CLM 11 - Tosse Crônica Flashcards

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1
Q

Qual a cronologia relacionada à tosse crônica?

A
  • Aguda: <3 semanas.
  • Subaguda: 3-8 semanas.
  • Crônica: >8 semanas.
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Q

Qual a definição de sintomático respiratório no Brasil?

A
  • Tosse por mais de 3 semanas.

- Menos do que isso é tosse a esclarecer.

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3
Q

Quais as principais de tosse crônica?

A
  • Tosse de via aérea superior^ (“gotejamento”).
  • Asma (variante tussígena).
  • DRGE.
  • IECA.

^ Trata com anti-histamínico + vasoconstritor.

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4
Q

Etiologia da tuberculose?

A
  • Mycobacterium tuberculosis.
  • Bacilo de Koch.
  • Bacilo álcool-ácido resistente.
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5
Q

Como é a patogenicidade e infectividade da tuberculose?

A
  • Alta infectividade^.
  • Baixa patogenicidade.

^ 1 bacilo pode infectar até 15 pessoas em 1 ano.

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6
Q

Por qual via ocorre a transmissão da tuberculose?

A
  • Via aérea por aerossóis:

* Gotículas da TOSSE, fala ou espirro.

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7
Q

Como é a história da primoinfecção da tuberculose?

A
  • <3 semanas:
    • Proliferação/disseminação de bacilos.
  • 3-8 semanas:^
    • Imunidade celular específica (células T e IFN-gama).
  • Granuloma com necrose^^ caseosa -> Nódulo de Gohn (no Rx)^^^.
  • 90%: controle da infecção.
  • 10%: TB primária/TB pós-primária (reinfecção/reativação).

^ Se o exame vier negativo, repetir em 8 semanas.
^^ Tem que falar que é necrose. Na prova, até que se prove o contrário é TB.
^^^ Cordão ao redor dos bacilos (reduz O2 -> alguns morrem, outros ficam inativamos).

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8
Q

Quais são as formas da TB doença?

A
  • Pulmonar (80-85%)
  • Extra-pulmonar

† 75% dos casos de tuberculose cursam com alteração do Rx (por isso, fico mais tranquilo se o exame vier negativo).

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9
Q

Epidemiologia da TB primária?

A
  • Forma pulmonar:
    • Típico: criança (1º contato).
  • Forma miliar (micronodular):
    • < 2 anos não vacinados/ imunodeprimidos.
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10
Q

Aspectos radiológicos da TB primária?

A
  • Forma pulmonar:
    • Infiltrado persistente >2 semanas^.
    • Linfonodomegalia hilar UNILATERAL^^.
  • Forma miliar (micronodular):
    • Opacidade 1-3mm, disseminadas.

^ Acha que é pneumonia mas não melhora com o tratamento.
^^ Apresentação radiográfica mais comum na infância.

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11
Q

Como é a infectividade da TB primária?

A
  • A criança (típico) não elimina bacilos (paucibacilífera)^.

^ Não é importante na cadeia de transmissão.

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12
Q

Epidemiologia da TB pós-primária?

A
  • Típico: adolescente/adulto.

^ O granuloma rompe (quando a imunidade cai) -> a necrose chega em via aérea mais calibrosa (cavitação) -> bacilífero.

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13
Q

Quais os locais mais típicos de lesões cavitárias no pulmão por causa da TB pós-primária?

A
  • Forma bacilífera.
  • Lobo superior: seguimento apical (1) e posterior (2).
  • Lobo inferior: superior (6).
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14
Q

Quais as possíveis complicações pulmonares da TB pós-primária?

A
  • Fibrose/bronquiectasias.
  • Bola fúngica^.

^ Opacidade na cavidade no Rx.

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15
Q

Como é feito o diagnóstico de TB no adulto?

A
  • Critério clínico-epidemiológico ou critério laboratorial (microbiológico).
  • Critério clínico-epidemiológico:
    • Tosse >= semanas e/ou febre, sudorese noturna, perda de peso, inapetência.
    • Rx de tórax.
  • Critério laboratorial:
    • Escarro (espontâneo ou induzido)/broncoscopia.
      1) Teste rápido molecular (TRM-TB): PREFERÊNCIA.
      • Avalia resistência à rifampicina^. Sensibilidade >90%.
        2) Baciloscopia (BAAR) + cultura:
      • BAAR: 2 amostras^^ (sensibilidade: 60%^^^)
      • Cultura: ROTINA nos vulneráveis (HIV, índios).

! Solicitar anti-HIV também, em quem diagnóstico confirmado de TB.
^ Principal droga.
^^ Em dias consecutivos.
^^^ No escarro a sensibilidade é boa, em outras amostras não.

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16
Q

Como fazer o diagnóstico de TB na criança?

A
  • Sistema de pontuação: crianças <10 anos^.
    C) Contato (últimos 2 anos): 10 pontos.
    H) História (sintomas >=2 semanas): 15 pontos.
    I) Imagem (Rx alterado >=2 semanas): 15 pontos.
    L) Latente (PT^^>=10mm^^^): 10 pontos.
    D) Desnutrição (peso 30) e muito provável (>40).
  • Tratamento: a partir de 30^^^^.

^ Uma questão falou que o sistema de pontuação era para crianças e adolescentes.
^^ Prova tuberculínica: teste de Mantoux.
^^^ PT=5-9mm: 5 pontos/ PT>=10: 10 pontos.
^^^^ Ou seja, história e imagem alterada já autoriza tratamento. Até 6 anos, se precisar achar o bacilo, pode fazer lavado gástrico (método charutinho: enrolar a criança toda em um pano).

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17
Q

Qual a forma mais comum de TB extra-pulmonar na pessoa HIV (-)? E no HIV (+)?

A
  • HIV (-): forma extra-pulmonar.

- HIV (+): forma ganglionar.

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18
Q

Quais as características da TB pleural?

A
  • Adulto jovem com febre + emagrecimento + DOR TORÁCICA.
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19
Q

Quais as características do derrame pleural na TB pleural?

A
  • Exsudato, glicose baixa, linfomonocitário (PMN nos primeiros dias).
  • ADA >40 U: muito sugestivo^^!
  • Sem células mesoteliais e eosinófilos.

! Sinal de Signorelli: som maciço devido à presença de derrame pleural durante a percussão do 7º ao 11º espaço intercostal.

^ O derrame só é drenado se for empiema (igual na pneumonia).
^^ Não é patognomônico.

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20
Q

Quais são os critérios de Light?

A
  • Critérios de Light: (sensibilidade 98%; especificidade: 83%)
  • Diferenciação entre transudato e exsudato. Exsudatos preenchem pelo menos um dos critérios:
    1) Relação entre as proteínas do líquido pleural/sérico > 0,5;
    2) Relação entre LDH do líquido pleural/sérico > 0,6;
    3) LDH do líquido pleural mais de 2/3 do limite superior da normalidade.

^ Para o diagnóstico de quilotórax é usado o valor de triglicérides.

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21
Q

Como fazer o diagnóstico de TB pleural?

A
  • BAAR: S<5%.
  • TRM-TB: S=30-50%.
  • Cultura: S=40-60%.
  • Biópsia pleural: S=80-90%.
22
Q

Epidemiologia da TB meníngea?

A
  • Não vacinados e imunodeprimidos.
23
Q

Quais as características da TB meníngea (clínica, líquor e imagem)?

A
  • Subaguda^.
  • Acometimento de par craniano.
  • Líquor:
    • Proteinorraquia.
    • Glicose baixa.
    • Linfomonocitário^^.
  • TC: hidrocefalia.

^ Pode ter algum grau de meningismo.
^^ Primeiros dias pode ser PMN.

24
Q

Como fazer o diagnóstico de TB meníngea?

A
  • BAAR: S=15%.
  • TRM-TB: S=30-80%.
  • Cultura: S=50-80% (confirmação).

^ LCR é mais “concentrado”, por isso o rendimento do BAAR é um pouco melhor.

25
Q

Como fazer o tratamento da TB?

A
  • Caso novo^/retratamento^^ (por 6 meses):
    • 2 RIPE + 4 RI.
  • Meníngea^^^/osteoarticular (por 12 meses):
    • 2 RIPE + 10 RI.

R) Rifampicina
I) Isoniazida
P) Pirazinamida
E) Etambutol: em <10 anos não fazer etambutol.

^ Virgem ou abandono do tratamento em <30 dias.
^^ Abandonou ou reinfectou: precisa de cultura.
^^^ Corticoide: 4-8 semanas.
^^^^ Se diagnosticar HIV e TB ao mesmo tempo, inicia RIPE e só 2 semanas depois inicia a TARV.

26
Q

Quais os principais efeitos colaterais da drogas utilizadas para o tratamento da TB?

A
  • R^, I e P: hepatotóxicos (P é a Pior).
  • R^^ (RIMfampicina): urina e suor laranja, nefrite (intersticial), penias.
  • I: neuropatia (repor vitamina B6 - piridoxina)^^^.
  • P: hiperuricemia, rabdomiólise.
  • E (etambutOLHO): neurite óptica^^^^.

^ RifamPISCINA (“piscina dá gripe”): síndrome influenza-símile.
^^ Interage com inibidor de protease (lopinavir) da TARV. Se ele estiver usando, deve trocar rifampicina por rifabutina (tentar trocar a TARV primeiro).
^^^ Acentua deficiência de B6. HIV, álcool, gestante: repor B6 de rotina.
^^^^ A criança não relata perda de acuidade visual.

27
Q

O que fazer quando a TB e o HIV são diagnosticados ao mesmo tempo?

A
  • Inicia o RIPE primeiro e 2 semanas depois a TARV.
28
Q

Quais são indicações de substituição do esquema RIPE? Como fazer essa substituição?

A
  • ALT/AST>3x do limite superior da normalidade (LSN) acompanhada de sintomas (anorexia, mal-estar ou vômitos).
    OU
  • Aumento de ALT/AST>5x o LSN com ou sem sintomas.
    OU
  • Aumento de bilirrubina (ou icterícia clínica) ou fosfatase alcalina.
  • Pausa 30 dias e reitroduz: RE -> I -> P. Se der errado: CEL (capreomicina; etambutol; levofloxacino).
29
Q

Como é feito o seguimento do paciente com TB?

A
  • Baciloscopia mensal (TRM-TB não serve)^.

^ MS: no mínimo nos meses 2-4-6 meses.

30
Q

Quais são os critérios de falência do tratamento de TB?

A
  • BAAR (+) ao final do tratamento.
  • BAAR (2+/3+) até o 4º mês.
  • BAAR (-) que volta a ser (+) por 2 meses consecutivas.
  • Conduta: cultura + tratamento por sensibilidade.
31
Q

Quais são os grupos mais vulneráveis em relação à tuberculose?

A
  • Índios, HIV, presos, imigrantes ou situação de rua.
32
Q

Quais são medidas de controle em relação à tuberculose?

A
  • Busca ativa de sintomáticos respiratórios (principalmente nos mais vulneráveis^).
  • Notificação e tratamento diretamente observado (TDO).
  • Vacinação:
    • Prevenção de formas graves: disseminada/meníngea.

^ Não preciso esperar tosse >3 semanas.

33
Q

Como é feito o controle dos contactantes de um paciente com TB?

A
  • Sintomático?
    • Pesquisar TB ativa (doença).
  • Assintomático?
    • Pesquisar TB latente (infecção): prova tuberculínica (PT>=5mm); ensaio de liberação do IFN-gama (IGRA+).
    • Na criança pode fazer Rx de tórax também. Dificuldade de avaliar se é realmente assintomático.
    • PT<5mm: repetir em 8 semanas (contato recente).

^ O MS diz que quem já teve TB doença, não se deve investigar ou tratar ILTB. A não ser em imunossupressão: aí tem que fazer PPD de novo e tratar se for >=5mm.

34
Q

Como é feito o tratamento da infecção latente da tuberculose (ILTB)?

A
  • Isoniazida (270 doses, 9-12 meses).
    OU
  • Rifampicina (120 doses, 4-6 meses):
    • <10 anos ou >50 anos, hepatopatia^^.
    • Intolerância ou contato de resistente à “I”^^.

^ A proteção contra o ADOECIMENTO é para a toda a vida, exceto em casos de infecção.
^^ Preferência, não obrigatoriedade.

35
Q

Quais as indicações de prevenção da TB latente (quimioprofilaxia primária)?

A
  • Prevenção da infecção.

- Indicação: RN contactante de bacilíferos

36
Q

Como fazer a prevenção da TB latente (quimioprofilaxia primária)?

A
  • Não vacinar.
  • (I) ou (R) por 3 meses
  • Fazer PT:
    • PT<5mm: BCG^.
    • PT>=5mm: (I) 3 meses ou (R) 1 mês.

^ A partir de 5 anos ninguém recebe mais BCG (exceto contactantes de hanseníase).
^^ A mesma do início da profilaxia. Não contraindica aleitamento (faz com máscara).

37
Q

Quais as indicações do tratamento da TB latente (quimioprofilaxia secundária), baseado na prova tuberculínica e na história de HIV?

A
  • Indicação: risco elevado de adoecimento.
  • PT>=5mm^:
    • C) Contactantes^^.
    • I) Imunossupressão (corticoide, inibidor de TNF-alfa).
  • PT>=10mm^^^:
    • DE) Debilitados (diálise, DM, silicose, neoplasia^^^^).
    • DE) Dez milímetros de aumento (conversão na segunda prova tuberculínica)^^^^^.
  • HIV^^^^^^:
    • PT>=5mm OU reator prévio.
    • CCC: Contactante OU CD4<350 OU Cicatriz no Rx (independente do PPD).

^ “CInco”.
^^ Se vier negativo, repetir em 8 semanas.
^^^ “DEz”.
^^^^ Cabeça e pescoço/hematologia.
^^^^^ Exposição alta a bacilos. Exemplo: 3-13 mm.
^^^^^^ Todos tem que fazer PT no Brasil.

38
Q

Agente etiológico da paracoccidioidomicose?

A
  • Paracoccidioides brasiliensis.
39
Q

Como é a forma aguda da paracoccidioidomicose?

A
  • Crianças/adultos<30 anos.
  • Monoucleose-símile:
    • Febre.
    • Linfonodomegalia (que pode fistulizar).
    • Hepatoesplenomegalia (leve).
40
Q

Como é a crônica aguda da paracoccidioidomicose?

A
  • Adultos >30 anos.
  • Infiltrado pulmonar^ em “asa de morcego” + lesão cutâneo-mucosa^^.
  • Atividades agrícolas (“BK rural”; manuseio da terra).

^ Peri-hilar em lobos médios, bilateralmente.
^^ Estomatite moriforme de Aguiar Pupo: lesões avermelhadas puntiformes, localizadas no palato do paciente.

41
Q

Como fazer o diagnóstico de paracoccidioidomicose?

A
  • Escarro; raspado; aspirado linfonodal:

* “Roda de leme”.

42
Q

Como é feito o tratamento da paracoccidioidomicose?

A
  • Itraconazol: 6-18 meses.
    • 2ª escolha: bactrim^.
  • Anfotericina B (graves).

^ Formas leves a moderadas.

43
Q

Agente etiológico da histoplasmose?

A
  • Histoplasma capsulatum.
44
Q

Como é a forma aguda da histoplasmose?

A
  • Síndrome gripal.
45
Q

Como é a forma crônica da histoplasmose?

A
  • Sintomas respiratórios arrastados + infiltrado pulmonar igual à TB.
  • Morcegos (“BK da caverna”) e galinheiros^.

^ Pode pombos também.

46
Q

Como é feito o diagnóstico de histoplasmose?

A
  • Escarro; sorologia; medula^ (disseminada).

^ HIV.

47
Q

Como é feito o tratamento da histoplasmose?

A
  • Itraconazol: 12 meses.

- Anfotericina B (graves).

48
Q

Qual a principal infecção pulmonar oportunística nos imunodeprimidos e quais as principais formas?

A
  • Aspergilose.
  • Principal: A. fumigatus.
  • Forma broncopulmonar alérgica^, bola fúngica, infecções superficiais, e forma invasiva^^.

^ Acometimento maior de brônquios proximais.
^^ Nos imunodeprimidos.

49
Q

Quando aparecem a mucormicose e zigomicose?

A
  • Fase avançada de imunodepressão.

- Sem associação com pássaros.

50
Q

Como ocorre a infecção da coccidioidomicose?

A
  • Esporos inalados junto a partículas de poeira.
51
Q

Infecção, epidemiologia e tropismo da criptococose?

A
  • Contato com pombos.
  • Imunodeprimidos†.
  • Acometimento de SNC.

† Pode acometer os imunocompetentes também.