CIR 03 - Bônus Flashcards

1
Q

O que é o sangramento gastrointestinal obscuro?

A

Sangramento de etiologia não identificada após EDA e colonoscopia. Deve-se suspeitar de hemorragia do intestino delgado.

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2
Q

Quais as principais etiologias do sangramento GI obscuro?

A

< 40 anos: Crohn, divertículo de Meckel, Dieulafoy.
> 40 anos: angiectasias (mais comum), úlceras por AINE, neoplasia

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3
Q

Qual exame complementar deve ser feito no sangramento GI obscuro em paciente instável?

A

Arteriografia - para sangramentos maciços, permite a embolização do vaso, pode ser guiada pela angioTC

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4
Q

Qual exame complementar deve ser feito no sangramento GI obscuro em paciente estável?

A
  • Cápsula endoscópica: método de escolha inicial, não permite intervenção. CI se obstrução intestinal.
  • EnteroTC: se cápsula indisponível ou CI, não permite intervenção.
  • Enteroscopia: permite intervenções endoscópicas.
  • Cintilografia: exame mais sensível, últil para guiar arteriografia
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5
Q

Como deve ser feito o diagnóstico do sangramento GI obscuro em paciente estável?

A

Repetir EDA e colono se inadequados
1. Se positivo: tratar de acordo com a causa
2. Se negativo: cápsula endoscópica

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6
Q

Como deve ser feito o diagnóstico do sangramento GI obscuro em paciente instável?

A
  • Estabilizar hemodinamicamente
  • Se estabilizado: cápsula/enteroTC
  • Se instabilizado: arteriografia
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7
Q

O que é o sangramento GI oculto?

A

Sangue oculto positivo nas fezes e/ou anemia ferropriva sem evidência de exteriorização.

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8
Q

Quais as principais etiologias de sangramento GI oculto?

A
  • Doenças inflamatórias/DRGE/úlcera péptica/ DII
  • Neoplasias GI
  • Lesões vasculares (angiectasias)
  • Infecções: parasitoses
  • Extra-GI: epistaxe, hemoptise
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9
Q

Como pode ser classificada a fissura anal?

A

Aguda: <6 semanas
Crônica: >6 semanas

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10
Q

Qual a principal localização da fissura anal?

A

Linha média posterior do canal anal

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11
Q

Qual o quadro clínico da fissura anal?

A
  • Dor, maior à defecação
  • Sangramento vivo
  • Se aguda: laceração linear, plana e avermelhada.
  • Se crônica: bordas elevadas, esbranquiçadas, papila hipertrófica, plicoma sentinela.
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12
Q

Qual o tratamento não cirúrgico da fissura anal?

A
  • Aumento da ingesta de fibras (20-30g), aumento da ingesta de líquidos, emolientes fecais.
  • Relaxantes tópicos: nitrato (0,2% ou nitroglicerina 0,4%) ou BCC (nifedipina a 0,2% ou diltiazem a 2%)
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13
Q

Qual o tratamento cirúrgico da fissura anal?

A
  • Esfincterotomia interna lateral (risco de incontinência fecal)
  • Dilatação pneumática
  • Fissurectomia
  • Dilatação de LORD
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14
Q

Qual a clínica e diagnóstico de abscesso perianal?

A
  • Dor e abaulamento com ou sem descarga purulenta.
  • Febre e mal estar
  • Diagnóstico clínico, na dúvida ou lesão profunda, fazer TC ou RM
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15
Q

Qual o tratamento do abscesso perianal?

A

Drenagem, mesmo se não houver flutuação.
ATB se imunossupressão, DM, celulite extensa e febre alta.

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16
Q

Qual a classificação de Paris para fístula perianal?

A

Interesfincteriana (45%)
Transesfincteriana (30%)
Supraesfincteriana (20%)
Extraesfincteriana (5%)

17
Q

Qual a clínica e diagnóstico da fístula perianal?

A
  • Drenagem de secreção purulenta
  • Espessamento ao toque
  • Regra de Goodsall-Salman - prediz o trajeto da fístula a partir do orifício externo:
    1. Anterior: trajeto retilíneo e entra na cripta mais próxima
    2. Posterior: trajeto curvilíneo e entra na linha média posterior
    3. Longa (>3-5cm): trajeto curvilíneo e entra na linha média posterior
18
Q

Quais as principais localizações do cisto pilonidal?

A

Região sacrococcígea - fenda interglútea; pode ocorrer na cicatriz umbilical, couro cabeludo, espaços interdigital e entre as mamas.

19
Q

Qual a etiologia do cisto pilonidal?

A

Adquirido - pele de outras regiões

20
Q

Qual a clínica do cisto pilonidal?

A
  • Assintomático: presença de poros.
  • Infecção aguda: abscesso, dor, celulite.
  • Crônica: alguns pontos de flutuação
21
Q

Qual o tratamento do cisto pilonidal?

A
  • Asbcesso: drenagem (fora da linha média). Fazer ATB se celulite extensa, sinais sistêmico e imunodeprimidas.
  • Doença crônica ou recorrente: excisão dos poros, orifícios e trajetos. Pode ser por fechamento primário, fechamento secundário + marsupialização ou fechamento com retalhos.
22
Q

Quais as características anatômicas e clínicas da hemorroida interna?

A
  • Acima da linha pectínea, formada pelo plexo hemorroidário superior, revestida por epitélio colunar e transicional.
  • Sangramento vermelho vivo, indolor
  • Desconforto e prolapso intermitente, prurido
23
Q

Quais as indicações de colonoscopia na hemorroida interna?

A

Rastreio tradicional (>45-50 anos), sangramento mesmo com tratamento, teste imunoquímico fecal positivo, anemia ferropriva, alterações no padrão intestinal, história familiar de DII.

24
Q

Como é feita a classificação da hemorroida interna?

A

I. Sem prolapso
II. Prolapso com redução espontânea
III. Prolapso com redução digital
IV. Prolapso irredutível

25
Q

Como deve ser feito o tratamento conservador na hemorroida interna?

A

Medidas dietéticas (fibras, líquidos)
Alívio sintomático: analgésicos, venoativos, banho de assento

26
Q

Quais procedimentos ambulatoriais podem ser realizados na hemorroida interna e em quais graus?

A
  • Para sintomáticos graus I, II e III
  • Ligadura elástica
  • Escleroterapia (quando não for possível a ligadura elástica)
  • Fotocoagulação (graus I e II)
27
Q

Qual tratamento cirúrgico pode ser realizado na hemorroida interna e em quais graus?

A
  • Para graus III e IV ou associada a externa
  • Hemorroidectomia aberta (Milligan-Morgan) ou fechada (Ferguson)
  • Hemorroidopexia grampeada
28
Q

Quais as principais complicações pós-operatórias nas cirurgias de hemorroida interna?

A

Retenção urinária, ITÚ, sangramento, incontinência fecal, estenose cicatricial.

29
Q

Quais os aspectos anatômicos e clínicos da hemorroida externa?

A
  • Abaixo da linhapectínea, formada pelo plexo hemorroidário inferior, epitélio escamoso (não sangra).
  • Irritação local, prurido, dor discreta ou sensação incômoda de tecido redundante.
30
Q

Qual o tratamento da hemorroida externa?

A
  • Medidas dietéticas
  • Higiene local com ducha, evitar papel higiênico
  • Se trombose (congestão, edema, dor): <72h = excisão do trombo; >72h = conservador