Capítulo 21- Considerações anatomoclinicas sobre medula e tronco Flashcards
Sintomatologia lesões do sistema nervoso segmentar
As manifestam-se principalmente por alterações da
motricidade e da sensibilidade.
Qual a nomenclatura:
diminuição da força muscular
ausência total de força impossibilitando o movimento
quando sintomas atingem todo um lado do corpo,
Podem ser da motricidade voluntária, do tônus ou dos reflexos. A diminuição da força muscular denomina-se paresia; a ausência total de força impossibilitando o movimento, paralisia (ou plegia). Quando estes sintomas atingem todo um lado do corpo, temos hemiparesia e hemiplegia.
Conceitue tônus
quais as possíveis alterações.
Por tônus entende-se o estado de relativa
tensão em que se encontra permanentemente
um músculo normal em repouso. As alterações
do tônus podem ser de aumento (hipertonia),
diminuição (hipotonia) ou ausência completa
(atonia).
Quais as classificações de alterações decorrentes de lesões do SN?
quais os possíveis reflexos patológicos?
Nas alterações da motricidade decorrentes de
lesões do sistema nervoso pode haver ausência
(arreflexia), diminuição (hiporreflexia) ou aumento (hiper-reflexia) dos reflexos músculo tendinosos, como, por exemplo, o reflexo patelar.
Pode ainda haver o aparecimento de reflexos patológicos. Assim, quando se estimula a pele da região plantar, a resposta reflexa normal consiste na flexão plantar do hálux. Contudo, em casos de lesão dos tractos córtico-espinhais, ocorre a flexão dorsal do hálux (sinal de Babinski).
Paralisias com hiporreflexia e hipotonia são denominadas paralisias flácidas. Caracterizam a chamada síndrome do neurônio motor inferior ou periférico, que resulta de lesão dos neurônios
motores da coluna anterior da medula (ou dos
núcleos motores dos nervos cranianos).
Nestes casos, ocorre também em pouco tempo atrofia
da musculatura inervada por perda da ação trófica dos nervos sobre os músculos. Paralisias com hiper-reflexia e hipertonia são denominadas paralisias espásticas. Ocorrem na síndrome do neurônio motor superior ou central, onde a lesão localiza-se nas áreas motoras do córtex cerebral ou nas vias motoras descendentes, em especial no tracto córtico-espinhal. Neste caso. a atrofia muscular é muito discreta, pois os
músculos continuam inervados pelos neurônios
motores inferiores e o sinal de Babinski é positivo
Qual a síndrome do neurônio motor inferior ?
Paralisias com hiporreflexia e hipotonia são denominadas paralisias flácidas. Caracterizam a chamada síndrome do neurônio motor inferior ou periférico, que resulta de lesão dos neurônios
motores da coluna anterior da medula (ou dos
núcleos motores dos nervos cranianos).
Qual a síndrome do neurônio motor superior ou central ?
Nestes casos, ocorre também em pouco tempo atrofia
da musculatura inervada por perda da ação trófica dos nervos sobre os músculos. Paralisias com hiper-reflexia e hipertonia são denominadas paralisias espásticas. Ocorrem na síndrome do neurônio motor superior ou central, onde a lesão localiza-se nas áreas motoras do córtex cerebral ou nas vias motoras descendentes, em especial no tracto córtico-espinhal. Neste caso. a atrofia muscular é muito discreta, pois os
músculos continuam inervados pelos neurônios
motores inferiores e o sinal de Babinski é positivo
Quais as principais alterações da sensibilidade?
As principais alterações da sensibilidade são:
a) anestesia — desaparecimento total de
uma ou mais modalidades de sensibilidade após estimulação adequada. O termo emprega-se mais freqüentemente para a perda da sensibilidade tátil, reservando-se o termo analgesia para a perda da
seasibilidade dolorosa:
b) hipoestesia — diminuição da sensibilidade;
c) hiperestesia — aumento da sensibilidade;
d) parestesias — aparecimento, sem estimulação, de seasações espontâneas e mal
definidas como, por exemplo, o “formigamento”;
e) algias — dores, em geral
Quais as principais lesões da medula?
olhar tudo e listar aq
q
Qual a lesão da coluna anterior?
Qual o risco e qual a frequência?
LESÃO DA COLUN A ANTERIOR
Ocorre mais freqüentemente na poliomielite
(paralisia infantil), cujo vírus destrói especificamente os neurônios motores da coluna anterior. Neste caso aparece uma síndrome do
neurônio motor inferior no território muscular
correspondente à área da medula que foi lesada.
Podem ocorrer enormes deformidades por ação
de grupos musculares cujos antagonistas foram
paralisados. Quando a destruição se dá nos neurônios responsáveis pelos movimentos respiratórios, pode haver morte por insuficiência respiratória.
O que é tabes dorsalis?
quais as implicações clínicas?
quais as consequências?
Na tabes dorsalis, consequência da neurossífilis, ocorre lesão das raízes dorsais, especialmente da divisão mediai destas raízes.
Como esta divisão contém as fibras que formam os fascículos grácil e cuneiforme, estes
são também destruídos. Como consequência,
temos:
a) perda da propriocepção consciente —
na prática isto se manifesta por uma perda
do sentido de posição e de movimento,
ou seja, quando de olhos fechados, o
doente é incapaz de saber em que posição
está um braço ou uma perna, ou que tipo
de movimento foi realizado quando deslocamos uma parte de um de seus membros; assim, será incapaz de dizer se o
neurologista fletiu ou estendeu o seu hálux;
b) perda do tato epicrítico — em virtude da
qual o indivíduo perde a discriminação
tátil. Assim, ele é incapaz de saber as
características táteis de um objeto que
toca, ou seja, se é duro, mole, liso, rugoso
etc. Além disto, o doente é incapaz de
distinguir dois estímulos táteis aplicados
simultaneamente na área lesada com as
duas pontas de um compasso (discriminação de dois pontos);
c) perda da sensibilidade vibratória e da
estereognosia (capítulo 15, item 4.3.2.1).
Com o progredir das lesões, pode haver
destruições maiores das raízes dorsais
com comprometimento de outras formas
de sensibilidade e perda de alguns reflexos cujas fibras aferentes foram destruídas.
tabes dorsalis
Descreva a perda da propriocepção consciente
a) perda da propriocepção consciente —
na prática isto se manifesta por uma perda
do sentido de posição e de movimento,
ou seja, quando de olhos fechados, o
doente é incapaz de saber em que posição
está um braço ou uma perna, ou que tipo
de movimento foi realizado quando deslocamos uma parte de um de seus membros; assim, será incapaz de dizer se o
neurologista fletiu ou estendeu o seu hálux;
Tabes dorsalis
Descreva a perda do tato epicrítico
b) perda do tato epicrítico — em virtude da
qual o indivíduo perde a discriminação
tátil. Assim, ele é incapaz de saber as
características táteis de um objeto que
toca, ou seja, se é duro, mole, liso, rugoso
etc. Além disto, o doente é incapaz de
distinguir dois estímulos táteis aplicados
simultaneamente na área lesada com as
duas pontas de um compasso (discriminação de dois pontos);
Tabes dorsalis
Descreva a perda da sensibilidade vibratória e da
estereognosia
c) perda da sensibilidade vibratória e da
estereognosia (capítulo 15, item 4.3.2.1).
Com o progredir das lesões, pode haver
destruições maiores das raízes dorsais
com comprometimento de outras formas
de sensibilidade e perda de alguns reflexos cujas fibras aferentes foram destruídas.
O que a hemissecção da medula gera?
Quais os sintomas mais característicos e do que eles resultam?
A hemisseeção da medula produz no homem
um conjunto de sintomas conhecido como síndrome de Brown-Séquard. Os sintomas mais
característicos resultam da interrupção dos
principais tractos, que percorrem uma metade
da medula. Os sintomas resultantes da secção
dos tractos que não se cruzam na medula aparecem do mesmo lado da lesão. Já os sintomas
resultantes da lesão de tractos que se cruzam na
medula manifestam-se no lado oposto ao lesado. Todos os sintomas aparecem somente abaixo do nível da lesão. Assim temos:
Sintomas que se Manifestam do
Mesmo Lado da Lesão (Tractos
não Cruzados na Medula)
Sintomas que se Manifestam do
Lado Oposto ao Lesado (Tractos
Cruzados)
Quais os sintomas que se Manifestam do Mesmo Lado da Lesão (Tractos não Cruzados na Medula)?
a) paralisia espástica com aparecimento do
sinal de Babinski, em virtude da interrupção das fibras do tracto córtico-espinhal lateral;
b) perda da propriocepção consciente e do
tato epicrítico em virtude da interrupção
das fibras dos fascículos grácil e cuneiforme (Fig. 21.1a).