Cancro do ovário Flashcards
Mais graves
Tumores com origem no epitélio
Metástases tutoriais no ovário oriundas de
mama, cólon, estômago, pâncreas e apêndice
Massas em ambos os ovários com origem em tumores GI secretores de mucina
Tumores de krukenberg
Tumor epitelial do ovário
- características
→ Responsável por 90% das neoplasias do ovário
→ Causa mais frequente de morte por cancro ginecológico
→ Afeta 1 em cada 70 mulheres (não é dos tumores mais frequentes, mas é certamente o mais letal!)
→ A mediana de idade de diagnóstico é 60 anos, ou seja, é um tumor que afeta as mulheres pós-menopausa
→ A sobrevida global aos 5 anos é de apenas 44%
Patologia dos tumores epiteliais
o Benignos em 50%, malignos em 33% e borderline em 16%, sendo que a idade influencia o risco de malignidade (tumores epiteliais em mulheres jovens são sobretudo benignos)
o Histologicamente, os tumores dividem-se:
▪ Tumoresserosos(50%)
• !! Os tumores epiteliais mais frequentes são os serosos de alto grau!!
▪ Tumores mucinosos (25%)
▪ Tumores endometrial (15%)
▪ Células claras (5%)
▪ Tumores de Breener (1%)
Graus de diferenciação
→ G1»_space; tumor bem diferenciado
→ G2»_space; tumor moderadamente bem diferenciado
→ G3»_space; tumor pouco diferenciado
Padrões de disseminação
Exfoliação
Via hematogénea
Via linfática
Extensão direta para a bexiga e reto
Mais comum por esfoliarão - disseminação peritoneal
A disseminação por via linfática ocorre depois de haver disseminação peritoneal, e caracteriza-se pelo envolvimento dos gânglios pélvicos e lombo-aórticos. A via hematogénea é
pouco frequente pelo que, subsequentemente, também as
metástases parenquimatosas são pouco frequentes. A
extensão direta ocorre em situações de doença avançada.
Fatores de risco
→ Nuliparidade
→ Utilização de talco no períneo
→ Obesidade
→ Terapêutica hormonal de substituição
Idade avançada»_space; quanto maior a idade, maior o risco
História familiar de neoplasia da mama e/ou ovário
História pessoal de neoplasia da mama e/ou ovário
Síndrome genética como BRCA1/2
Outras síndromes hereditárias com destaque para Síndrome de Lynch tipo II
Outros fatores de risco que parecem ser menos importantes são os hormonais (ex: menarca precoce,
menopausa tardia, terapêutica hormonal de substituição, …) e ambientais (obesidade, dieta rica em carnes vermelhas e processadas, tabagismo, alcoolismo, …)
Fatores protetores
→ Contracetivos orais (sobretudo após 5 anos de uso)
→ Multiparidade
→ Amamentação
mulheres fumadoras - tumores mucosos
endometriose - tumores endometriais e celglas claras
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Aproximadamente 10% das mulheres com cancro do ovário apresentam uma mutação no gene BRCA1 (17q12-21) ou no BRAC2 (13q12-13). Mulheres que herdam um alelo mutado apresentam uma alta incidência de cancro do ovário e da mama. Assim sendo, deve-se identificar atempadamente as mulheres que apresentam antecedentes familiares de neoplasia da mama e do ovário assim como antecedentes pessoais das mesmas neoplasias, sobretudo em idades jovens, para que as mutações sejam identificadas.
Mulheres portadoras de mutações no BRCA1 e 2 desenvolvem sobretudo carcinoma da mama. Não obstante, mulheres com mutações no BRCA1 apresentam um risco de 30-50% de desenvolver cancro do ovário nos seus 40-50 anos. Mulheres com mutações no BRCA2 apresentam uma baixa penetrância de cancro do ovário com, talvez, 20-40% de risco de vir a desenvolver neoplasia por volta dos 50-60 anos. A alteração do BRCA2 está também associada com cancro pancreático. Mulheres com mutações nos genes associados com o Síndrome de Lynch tipo II (MSH2, MLH1, MLH6, PMS1, PMS2) apresentam um risco de 1%/ano de desenvolver cancro do ovário, com um pico de incidência por volta dos 40-50 anos. Outros genes foram já identificados como portadores de risco para neoplasia do ovário como RAD51 e CHK2.
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Prevenção e rastreio de cancro do ovário em doentes que:
A- têm cancro da mama com:
- cancro da mama <=50A
- triplo negativo <=60 A
- 2 cancros da mama na mesma doente
- homem com cancro da mama
- cancro da mama a qql idade com:
- > =1 parente com cancro da mama <=50A
- > = 1 parente com cancro do ovário, trompa de falópio, peritonela primário a qql idade
- > =2 parentes com cancro da mama a qql idade
B - Gene alterado com suscetibilidade genética
C - Historia pessoal/familiar de de 3 ou mais pessoas do mesmo lado da família com:
- cancro da mama, sarcoma, colon, endométrio, tiroide, rim, dermato, gastro
D - Ashkenazi Jewish e cancro da mama ou próstata de alto grau (G >=7)
E - Historia pessoa de cancro ovário, pâncreas, protasta metastática e cancro da mama homem
F. Individuo sem historia de cancro com:
- familiares de 1o ou 2o grau com: cancro da mama <=45A, cancro do ovário, cancro da mama homem, cancro pancreático, cancro pancreático e metastático ou mais de dois tumores da mama primários na mesma pessoa ou do mesmo lado da família <=50A
Recomenda-se que as mulheres identificadas com mutações associadas a cancro do ovário e da mama, como BRCA, sejam submetidas à remoção profilática dos ovários e trompas de Falópio (anexectomia bilateral), normalmente após a conclusão da gravidez e idealmente antes dos 35-40 anos, uma vez que as atuais técnicas de rastreio (CA-125 e ecografia) são insuficientes na deteção de doença curável e em estadio inicial
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Sintomas
Assintomático
Só dá sintomas em caso de torção ou estadio avançado do carcinoma
Sintomas → Desconforto pélvico → Dor abdominal → Distensão abdominal → Enfartamento precoce → Alterações no padrão urinário e intestinal
Sinais
- ascite, derrame pleural e palpação da massa pélvica
MCDTS
→ Ecografia pélvica com sonda vaginal que identifica uma massa pélvica que surge frequentemente acompanhada por
ascite, dado que o diagnóstico é, comumente, tardio com disseminação peritoneal da neoplasia
→ RMN pélvica»_space; corresponde ao melhor exame de imagem para caracterização da doença loco-regional. Deve ser o exame a pedir após identificação de uma massa pélvica pela ecografia»_space; RM é sobretudo importante para fazer o diagnóstico
diferencial de massas benignas vs malignas
→ TC torácica»_space; permite averiguar a presença de metástases à distância
→ TC AP»_space; permite avaliar os critérios de ressecabilidade cirúrgica, determina
a localização e extensão da doença;
→ Biópsia do ovário(s)»_space; a radiologia de intervenção deve ficar reservada para
as doentes que não são candidatas a cirurgia. Nestas doentes há a necessidade de confirmar o diagnóstico antes de se iniciar o tratamento com QT. Nos restantes casos, o diagnóstico histológico obtém-se com a análise da peça cirúrgica.