CLM 13 - Geriatria E Prevenção De Doenças Flashcards

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1
Q

Quais são estratégias de prevenção primárias relacionadas ao estilo de vida?

A
  • OMS;
  1. Alimentação balanceada;
  2. Vida ativa;
  3. Cessar tabaco e reduzir álcool.
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Q

Quais são as vacinas recomendadas para adultos e idosos?

A
  1. 20-60 (4 vacinas)†:
    a. Hepatite B: 3 doses (rede privada:inclui Hepatite A^);
    b. Difteria e tétano (dT): 3 doses; reforço a cada 10 anos;
    c. Tríplice viral (SCR): 2 doses até 29 anos ou 1 dose 30-59 anos;
    d. Febre amarela: residente ou viajante®; 1 dose;
  2. > 60 anos (6 vacinas)©:
    a. Hepatites, dT, FA (?);
    b. Influenza: anual;
    c. Pneumococo (Pn23)∆: asilados; 1 dose; reforço em 5 anos. Rede privada: Pn13 conjugada, 2 meses antes da Pn23.
    d. Herpes zóster˚: rede privada, 1 dose.

† “6-2=4”.
^ 2 doses.
® Pelo menos 10 dias antes.
© SCR não.
∆ O Harrison recomenda essa vacina para tabagistas.
˚ Vacina de vírus vivo atenuado. É indica para quem nunca teve ou quem já teve há mais de 1 ano. Evita o aparecimento da doença, reduz incômodos, a Euroliga pós-herpética e a dor crônica. Não oferece proteção cruzada para herpes-simples.

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3
Q

Sobre a prevenção secundária: qual o rastreamento recomendado para uma pessoa de 15 anos assintomática?

A
  • 15 anos (“sexual): Infecção pelo HIV.
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4
Q

Sobre a prevenção secundária: qual o rastreamento recomendado para uma pessoa de 25 anos assintomática?

A
  1. Mulher: CA colo uterino (colpocitologia, até 65 anos†).

† Geralmente os rastreios param com 75 anos.

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5
Q

Sobre a prevenção secundária: qual o rastreamento recomendado para uma pessoa de 35 anos assintomática?

A
  • “Metabólica”:
    1. Dislipidemia: perfil lipídico; em mulheres, >45 anos.

!!! Sociedade de cardiologia: >20 anos.

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6
Q

Sobre a prevenção secundária: qual o rastreamento recomendado para uma pessoa de 45 anos assintomática?

A
  1. Diabetes (glicemia de jejum, HbA1C…)†.

† Pode fazer antes se IMC aumentado.

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7
Q

Sobre a prevenção secundária: qual o rastreamento recomendado para uma pessoa de 50 anos assintomática?

A
  • “Câncer”:
    1. CA colorretal: colonoscopia (10-10 anos), retossigmoidoscopia (5-5 anos), sangue oculto (anual)†.
    2. Mulher: CA mama (mamografia)
    3. Homem: CA próstata (toque e PSA)^.

† Todos os três são validados por apresentarem redução de morbimortalidade. Parece que o MS gosta mais do sangue oculto, por ser mais barato e menos invasivo.
^ Mudança atual, a tendência é pedir. As sociedades de urologia sempre recomendam.

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8
Q

Sobre a prevenção secundária: qual o rastreamento recomendado para uma pessoa de 55 anos assintomática?

A
  1. CA de pulmão (55-80): TC de baixa voltagem†, se tabagista ou cessou <15 anos + ≥ 30 anos maço.

† Rx de tórax não tem comprovação.

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9
Q

Sobre a prevenção secundária: qual o rastreamento recomendado para uma pessoa de 65 anos assintomática?

A
  • “Vaso e osso”:
    1. Mulher: osteoporose (densitometria)†;
    2. Homem (entre 65-75) + já fumou: aneurisma de aorta abdominal (USG).

† Ou <65 após a menopausa com alto risco de fratura (escore FRAX). A periodicidade varia dependendo do resultado da densitometria, mas não é anual.

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10
Q

Quais são exames não devem ser pedidos de rotina em indivíduo assintomático?

A
  1. Hemograma, ECG, creatinina (na população sem doença)
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11
Q

Quais as indicações de EDA e Rx de tórax para rastreio?

A
  1. EDA e Rx de tórax também não são validados como rastreio (por não mostrarem redução de morbimortalidade)
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12
Q

Qual a periodicidade da aferição da PA em indivíduos saudáveis?

A
  1. A aferição da PA é anual em indivíduos saudáveis.
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13
Q

O que é rastreamento oportunístico?

A
  1. Rastreamento oportunístico: quando a pessoa procura o serviço de saúde e o medico aproveita para rastrear alguma doença ou fator de risco (ele é menos efetivo e mais oneroso).
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14
Q

Qual o meio mais confiável de provar a efetividade de programas de rastreamento?

A
  1. O meio mais confiável de provar a efetividade de programas de rastreamento é demonstrar a redução na taxa de mortalidade e/ou morbidade por todas as causas ou por doença específica, utilizando a análise por intenção de tratar†.

† Uma análise por intenção de tratar é aquela em que todos os participantes de todos os grupos são seguidos até o fim, independentemente do que ocorrer com cada um deles.

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15
Q

Quais são medidas de prevenção terciária?

A
  1. Medidas de reabilitação: fisioterapia, oficinas, grupos de apoio.
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16
Q

Quais são medidas de prevenção quaternária (incluindo critérios de Beers)?

A

i. Avaliar polifarmácia e intervenções†.
ii. Evitar/cautela (critérios de Beers^): >60 anos.
1. Antidepressivos e benzodiazepínicos;
2. Antivertiginosos (vertix®);
3. Polivitamínicos e ginko biloba;
4. Digital, diurético e anticoagulante.

† Se for iniciar medicações: “Start slow, grow slow”. Além disso, a polifarmácia aumenta o risco de subutilização de medicamentos importantes pelo paciente (já que a lista é grande e ele pode se confundir, por exemplo). Outro ponto, é a redução da taxa de filtração glomerular (mais importante alteração farmacocinética própria do envelhecimento).
^ “Cerveja” é o que eu não tomo.

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17
Q

Quais as ponderações a serem feitas no tratamento do paciente idoso?

A
  1. Não é normal a doença aparecer só porque é velho (o idoso vive com o “tanque de gasolina” na reserva, ou seja, é mais predisposto a doenças).
  2. O objetivo é tentar preservar a funcionalidade.
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18
Q

Quais são domínios avaliados na Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)?

A
  1. Cognição;
  2. Humor;
  3. Capacidade funcional;
  4. Equilíbrio e marcha†;
  5. Continência;
  6. Visão;
  7. Audição.
  8. Social, espiritualidade…

† Escala de Tinetti.

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19
Q

Como a cognição pode ser avaliada na Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)?

A
  1. Mini-exame do estado mental:
    a. Depende da escolaridade/não define diagnóstico;
    b. Orientação (10 pontos); memória imediata (3 pontos); atenção e cálculo (5 pontos); memória de evocação (3 pontos); linguagem (8 pontos).
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20
Q

Como o humor pode ser avaliada na Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)?

A
  1. Escala de depressão geriátrica (GDS) - Yesavage.
21
Q

Como a capacidade funcional pode ser avaliada na Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)?

A
  1. Atividades básicas de vida diária (AVDs) —> Katz†:
    a. Auto-cuidado: banho, continência, comer, vestir-se…
  2. Atividades instrumentais (AIVDs) —> Lawton^:
    a. Interação: telefonar, fazer compras, cozinhar…

† “Gato fica sempre se lambendo” = AUTO cuidado.
^ “Au-au-au” = cachorro interage mais com o meio.

22
Q

Quais são as principais síndromes geriátricas?

A
  • “5 Is”e Fragilidade.
    1. Perda de neurônios e atrofia cerebral —> Insuficiência cerebral;
    2. Perda de massa óssea e muscular (sarcopenia†) —> Instabilidade (quedas);
    3. Rigidez ventricular (coração) e alterações reflexas —> Imobilidade^;
    4. Redução de água corporal e aumento de gordura —> Iatrogenia;
    5. Alteração esfincteriana e aumento da próstata —> Incontinência.
  1. Síndrome de Fragilidade

† Corresponde a menos massa, mas também a menos função.
^ “Demenciado com contraturas”.

23
Q

Quais os critérios maiores e menores da síndrome da imobilidade?

A
  1. Critérios maiores:
    a. Déficit cognitivo moderado a grave;
    b. Múltiplas contraturas.
  2. Critérios menores:
    a. Dupla incontinência;
    b. Disfagia;
    c. Afasia;
    d. Úlceras de pressão.
24
Q

Como diagnosticar síndrome de fragilidade?

A
  • Síndrome de Fragilidade (≥ 3 critérios):
    1. Fadiga (autorreferida);
    2. Fatless (redução de 5% do peso no último ano);
    3. Força reduzida (redução de pressão manual);
    4. Física (atividade limitada);
    5. Função motora (marcha lentificada).
25
Q

Epidemiologia e causas de instabilidade (quedas) em idosos?

A
  1. 30% dos idosos caem por ano (>50% nos institucionalizados);
  2. 5% com lesões agudas graves ;
  3. Multifatorial (difícil achar uma causa específica);
  4. Maioria é por “evento mecânico” na residência;
  5. Fratura de colo de fêmur é uma das principais causas de morbimortalidade na população geriátrica.

† Tai-chi foi validade por metanálise.

26
Q

Quais os fatores de risco para quedas em idosos?

A
  1. Extrínsecos (ambiente):
    a. Calçados (chinelo, cadarço);
    b. Iluminação ruim, piso escorregadio;
    c. Obstáculos (tapete, mesa, animal);
    d. Acesso difícil (escadas).
  2. Intrínsecos (indivíduos)†:
    a. História de quedas;
    b. Idade >80 anos;
    c. Sexo feminino;
    d. Disfunção músculo-esquelética;
    e. Déficit de visão cognição;
    f. Polifarmácia.

† Vitamina D (800-1.000 UI/dia), para sarcopenia, está recomendada para idoso com alto risco.

27
Q

Como suspeitar de uma síndrome demencial?

A
  1. Perda de funções cognitivas (memória, linguagem, destreza…):
    a. Progressiva e gradual (meses a anos);
    b. Que interfere nas atividades usuais ou profissionais;
28
Q

Quais o 3 passos antes de diagnosticar uma síndrome demencial?

A

i. Caracterizar a perda cognitiva:
1. Mini-mental, desenho do relógio, fluência verbal…
ii. Afastar falseadores (“3 Ds do esquecimento”):
1. Droga: benzodiazepínicos;
2. Delirium: sepse, IAM… (agudo-dias)†;
3. Depressão: tristeza, pessimismo.
iii. Excluir causas reversíveis^:
1. Laboratório: função renal e hepática, TSH, B12, Ca2+, VDRL, HIV;
2. Neuroimagem: TC ou RM®.

† Não existe demência aguda (se for agudo, é delirium).
^ Essa bateria não é solicitada no Delirium.
® Não é para buscar demência, é para descartar causas reversíveis.

29
Q

Quais as causas mais comuns de síndrome demencial?

A

1º: Doença de Alzheimer;
2º Demência vascular.

† 20% dos pacientes com Parkinson desenvolvem demência (em uma fase mais avançada).

30
Q

Fisiopatologia da doença de Alzheimer?

A

i. Deposição de amiloide† (placas senis ou neuríticas).
ii. Fosforilação da proteína TAU (emaranhados neurofibrilares).
iii. Tudo depende do lugar que começa o processo degenerativo. No Alzheimer começa no hipocampo —> Atrofia no hipocampo —> Déficit de acetilcolina.

† Beta-amiloide. Amiloidose do SNC. Todo mundo deposita ao longo da vida; no Alzheimer essa deposição é aumentada.

31
Q

Fatores de risco da doença de Alzheimer?

A

i. Idade >60 anos;
ii. História familiar;
iii. Genético (alelo epsilon4 da apolipoproteína E);
iv. Síndrome de Down;
v. Estilo de vida sedentário†;
vi. Atividade intelectual baixa^ (reserva menor).

† Teve questão citando, inclusive, DM e HAS como fator de risco.
^ Quem estuda está mais protegido, mas se demenciar, a demência é mais grave (já que ela tinha uma reserva maior).

32
Q

Quadro clínico da doença de Alzheimer?

A

i. Amnésia ANTERÓGRADA (recente);
ii. Afasia (linguagem) – Apraxia (destreza) – Agnosia (reconhecimento);
iii. Desorientação – Incontinência – Imobilidade†.
iv. Média: 10 anos de progressão da doença;

† A pessoa morre de complicações da imobilidade: broncoaspiração; sepse; TEP…

33
Q

Diagnóstico da doença de Alzheimer?

A

i. Clínico, por exclusão!!!
ii. TC/RM†: atrofia cortical, hidrocefalia compensatória (ex-vacuum);
iii. SPECT/PET^: baixa perfusão e metabolismo temporal-parietal;

† Não é patognomônico.
^ 1º: cintilografia; 2º TC.

34
Q

Tratamento da doença de Alzheimer?

A

i. Anticolinesterásico de ação central:
1. Donepezil/Rivastigmina/Galantamina†;
2. Vitamina E (?);
3. Antagonista do receptor do glutamato (NDMA): memantina (apenas fase moderada e avançada).

†Piridostigmina age na placa neuromuscular

35
Q

Epidemiologia e causa da demência vascular?

A
  1. 2ª causa mais comum de síndrome demencial.
  2. AVC que leva a uma perda cognitiva.
  3. Doença aterosclerótica + fatores de risco (HAS, DM…).
36
Q

Quais as apresentações de demência vascular?

A

i. Cortical†:
1. Vasos calibrosos;
2. “Multi-infartos”;
3. Evolução súbita, em degraus (“a cada AVE ela volta pior”).
ii. Subcortical:
1. Vasos perfurantes;
2. Infarto lacunar, periventricular^.
3. Evolução arrastada.

† Lesão extensa no córtex.
^ Leucaraiose (doença de substância branca) periventricular.

37
Q

Tratamento da demência vascular?

A

i. Aterosclerose: HAS, DM…

ii. Demência: anticolinesterásicos (?)†.

38
Q

O que é a doença de Binswanger?

A
  • Encefalopatia arteriosclerótica subcortical:
    i. Demência multi-infarto causada por alterações arterioscleróticas induzidas pela hipertensão, precipitando lesões isquêmicas secundárias na substância branca periventricular.
    ii. As alterações estruturais incluem várias áreas de infartos isquêmicos da substância branca e infartos lacunares na projeção dos núcleos da base, de distribuição bilateral simétrica ou não.
    iii. A microscopia revela acentuada arteriosclerose na substância branca associada a áreas de desmielinização e lesão axonal.
39
Q

Qual a tríade clássica da demência por corpos de Lewy?

A

i. Alucinação + flutuar: alucinação visual† + flutuação da consciência.
ii. Pode pegar área motora: parkinsonismo.
iii. Tríade clássica:
1. Déficit cognitivo flutuante e progressivo;
2. Alucinações visuais;
3. Parkinsonismo^
4. Em 2017 foi incluído como critério o distúrbio comportamental do sono REM®.

† “Lewy eu vi”.
^ Que piora com o uso de antipsicóticos (usados para as alucinações).

40
Q

Apresentação, imagem e tratamento da doença de Pick?

A

i. Comportamento: alteração (inicial) de comportamento (desinibição sexual!!!)†.
ii. Demência FRONTO-TEMPORAL.
iii. TC: atrofia fronto-temporal com hidrocefalia compensatória^.
iv. Difícil de tratar®: se psicose, haldol; se depressão, o anti-depressivo…

† Mais comum em paciente um pouco mais jovem, 50-60 anos.
^ Início no córtex frontal. Por isso o comprometimento da memória é mais tardio.
® Tratamento “sintomático”.

41
Q

Tríade, diagnóstico e tratamento da hidrocefalia normobárica?

A

i. TRÍADE† (marchar e urinar):
1. Ataxia de marcha;
2. Incontinência urinária.
3. Demência^.
ii. TC/RM: dilatação ventricular sem atrofia cortical;
iii. TAP test: punção lombar repetida (e ver se apresenta melhora).
iv. Tratamento: derivação ventrículo-peritoneal.

† Alteração inexplicável na drenagem liquórica. Além disso, não é ex-vacum, ou seja, não é compensada por atrofia cortical. Também conhecida como síndrome de Hakim-Adams.
^ Última a aparecer, posso evitar chegar até aqui.

42
Q

Qual a característica principal da paralisia supranuclear progressiva?

A
  1. Olhar: desvio do olhar conjugado.

† Paralisia nos centros que conjugam o olhar. Supra-nuclear: acima dos núcleos do tronco. Esses pacientes começam com desvio do olhar conjugado para baixo (não consegue olhar para baixo).

43
Q

O que é a doença da “vaca louca”?

A

i. Mioclonia: evolução rápida e movimentos mioclônicos.
ii. A maioria das pessoas adquire por mutação espontânea (e não por ingestão da loucaproteína alterada da vaca).
iii. Demência por príons (Creutzfeldt-Jakob: mais comum).

44
Q

Qual a clínica e a fisiopatologia de uma síndrome parkinsoniana?

A
  1. Síndrome extra-piramidal: não é do movimento grosseiro, é mais do movimento fino (rebuscado). O grosseiro é o piramidal.
  2. Bradicinesia + rigidez.
  3. Fisiopatologia:
    1. Córtex pré-motor;
    2. Núcleos da base – corpo estriado (acetilcolina): inibe córtex pré-motor.
    3. Mesencéfalo – substância negra (dopamina): inibe corpo estriado†.
    4. Pouca dopamina na via nigroestriatal.

† Modulador da inibição do movimento.

45
Q

Qual a fisiopatologia da doença de Parkinson?

A
  • Causa + comum (75%) de parkinsonismo!!!

i. Mutação na alfa-sinucleína (SNCA):
1. Aglomerados tóxicos – Corpos de Lewy†;
ii. Degeneração da substância negra: começa na medula e vai subindo, até acima da substância negra (ou seja, os primeiros sintomas podem não ser motores e pode ter outros sintomas não-motores depois).

† Menos do que na demência por corpos de Lewy, e com início na substancia negra.

46
Q

Fatores de risco para a doença de Parkinson?

A

i. Idade >50 anos†;
ii. Ambientais (pesticidas?);
iii. Gene GBA.

† Principal.

47
Q

Quadro clínico da doença de Parkinson?

A

i. Não motor (podem ser os iniciais…):
1. Hiposmia, disautonomia, seborreia, depressão…
ii. Motor (sinais cardinais): TÉTRADE
1. Tremor (85%)†: repouso, “em contar dinheiro”, unilateral (assimétrico), lento (3-6 Hz);
2. Rigidez “plástica”: sinal da roda denteada^.
3. Bradicinesia: marcha em pequenos passos, fácies mascarada.
4. Instabilidade postural: quedas

† O tremor essencial é só tremor (pode ter história familiar). Tremor de Holmes ou tremor rubral (cerebelo ou troco; causado por AVE, tumores ou TCE) é unilateral, lento, que piora com movimento.
^ Na rigidez elástica, o movimento “solta” depois de um tempo.

48
Q

Como fazer o diagnóstico de doença de Parkinson?

A

i. Excluir parkinsonismo secundário. “3 Ds”:
1. Drogas: metoclopramida, flunarizina (vertix), haloperidol (antidopaminérgicas);
2. Damage (dano direto): trauma, AVC, hidrocefalia;
3. Degenerativas: Lewy.

49
Q

Como é feito o tratamento da doença de Parkinson?

A

i. Levodopa (atravessa barreira hemato-encefálica):
1. Ausência de resposta: afasta o diagnóstico!!!
2. Efeitos adversos: discinesia; “on-off” - o tempo de duração da droga fica cada vez menor.
ii. Outras opções:
1. Benzerazida (inibe descarboxilase†);
2. Pramipexol^ (agonista dopaminérgico);
3. Selegilina (inibidor da MAO-B®);
4. Amantadina (não se sabe como funciona).
iii. Estimulação cerebral profunda (ECP).

† Enzima que inibe dopamina na periferia.
^ Não é tão boa quanto a levodopa, mas não tem tantos efeitos colaterais quanto ela. Usa geralmente em paciente mais jovem, quando não quero “queimar” a levodopa.
® Degrada dopamina também.