  • Tratamento:
    • Itraconazol.

^ “Adora se disseminar no sistema reticulo-endotelial.

46
Q

Etiologia e faixa de CD4 da meningite criptocócica?

A
  • Cryptococcus neoformans.

- CD4<100.

47
Q

Clínica da meningite criptocócica?

A
  • Meningite “subaguda”, febre, cefaleia, confusão mental. Não espero Kernig/Brudsinsk.
  • 1/3 dos pacientes podem ter manifestações pulmonares: nódulos pulmonares únicos ou múltiplos, adenopatia hilar.
48
Q

Como fazer o diagnóstico da meningite criptocócica?

A
  • Através da avaliação do líquor^.
  • Achados gerais:
    • Aumento da pressão liquórica^^.
    • Aumento de células mononucleares.
    • Aumento de proteína.
    • Redução de glicose.
  • Específicos:
    • Tinta nanquim (sensibilidade 60-80%).
    • Antígeno criptocócico (sensibilidade >95%).
    • Cultura (resultado em 7 dias) -> padrão ouro.

^ Fazer TC antes para descartar lesão expansiva.
^^ Causa de “refratariedade” ao tratamento clínico.

49
Q

Como é feito o tratamento da meningite criptocócica?

A
  • Indução: Anfotericina B, 2 semanas.
  • Consolidação: Fluconazol, 8 semanas.

^ Não há profilaxia primária aqui.

50
Q

Etiologia e faixa de CD4 da neurotoxoplasmose?

A
  • Toxoplasma gondii^.
  • CD4<100.

^ Reativação geralmente.

51
Q

Clínica da neurotoxoplasmose?

A
  • Febre, cefaleia, convulsão, SINAIS FOCAIS^ (hemiparesia), disfagia.

^ Efeito expansivo do foco latente de toxoplasmose que existia ali. Tipicamente os focos são próximos aos núcleos da base. Parece AVC.

52
Q

Como é feito o diagnóstico da neurotoxoplasmose?

A
  • Clínico radiológico.
  • TC com contraste^:
    • Lesões hipodensas.
    • Edema perilesional.
    • Realce de anel em contraste.

^ Ddx: tuberculoma, linfoma, abscesso.

53
Q

Como é feito o tratamento da neurotoxoplasmose?

A
  • Sulfadiazina^ + pirimetamina por 6 semanas.
  • Melhora clínica em 14 dias.
  • Associar ácido folínico^^.
  • Iniciar a TARV em até 2 semanas (o mais rápido possível)

^ Em caso de alergia, trocar por dapsona.
^^ Antagonista do folato (inibe a di-hidro-folato-redutase).

54
Q

Quando e como é feita a profilaxia primária para neurotoxoplasmose?

A
  • SMX+TMP^
  • CD4<100 E IgG (+) para toxoplasmose.

^ Já foi iniciada a profilaxia para PCP com CD4<200, porém aqui ela é diária.

55
Q

Etiologia, faixa de CD4 e prognóstico do linfoma primário do SNC?

A
  • Vírus Epstein-Barr (EBV).
  • CD4<50^.
  • “Neurotoxoplasmose que não melhorou”.
  • Prognóstico ruim (paliação?)

^ Na mesma faixa: MAC, CMV (retinite).

56
Q

O que é, etiologia, faixa de CD4, imagem e tratamento da leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP)?

A
  • Vírus JC.
  • CD4<200.
  • Desmielinização^, múltiplos déficits arrastados^^.
  • RM com hiperintensidade em T2.

^ Lesão da substância branca, inicialmente, acometimento occipital.
^^ “Vários AVCs” acometimentos focais progressivos.

57
Q

Achado na imagem da demência pelo HIV?

A
  • Atrofia difusa.
59
Q

Separe os acometimentos causados pelo HIV por faixa de CD4.

A
  • Qualquer faixa de CD4:
    • Tuberculose.
  • CD4<200:
    • Pneumocistose (PCP).
    • Sarcoma de Kaposi.
    • Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP).
  • CD4<100:
    • Histoplasmose
    • Meningite criptocócica
    • Neurotoxoplasmose
  • CD4<50:
    • Complexo Mycobacterium avium (MAC)
    • Linfoma primário do SNC
60
Q

Quais são os 10 sinais de alerta da imunodeficiência primária?

A

1) >=2 pneumonias no último ano.
2) >=4 otites no último ano.
3) Estomatites de repetição ou monilíase por mais de 2 meses.
4) Abscessos de repetição ou ectima.
5) 1 episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia).
6) Infecções intestinais de repetição/diarreia crônica.
7) Asma grave, doença do colágeno ou doença auto-imune.
8) Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por micobactérias.
9) Fenótipo clínico de síndrome associada à imunodeficiência.
10) História familiar de imunodeficiência.