CLÍNICA MÉDICA - 01 - Síndrome Ictérica Flashcards

(284 cards)

1
Q

Qual bilirrubina é insolúvel?

A

A bilirrubina indireta
(não conjugada)

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2
Q

O que ocorre com a haptoglobina em situações de hemólise?

A

Diminui, pois o que se vê é apenas a forma livre de haptoglobina. Como na hemólise ocorre o aumento das globinas, elas irão se ligar à haptoglobina, diminuindo sua fração livre.

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3
Q

Nas síndromes hepatocelular e colestática ocorre aumento de qual bilirrubina?

A

Direta ou conjugada

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4
Q

O que ocorre na síndrome de Gilbert?

Quais fatores precipitantes e de melhora?

A
A enzima glucorunil transferase é lenta, por isso há acúmulo de bilirrubina indireta. 

• Fatores precipitantes: jejum, álcool, exercício, estresse. 

• Fatores de melhora: fenobarbital (indutor da atividade enzimática) e dieta hipercalórica
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5
Q

A doença Routor-Dubin-Johnson é uma hiperbilirrubinemia de que tipo?

A

Direta, pois há um problema de excreção da bilirrubina direta

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6
Q

Na síndrome de Gilbert e de Crigler Najjar ocorre um defeito em que etapa da bilirrubina?

A

Conjugação, por isso há acúmulo de bilirrubina indireta

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7
Q

Que vírus de hepatite pode mais comumente evoluir para forma colestática?

A

Hepatite A

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8
Q

Como se dá a classificação de hepatite aguda e crônica?

A

Até 6 meses e > 6 meses, respectivamente.

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9
Q

Quando uma lactante está infectada pelo vírus da hepatite B, há contraindicação ao aleitamento materno?

A

Não

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10
Q

Paciente com resultado de transaminases elevadas porém com HBeAg negativo. Qual a hipótese diagnóstica?

A

Mutante pré core

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11
Q

Na infecção pelo vírus da hepatite B o paciente que evoluiu para carcinoma hepatocelular, obrigatoriamente, teve o estágio de cirrose?

A

Não

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12
Q

A PAN, GN membranosa e Gianotti-Crosti estão associados a que vírus de hepatite?

A

Hepatite B

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13
Q

A crioglobulinemia, GN mesansiocapilar e líquen plano são comumente associados a que vírus de hepatite?

A

Hepatite C

“C de crioglobulinemia, GN mesangioCapilar”

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14
Q

Qual a conduta diante de um paciente que recebeu as 3 doses contra hepatite B e após 3 meses apresenta anti-HBs negativo?

A

Revacinar. Se não soroconverter, considera-se não respondedor a vacina.

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15
Q

Em que situação ocorre aumento do risco de hepatite fulminante e cirrose com os vírus da hepatite B e D?

A

Na superinfecção, ou seja, o paciente com hepatite B crônica que é infectado pelo vírus da hepatite D.

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16
Q

Que vírus de hepatite é o único que não cronifica?

A

Hepatite A

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17
Q

Como está recomendado o isolamento diante da infecção pelo vírus da hepatite A?

A

Segundo o Nelson, o isolamento está indicado por 7 dias após o início da icterícia, enquanto o Ministério da Saúde preconiza 15 dias de isolamento.

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18
Q

Verdadeiro ou falso.

“A detecção de IgG para o vírus da hepatite A confirma o diagnóstico.”

A

Falso. A detecção de IgG da hepatite A confirma que o paciente teve hepatite A ou que foi vacinado.

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19
Q

De acordo com o Ministério da Saúde quando está indicada à profilaxia para a hepatite A?

A

15 meses

Data limite: 4 anos 11 meses e 29 dias
(<5 anos)

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20
Q

Em que condição a hepatite E pode ser fulminante em até 20% dos casos?

A

Gestantes

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21
Q

Paciente com lesão hepatocelular, associada a quadro de artralgia, vitiligo, atraso menstrual e anticorpo anti-músculo liso positivo. Ela deve ser investigada para que patologia?

A

Hepatite autoimune

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22
Q

Qual o tratamento recomendado para a hepatite autoimune?

A

Corticoide + azatioprina

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23
Q

Paciente do sexo feminino na meia idade com quadro de fadiga, prurido, icterícia, hiperpigmentação, xantelasmas, dor óssea e diminuição de vitaminas lipossolúveis. Qual a hipótese diagnóstica?

A

Colangite(ou cirrose) biliar primária

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24
Q

Quais os tratamentos disponíveis para a colangite biliar primária?

A

Ácido ursodesoxicólico(UDCA) e transplante hepático

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25
Qual a principal causa de hiperbilirrubinemia indireta?
Hemólise
26
Quais as duas principais hipóteses diagnósticas para a hiperbilirrubinemia direta?
Síndrome hepatocelular e síndrome colestática
27
Qual o tipo de cálculo biliar mais comum? Quais os fatores de risco para sua ocorrência?
Amarelo 🟡 ``` • Mulher • Idade avançada 👵 • Estrogenioterapia • Obesidade 🥓 • Clorfibrato • Emagrecimento rápido • Doença ileal ```
28
No raio X de abdome, o cálculo amarelo é visualizado?
Não, porque ele é radiotransparente.
29
A dor abdominal no quadro de colelitíase geralmente dura até quanto tempo?
< 6 horas
30
USG abdominal evidenciando na vesícula biliar imagens circulares hiperecogênicas com sombra acústica posterior. Qual o provável diagnóstico?
Colelitíase
31
Portador de colelitíase, apresentando apenas um cálculo de colesterol < 1 cm. Considerando-se que o paciente apresente alto risco cirúrgico ou que não queira operar, qual seria a conduta?
Ácido ursodesoxicólico
32
Indivíduo com dor abdominal de início > 6h associada a febre, sinal de Murphy positivo e sem icterícia. Exames laboratoriais mostram apenas leucocitose e bilirrubinas normais. Qual hipótese diagnóstica?
Colecistite aguda
33
O que é o sinal de Murphy?
É a interrupção súbita da inspiração profunda durante a palpação do hipocôndrio direito.
34
Qual o exame padrão-ouro para a colecistite aguda?
Cintilografia biliar
35
Qual o tratamento recomendado para a colecistite aguda?
Antibioticoterapia e colecistectomia videolaparoscópica precoce em até 72 horas.
36
Paciente com quadro grave de colecistite aguda porém sem condição cirúrgica. Qual a conduta temporária?
Colecistostomia percutânea
37
Paciente sexo masculino, diabético apresentando ao exame de USG abdominal evidência de ar no interior e na parede da vesícula. Qual o provável diagnóstico? Qual agente etiológico comumente envolvido?
``` Colecistite enfisematosa Clostridium ``` Esse quadro é mais comum no sexo masculino e paciente diabético. O achado de ar 💨 na parede da vesícula é patognomônico!
38
Verdadeiro ou falso. “A coledocolitíase é secundária em 10% dos casos.”
Falso. Ela é secundária em 90% dos casos, ou seja, o cálculo se forma na vesícula e migra para o ducto colédoco.
39
Paciente com quadro de icterícia colestática intermitente e vesícula não palpável. Qual a hipótese diagnóstica?
Coledocolitíase
40
Frente a um paciente com indicação de colecistectomia devido à colelitíase, o que deve ser, obrigatoriamente, investigado?
Risco de coledocolitíase
41
Quais os possíveis tratamentos para a coledocolitíase?
``` CPRE (papilotomia endoscópica) Exploração cirúrgica do colédoco (se descoberto o cálculo durante a cirurgia) Derivação bilio-digestiva ```
42
O que é a colangite?
É a obstrução da via biliar por cálculo ou tumor associado a quadro infeccioso.
43
O que é a tríade de Charcot que pode estar presente na colangite aguda?
``` 1. Febre com calafrios 2. Dor abdominal 3. Icterícia ```
44
O que é a pêntade de Reynolds que pode estar presente na colangite aguda?
``` 1. Febre com calafrios 2. Dor abdominal 3. Icterícia 4. Hipotensão 5. Queda do sensório ```
45
Qual o tratamento da colangite aguda?
Drenagem biliar e antibioticoterapia
46
Qual a conduta na colangite aguda com obstrução baixa? E na obstrução alta?
``` CPRE Drenagem transhepática percutânea ```
47
Quais são os tumores periampulares?
``` Câncer da cabeça de pâncreas Câncer da ampola de Vater Câncer de duodeno Colangiocarcinoma ```
48
Qual o quadro clínico dos tumores periampulares?
``` Emagrecimento Icterícia colestática progressiva Vesícula de Curvoisier ```
49
Qual o exame padrão-ouro para o diagnóstico dos tumores periampulares?
TC de abdome
50
Qual o tratamento curativo para os tumores periampulares?
Cirurgia de Whipple ou duodenopancreatectomia
51
Qual o câncer de cabeça de pâncreas mais comum?
Adenocarcinoma ductal
52
Qual o marcador tumoral do câncer de cabeça de pâncreas?
CA 19.9
53
Qual a sinonímia para o colangiocarcinoma perihilar?
Tumor de Klatskin
54
Qual o colangiocarcinoma mais comum?
Tumor de Klatskin ou colangiocarcinoma perihilar
55
Qual o quadro clínico do tumor de Klatskin?
``` Emagrecimento Icterícia colestática progressiva Vesícula não palpável USG abdominal revela dilatação das vias biliares intra-hepáticas. ```
56
Como se dá a classificação de Bismuth no tumor de Klatskin?
``` 1: hepático comum 2: junção dos hepáticos 3a: hepático direito 3b: hepático esquerdo 4: ambos os hepáticos ```
57
Quais exames permitem a confirmação do tumor de Klatskin (adenocarcinoma ductal)?
Colangio RM ou TC de abdômen
58
Qual o achado ultrassonográfico esperado em paciente com colangiocarcinoma ductal?
Vesícula murcha com dilatação das vias biliares intra-hepáticas.
59
Qual transaminase está comumente mais elevada na hepatite alcoólica?
TGO
60
Os corpúsculos de Mallory podem estar presentes em que tipo de hepatite?
Alcoólica
61
O que ocorre na síndrome de Mirizzi?
Um cálculo impactado no ducto cístico causando efeito de massa no ducto hepático.
62
Qual o tratamento recomendado para a síndrome de Mirizzi?
Colecistectomia, preferencialmente, por via aberta, pois nesse caso temos uma distorção anatômica das vias biliares, sendo maior o risco de iatrogenia.
63
Cite diferenças entre cirrose biliar primária e a colangite esclerosante primária.
``` 1. Ductos do espaço porta Mulher Artrite reumatoide, Sjögren e Hashimoto Anticorpo anti-mitocôndria 2. Grandes vias biliares Homem Retocolite ulcerativa P-ANCA ```
64
Qual a doença inflamatória intestinal mais comumente associada à colangite esclerosante primária?
Retocolite ulcerativa
65
Que tipo de hepatite cursa caracteristicamente com degeneração gordurosa?
Hepatite alcoólica
66
Qual a sinonímia de TGO e TGP, respectivamente?
AST e ALT
67
Qual valor de anti-HBs considerado adequado após vacinação contra a hepatite B?
> 10 mUI/mL
68
Cite o porquê da indicação do ácido ursodesoxicólico na colangite biliar primária.
Redução da toxicidade dos sais biliares retidos no fígado
69
Quais são as vitaminas lipossolúveis?
A D E K
70
Qual a principal hipótese diagnóstica em paciente do sexo masculino com retocolite ulcerativa e sinais de colestase?
Colangite esclerosante primária
71
Qual o principal fator de risco para câncer de pâncreas?
Tabagismo
72
Quais os principais fatores de risco para o câncer de pâncreas?
``` Tabagismo Sexo masculino Raça negra História familiar Pancreatite crônica ```
73
Qual o melhor exame para diagnóstico do câncer da cabeça de pâncreas?
TC de abdômen
74
Qual o melhor exame para o rastreamento do câncer de cabeça de pâncreas?
USG endoscópico
75
Qual o anticorpo característico da cirrose biliar primária?
Anticorpo antimitocôndria
76
Qual a tríade clássica da cirrose biliar primária?
``` 1. Prurido (primeiro sintoma) 2. Icterícia 3. Hiperpigmentação cutânea ```
77
Nos tumores periampulares é esperado encontrar dilatação de que estrutura?
Dilatação da via biliar principal, isto é, ducto colédoco.
78
Quais os sinais ultrassonográficos da colecistite aguda?
``` Sinal de Murphy ultrassonográfico Cálculo impactado Espessamento da vesícula (> 4 mm) Coleção pericolicística ```
79
A colecistite aguda alitiásica corresponde a quantos %?
10%
80
Geralmente quanto maior o valor do CA 19.9, qual a implicação no prognóstico do câncer de pâncreas?
Pior
81
Em se tratando do câncer de vesícula biliar, qual sua preferência em relação ao sexo?
Feminino
82
Os pólipos na vesícula biliar irão indicar a colecistectomia quando forem sintomáticos ou de alto risco para malignidade. Quais as principais características dos pólipos de alto risco?
``` Idade > 60 anos Associação com colelitíase Diâmetro > 10 mm Crescimento documentado em USG seriada. ```
83
Nos pólipos de vesícula biliar de alto risco para a malignidade, a colecistectomia deve ser por qual via?
Aberta
84
Paciente que inicia quadro de DM após os 50 anos, sem motivo aparente, deve levar a suspeição de que patologia? Nesse caso, qual exame deve ser solicitado?
Câncer de pâncreas TC de abdome
85
Verdadeiro ou falso: O câncer de vesícula biliar tem como fatores de risco conhecidos: ``` Colelitíase Vesícula em porcelana Anomalias da junção pancreatobiliar Cisto do colédoco Pólipo adenomatoso Colangite esclerosante primária Obesidade Infecção por Salmonella typhi ```
Verdadeiro
86
Que doença do distúrbio do metabolismo da bilirrubina é a mais comum e qual sexo é mais prevalente?
Gilbert Homem “Gilberto é mais comum que Gilberta”
87
Qual é a hepatite que mais evolui para a forma fulminante?
Hepatite B
88
Qual é a hepatite que mais se associa a PAN clássica e nefropatia membranosa?
Hepatite B
89
Qual é a única hepatite em que o material genético é DNA?
Hepatite B
90
Qual é a hepatite que mais cronifica?
Hepatite C
91
Quais hepatites dispõem de soro e vacina para prevenção?
Hepatite A e B
92
Como realizar o diagnóstico de hepatite C?
anti-HCV + HCV-RNA
93
Os critérios de Tokyo são utilizados para a avaliação da gravidade da colecistite aguda. Como se dá essa classificação?
``` Tóquio I: colecistite sem outros critérios Tóquio II: colecistite e leucocitose (>18.000) ou massa palpável e dolorosa no QSD do abdome ou duração das queixas >72 h e/ou marcada inflamação local (colecistite gangrenosa, enfisematosa ou abscesso pericolicístico ou hepático, peritonite biliar) Tóquio III: colecistite e sinais de disfunção orgânica ```
94
Qual período máximo para realização da profilaxia pós exposição da hepatite B por via percutânea e sexual, respectivamente?
7 e 14 dias
95
Quais as indicações para profilaxia pós exposição da hepatite B?
``` Profissional de saúde vítima de acidente com material biológico Violência sexual Imunodeprimidos: mesmo que vacinados RN 1ªs 12 horas. Gestante toma TDF (tenofovir) entre 28-32 semanas se: HbsAg + HBV - DNA elevado ou aumento de transaminases ```
96
A partir de qual dose de ingestão alcoólica, há maior chance de agressão hepática pelo álcool?
Ingesta > 40-80 g de etanol. Nas mulheres, esse valor pode ser menor devido à metabolização.
97
Paciente com hiperbilirrubinemia indireta e anemia. Qual a principal hipótese diagnóstica?
Hemólise
98
Paciente com hiperbilirrubinemia indireta sem anemia. Qual a principal hipótese diagnóstica?
Distúrbio do metabolismo. Ex.: síndrome de Gilbert (jovem) e Crigler Najar(RN)
99
Paciente com hiperbilirrubinemia direta com transaminases, gama GT e fosfatase alcalina normais. Qual a hipótese diagnóstica?
Distúrbio do metabolismo de bilirrubina. Ex.: Dubin-Johnson ou Rotor.
100
Quais as principais hipóteses para indivíduo com colestase e dilatação intra-hepática em USG abdominal?
``` Tumor de Klatkskin Cisto biliar ```
101
Quais as principais hipóteses diagnósticas para indivíduo com colestase e dilatação extra-hepática na USG abdominal?
``` • Coledocolitíase • Tumor periampular • Colangite aguda • Síndrome de Mirizzi ```
102
O achado de altos títulos de anticorpo antimúsculo liso é sugestivo de:
Hepatite autoimune
103
Mulher de meia idade com aumento de FAL e GGT e anticorpo antimitocôndria positivo em altos títulos permite o diagnóstico de:
Colangite ou cirrose biliar primária
104
Mulher 60 anos com prurido, fadiga associada à hepatomegalia e síndrome colestática com vias biliares extra-hepáticas normais. Qual a hipótese diagnóstica mais provável?
Cirrose biliar primária
105
Sobre a cirrose biliar primária marque V ou F: I. Sua etiologia é autoimune idiopática. II. Tem prevalência pelo sexo feminino. III. Apresenta associação com síndrome de Sjögren, artrite reumatoide, síndrome CREST, tireoidite de hashimoto, anemia perniciosa e doença celíaca. IV. Xantomas, xantelasmas, dor óssea, esteatorreia, equimose e infecção urinária de repetição são algumas das manifestações que podem estar presentes. V. O anticorpo característico é o antimitocôndria.
Todas estão corretas
106
Qual a via de escolha da colecistectomia de uma gestante, considerando que ela se encontra no 2º trimestre de gravidez, momento ideal para intervenção cirúrgica?
Colecistectomia videolaparoscópica
107
Como se dá a formação da hemoglobina?
A hemoglobina é formada pelo heme e globina. O heme, por sua vez, é composto por ferro e protoporfirina IX. Obs 1.: A globina é carreada pela haptoglobina. Obs 2.: A protoporfirina IX é convertida em biliverdina que, por sua vez, será convertida em bilirrubina.
108
Na hepatite inicial, há acúmulo de qual bilirrubina?
Direta porque o paciente ainda consegue realizar as outras etapas da bilirrubina, sendo mais difícil a excreção que é uma etapa dependente de ATP e, por isso, há acúmulo de bilirrubina direta. Posteriormente, pode haver aumento de bilirrubina indireta.
109
No quadro de hemólise, além do aumento de bilirrubina indireta pela destruição das hemácias, cite outros comemorativos que podem estar presentes.
``` • Anemia; • Elevação de LDH; • Redução da haptoglobina porque ela é dosada apenas na sua forma livre. Quando há hemólise, toda globina disponível fica ligada à haptoglobina, não sendo possível sua identificação. ```
110
Por que na hepatite ocorre elevação predominante de TGO e TGP?
Porque essas enzimas já estão prontas e estocadas nas células hepáticas, dessa forma quando ocorre uma lesão hepatocelular, elas são liberadas.
111
Por que na colestase há aumento predominante de GAMA GT e fosfatase alcalina?
Porque a produção dessas enzimas ocorre devido à obstrução biliar, ou seja, colestase.
112
Quais as alterações laboratoriais esperadas no paciente com hepatite?
``` TGO(AST) e TGP(ALT) > 10 x LSN FA e GAMA GT ligeiramente elevadas ```
113
Quais as alterações laboratoriais esperadas no paciente com colestase?
``` Fosfatase alcalina e GAMA GT > 4 x LSN Transaminases ligeiramente elevadas ```
114
Indivíduo com quadro de hepatite apresentando TGO(AST) e TGP(ALT) > 1000 mg/dL, sendo TGP > TGO tem qual provável etiologia?
Viral
115
No paciente com hepatite alcoólica, qual a relação esperada de TGO e TGP?
``` TGO > 2 x TGP ``` Geralmente o paciente com hepatite alcoólica apresenta um processo crônico de agressão pelo álcool, além de ser desnutrido. Para a formação da TGP, um dos precursores é a piridoxina e ele não tem quantidade suficiente para formar TGP.
116
Quanto aos distúrbios de metabolismo da bilirrubina que levam a elevação da fração indireta, qual é o do “bem” e qual é o do “mal”?
• Gilbert: a enzima glicoruniltransferase é “lenta”. Bilirrubina > 4; comum: > 8% nos adultos. Não necessita de tratamento. • Crigler- Najjar: ocorre deficiência da enzima, manifestando quadro precoce comumente nos primeiros 3 dias de vida. Caso a deficiência seja parcial(Bb 6-25), tipo II, o tratamento é o fenobarbital. Caso seja total(bb 18-45) tipo I - “Kernicterus”, o tratamento é transplante.
117
Qual a definição de hepatite fulminante?
Encefalopatia em menos de 8 semanas
118
Verdadeiro ou falso. O período de incubação dos vírus causadores de hepatite virais são: ``` A: 4 semanas E: 5-6 semanas C: 7 semanas B e D: 8-12 semanas ```
Verdadeiro A: lembra um 4 C: é sete B-D: bom dia eu dou de 8 ao 12 meio dia
119
Verdadeiro ou falso. “A fase ictérica está presente em apenas 30% dos pacientes com hepatite viral aguda.”
Verdadeiro
120
Avalie as assertivas sobre as características gerais das hepatites virais: • Leucopenia com “linfocitose”; • Necrose periportal porque em uma hepatite mais fulminante pode haver morte de células ao redor do espaço porta ou necrose em ponte quando a resposta imunológica é intensa.
Verdadeiro
121
Avalie as assertivas sobre as características gerais da hepatite alcoólica: • Leucocitose neutrofílica; • Necrose centrolobular porque o álcool é metabolizado pelas enzimas do citocromo P450 e elas ficam nos hepatócitos centrolobulares.
Verdadeiro Obs.: na hepatite isquêmica e congestiva também ocorre necrose centrolobular, porque é última região a ser perfundida.
122
Qual o antígeno da superfície do vírus da hepatite B?
HbsAg
123
Qual o antígeno do centro do core do vírus da hepatite B?
HbcAg
124
Verdadeiro ou falso: “O vírus mutante da hepatite B pré core apresenta falha na síntese do HBeAg. Por isso, o paciente apresenta aumento de transaminases com HbeAg negativo, contudo DNA-HBV se encontra elevado.”
Verdadeiro
125
Verdadeiro ou falso: “Paciente com vírus hepatite B mutante pré-core apresenta mais risco de hepatite fulminante, cirrose e câncer.”
Verdadeiro
126
Sobre a gestação e hepatite B, marque V ou F: I. Gestante com hepatite B pode ter indicação do uso de tenofovir, por exemplo, quando ela tiver HBeAg positivo ou carga viral alta. II. A gestante com hepatite B apresenta indicação de cesárea. III. A recomendação de profilaxia para hepatite B consiste na vacina e imunoglobulina no RN, preferencialmente, nas primeiras 12 horas.
II. Falso, a indicação do parto é obstétrica. I e III corretos.
127
Qual a profilaxia recomendada na pré exposição do vírus da hepatite B no paciente imunodeprimido, IRC ou transplantado?
4 doses duplas
128
Qual a conduta no indivíduo que recebeu a imunização para hepatite B e apresenta anti-HBs negativo menos de 2 meses do esquema?
Revacinar
129
Qual a conduta no indivíduo que recebeu a imunização para hepatite B e apresenta anti-HBs negativo após 2 meses do esquema?
1 dose
130
Qual a conduta para profilaxia pós exposição da hepatite B na infecção perinatal, nas vítimas sexuais e nos acidentes biológicos em indivíduos não vacinados ou imunodeprimido exposto mesmo vacinado?
Imunoglobulina
131
Verdadeiro ou falso: “A co-infecção do vírus da hepatite B e D não aumenta o risco de cronicidade.”
Verdadeiro
132
O que se pode afirmar do paciente com super-infecção, ou seja, paciente com hepatite B crônica que se infecta com o vírus da hepatite D?
Risco de hepatite fulminante e evolução para cirrose.
133
Quais as regiões endêmicas de hepatite D?
``` Mediterrâneo Amazônia ```
134
Qual vírus da hepatite apresenta associação com anti-LKM3?
Hepatite D
135
Qual o conceito da super-infecção do vírus da hepatite D?
Quando o indivíduo com hepatite B crônica se infecta com o vírus da hepatite D.
136
Qual o conceito da co-infecção do vírus da hepatite D?
Quando o indivíduo se infecta com o vírus da hepatite B e D simultaneamente.
137
Qual o tratamento da hepatite A?
Suporte
138
Qual a profilaxia pré exposição na hepatite A nos menores de 1 ano?
Imunoglobulina
139
Qual a profilaxia pré exposição na hepatite A nos maiores ou iguais a 1 ano?
Vacina 12 e 18 meses. Obs.: o Ministério da Saúde faz 1 dose aos 15 meses.
140
A vacina para hepatite A não é indicada para menores de 1 ano. Qual a exceção para essa regra?
Na pré-exposição de crianças que tenham entre 6 meses a 1 ano.
141
Qual a vasculite associada a hepatite C?
Crioglobulinemia
142
Qual a síndrome nefrótica associada ao vírus da hepatite C?
GN mesangiocapilar
143
Líquen e porfiria estão mais associados a que vírus de hepatite?
Hepatite C
144
Que vírus de hepatite apresenta associação com anti-LKM1?
Hepatite C
145
Quais os vírus da hepatite aguda que têm antivirais?
Hepatite B e C
146
Quais as possíveis etiologias de hepatite?
``` Viral Alcoólica Medicamentosa Isquêmica Congestiva Autoimune ```
147
Qual anticorpo está mais associado à hepatite autoimune?
Antimúsculo liso
148
Qual sintoma dá especificidade no indivíduo com colestase?
Prurido
149
Paciente com hepatite associada a artralgia e hipergamaglobulinemia policlonal(aumento de IgG), em que foi descartada etiologia viral, alcoólica e medicamentosa. Qual a provável etiologia?
Autoimune
150
Sobre a hepatite autoimune marque V ou F: I. A hepatite autoimune tipo 1 geralmente acomete mulher jovem, que apresenta FAN e anticorpo antimúsculo liso positivos. II. A hepatite autoimune tipo 2 geralmente acomete meninas e também homens, sendo os anticorpos anti-LKM2 e anticorpo hepático 1 os mais comumente encontrados.
Todas são verdadeiros.
151
A colangite biliar primária consiste na agressão autoimune a que estrutura?
Ductos biliares, ou seja, os canalículos biliares são estreitados, dificultando-se a eliminação da bile.
152
Indivíduo com icterícia, prurido, hiperpigmentação e xantelasma apresenta:
Colestase
153
Indivíduo com colangite biliar primária apresenta colestase e disabsorção(esteatorreia, deficiência de lipoproteinas(ADEK). Nesse paciente, há elevação de quais enzimas e qual o anticorpo positivo?
``` Elevação de fosfatase alcalina e gama GT Anticorpo antimitocondria positivo ```
154
Qual o tratamento para o paciente com colangite biliar primária que não respondeu ao ácido ursodesoxicólico?
Transplante hepático
155
A síndrome colestática pode ser definida como obstrução do:
Trato biliar. A colestase ocorre quando há lentificação ou interrupção do fluxo da bile para o duodeno.
156
Quais as principais etiologias da síndrome colestática?
``` Doença calculosa biliar Neoplasia maligna Doença autoimune de via biliar ```
157
Paciente com colestase traz USG de abdome que evidencia um colédoco dilatado em toda a sua extensão. Qual o tipo da obstrução?
Obstrução baixa
158
Paciente com colestase traz USG de abdome que não visualizou colédoco e vesícula, enquanto a via biliar intra-hepática está dilatada. Qual o tipo da obstrução?
Colédoco não foi visualizado porque não está recebendo bile, assim como a vesícula. Por isso, obstrução alta.
159
Sobre os cálculos biliares marque V ou F: I. Existem três tipos de cálculo: amarelo, castanho e preto. II. O tipo mais comum é o amarelo(80% dos casos), sendo composto de colesterol, por isso ele é radiotransparente. Sua origem é na vesícula biliar. III. O cálculo preto é constituído de bilirrubinato de cálcio. Sua origem é a mesma do cálculo amarelo: vesícula biliar. IV. Os fatores para a formação do cálculo preto são: hemólise, cirrose e doença ileal. O principal fator, entretanto, é a hemólise. V. Os fatores de risco para o cálculo castanho são: colonização bacteriana por obstrução(cisto; tumor) e colonização por parasita(Clonorchis sinensis). VI. A origem do cálculo castanho, ao contrário dos outros dois é via biliar.
Todos são verdadeiros.
160
No exame do USG de abdome, como diferenciar o cálculo do pólipo?
Ambos são imagens hiperecogênicas, sendo que no cálculo há sombra acústica posterior(no pólipo, não), e o cálculo é mobilizado de acordo com a movimentação do paciente, enquanto que o pólipo é fixo.
161
Quais as indicações para realização de colecistectomia nos pacientes com colelitíase e assintomáticos?
``` Cálculo > 2,5-3 cm Vesícula em porcelana Associação com pólipo Anemia hemolítica ``` Obs.: os 3 primeiros itens estão relacionados à risco de malignidade(câncer de vesícula).
162
Complete a frase: O paciente com vesícula em porcelana apresenta:
Risco de câncer de vesícula biliar.
163
O que é patognomônico na colecistite enfisematosa?
💨 Ar na parede da vesícula biliar.
164
Apesar de ser o exame inicial na investigação da coledocolitíase, o USG do abdômen não é o melhor exame. Quais são os exames melhores nesse caso?
``` Colangioressonância USG endoscópico CPRE ```
165
Na investigação da coledocolitíase é necessário usar contraste na colangioressonância?
Não, porque o próprio conteúdo líquido da bile facilita a imagem da colangioressonância.
166
Qual o sinônimo de USG endoscópico?
Ecoendoscopia
167
Verdadeiro ou falso: “A CPRE é chamada de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.”
Verdadeiro
168
Qual a probabilidade de coledocolitíase em paciente com USG evidenciando cálculo no colédoco e colangite aguda(icterícia e febre) ou bilirrubina total > 4 e colédoco dilatado?
Alta
169
Qual a probabilidade de coledocolitíase em paciente com > 55 anos, colédoco dilatado ou bioquímica hepática alterada?
Moderada
170
Na pesquisa de coledocolitíase, qual o exame recomendado para o indivíduo com probabilidade alta?
CPRE
171
Na pesquisa de coledocolitíase, qual o exame recomendado para o indivíduo com probabilidade moderada?
``` ColangioRM ou USG endoscópica Ou colangiografia intraoperatória no paciente que vai ser submetido à colecistectomia ```
172
Qual o tratamento ideal para a coledocolitíase?
``` CPRE + colecistectomia(90%) ``` Opções: esfincterotomia, dilatação papilar com balão e terapia intraductal.
173
Qual os exames confirmatórios da colangite aguda?
USG, colangioRM ou CPRE detectando a etiologia ou dilatação biliar
174
Por que na vesícula de Courvoisier, a palpação é indolor?
Porque a distensão da vesícula ocorre muito lentamente, assim ela se torna palpável mas indolor.
175
No paciente com suspeita de câncer da ampola de Vater que apresenta icterícia intermitente, como realizar o diagnóstico diferencial com coledocolitíase?
No indivíduo com câncer da ampola de Vater há a presença da vesícula de Courvoisier e melena(devido à necrose do tumor que leva ao sangramento).
176
Cite uma possível complicação do tumor periampular.
Colangite, pois a obstrução por tempo prolongado leva à estase e, consequentemente, a proliferação bacteriana.
177
Quais as opções paliativas no paciente com icterícia por tumor periampular?
``` Endopróteses Derivação biliodigestiva ```
178
Qual o colangiocarcinoma mais comum?
Colangiocarcinoma peri-hilar (tumor de Klatskin)
179
Indivíduo com icterícia colestática progressiva e emagrecimento. USG de abdome evidenciou vesícula murcha e dilatação da via biliar intra-hepática. Qual a hipótese diagnóstica e qual o exame confirmatório?
``` Colangiocarcinoma peri-hilar (tumor de Klatskin) Colangioressonância ou TC de abdome ```
180
No bebedor crônico, a libação produz uma substância tóxica que agride os hepatócitos. Qual o nome dessa substância?
Acetaldeído
181
Qual enzima hepática predomina na hepatite alcoólica?
TGO “Tem mais letra O” ÁLCOOL
182
Cite uma causa hepática clássica de reação leucemoide.
Hepatite alcoólica
183
Qual tratamento comprovadamente reduz mortalidade nos casos graves da hepatite alcoólica?
Corticoide por 28 dias. Ideal. Alternativa: Pentoxifilina Obs.: Grave(Maddrey > ou = 32)
184
Qual síndrome ocorre por cálculo impactado no ducto cístico com efeito de massa sobre o ducto hepático?
Síndrome de Mirizzi. Ela é uma complicação da colecistite, por isso deve-se suspeitar frente a um quadro de indivíduo com colecistite aguda que evolui com icterícia, já que a colecistite aguda não causa icterícia.
185
Verdadeiro ou falso: “Há maior incidência de câncer de vesícula nos pacientes com síndrome de Mirizzi”
Verdadeiro
186
Indivíduo, sexo masculino, portador de retocolite ulcerativa apresenta colestase. USG evidenciou vias biliares extra-hepáticas em “conta de rosário”. Tem p-ANCA positivo. Qual a hipótese diagnóstica?
Colangite esclerosante primária
187
Quais as principais características da colangite biliar primária?
``` Ductos do espaço porta Mulher Associação com artrite reumatoide, Sjögren e tireoidite de Hashimoto Anticorpo antimitocôndria ```
188
Quais as principais características da colangite esclerosante primária?
``` Grandes vias biliares Homem Retocolite ulcerativa p-ANCA ```
189
Qual o tratamento das doenças autoimunes das vias biliares: colangite biliar primária e colangite esclerosante primária?
Transplante hepático
190
Por que na colestase pode haver colúria(urina cor de “coca-cola”)?
Porque a bilirrubina direta é solúvel e, quando ela está elevada no sangue, ela consegue ser filtrada pelos glomérulos, aparecendo na urina.
191
Qual o primeiro local que a bilirrubina aparece quando o valor é 2,5-3 mg/dL?
Esclera. Curiosidade: devido à afinidade da bilirrubina pela elastina.
192
Verdadeiro ou falso: “Os valores de referência para bilirrubina total(até 1,2 mg/dL), bilirrubina direta (até 0,3 mg/dL) e indireta (até 0,9 mg/dL)”
Verdadeiro
193
ALT(TGP) ou AST(TGO), qual é mais específica do fígado?
ALT(TGP) praticamente só é encontrada nos hepatócitos, enquanto a AST(TGO) pode ser encontrada também em outros tecidos, como miocárdio, tecido musculoesquelético, rins e cérebro.
194
Verdadeiro ou falso: “O 5’- nucleotidase é uma enzima que está presente no fígado, cérebro, intestino, coração e pâncreas, mas não se encontra nos ossos.”
Verdadeiro
195
Adolescente, 16 anos, saudável, necessita atualizar a carteira vacinal para poder cumprir 6 meses de intercâmbio estudantil na Bélgica. Há comprovação de três doses da vacina de hepatite B na infância. A orientação será:
Não há necessidade de doses adicionais. A solicitação do anti-Hbs se dá unicamente em condições específicas como imunodeprimidos e profissionais de saúde.
196
Segundo as orientações do guideline de Tokyo de 2018 para a colecistectomia aguda, a principal meta no tratamento da colecistite Tokyo de grau 3 é:
Remoção do foco infeccioso, independente do tratamento da litíase.
197
Complete a frase: A colecistite acalculosa aguda corresponde a_____de todos os pacientes com colecistite aguda. Tem um curso mais fulminante que a colecistite aguda e mais comumente evolui para gangrena, empiema ou perfuração.
5 a 10% Como os pacientes com colecistite acalculosa aguda são comumente mais graves, os sintomas são mascarados, podendo o diagnóstico ocorrer mais tardiamente e, assim evoluir para complicações.
198
Idoso com colecistite aguda em que se optou por tratamento conversador. Ele evoluiu com necessidade de aminas vasoativas. Qual a conduta para o paciente nesse momento?
Colecistostomia
199
Recém nascido, 33 semanas de idade gestacional, peso 1800 g, mãe HbsAg negativa. Sobre a vacinação da hepatite B, baseado no Programa Nacional de Imunizações, quando a vacina contra hepatite B deve ser aplicada?
Imediatamente, no mesmo esquema atualmente preconizado pelo PNI para crianças a termo. A vacina contra hepatite B deve ser aplicada nas primeiras 12 horas, sendo que crianças com menos de 2000 g ou menos que 33 semanas, deverão ser 4 doses. Atualmente, isso já é feito para todas as crianças pelo PNI(hepatite B ao nascer, e penta aos 2,4,6 meses). Obs.: a vacina BCG não deve ser aplicada nesse momento em razão do peso do nascimento
200
Verdadeiro ou falso: “Os pólipos da vesícula biliar, na maioria dos casos, representam colesterolose(causa mais comum) ou adenomiomatose. Outros casos incluem adenomas ou adenocarcinomas.”
Verdadeiro
201
Verdadeiro ou falso: A colecistectomia profilática em casos de pólipos na vesícula biliar é indicada: i. Idade > 60 anos ii. Coexistência de cálculos iii. Tamanho > 1 cm iv. Crescimento documentado v. Presença de sintomas vi. Colangite esclerosante
Verdadeiro
202
Qual a melhor conduta para paciente de 62 anos com pólipo de vesícula biliar de 1,5 cm?
Colecistectomia videolaparoscópica
203
Qual a principal causa de colangite aguda?
Coledocolitíase
204
Durante a realização de colecistectomia videolaraposcópica por colecistite aguda, ocorreu dificuldade na dissecção do ducto cístico. Neste caso, o procedimento que deve ser realizado para ajudar a clarificar a anatomia é a:
Colangiografia intraoperatória com a cateterização do ducto cístico.
205
Paciente 80 anos, assintomático, com colelitíase, cálculo único de 7 mm e vesículas finas, interroga o cirurgião sobre a porcentagem de pacientes com quadro semelhante que irão apresentar sintomas em 20 anos. A porcentagem estimada é:
Segundo Sabiston, 20 a 30% dos pacientes irão se tornar sintomáticos e apenas 1% irão apresentar alguma complicação.
206
Paciente portador de doença inflamatória intestinal evolui com colangite esclerosante primária, portanto, possui risco aumentado de apresentar:
Colangiocarcinoma, que tem como principais fatores de risco: ``` Colangite esclerosante primária Cistos de colédoco Litíase intra-hepática Hepatite B Hepatite C ```
207
Verdadeiro ou falso. “Paciente com IRA que necessita de investigação para abscesso hepático, não pode fazer uso de constraste venoso. Os melhores exames para documentar abcesso são TC de abdome com contraste e a USG. Nesta, a imagem esperada é lesão redonda hipoecogênica em relação ao parênquima hepático adjacente. Na TC, os achados são similares e, quando administrada com constraste, apresenta hiper-realismo na parede do abscesso. Sem constraste é possível identificar uma área hipodensa com gás e níveis hidroaéreos.”
Verdadeiro
208
O elemento cirúrgico que divide o fígado em fígado direito e esquerdo é:
A veia porta
209
Idoso com quadro intermitente de dor abdominal alta associada à nítida piora dos marcadores colestáticos, principalmente fosfatase alcalina e GGT. USG de abdome não revela dilatação das vias biliares. Pensando na coledocolitíase como principal hipótese diagnóstica, qual exame deve ser solicitado?
Colangioressonância, que é o exame não invasivo considerado padrão ouro na avaliação das vias biliares.
210
Verdadeiro ou falso: “Níveis absurdamente elevados de transaminases indicam falência hepática.”
Falso. Os níveis de transaminases não se correlacionam com função hepática, refletindo apenas atividade necroinflamatória.
211
Qual o exame para avaliar função hepática?
Tempo de protrombina/INR sendo que valor > 1,5 pode indicar disfunção hepática.
212
Verdadeiro ou falso: “Paciente assintomático com colelitíase que apresente cirrose hepática, não tem indicação de colecistectomia, devido ao elevado risco de complicação relacionada à cirurgia, sobretudo se o paciente tiver doença descompensada - por exemplo, Child-Pugh B ou C.”
Verdadeiro
213
Verdadeiro ou falso: “A colecistectomia eletiva em paciente assintomático é defendida por alguns autores para pacientes transplantados e aqueles submetidos à cirurgia bariátrica.”
Verdadeiro. O primeiro devido ao risco de infecção pontecialmente fatal nesses pacientes e no segundo porque o risco de doença após a rápida perda de peso é elevado.
214
Verdadeiro ou falso: “A colecistectomia videolaparoscópica é realizada geralmente sob efeito de raquianestesia.”
Falso. Anestesia geral.
215
Verdadeiro ou falso: “No câncer da cabeça de pâncreas no paciente com lesões pequenas e sem invasão de órgãos adjacentes, a sobrevida é de 90%.”
Falso. A sobrevida para tumores localizados gira em torno de 30-40%.
216
Verdadeiro ou falso: “O tumor de Frantz é uma neoplasia que geralmente acomete mulheres jovens e gera poucos sintomas. Seu risco de malignização é pequeno, todavia presente, havendo necessidade de cirurgia quando identificado.”
Verdadeiro
217
Verdadeiro ou falso: “O adenocarcinoma ductal é o tumor mais comum do pâncreas, encontrado mais frequentemente na cabeça(aproximadamente 70%).”
Verdadeiro
218
Verdadeiro ou falso: “O tumor maligno de duodeno mais comum é o adenocarcinoma de papila.”
Verdadeiro
219
O cisto de colédoco é uma doença congênita, associada a dilatações extra e/ou intra-hepáticas da árvore biliar. São, respectivamente, a fisiopatologia e a principal consequência tardia dessa doença:
Confluência biliopancreática anômala, ou seja, o ducto pancreático principal se funde em uma porção muito proximal ao ducto colédoco. Esta variação permite maior refluxo do conteúdo biliopancreático e maior risco de lesões e fragilização da própria parede do colédoco. Os cistos biliares, por sua vez, podem predispor ao surgimento de uma cirrose biliar secundária e colangiocarcinoma, que é a sua principal consequência.
220
Analise as assertivas acerca da secreção biliar: I. O fígado excreta cerca de 500-1500 ml de secreção biliar por dia. II. A secreção biliar contém água, eletrólitos, bile e sais biliares, sendo responsável pela absorção de lipídios. Ela é produzida e excretada pelos hepatócitos. III. Os estímulos para a secreção da bile incluem gastrina, secretina e, principalmente, a colecistoquinina excretada pela mucosa intestinal. IV. A vesícula biliar normal é capaz de armazenar durante o jejum, aproximadamente 30-50 ml de bile, sendo excretada durante as refeições. V. A bile é importante para a digestão e absorção das gorduras, já que os ácidos biliares emulsificam as grandes moléculas de gordura, facilitando a atuação das lipases. VI. Quando há obstrução da via biliar, os ácidos biliares não chegam até o intestino delgado, comprometendo a digestão das gorduras. Nesses casos, podem ser observados esteatorreia e deficiência de proteínas lipossolúveis.
Todos os itens são verdadeiros
221
Paciente com colangite aguda com pêntade de Reynolds devido uma coledocolitíase secundária. Ela foi submetida a colecistectomia prévia e, provavelmente, houve a migração de cálculo proveniente da vesícula biliar causando obstrução do ducto colédoco. Sabendo-se que a conduta primordial é a descompressão imediata da via biliar para escoamento da bile infectada, qual deve ser próxima medida?
Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada(CPRE) que além de ser menos invasiva, apresenta melhores resultados, sendo capaz de retirar o cálculo e desobstruir a via biliar.
222
Acerca das lesões iatrogênicas das vias biliares na colecistectomia videolaparoscópica(CLV), analise os itens: I. A tração da vesícula, durante a CLV, deve ser lateral e cranial. II. Os critérios para segurança da colecistectomia são: dissecção do triângulo de Calot, com exposição do ducto cístico e artéria cística; dissecção da placa hilar no terço inferior da vesícula e identificação de apenas duas estruturas entrando na vesícula biliar. III. A colecistectomia parcial é uma estratégia que pode ser utilizada em casos complexos, em que há intenso processo inflamatório. Pode-se optar pelo procedimento para não correr o risco de lesar a via biliar principal na dissecção hilar. IV. A maioria das lesões iatrogênicas das vias biliares só são reconhecidas no pós operatório.
Todos os itens estão corretos
223
Sobre a anatomia hepática analise os itens: I. As veias hepáticas direita, média e esquerda drenam diretamente para a veia cava inferior. II. Pela descrição de Coiunaud, os segmentos II,III e IV encontram-se no fígado esquerdo, enquanto V, VI, VII e VIII encontram-se no fígado direito. III. A veia porta se forma atrás do pâncreas da junção das veias esplênica e mesentérica superior. IV. A porção hilar do ducto biliar encontra-se anterior ao duodeno. V. Variações das artérias hepáticas são frequentes em mais de 30% dos pacientes.
Todos os itens verdadeiros
224
Verdadeiro ou falso: “A colecistite aguda alitíasica é uma condição incomum, ocorre mais frequentemente em pacientes graves em CTI com instabilidade hemodinâmica, visto que sua fisiopatogenia é a isquemia da vesícula.”
Verdadeiro
225
Qual o melhor exame para diagnóstico e tratamento da coledocolitíase?
Colangiografia endoscópica retrógrada(CPRE)
226
Analise os itens acerca do abscesso hepático piogênico: I. A maior parte dos abscessos é polimicrobiano. II. O tratamento percutâneo está indicado por ser altamente resolutivo em muitos casos. III. Não existe padronização de período de antibiótico para abscesso hepático, valendo-se de critérios clínicos para a decisão. IV. Cirurgia aberta para abscesso piogênico está indicada quando há falha terapêutica na drenagem percutânea.
Todos os itens são verdadeiros
227
Acerca das indicações para a realização da cirurgia de Whipple no paciente com adenocarcinoma da cabeça pancreática marque V ou F: I. Ausência de metástases a distância. II. Bom status nutricional. III. Bom status clínico mensurado através do ECOG. IV. Ausência de acometimento da artéria mesentérica superior ou tronco celíaco. V. A biópsia pré operatória positiva não configura critério para a cirurgia, dado que ela tem uma alta porcentagem de falsos negativos e um resultado negativo não afasta o diagnóstico de adenocarcinoma da cabeça pancreática.
Todos os itens são corretos I. Metástase a distância é indicativo de QT sistêmica. IV. O acometimento da artéria mesentérica superior ou tronco celíaco são critérios de irressecabilidade. Por outro lado, o acometimento da veia mesentérica superior não contraindica a cirurgia de Whipple.
228
Verdadeiro ou falso. “A escala PS-ECOG avalia como a doença afeta as habilidades de vida diária do paciente com escore que varia de 0 a 5 pontos: ``` 0: totalmente ativo 1: restrito para atividade física extenuante 2: capaz para o autocuidado, porém incapaz para atividade de trabalho 3: capacidade de autocuidado limitada 4: completamente limitado, não exerce qualquer autocuidado 5: morto ```
Verdadeiro
229
Sobre as patologias da vesícula biliar marque V ou F: I. Pólipos > 1 cm na vesícula têm indicação de colecistectomia. II. Cálculos maiores que 2,5-3 cm têm indicação de colecistectomia por aumento na incidência de câncer de vesícula. III. Grandes pólipos devem ser ressecados por cirurgia aberta(de preferência), visto que a rotura inadvertida da vesícula biliar promove a disseminação neoplásica para outros órgãos.
Todas as assertivas estão corretas
230
Verdadeiro ou falso: “Segundo o guideline de Tóquio 2018 sao 3 grupos de critérios para o diagnóstico de colangite aguda: A. Inflamação sistêmica: febre +/- calafrio ou laboratório B. Colestase: icterícia ou laboratório C. Imagem: dilatação biliar ou evidência da etiologia.”
Verdadeiro
231
Segundo o Ministério da Saúde, a imunização contra hepatite A deve ser realizada de que maneira?
1 dose aos 15 meses Data limite: 4 anos 11 meses e 29 dias.
232
Verdadeiro ou falso: “Todo paciente HBsAg positivo que reside ou esteve em área endêmica para o vírus hepatite D(como a Bacia Amazônica) deve realizar pesquisa de coinfecção/superinfecção para esse agente com o anti-HDV. Este anticorpo aparece 30-40 dias da infecção aguda, sendo inicialmente apenas IgM e depois IgM e IgG.”
Verdadeiro
233
Verdadeiro ou falso: “Em relação à pele, precisamos de níveis um pouco mais elevados de bilirrubinas(> 5 mg/dL) para termos icterícia clínica.”
Verdadeiro
234
Em um paciente com hiperbilirrubinemia, a causa hereditária mais comum é:
Síndrome Gilbert
235
Paciente que voltou com hipotensão e necessidade de drogas vasoativas. Após a hipotensão apresentou aumento de transaminases. Qual a provável explicação do quadro hepático?
Isquemia hepática, que provavelmente ocorreu por hipoperfusão do tecido hepático pela hipotensão ou pelo uso de medicações que promovem vasoconstrição. A hepatite isquêmica ocorre, portanto, quando há hipoperfusão aguda e lesão hepática difusa. Pode ocorrer nos pacientes com instabilidade hemodinâmica, na anemia falciforme, na trombose da artéria hepática, na insuficiência cardíaca e na insuficiência respiratória grave. Nessa condição, ocorre aumento de transaminases importantes 1 a 3 dias após a instabilidade hemodinâmica, podendo ser encontrado também aumento de DHL, fosfatase alcalina e bilirrubinas com função hepática preservada.
236
Sobre a colestase intra-hepática na gestação marque V ou F: I. É mais comum no final do 2º e no 3º trimestre de gestação. II. As pacientes geralmente se apresentam com prurido, que é mais intenso nas mãos e pés e piora a noite. III. Podem apresentar esteatorreia, dor no QSD, náuseas, anorexia e insônia. A icterícia aparece em 14-25% dos casos, raramente excede 6 mg/dL. IV. Alterações laboratoriais incluem aumento de: níveis séricos de ácidos biliares, transaminases, fosfatase alcalina e GAMA-GT. V. Os ácidos biliares aumentados podem atravessar a barreira placentária, acumulando-se no feto e no líquido amniótico, acarretando riscos para o feto. VI. Há maior risco de abortamento, prematuridade e síndrome do desconforto respiratório neonatal. VII. Os sintomas comumente melhoram após o parto e há alta taxa de recorrência nas gestações futuras. VIII. O tratamento é controverso, sendo o medicamento mais usado o ácido ursodesoxicólico. IX. É a 2ª principal causa de icterícia na gestação, sendo a 1ª causa as hepatites virais.
Todas estão corretas.
237
Sobre a esteatose hepática aguda na gestação marque V ou F: I. É uma condição rara e os fatores de risco são: deficiência de 3-hidroxiacil CoA desidrogenase de cadeia longa, história pregressa, hemólise, pré-eclâmpsia, aumento das transaminases, plaquetopenia, feto do sexo masculino e baixo IMC. II. A doença geralmente se apresenta entre a 30ª e 38ª semana de gestação. III. Os primeiros sintomas são inespecíficos(náuseas, vômitos, dor abdominal e cefaleia). Hemólise, plaquetopenia, pré-eclâmpsia, hipertensão e proteinúria podem estar presentes. IV. A doença evolui rapidamente com insuficiência hepática aguda(ascite, encefalopatia hepática, icterícia, hipoglicemia). Muitas pacientes evoluem com IRA e falência de múltiplos órgãos. V. Alterações laboratoriais encontradas são: aumento de transaminases, hiperrubilinemia, plaquetopenia, hipoglicemia, prolongamento do tempo de protrombina, proteinúria, aumento de creatinina, aumento de ácido úrico, leucocitose e redução de fibrinogênio. VI. O parto deve ser feito mais precocemente possível, dado que essa conduta inicia a resolução da doença. V. Ao contrário da colestase intra-hepática, apresenta baixa recorrência nas gestações subsequentes. VI. A biópsia hepática é reservada para os casos duvidosos revela depósitos microvesiculares de gordura pericentral, com pouco infiltrado inflamatório ou necrose hepática. VII. Considerada uma emergência obstétrica que se caracteriza por disfunção ou insuficiência hepática que pode levar a complicações materno-fetais.
Todas estão corretas.
238
Sobre a colestase marque V ou F: I. Na colestase, há redução da secreção biliar, com consequente diminuição dos sais biliares do intestino, comprometendo assim a absorção de vitaminas lipossolúveis. A deficiência de vitamina K pode causar coagulopatia por redução dos fatores de coagulação. II. As principais causas de colestase intra-hepática são: hepatites virais, hepatite alcoólica, hepatite medicamentosa, cirrose biliar primária, colangite esclerosante, hepatopatia congestiva, síndrome paraneoplásica, doença do enxerto versus hospedeiro, doenças infiltrativas(linfoma e amiloidose) e doenças infecciosas(tuberculose, malária e leptospirose). III. As principais causas de colestase extra-hepática são: colangiocarcinoma, câncer pancreático, câncer da vesícula biliar, câncer ampular, coledocolitíase e síndrome de Mirizzi.
Todas estão corretas.
239
Sobre as causas de hiperbilirrubinemia indireta marque V ou F: I. Hemólise: esferocitose hereditária, eliptocitose, deficiência de glicose 6PD, anemia falciforme, anemias microangiopáticas, hemoglobinúria paroxística noturna, anemia ligada à acantocitose, hemólise autoimune, malária e babesiose. II. Eritropoese ineficaz: deficiência de vitamina B12 e folato, talassemia. III. Aumento da produção de bilirrubina: transição sanguínea massiva e reabsorção do hematoma. IV. Medicamentos: rifampicina, ribavirina e probenicida. V. Doenças hereditárias: Crigler-Najjar tipo I e II e síndrome de Gilbert.
Todas estão corretas. Na deficiência de desidrogenase glicose 6 fosfato há maior fragilidade da membrana celular das hemácias e com isso, maior suscetibilidade para a hemólise e, com isso, ocorrer aumento da bilirrubina indireta.
240
Sobre a anatomia hepática marque V ou F: I. A veia porta é formada pela confluência da veia mesentérica superior com a veia esplênica e oferece sangue venoso com nutrientes e responde por 80% do fluxo sanguíneo hepático. II. A fígado é dividido em dois lobos(direito e esquerdo). Cada lobo tem 4 segmentos, resultando em um total de 8 segmentos. III. Os ductos hepáticos direito e esquerdo se unem formando o ducto hepático comum, que é denominado ducto colédoco abaixo da implantação do ducto cístico. IV. O tronco celíaco nasce diretamente da aorta e dá origem a 3 artérias: esplênica, gástrica esquerda e hepática comum. V. A vesícula biliar está, habitualmente, nos segmentos 4 e 5. VI. A artéria cística é ramo da artéria hepática direita.
Todas estão corretas.
241
Marque os itens que se associam a distúrbios hepatocelulares: I. Hepatites virais, Epstein BAAR e herpes simples. II. Hepatite alcoólica. III. Medicamentos: paracetamol, isoniazida. IV. Doença de Wilson. V. Hepatite autoimune.
Todas estão corretas. Hepatites virais, Epstein BAAR, herpes simples e hepatite alcoólica também podem causar síndrome colestática.
242
A icterícia pode ser evidenciada com níveis séricos maiores que:
3 mg/dl
243
O parâmetro mais importante na avaliação pré-operatória da reserva funcional hepática é:
Tempo de protrombina que avalia os fatores II, V, VII e X. O INR padroniza o tempo de protrombina de acordo com o reagente de tromboplastina empregado pelo laboratório. O prolongamento > 5 segundos pode ser encontrado nas hepatites, na cirrose, na coagulação intravascular disseminada e na deficiência de vitamina K. O tempo de protrombina se altera precocemente nos casos de insuficiência hepática, pois a meia-vida dos fatores de coagulação é menor que a meia-vida da albumina.
244
Sobre a albumina marque V ou F: I. É produzida exclusivamente no fígado e possui uma meia-vida longa de 18 a 20 dias. II. Os valores normais de albumina sérica variam de 3,5 a 5,5. III. A possibilidade de hepatopatia crônica deve ser considerada quando os níveis de albumina se encontrarem abaixo de 3 g/dL. IV. A hipoalbuminemia não é exclusiva da insuficiência renal, podendo ser encontrada em indivíduos com desnutrição, em condições que cursam com perda renal ou intestinal de proteínas e nas infecções crônicas.
Todas estão corretas.
245
Quais os principais exames para avaliar a função hepática?
Albumina, tempo de protrombina e bilirrubina.
246
Em um paciente com insuficiência hepática aguda, que exame deve ser monitorizado rigorosamente para estimar o prognóstico?
Tempo de protrombina.
247
Sobre a segmentação hepática de Coiunaud marque V ou F: I. O segmento I é o lobo caudado. II. Os segmentos II, III e IV foram o lobo esquerdo. III. Os segmentos V, VI, VII e VIII formam o lobo direito.
Todas estão corretas.
248
Verdadeiro ou falso: Na hipoalbuminemia há aumento da fração livre da bilirrubina indireta, que não se liga à albumina(redução do transporte da bilirrubina indireta).
Verdadeiro
249
Sobre a hiperbilirrubinemia marque V ou F: I. Nas hepatites virais, em geral, há um aumento gradual da icterícia até um valor máximo e, posteriormente, ocorre o declínio até a normalidade. II. O urobilinogênio é formado no intestino após a metabolização da bilirrubina por bactérias intestinais. Sendo assim, os níveis desse composto seguem o padrão da bilirrubina. III. A icterícia pré-microssomal é aquela que ocorre antes da bilirrubina ser metabolizada pela enzima glucoronil-transferase, ocorrendo um aumento da bilirrubina indireta. Já na icterícia pós-microssomos temos aumento da bilirrubina direta. IV. O evento inicial para a produção de bilirrubina é representado pela destruição das hemácias no sistema reticuloendotelial.
Todas estão corretas.
250
Em relação à Gamaglutamil Transferase marque V ou F: I II III IV
251
Onde é sintetizada a albumina?
Fígado
252
Um lacônico pedido de parecer, enviado por outro colega, traz a você indivíduo de 29 anos com aumento de AST(TGO) com ALT(TGP) normal. Não há história anterior de doença de fígado. A origem desse aumento de AST deve ter, como primeira hipótese, vínculo com:
Músculos
253
Cite uma das limitações da USG na avaliação de dor no QSD.
Obesidade
254
Quais é a melhor maneira de prevenir a hepatite A?
Melhorar as condições de higiene
255
Para que pacientes indicamos vacinação como profilaxia pós-exposição à hepatite A?
Para indivíduos saudáveis entre 12 meses e 40 anos
256
Para que pacientes indicamos imunoglobulina como profilaxia pós-exposição à hepatite A?
``` Idade < 12 meses ou > 40 anos Imunodeprimidos Hepatopatas Contraindicação à vacina ```
257
Qual é a definição de hepatite B crônica?
Persistência do HBsAg por mais de 6 meses
258
Que marcador sorológico da hepatite B é preditivo de maior gravidade?
Anti-HBC IgM
259
Que marcador indica contato prévio com o vírus selvagem da hepatite B?
Anti-HBc IgG
260
Que marcador da hepatite B indica maior risco de cronificação?
Persistência do HBeAg por mais de 3-6 semanas
261
Qual é o primeiro marcador de hepatite B q ser detectado na prática clínica?
HBsAg
262
Qual é o marcador mais fidedigno da hepatite B aguda?
Anti-HBc IgM
263
Qual é a ordem decrescente de infertilidade considerando-se o HIV, hepatite B e a C?
Hepatite B > Hepatite C > HIV
264
Qual é o principal fator para cronificação da hepatite B?
Infecção perinatal (quando menor a idade do paciente, maior o risco)
265
Qual é o tipo predominante de transmissão vertical da hepatite B?
Durante o parto (90-95 % dos casos)
266
Que hepatite viral tem maior risco de evoluir para a forma fulminante?
Hepatite B (em até 5% dos casos)
267
Qual é a vasculite que ocorre mais frequentemente em pacientes com hepatite B?
Poliarterite nodosa
268
Qual é a recomendação de notificação das hepatites virais?
Notificação compulsória semanal
269
Quais são as 3 drogas indicadas para o tratamento da hepatite B crônica?
``` Tenofovir (1ª linha) Entecavir Alfapeginterferona ```
270
Qual o medicamento de escolha e a duração do tratamento da hepatite B com HBeAg reagente?
Alfapeginterferona por 48 semanas
271
Qual é a mutação mais comum do vírus da hepatite B?
Mutação pré-core, com falha na expressão de HBeAg
272
Qual é a consequência de mutação pré-core do vírus da hepatite B?
Carga viral > 2000 UI/mL (Anti-HBe não índice a replicação viral)
273
Quais são as doses indicadas para a vacinação contra hepatite B em adultos e crianças?
``` Crianças: 4 doses (0-2-4-6 meses) Adultos não imunizados: 3 doses (0-1-6 meses) ```
274
Qual é a profilaxia indicada para os recém-nascidos de mães com HBsAg positivo?
Vacina e imunoglobina nas 1ªs 12 h de vida
275
Qual é a profilaxia administrada para a gente com HBsAg positivo e alta viremia?
Tenofovir para a gestante da 28ª semana de gestação até 4 semanas pós-parto.
276
Qual é a principal forma de transmissão vertical da hepatite C?
Periparto (intraútero é rara)
277
Que exame deve ser solicitado para confirmação de infecção ativa em paciente com anti-HCV positivo?
HCV-RNA
278
Qual é a interpretação de exame com anti-HCV negativo e HCV-RNA positivo?
Hepatite C aguda ou incapacidade de produzir anticorpos
279
Qual é a interpretação de exame com anti-HCV positivo e HCV-RNA positivo?
Hepatite C aguda ou crônica
280
Qual é a interpretação de exame com anti-HCV positivo e HCV-RNA negativo?
Hepatite C curada ou falso positivo
281
Qual é o método padrão-ouro para o estadiamento da hepatite C?
Biópsia hepática
282
Qual é o método preferencial para o estadiamento da hepatite C?
Método APRI e FIB4
283
Qual é o tratamento da hepatite C na gestação?
O tratamento é contraindicado
284
Qual é objetivo do tratamento da hepatite C?
Reposta virológica sustentada: ausência de HCV-RNA após 12 ou 24 semanas.