Cancro da mama Flashcards

1
Q

O cancro da mama corresponde a uma proliferação anormal maligna das células epiteliais que revestem os ductos
e os lóbulos da glândula mamári

A

.

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2
Q

O cancro da mama é uma doença hormono-dependente.

A

Mulheres sem ovários funcionantes e que nunca receberam terapêutica hormonal de substituição (THS) não desenvolvem cancro da mama (pela ausência de estrogénios em circulação).

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3
Q

Rádio feminino/masculino cancro da mama

A

150.1

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4
Q

Aumenta com a idade (65A)

A

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5
Q

FR para cancro da mama

A
  • Predisposição genética;
  • História Familiar (HF) positiva, sobretudo em familiares de 1o grau;
  • Exposição prolongada a estrogénios, quer endógenos, quer exógenos:
    Quanto mais precoce é a menarca, maior é o risco de desenvolvimento de cancro da mama;
    Quanto mais tardia a idade da primeira gravidez e quanto menor a paridade, maior o risco de vir a desenvolver cancro da mama;
    Quanto mais tardia é a menopausa, maior é o risco de cancro da mama;
  • Idade avançada;
  • Exposição a radiação ionizante (sobretudo nas mulheres mais jovens, antes dos 30 anos de idade);
  • Alta densidade mamária;
  • História pessoal de hiperplasia atípica;
  • Dieta ocidental hipercalórica;
  • Obesidade (Índice de Massa Corporal ou IMC ≥ 30 Kg/m2), sobretudo no período pós-menopausa;
  • Ingestão alcoólica significativa;
  • Depressão (também está associada ao aumento da ocorrência e da recorrência de cancro da mama);
  • Hormonoterapia de substituição aumenta;
  • Obesidad pré menopausa - diminui; pós-menopausa - aumenta
  • ACO - efeito nulo após cessação
  • Álcool - aumenta
  • Tabaco pré - menopausa - aumenta; pós-menopausa diminui
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6
Q

NOTA:

  • Mulheres que têm menarca aos 16 anos de idade têm um risco 50 a 60% inferior de virem a desenvolver cancro da mama, em comparação com as mulheres que têm a menarca aos 12 anos de idade;
  • Mulheres que têm a primeira gravidez de termo aos 18 anos de idade têm um risco 30 a 40% inferior de desenvolver cancro da mama em comparação com as mulheres nulíparas;
  • A menopausa que ocorre cerca de 10 anos antes da idade média da menopausa, os 51- 52 anos, quer natural, quer cirurgicamente induzida, reduz o risco de cancro da mama a longo prazo em cerca de 35%.
A

.

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7
Q

Patogénese

- é uma doença clonal

A

É o produto de uma única célula que sofre uma série de mutações somtáticas (adquiridas) ou germinais, adquirindo potencial maligno acabando por replicar

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8
Q

Patogénse - considerações gerais
Fatores hereditários

Formas somáticas

A

Mutação p53 (S. Li-Fraumeni) e PTEN - gene supressor de tumor
Mutação BRCA1 e BRCA2

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9
Q

Mutações BRCA1 e BRCA2

A

BRCA1 - 17q21
Zinc finger - vão actuar como fatores de transcrição, responsáveis pela transcrição de genes envolvidos na reparação do DNA por recombinação homóloga.

As mulheres que herdam um alelo mutado deste gene de um dos progenitores têm uma probabilidade de pelo menos 60 a 85% de poderem a vir desenvolver cancro da mama e 33% (40 a 66%) de vir a desenvolver cancro do ovário ao longo da vida. Os homens portadores de um alelo mutado têm um aumento da incidência de cancro da mama e de cancro da próstata.

BRCA2 - 13q12
A mutação do
gene BRCA2 confere um risco de 60 a 85% de desenvolvimento de cancro da mama e de 10 a 20% de cancro do ovário. Adicionalmente, aumenta também o risco de desenvolvimento de cancro da próstata e de melanoma maligno.

GENE SUPRESSOR DE TUMOR - reparação do DNA por recombinarão homóloga

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10
Q

Suspeitar de mutações nos seguintes casos:

A
  • Cancro em mulheres jovens;
  • Tumores bilaterais;
  • Tumores triplos negativos (sem expressão de recetores de estrogénios e de progesterona e sem sobre-expressão de HER2);
  • Homens com cancro da mama.
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11
Q

Formas somáticas

A

Formas esporádicas - mais frequentes (cerca de 75 a 90%)

A mutação do gene p53 está presente em cerca de 40% dos cancros da mama esporádicos. Mutações adquiridas do gene PTEN ocorrem em cerca de 10% dos casos. A perda de heterozigotia dos genes BRCA1 e BRCA2 tem sido identificada em vários casos, sugerindo a sua ação como genes supressores de tumor.

Adicionalmente, a expressão aumentada de um oncogene dominante exerce um papel importante em cerca de 1⁄4 dos cancros da mama. O produto deste gene é uma proteína da superfamília do EGFR (Epidermal Growth Factor Receptor), designado erbB2 (HER/2 neu) e a sua sobre-expressão ocorre em vários cancros da mama, pela amplificação genética. A sua expressão aumentada pode contribuir para a transformação maligna do epitélio da mama e constitui um alvo terapêutico da terapêutica adjuvante sistémica e da doença metastática.

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12
Q

Dx - avaliação do tumor primário

A

Abordagem tripla:

Clínica + Imagiológica + Anatomopatológica

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13
Q

Todos os nódulos e massas detetados à palpação devem ser caracterizados quanto à sua localização, tamanho, mobilidade, bordos, superfície, dor e sinais e sintomas associados.

A

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14
Q

O exame físico isoladamente não exclui malignidade. Contudo, existem certas características mais suspeitas de malignidade que nos devem colocar em alerta:

A
  • Nódulos duros/pétreos;
  • Limites mal definidos;
  • Superfície irregular;
  • Nódulos aderentes aos planos superficiais e profundos; - Nódulos indolores;
  • Nódulos sem alterações cíclicas;
  • Nódulos acompanhados de lesões cutâneas inflamatórias, adenopatias, retração cutânea, retração mamilar, corrimento serohemático unilateral e/ou eczema mamilar unilateral.
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15
Q

Nas mulheres pré-menopausicas, lesões não suspeitas ao exame objetivo ou equivocas devem ser reexaminadas em 2 a 4 semanas, na fase folicular do seguinte
ciclo menstrual.

A

.

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16
Q

Algoritmo da palpação da mama, do diagnóstico, de quistos

A

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17
Q

Todas as massas dominantes em mulheres em idade pós-menopáusica ou massas que persistem ao longo dos ciclos menstruais sem grandes variações em mulheres em idade pré- menopáusica devem ser submetidas a biópsia de agulha fina ou ser referenciadas para cirurgia geral.
A biópsia aspirativa permite diferenciar lesões quísticas de lesões sólidas. Lesões sólidas ou lesões quísticas com conteúdo hemático que são persistentes, complexas e recorrentes devem ser submetidas a mamografia e a biópsia. A ecografia pode ser usada em alternativa à mamografia, sobretudo em mulheres jovens.

A

.

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18
Q

Esquema do algoritmo da mamografia

A

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19
Q

Uma mamografia sem alterações na presença de um nódulo palpável não exclui malignidade.

A

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20
Q

O desenvolvimento de uma massa dominante palpável durante a gravidez ou amamentação nunca deve ser automaticamente atribuída aos efeitos hormonais. Uma massa dominante deve ser diagnosticada e tratada com a mesma preocupação do que em mulheres não grávidas.
Geralmente, as mulheres grávidas apresentam doença em estadios mais avançados porque desvalorizam o crescimento de um nódulo nesta fase e/ou pela estimulação hormonal endógena inerente a este período.

A

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21
Q

Rastreio populacional

MULHERES ASSINTOMÁTICAS

A

Mulheres assintomáticas < 50A - mamografia não está indicada
À população do sexo feminino, assintomática e sem fatores de risco, com idade ≥50 anos e ≤69 anos. O teste primário a realizar é a mamografia com dupla leitura a realizar de 2 em 2 anos. As mamografias devem ser classificadas segundo o protocolo internacional BIRADS.
A ecografia mamária poderá ser útil como complemento a mamografia de rastreio nas mulheres com densidade mamária mais elevada ou com prótese mamária.

  • Os critérios de exclusão definitivo do programa são a realização prévia de mastectomia e o diagnóstico prévio de cancro da mama.
  • Os critérios de exclusão temporária são a realização da mamografia com resultado normal nos 2 anos anteriores, a presença de próteses mamárias, a presença de processos inflamatórios ativos, a gravidez e a amamentação.
  • A realização de mamografia de rastreio, periódica e ajustada à idade em mulheres assintomáticas, obriga à aquisição de 2 incidências (lateral-obliqua e crânio-caudal), leitura realizada por 2 radiologistas em dupla ocultação e, caso necessário, acessibilidade a métodos complementares e encaminhamento hospitalar especializado.
  • As utentes com mamografias classificadas com BIRADS 1 ou 2 repetem mamografia em 2 anos.
  • As utentes com mamografias classificadas com BIRADS 3 devem ser referenciados para consulta de aferição, bem como resultados dispares de leitura.
  • As utentes com mamografias classificadas em BIRADS 4 ou 5 devem ser referenciadas para consulta de patologia mamária.

Com idade >69 anos, a mamografia
de rastreio está recomendada a cada 2 ou 3 anos.

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22
Q

Rastreio populacional

MULHERES SINTOMÁTICAS

A

Nas mulheres sintomáticas, na avaliação imagiológica da mama, procede-se nos seguintes termos:
Está indicada a mamografia e a ecografia mamária se apresentarem alterações morfológicas (nódulo mamário, retração, edema, espessamento cutâneo, retração recente do mamilo, escorrência mamilar uniporo ou eczema mamilar unilateral) em qualquer idade.
Na mulher com idade <35 anos, a ecografia mamária é o exame de 1a linha no contexto da avaliação tripla e deverá ser realizada com celeridade em serviço clínico especializado. A ecografia mamária é também o método de eleição durante a gravidez.
Na mulher com idade ≥35 anos, a mamografia deve ser utilizada no contexto da avaliação tripla e referenciada para serviço clínico especializado.
Nas mulheres com idade >40 anos, com sintomas persistentes não suspeitos de cancro (hipersensibilidade mamária, nódulos generalizados ou retração antiga do mamilo), não está indicada a realização de mamografia.
- A mulher com risco moderado a elevado de cancro da mama deve ser referenciada para serviço clínico especializado.
- As mulheres com antecedentes de carcinoma da mama, submetidas a cirurgia devem ser avaliadas imagiologicamente através de mamografia e ecografia. A suspeita de reicidiva locorregional deve ser investigada mediante a avaliação tripla. A mama contralateral deve ser sempre submetida a avaliação imagiológica periódica.
→Casos Especiais: a Sociedade Americana do Cancro (ACS - American Cancer Society) sugere que as mulheres jovens portadoras dos genes BRCA1 e BRCA2, mulheres não testadas geneticamente com familiares com cancro da mama, mulheres com história de radioterapia do peito entre os 10 e os 30 anos de idade, mulheres com um risco acrescido de cando da mama e mulheres com história de síndromes familiares (como Li-Fraumeni, Cowden ou Bannayan-Riley-Ruvalcaba) podem beneficiar de rastreio com Ressonância Magnética (RM).

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23
Q

Tipos Histológicos:
Existem vários tipos histológicos de cancro da mama, com diferentes prognósticos.
- Carcinoma invasivo (ou carcinoma ductal invasivo), o mais frequente (2/3).
- Carcinoma ductal in situ ou neoplasia intra-epitelial ductal (DIN);
- Carcinoma lobular in situ ou neoplasia intra-epitelial lobular (LIN) – cada vez mais considerada uma lesão percursora, uma entidade pré-maligna.
Estas duas últimas entidades não são bem carcinomas, já que não são tumores invasivos!
Há uma série de outros tipos histológicos, mais raros, que podem surgir na mama como os angiossarcomas, (muitas vezes secundários após tratamento conservador com posterior radioterapia) e linfomas.
A mama pode ser local de metastização (por exemplo, de melanoma).

A

.

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24
Q

Apresentação Clínica:

A

A maior parte das vezes os doentes são totalmente assintomáticos. Muitos tumores da mama são achados imagiológicos e apresentam-se como:

(1) Lesões espiculadas com microcalcificações na mamografia; condensações dispersantes;
(2) Uma hiperdensidade numa RM mamária (realizada em contexto de história familiar, por exemplo);
(3) Um nódulo hipoecogénico irregular, com atenuação posterior na ecografia mamária.

podem existir uma série de outros sinais que nos fazem pensar que estamos na presença de uma neoplasia maligna, como retração do complexo aréolo-mamilar, retração cutânea, corrimento hemático, pele com aspeto em “casca de laranja”, etc. Isto não significa necessariamente que estas estruturas estejam invadidas, uma vez que é a própria reação neoplásica do tumor que retrai os tecidos adjacentes.

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25
Q

Dx de cancro da mama e adenopatias

A

O diagnóstico definitivo de cancro da mama deve ser efetuado através de uma microbiópsia ou com uma biópsia assistida por vácuo. Sempre que necessário, estas biópsias serão assistidas por imagem (ecografia ou estereotaxia). As adenopatias suspeitas também devem ser confirmadas, podendo estas ser confirmadas pela realização de microbiópsia ou de citologia aspirativa de agulha fina
(CAAF).

26
Q

Estadiamento locorregional

Estadiamento sistémico

A

Estadiamento locorregional

  • mamografia, ecografia malaria e RM mamaria
  • adenopatias -citologia

Estadiamento sistémico
- cintigrafia óssea, radiografia simples de tórax e eco abdominal OU substituir os últimos 2 por TC torrado-abdomino-pelvica ou os 3 por PET

27
Q

TMN - T

A
Tis	
Carcinoma in situ
Tis (DCIS): ductal carcinoma in situ
Tis (LCIS): lobular carcinoma in situ
Tis (Paget): Paget disease of the nipple without underlying invasive carcinoma
T1	
Tumor size ≤ 2 cm
T1mi: microinvasion ≤ 0.1 cm
T1a: ≤ 0.5 cm
T1b: > 0.5 cm and ≤1 cm
T1c: > 1 cm and ≤ 2 cm
T2	
Tumor size > 2 cm and ≤ 5 cm
T3	
Tumor size > 5 cm
T4	
Tumor of any size with infiltration of the skin or chest wall 
T4a: infiltration of the chest wall
T4b: ulcerations, skin edema (including peau d'orange), or ipsilateral skin satellite metastases
T4c: T4a + T4b
T4d: inflammatory breast carcinoma
28
Q

TMN - N

A

Lymph node involvement (clinical)
N1
Involvement of mobile level I and II axillary lymph nodes
N2
Metastases in fixed level I and II axillary lymph nodes or isolated metastases to ipsilateral internal mammary lymph nodes
N2a: axillary lymph nodes (level I-II) fixed one to another
N2b: isolated metastases to ipsilateral internal mammary lymph nodes
N3
Metastases in supraclavicular or infraclavicular lymph nodes (level III) or simultaneous metastases in axillary and internal mammary lymph nodes
N3a: metastases in infraclavicular lymph nodes
N3b: axillary lymph nodes and metastases to ipsilateral internal mammary lymph nodes
N3c: metastases in supraclavicular lymph nodes

29
Q

TMN - M

A

Distant metastases
M
M0: no distant metastasis
M1: distant metastasis - nódulos linfáticos não regionais

30
Q

Classificação molecular

  • Luminal A
  • Luminal B
  • Normal breast like
  • HER2 positivo
  • Basal ou triplo negativo
A
  • Luminal A: os tumores luminais A expressam citoqueratinas 8 e 18; têm a maior expressão de recetores de estrogénios; tendem a ser de baixo grau; geralmente são respondedores de terapêutica endócrina/hormonal; têm um prognóstico favorável. Contudo, são os que menos respondem à quimioterapia.
  • Luminal B: as células têm origem também epitelial, mas com expressão genética distinta dos tumores luminais A. O prognóstico é pior que o luminal A.
  • “Normal breast-like”: estes tumores têm um perfil genético semelhante ao epitélio da mama normal remanescente. O prognóstico é semelhante aos tumores tipo luminal B.
  • HER2 positivo: estes tumores têm amplificação do gene HER2 (cromossoma 17q) e frequentemente apresentam uma co-ampliação e sobre-expressão de outros genes adjacentes ao HER2. Historicamente o prognóstico destes tumores é reservado. Contudo, com o advento do Trastuzumab e de outras terapêuticas alvo, os resultados clínicos da doença HER2 positiva têm melhorado largamente.
  • Basal ou triplo negativo: estes tumores não expressam recetores de estrogénios, recetores de progestegénios, nem amplificação do gene HER2. Estes tumores apresentam grande quantidade de células basais/mioepiteliais; tendem a ser de alto grau, expressam as citoqueratinas 5/6 e 17, bem como vimentina, p63, CD10, actina α do músculo liso e EGFR (Epidermal Growth Factor Receptor). Doentes com mutações BRCA frequentemente apresentam este tipo molecular de cancro. Existem características de células estaminais.
31
Q

Definição do prog depende de

A
  • Expressão de recetores hormonais, de estrogénios (ER) e de progesterona (PR) (a sua expressão é indicativo de melhor prognóstico);
  • Amplificação do gene erbB2 com sobre-expressão da proteína HER2;
  • Índice proliferativo (ex.: doseamento do Ki67, citometria de fluxo com quantificação das células em fase S);
  • Grau de diferenciação celular;
  • Estadiamento TNM, quer clínico, quer patológico.
32
Q

GgS

A

1o gânglio que recebe a drenagem linfática do tumor

33
Q

Cirurgia conservadora da mama - é necessário que

A
  • a doença seja uni ou multifocal
  • não haver envolvimento macroscópico nem microscópico da margem
  • ser elegível para RT
34
Q

TTO conservador não está indicado em

A

Tumor > 5cm
Tumor que envolve o complexo areolo-mamilar
Tumor com componente extensa intraductal envolvendo múltiplos quadrantes
Tumores multicêntricos
Mulheres com hx de doenças do colagénio
Mulheres que não querem tto conservadora
Mulheres sem acesso radioterapia pós-cirurgia

– envolvimento de nodos linfáticos axilares, vasos linfáticos ou vasculares por tumor metastático não são CI para cirurgia conservadora

35
Q

Cirurgia de oncoplástica - resultados cosméticos dependentes de

A
  • relação tumor vs tamanho da mama
  • localização do tumor - quadrantes inferiores, em que a deformação é óbvia, no quadrante sup externo há mais tecido para ressecar e por isso a sequela é menor
  • densidade do parênquima

ângulo de reconstrução: 45 a 55%

36
Q

Classificação de Clough - sequelas pós cirurgia conservadora

A

Sequela 1 CS - mama não está deformada, está assimétrica em relação à contralateral

Sequela 2 CS - mama tratada apresenta uma deformação que é passível de reconstrução PARCIAL

Sequela 3 CS - reconstrução TOTAL da mama

37
Q

Classificação de Clough - Técnicas de cirurgia oncoplástica

A

Tipo 1 <20%; técnicas de remodelação de volume; centralização do complexo areolo-mamilar
Tipo 2: 20 a 50% - mamoplastia de redução terapêutica; técnicas de substituição de volume

38
Q

Técnicas utilizadas em função da localização e tamanho

A

LOCALIZAÇÃO

Central

  • Grisotti
  • T invertido com pedículo inferior (modificado)
  • Roundblock

Quadrante externo ou lateral

  • Raquete;
  • Retalho do latíssimo do dorso ou perfurador

Quadrante superior

  • Raquete;
  • T invertido com pedículo inferior.

Quadrante inferior
Mamoplastia
- Raquete;

TAMANHO
Mama grande - T invertido
Gigantomastia - redução do tipo de amputação com retalho mamilar

39
Q

TTO sistémico depende de

A

ESTADIAMENTO
BIOLOGIA DO TUMOR:
Subtipo histológico (hoje em dia menos valorizado – a maioria dos tumores são carcinomas ductais invasivos, mas existem tumores lobulares invasivos e outros subtipos mais raros);
Grau de diferenciação (o grau de similitude da célula tumoral com a epitélio do tecido mamário normal que lhe deu origem) – é um fator de prognóstico muito importante;
A expressão ou não e respetiva intensidade de recetores hormonais na célula tumoral – quanto maior a intensidade de expressão destes recetores, maior é a sensibilidade dos tumores à terapêutica hormonal;
Presença ou não de amplificação do gene erbB2, que se traduz pela sobre-expressão da proteína HER2, um recetor da superfamília do EGFR;
Presença de linfoangioinvasão (pode estar relacionada com a resposta imunológica);
Índice proliferativo tumoral (por exemplo, pela quantificação do antigénio Ki67 ou pela contagem de células em fase S por citometria de fluxo);
Perfil genético.

40
Q

Cancro da mama em 3 subgrupos - classificação imunohistoquímica

A

Cancro da mama com expressão de recetores hormonais; cancro da mama HER2 positivo (sendo que cerca de 50% tem também expressão de recetores hormonais e os restantes 50% são negativos para a expressão de recetores hormonais); cancro da mama triplo negativo (não tem expressão de recetores de estrogénios, não tem expressão de recetores de progesterona e não tem amplificação de HER2).

41
Q

Classificação molecular

A

Luminal A; Luminal B; Her2 positivo; Basal ou Triplo negativo; Normal like

42
Q

Guidelines de exames

Hx
Examinação malária própria
Mamografia
Examinação pélvica
Educação do doente sobre sintomas de recurrência
A

Hx: 3 a 6 meses x3 anos; 6 a 12 meses x 2 anos; anualmente
Examinação malária própria: mensal
Mamografia: anual
Examinação pélvica: anual
Educação do doente sobre sintomas de recurrência

43
Q

MUTAÇÃO BRCA 1 e BRCA2

A prevalência é aproximadamente 1:400 no geral, exceto em certos grupos étnicos ou raciais específicos, como é o caso das mulheres judias Ashkenazi, em que a prevalência é 1:40.

A

.

44
Q

Founder mutations

A

A genetic alteration observed with high requency in a group that is or was geographically or culturally isolated, in which one or more of the ancestors was a carrier of the altered gene. This phenomenon is often called a founder effect. Also called founder variant.

45
Q

Cancro da mama hereditário
esporádico
familiar

A

hereditário 5 a 10%
esporádico 70 a 80%
familiar 15 a 20%

46
Q

Histologicamente mama - neo apresenta

A
  • Elevado grau (3-4), consequente da marcada indiferenciação destas mesmas células;
  • Infiltrado linfocitário proeminente;
  • Invasão das margens e presença de diversas áreas de necrose;
  • Elevada contagem de células em mitose, com nucléolos proeminentes.
    Por todas estas características, são habitualmente tumores com muito mau prognóstico.
47
Q

A maioria corresponde a carcinomas ou adenocarcinomas
(ADC) ductais invasivos, sendo que na mutação do BRCA 1 existe
um predomínio de tumores triplo negativos, caraterizados por não expressarem recetores de progesterona, recetores de estrogénio, nem a proteína HER-2. É nos tumores BRCA 2 que observamos um pior prognóstico

As neoplasias do ovário estão sobretudo associadas a mutações ao nível do BRCA 1, correspondendo frequentemente a carcinomas serosos de alto grau, bastante indiferenciados.

A

.

48
Q

Critérios para testar os doentes com história pessoal de cancro da mama são um ou mais dos seguintes:

A
  • Idade de início de cancro da ≤50 anos;
  • Tumor Triplo Negativo e idade ≤60 anos;
  • Hereditária dos Judeus de Ashkenazi e cancro da mama em qualquer idade;
  • Dois ou mais tumores primários da mama;
  • Familiar de 1o grau com cancro da mama diagnosticado com idade ≤50 anos;
  • Dois familiares do mesmo lado da família com história de cancro da mama e/ou cancro do pâncreas;
  • Cancro da mama em indivíduo do sexo masculino;
  • História pessoal ou familiar de cancro do ovário, cancro das trompas de Falópio ou cancro peritoneal primário; - Familiar portador de uma mutação conhecida.
49
Q

Os critérios para testar doentes sem história pessoal de cancro da mama são um ou mais dos seguintes:

A
  • Familiar de 1o grau ou de 2o grau com cancro da mama diagnosticado até aos 45 anos de idade;
  • Descendência de Judeus de Ashkenazi e história familiar de cancro da mama em qualquer idade;
  • Dois ou mais cancros da mama primários (quer sejam assíncronos, síncronos, bilaterais ou multicêntricos) num único familiar;
  • Dois ou mais familiares do mesmo lado da família com história de cancro da mama e/ou do pâncreas; - História pessoal ou familiar de cancro do ovário, das trompas de Falópio ou peritoneal primário;
  • Cancro da mama em indivíduo do sexo masculino;
  • Membro da família portador de uma mutação conhecida.
50
Q

Contudo, a presença de um teste com resultado negativo não significa necessariamente que o paciente não apresenta risco acrescido de desenvolvimento de neoplasia mamária.

A

.

51
Q
  • As variantes patogénicas do BRCA 1 e 2 estão implicadas em cerca de 15% das neoplasias familiares da mama e do ovário.
A

.

52
Q
  • As variantes patogénicas do BRCA 1 e 2 estão implicadas em cerca de 15% das neoplasias familiares da mama e do ovário.
A

.

53
Q

Complicações associadas à biópsia do gglS

A

As complicações associadas à biópsia do gânglio sentinela são:
- Infeção e dor local; - Seroma;
- Diminuição temporária da sensibilidade cutânea local.
As complicações associadas à Disseção Axilar são: - Linfedema;
- Perda da sensibilidade;
- Défices motores (por lesão do plexo braquial).

54
Q

Indicações para biópsia do gglS

A

Doentes com neoplasias em estadios precoces (T1 e T2) com gânglios linfáticos clinicamente negativos;

  • Tumores multicêntricos (com injeção subareolar ou intradérmica);
  • Carcinomas ductais in situ propostos para mastectomia (uma vez que a cirurgia pode impossibilitar a realização de biópsia posteriormente por alteração dos trajetos linfáticos).
55
Q

Contra indicações do gglS

A

Absolutas:

  • alergia aos reagentes
  • ggls linfáticos clinicamente positivos

Relativas:

  • cancro da mama localmente avançado (T3 e T4 a-c)
  • C DIS proposto para cirurgia conservadora (pois a probabilidade de invasão nestes tumores é extremamente baixa, por isso, o risco de fazer a biópsia é superior ao benefício);
  • Carcinoma da mama inflamatório (T4d), pois a inflamação pode alterar os trajetos linfáticos;
  • Gravidez.
56
Q

Com base nos resultados histopatológicos, não está recomendado o tratamento axilar futuro em doentes que verifiquem todos os seguintes critérios - “Z-0011-eligible” criteria:

A
  • cN0 (gânglios clinicamente negativos);
  • Cancro da mama primário em estadio T1 ou T2 (≤5cm);
  • <3 gânglios sentinela metastáticos (mSLN) na biópsia de gânglio sentinela;
  • Doentes que vão ser submetidos a cirurgia conservadora da mama seguida de irradiação total da mama.
57
Q

Não está recomendada a disseção dos gânglios linfáticos axilares em doentes com cancro da mama em estadio precoce que se apresentem:

A
  • Sem gânglios metastáticos aquando da biópsia de gânglio sentinela;
  • Clusters isolados de células tumorais;
  • Com metástases ocultas (a maioria das metástases ocultas são ICT, ou seja, clusters isolados de células tumorais, ou micrometástases, e muito raramente são macrometástatses) – não está recomenda a disseção nem a alteração da terapia adjuvante posterior nestes doentes.
58
Q

Está recomendado proceder à disseção ganglionar linfática axilar nos doentes com:

A
  • ≥3 gânglios metastáticos na biópsia de gânglio sentinela (pois esta permite auxiliar no estadiamento e maximizar
    o controlo local da doença);
  • Cancro da mama em estadio inicial que tenham apenas 1 ou 2 gânglios positivos na biópsia de gânglio sentinela e que não vão ser submetidos a terapia adjuvante com radiação local;
  • Extensão extranodal, independentemente do número de gânglios sentinela metastáticos (a presença de extensão extranodal está associada a um maior burden da doença e maior risco de se estar perante um estadio pN2 – 4 ou mais gânglios positivos);
  • Tumor de grandes dimensões (> 5cm/T3), independentemente do número de gânglios sentinela positivos.
59
Q

Imunohistoquímica

A
  • 0: negativo→não é visível coloração membranar ou existe uma coloração muito ténue e incompleta em ≤10% das células tumorais.
  • 1+: negativo → se existe coloração muito ténue e incompleta em >10% das células tumorais. Perante um resultado 1+ quase nunca existe amplificação do gene erBb2 presente na Hibridização in situ.
  • 2+: inconclusivo → coloração incompleta e/ou fraca/moderada em >10% células tumorais ou coloração intensa e completa em ≤10% células tumorais. Perante um resultado 2+ é importante sempre fazer hibridização in situ, porque aproximadamente em 50% dos casos existe amplificação do gene erBb2 e nos restantes 50% não.
  • 3+: positivo → coloração membranar intensa e completa em >10% células tumorais. Perante um resultado 3+ quase sempre existe amplificação do gene erBb2.
60
Q

Considera-se um tumor HER2 positivo se:

A
  • Número de cópias HER2 ≥ 6;
  • Ratio HER2/CEP17 ≥ 2 + número de cópias HER2 ≥ 4;
  • Ratio HER2/CEP17 < 2 + número de cópias HER2 ≥ 6.
61
Q

O estadiamento sistémico não está indicado em todos os casos pela limitação de recursos:

A
  • Estadio I, se doente assintomático e análise bioquímica (hemograma, função renal, função hepática e cálcio) normal, o estadiamento sistémico não está indicado;
  • Estadio II, o estadiamento sistémico é feito em quase todos os centros, mas pode estar dispensado em alguns casos;
  • Estadio III, o estadiamento sistémico está sempre indicado.
62
Q

Os carcinomas localmente avançados compreendem os:

A
  • T4: tumores com invasão da pele; invasão dos músculos peitorais; invasão da parede torácica; lesões ulceradas; tumores inflamatórios; tumores com pele em “casca de laranja”;
  • N3: doença dos gânglios supraclaviculares e/ou dos gânglios mediastínicos.