Cancro do endométrio Flashcards
Tipos de tumor do endométrio
Maligno - adenocarcinoma epitelial
Benigno - leiomiomas e sarcomas ( em baixas qtds)
Tumores epiteliais
→ Adenocarcinoma endometrioide»_space; responsável por 75-80% de todos os casos
→ Papilar seroso»_space; responsável por 5-10% de todos os casos
→ Células claras»_space; responsável por 1-5% de todos os casos
→ Mucinoso»_space; apenas 1% de todos os casos
Graus de diferenciação
De acordo com o grau de diferenciação celular, as neoplasias endometriais classificam-se em:
→ G1: tumores bem diferenciados
→ G2: tumores moderadamente diferenciados
→ G3: tumores pouco diferenciados
Fatores de risco
→ Obesidade (o tecido adiposo é produtor de estrogénios)
→ Menopausa tardia
→ Menarca precoce
→ Tamofixeno: fármaco anti estrogénico no tecido mamário, porém estrogénico no epitélio uterino. Note-se que
tumores do endométrio como consequência da utilização de tamofixeno são uma raridade.
❖ HTA
❖ DM
❖ Nuliparidade
❖ História de infertilidade
❖ História familiar/pessoal de carcinoma da mama, carcinoma do ovário e carcinoma do colo retal»_space; possível
Síndrome de Lynch. As mulheres portadoras das mutações características desta síndrome apresentam um risco de 4% por ano de desenvolver tumores endometriais. Nestas mulheres, parece existir alguma evidência de benefício em realizar rastreio com biópsia endometrial anual. Não obstante, faz-se a ressalva que, e à semelhança do carcinoma do ovário, não há indicações para rastreio em mulheres de risco standard.
Clínica
Pós-menopausica: hemorragia vaginal
Pré-menopausica: hemorragia vaginal atípica entre ciclos menstruais
MCDTS
Eco transvaginal
Biópsia endometrial ou curetagem uterina - confirmação do dx
A doença localmente avançada e metastática é rara ao diagnóstico, mas pode ocorrer ao longo da história natural desta doença. Os tumores do endométrio tendem a disseminar para os gânglios linfáticos pélvicos e para-aórticos. À distância, as metástases são sobretudo pulmonares.
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Estadiamento - cirurgico
Realização de histerectomia total, anexectomia bilateral, inspeção da cavidade pélvica, lavado peritoneal e biópsia de todas as lesões suspeitas. Se a biópsia prévia indicar tumor de células claras ou papilar seroso, o protocolo cirúrgico a seguir é idêntico ao protocolo cirúrgico dos tumores do ovário.
FIGO
o Estadio I: tumor limitado ao corpo uterino
o Estadio II: tumor com invasão do estroma endocervical
o Estadio III: tumor com invasão da serosa ou anexos, vagina, parametrio, gânglios linfáticos pélvicos ou
lombo-aórticos
o Estadio IV: tumor com invasão do reto ou bexiga ou presença de metástases à distância
Principal fator de prognóstico
→ Histologia»_space; pior prognóstico nos tumores de células claras e papilar seroro
→ Grau de diferenciação»_space; menor grau, pior prognóstico
→ Presença de angioinvasão
Mulher de alto risco
→ Invasão da metade externa do miométrio (estadio IB) → Histologia de mau prognóstico → Menor grau de diferenciação → > Estadio II → Angioinvasão presente → Idade >60 anos → Tumor com >2 cm
Estas mulheres após a cirurgia são candidatas a RT adjuvante, quer por braquiterapia como por RT externa, ou QT adjuvante (6 ciclos de carboplatina e paclitaxel).
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Recaídas
As recaídas locais são evidenciadas pelo reaparecimento de hemorragia vaginal e dor pélvica. A doença metastática surge sobretudo nos pulmões e manifesta-se por tosse e dispneia.
→ O estadiamento destas neoplasias é cirúrgico
→ O tratamento por cirurgia pode ser completado por RT ou QT adjuvante se mulheres de alto risco para recaída
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→ As opções de tratamento perante recaídas incluem: cirurgia, RT (braquiterapia), hormonoterapia e QT
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