CHOQUE Flashcards

1
Q

Definição de choque:

A

DEFINIÇÃO: Sd. Clínica caracterizada por um quadro de hipoperfusão sistêmica aguda devido à incapacidade do sistema circulatório de atender às demandas metabólicas dos diversos tecidos, levando a distúrbios celulas graves, hipóxia tecidual, disfunção de múltiplos órgãos e morte.

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2
Q

A PAS está relacionada intimamente com o estado de choque. Como a PAS é calculada:

A

PA = DC x RVS

*DC = Débito cardíaco

*RVS = Resistencia Vascular Sistêmica

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3
Q

Visto que o DC é um componente importante no cálculo da PA, descreva o cálculo do DC:

A

DC = VS x FC

*VS = Volume Sistólico

*FC = Frequência Cardíaca

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4
Q

O VS é um componente importante no cálculo do DC. Quais as variáveis que agem sobre o VS?

A

VS: depende da pré e pós carga

Pré-carga diminuída = diminuição do VS = diminuição do DC

Pós-carga aumentada = diminuição do VS = diminuição do DC

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5
Q

A diminuição da RVS pode afetar de que forma a PA?

A

Diminuindo a PA

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6
Q

Defina:

DO2 e VO2

A

DO2 = oferta de oxigênio


VO2 = Consumo de oxigênio

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7
Q

Quais são as variáveis que agem sobre a oferta de óxigênio (DO2) (4)?

A

Variações de DO2:

  • Difusão do O2 dos pulmçoes para o sangue
  • Ligação do O2 a Hb
  • Transporte para a periferia (DC)
  • Difusão para a mitocôndria
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8
Q

Qual a fórmula do DO2?

A

DO2 = CaO2 x DC x 10

*O DC exerce grande influência na oferta de óxigênio.

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9
Q

Qual a fórmula do conteúdo arterial (CaO2) de óxigênio?

A

CaO2 = 1,34 x Hb x SatO2 + 0,0031 x PaO2

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10
Q

Quais são as principais variáveis no cálculo do conteúdo arterial de óxigênio (CaO2)?

A

Os níveis de hemoglobina e de saturação de O2.

CaO2 = 1,34 x Hb x SatO2 + 0,0031 x PaO2

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11
Q

Qual a fórmula da Taxa de Extração de O2?

A

TEO2 = VO2/DO2

(NORMAL 20 A 30)

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12
Q

A Saturação Venosa Mista de O2 (SvO2) é um dado obtido pelo exame de gasometria colhido pelo acesso central. Qual sua importância no contexto do Choque?

A
  • Reflete a taxa de extração de oxigênio nos tecidos

*Idealmente medida em amostra de sangue do VD ou artéria pulmonar.

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13
Q

E QUAL É A IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DO LACTATO NO CHOQUE?

A

Funciona como valor prognóstico


Não é marcador fidedigno de hipóxia tissular, principalmente entre pacientes com SEPSE após o 3º dia (lactato de outras origens que não hipóxia).

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14
Q

Causas do choque hipovolêmico (4):

A
  1. Hemorragias
  2. Perda de Líquidos (diarreias, vômitos)
  3. Sequestro de líquidos (queimaduras, Peritonites, colites)
  4. Drenagem de transudatos, ascite, hidrotórax.
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15
Q

Classificação do choque hipovolêmico:

A
  1. Classe I
  2. Classe II
  3. Classe III
  4. Classe IV
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16
Q

Descreva o choque hipovolêmico classe I:

A

Classe I: FC < 100 e Perda de < 750mL e < 15% de Vol.

SEM QUEDA DA PA.

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17
Q

Descreva o choque hipovolêmico classe II:

A

Classe II: FC >100 \ Perda de 750 a 1500mL e 15 a 30% de Vol.

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18
Q

Descreva o Choque Hipovolêmico Classe III:

A

Classe III: FC >120 \ Perda de 1,5 a 2L e de 30 a 40% de Vol. Classe

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19
Q

Descreva o choque hipovolêmico classe IV:

A

Classe IV: FC > 140 \ Perda de > 2000mL e > 40% de Vol.

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20
Q

Qual a conduta para um choque hipovolêmico?

A


Reposição Volêmica e acompanhar Parâmteros:


Pressão Arterial, Diurese (parâmetro não agudo), PVC, POAP (Swan Ganz);


NENHUM DESSES PARÂMETROS DIZ SE REPOSIÇÃO JÁ DEVE SER INTERROMPIDA.

21
Q

Qual Parâmetro é mais fidedigno para avaliar a reposição volêmica de um paciente em choque hipovolêmico?

A

Monitorização da Reposição Volêmica:


Delta PP = variação da presão de pulso


*Paciente em IOT e com medição de PA invasiva


DeltaPP > 13% paciente ainda deve receber reposição volêmica

22
Q

Como se calcula o delta PP:

A

= 100 x (PPmáx - PPmin) / [(PPmáx + PPmin) / 2]

23
Q

Qual solução usar na expansão volêmica no choque hipovolêmico?

A

Preferencialmente o SF 0,9%;
A exceção é nos grandes queimados em que deve ser admin. Ringer Lactato nas primeiras 24h.

24
Q

Quais são os riscos de grandes volumes de SF 0,9%?

A
  • Hipernatremia
  • Acidose metabólica hiperclorêmica
25
Q

Qual é a causa mais frequente de croque cardiogênico?

A

CHOQUE CARDIOGÊNICO Leva a um estado de hipoperfusão tecidual pela diminuição da função sistólica e do DC

Causa mais frequente é o IAM anterior (em 5 a 10% dos casos)

26
Q

Qual o quadro clínico do choque cardiogênico?

A

Quadro clínico: Hipotensão (PAS<90mmHg), Congestão pulmonar (até Killip IV), dispneia, oliguria e confusão mental.

27
Q

São fatores preditivos de choque cardiogênico:

A

Fatores Preditivos: Idade > 65 anos, elevação de CK-MB maiores do que 160, FE < 35%, DM e IAM prévio,

28
Q

Quais são os critérios hemodinâmicos para classificar o choque em cardiogênico:

A

Critérios Hemodinâmicos:

  • PAS < 90mmHg

  • IC (indice cardíaco - hemodinâmica) < 1,8L/min/m2
  • PCP (pressão capilar pulmonar) > 18 mmHg
  • RVS > 2000dina/s/m2
  • TEO2 aumentada = diminuição de DO2 e aumento de VO2
29
Q

Tratamento do Choque Cardiogênico:

A

TRATAMENTO:
- Reperfusão coronariana - Suporte ventilatório - Drogas vasoativas (noradrenalina, dopamina, dobutamina) - Suporte circulatório mecânico = BIA

30
Q

Causas de Choque obstrutivo (4):

A
  1. Pneumotórax Hipertensivo
  2. Tamponamento Cardíaco
  3. TEV Maciço
  4. Coarctação de Aorta
31
Q

Sinais e sintomas do Choque obstrutivo:

A

Hipotensão, Sudorese, Taquicardia, Taquipneia, Oligúria, confusão mental

32
Q

Principais características do choque séptico:

A

Diminuição da RVS e aumento do DC.

33
Q

Definiçao de SEPSE:

A

Disfunção orgânica causada por resposta imune desregulada a uma infecção.

34
Q

Critérios para o diagnóstico de SEPSE em Pronto Socorro:

A


qSOFA:

  1. PAS =< 100mmHg = +1
  2. FR >= 22 irpm = +1
  3. Alteração do nível de consciência (SCG<13) = +1
35
Q

Critérios para SEPSE em ambiente de UTI:

A

SOFA = Infecção provável + >+2 pontos

36
Q

DEFINIÇÃO DE CHOQUE SÉPTICO:

A

SEPSE + necessidade de vasopressores (adrenalina) para manter PAM >65 mmHg e lactato > 2mmol após reanimação volêmica adequada.

37
Q

Pacote de intervenção na 1º hora da SEPSE:

A
  1. Reconhecimento precoce
  2. Dosagem do lactato sérico
  3. Coleta de culturas
  4. 
Início de ATB amplo espectro
  5. Infusão de fluídos –> Início de vasopressor (quando indicado)
38
Q

Quais são os cuidados quanto à coleta de cultura?

A

QUANTO ÀS CULTURAS: Mínimo de 2 amostras, punções em sítios diferentes, sem necessidade de intervalos, não precisa aguradar elevação da temperatura.

39
Q

Qual droga vasoativa usar no choque séptico?

A

NORADRENALINA

40
Q

Parâmetros a serem obtidos no tratamento do choque séptico:

A
  • PAM > 65mmHg
  • PVC 8 a 12 mmHg (Respiração espontânea)
  • PVC 12 a 15 mmHg (VM)
  • Vol. urinário > 0,5 mL/Kg/h
  • 
SvcO2 > 70%

  • Lactato (impedindo que ele suba mais)
41
Q

Parâmetros da VM em pacientes com choque séptico:

A
  1. Vol. Corrente 6mL/Kg
  2. Limite máximo pressão de platô 30cmHg
  3. PEEP elevado
  4. Manobras de recrutamento alveolar
  5. Posição prona se PaO2/FiO2 < 150
42
Q

Cuidados gerais e profilaxias no choque séptico:

A
  • Controle glicêmico (meta de 80 - 180 mg/dL e insulina se 2x glicemia > 180)
  • Profilaxia para TEV (HNF ou HBPM)

  • Corticóide (choque séptico não responsivo a reposição vol. + vasopressores (200mg/dL de Hidrocortisona EV)
  • Profilaxia para úlcera gástrica (se em IOT, ou plaquetopênico) = IBP
43
Q

Qual é a causa mais frequente de choque neurogênico?

A

Embora seja uma forma infrquente de choque, o choque neurogênico pode ocorrer na vigência de TRAUMA CERVICAL associado a LESÃO MEDULAR ALTA, geralmente acima de C5.

44
Q

Qual é a fisiopatologia do choque neurogênico?

A

Sua principal causa é o trauma cervical associado a lesão mudlar alta, geralmente acima de C5.

Com a interrupção do controle autonômico do tônus vascular sistêmico, ocorre grande redução da pré-carga, pois há diminuição do retorno venoso pela vasodilatação dos 2 territórios.

Outro componente que auxilia no surgimento é a bradicardia que se desenvolve pela ausência da modulação parassimpática.

45
Q

Qual é o quadro clínico do choque neurogênico?

A

Hipotensão sem a taquicardia reflexa associado a historia de lesão cervical (principalmente acima de C5).

46
Q

Como é feito o tratamento do choque neurogênico?

A

Seu tratamento é mediado por vasopressores, reposição volêmica e cronotrópicos.

47
Q

O que é o choque dissociativo?

A

Está relacionado a intoxicação por monóxido de carbono metemoglobinemia. Nessas condições, o óxigênio não é liberado da hemoglobina, levando ao choque.

48
Q

Quando está indicado a hemotransfusão em pacientes em choque?

A

Quando Hb < 7 = transfusão de concentrado de hemáceas

Caso paciente tenha TP alargado e plaquetopenia (< 50.000) está indicado a transfusão de PFC e a transfusão de plaquestas está indicado caso paciente seja hepatopata.

49
Q

Quais são os efeitos colaterais da hemotransfusão em alta velocidade e em grande quantidade?

A
  • Coagulopatia maciça
  • Arritmia por hipocalcemia:
    • Pois as hemâceas são citratadas