Breve Evento Resolvido Não Explicado Flashcards
O que é BRUE?
BRUE é um evento inexplicado brevemente resolvido em bebês menores de 1 ano, caracterizado por alterações de coloração da pele, padrão respiratório, tônus muscular e/ou responsividade, sem uma condição médica identificável.
Qual termo BRUE substitui e por quê?
BRUE substitui o termo ALTE (apparent life-threatening event) porque BRUE é um diagnóstico sindrômico enquanto ALTE é um sintoma baseado na impressão de quem presenciou o evento.
Quais são os critérios para diagnóstico de BRUE?
Cianose ou palidez, apneia ou respiração irregular, mudança no tônus (hiper ou hipotonia), e alteração do nível de responsividade.
Qual a duração típica de um evento BRUE?
Geralmente, 20 a 30 segundos.
Quais são os critérios para classificar BRUE como de baixo risco?
Idade > 60 dias, idade gestacional > 32 semanas ou idade corrigida > 45 semanas, primeiro episódio sem recorrência, história e exame físico sem achados patológicos, duração < 1 minuto, e sem necessidade de RCP por profissional treinado.
Quais são as medidas opcionais no manejo de BRUE de baixo risco?
Investigar coqueluche, solicitar ECG com atenção ao intervalo QT, realizar observação hospitalar breve com oximetria de pulso e vigilância clínica.
Quais exames não são indicados rotineiramente para BRUE de baixo risco?
Urinálise, exames de sangue, liquor, imagem (neuroimagem, radiografia de tórax), eletroencefalograma, e monitoração cardiorrespiratória.
O que deve ser feito para educar cuidadores sobre BRUE?
Oferecer treinamento de RCP, solicitar retorno ou seguimento em 24 horas para reavaliação, e fornecer orientações sobre sinais de alarme e plano de contingência.
Quais são os aspectos preocupantes na história clínica de BRUE?
Dificuldades na alimentação, sintomas respiratórios recentes, idade < 2 meses, episódios prévios, prematuridade, baixo peso ao nascer, tabagismo materno.
Quais são as doenças respiratórias associadas ao BRUE de alto risco?
Laringo/traqueomalácia, fístula traqueoesofágica, apneia obstrutiva do sono, doença intersticial pulmonar, laringoespasmo.
Quais são as doenças neurológicas associadas ao BRUE de alto risco?
Epilepsia, encefalopatias estruturais, encefalopatias isquêmicas, malformações arteriovenosas, doenças neuromusculares, neuropatias progressivas, apneia central.
Quais são as doenças gastrointestinais associadas ao BRUE de alto risco?
Disfagia, doenças do refluxo gastroesofágico, anel vascular extraesofágico, acalasia cricofaríngea.
Quais são as doenças metabólicas associadas ao BRUE de alto risco?
Distúrbios do ciclo da ureia, distúrbios da oxidação de ácidos graxos, acidemias orgânicas, acidemias láticas.
Quais são as doenças infecciosas associadas ao BRUE de alto risco?
Sepse bacteriana, meningite, infecção de trato urinário, infecções respiratórias, coqueluche.
Quais são as doenças cardiovasculares associadas ao BRUE de alto risco?
Taquicardia supraventricular, taquicardia juncional ectópica, síndrome do QT longo, cardiopatias congênitas estruturais, cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica.
Quais são os sinais de maus tratos associados ao BRUE de alto risco?
Traumatismo craniano abusivo, sufocamento proposital, intoxicação exógena, transtornos factícios, negligência de cuidados médicos.
Quais são as investigações de primeira linha para BRUE de alto risco?
Oximetria de pulso contínua, ECG de 12 derivações, eritrograma, glicemia capilar e sérica, gasometria venosa, lactato, dosagem de íons.
O que deve ser considerado para investigações adicionais em BRUE de alto risco?
Situação social, avaliação da alimentação, testes para vírus respiratórios, PCR-RT para Bordetella pertussis, protocolo de rastreamento de sepse bacteriana.
Quais são os fatores que podem indicar a necessidade de investigação de maus tratos em BRUE de alto risco?
Antecedentes criminais de cuidadores, necessidade prévia de acompanhamento do serviço social, história de violência doméstica na família.
Quais são as características da história que podem ajudar a priorizar condutas diagnósticas em BRUE de alto risco?
Hipotonia associada a cianose, apneia, episódios paroxísticos, cianose central, ou sinais de cardiopatia congênita.
Qual é a abordagem para bebês com BRUE que não recorre em 24 horas?
Liberar para casa com acompanhamento ambulatorial agendado, orientações sobre o que fazer em novos episódios e sinais de alarme.
Quais são as orientações finais para profissionais de saúde em casos de BRUE?
Monitorar bebês classificados como baixo risco com saturimetria de pulso, educar pais, e planejar investigações adicionais para bebês de alto risco conforme necessidade.