Aula 4 - Estrutura de operações para a logística internacional Flashcards

1
Q

1 Distribuição no mercado externo

A

1.1 Formas, canais diretos e indiretos, tipos de distribuição, eficiência
na distribuição e gerenciamento integrado
a importância de uma correta gestão da rede de
distribuição internacional envolve a percepção de que:
• Conhecer as mudanças e tendências na distribuição internacional é inevitável.
• Mercados estrangeiros não estão apenas fisicamente remotos, diferem também
culturalmente.
• Canais de distribuição encontrados no ambiente doméstico podem estar indisponíveis
no mercado estrangeiro.
O profissional de logística deve perceber que a escolha e as estratégias relacionadas ao
canal de distribuição têm influência direta nos custos da organização, em particular, no preço
final do produto. Deve perceber também que o canal de distribuição tem de estar alinhado
com a estratégia de produto/mercado adotada pela organização, ou seja, o sistema de
distribuição só pode ser desenhado de forma adequada se a empresa já tiver definido com
clareza o produto e o público-alvo em questão.
Observamos que a natureza do produto (dimensão, peso etc.), as características do
mercado (localização, hábitos de compra, poder aquisitivo etc.), a qualificação dos agentes
intermediários e as vantagens e desvantagens de negociar diretamente com os consumidores
finais sem intermediários têm aspectos relevantes quando o assunto é a distribuição física,
seja ela nacional, seja global.
As formas de distribuição no mercado internacional podem se apresentar da seguinte
maneira: exclusiva, intensiva ou seletiva.
Quanto ao nível de cobertura do canal de distribuição, identificamos os abaixo descritos:
• Distribuição exclusiva — A distribuição é exclusiva quando os fabricantes escolhem
seus revendedores e os autorizam a distribuir de forma exclusiva seus produtos.
Aqueles que os fabricantes tiverem interesse em não popularizar poderão ser
distribuídos desse modo.
• Distribuição intensiva — O fabricante tenta colocar seu produto através do maior
número possível de revendedores, não restringindo o número de participantes nas
diversas regiões comercializado seu produto.
• Distribuição seletiva — Quando se leva em conta a imagem do produto: a imagem
do ponto de venda deve ser compatível com a que se pretende fixar para o produto.
Também quando é preciso que o revendedor ofereça algunsserviços e/ou facilidades,
como crédito, assistência técnica, qualidade dos vendedores, etc. Esse tipo de
distribuição é recomendado principalmente para os bens de compra comparada
de médio ou alto valor unitário e para alguns bens de especialidade de baixo valor
unitário.
Os canais de distribuição classificam-se em direto ou indireto.
• Canal direto é aquele sem intermediários, quando o produtor vende diretamente
para o consumidor.
• Canal indireto é aquele que inclui intermediários, como: comerciantes — atacadistas
e varejistas, são os que compram e vendem; representantes — corretores e
representantes comerciais que buscam clientes, mas não possuem posse do produto;
facilitadores — transportadoras, armazéns, bancos e outros prestadores que não
negociam, mas facilitam a distribuição.
Sabemos que no comércio internacional existem diversos tipos de canais e agentes que
colaboram com a distribuição e a colocação do produto nos distintos mercadosinternacionais,
entre os quais podemos destacar:
• Trading companies — Esse tipo de empresa tem atuação amplificada, é reconhecida
em vários mercados, realiza operações em grandes proporções. Seu ramo de atuação
inclui compra, venda, industrialização e financiamento das operações.
• Comercial exportadora — São organizações que operam com a compra, a venda e a
intermediação de produtos, de forma a atender empresas de capacidade mínima ou
média. Existe a exigência de capital mínimo para a operacionalização desse tipo de
organização.
• Agentes de compras — São representantes dos importadores, e observadores de
mercados e suas oportunidades no país do exportador.
• Consórcio de exportação — É um agrupamento de empresas com interesses comuns.
Cada empresa mantém sua individualidade no mercado interno e todas reúnem
esforços de produção e comercialização para o mercado externo.
• Representantes de vendas no Brasil — Exercem uma atividade semelhante às
comerciais exportadoras, entretanto não procedemcompra ou venda demercadorias,
subsite através do comissionamento sobre negócios efetivados no exterior.
• Representantes de vendas no exterior — Uns dos principais elos entre a empresa e o
mercado. Geralmente, possuem sólidos conhecimentos sobre as mercadorias, sobre
as variáveis que influenciam a demanda, a segmentação de mercados e os hábitos de
compra e consumo.
• Importador-distribuidor — É aquele que atua de forma independente para a
distribuição dos produtos. As encomendas têm proporções ampliadas a esse tipo de
canal de comercialização.
• Varejistas (Dealers) — São organizações, ou pessoas físicas, que não comercializam
grandes lotes como os importadores-distribuidores. Não possuem suporte
administrativo e financeiro para uma importação direta do fabricante.
Considera-se, a partir de Keegan (2005), que a condição ideal para o exportador é a
capacidade de poder vender diretamente a seu cliente final, sem necessidade de
intermediários. Assim, seus custos de comercialização seriam reduzidos e a competitividade
de seus produtos, muito melhorada. Dessa forma, o exportador teria o contato direto com o
mercado, obtendo informações em tempo real. Por outro lado, essa estratégia demanda
muito conhecimento do mercado, o que pode representar um risco. Para minimizá-lo, a
empresa deve investir muito em pesquisa de mercado, o que pode se tornar inviável em
empresas pequenas.

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Q

2 Sistema de Comércio Exterior (Siscomex)

A

O Sistema de Comércio Exterior (Siscomex) é o sistema informatizado que integra as
operações de registro, acompanhamento e controle do comércio exterior. Esse sistema foi
criado pelo Decreto 660, de 25 de setembro de 1992, e permite operações de registro,
acompanhamento e controle do comércio internacional realizadas por entidades como a
Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do
Comércio, e também a Secretaria da Receita Federal (SRF) e o Banco Central do Brasileiro.
No âmbito da importação, o Siscomex foi implantado em 1º de janeiro de 1997 com a
missão de proporcionar, de forma idêntica à exportação, um fluxo único e informatizado das
informações. Para tanto, os usuários do Siscomex-Importação são:
[FIGURA 1]
Em relação ao acesso às informações necessárias ao desempenho de suas atividades,
todos os usuários do sistema devem estar habilitados, mediante identificação, fornecimento
de senha e especificação de nível de acesso de dados. A senha para o acesso ao Siscomex tem
caráter pessoal e intransferível. As limitações quanto às ações dependerão da permissão e da
legislação do órgão concedente e dos limites das funções por ele administradas.
Através das operações realizadas pelo Siscomex é possível observar os aspectos
comerciais, cambiais e fiscais inerentes a transações de comércio exterior, por exemplo; e
ainda as operações de exportação são registradas e, em seguida, analisadas on-line pelos
órgãos gestores do sistema.

2.1 A habilitação e o acesso ao Siscomex
A habilitação para a utilização do Siscomex também conhecida como habilitação (ou
senha) no Radar consiste no exame prévio daqueles que pretendem realizar operações de comércio exterior.
Após o cadastramento, a propositura pode ser deferida ou indeferida, pode ainda ser
solicitado o cumprimento de exigências para o atendimento das regras legais.
A habilitação para a utilização do Siscomex é realizada para que órgãos gestores (aqueles
que são responsáveis pelas operações, conexões e manutenções, bem como adequações)
possam realizar as atividades no sistema. Entre eles, destacamos:
• Anuentes — Que possuem acesso específico e diretamente relacionado à sua esfera
de gestão e competência.
• Exportadores e importadores — Habilitados a partir da inscrição no Registro de
Exportadores e Importadores do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio
— Siscomex.
• Pessoas físicas especiais — Como agricultores, pecuaristas (registrados no Instituto
Nacional de Colonização e ReformaAgrária [Incra]), artesões, artistas ou assemelhados
(registrados como profissionais autônomos) que realizam operações esporádicas no
comércio internacional.
Observa-se que a inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) da Secex
é automática, sendo realizada no ato da primeira operação (importação ou exportação) em
qualquer ponto conectado ao Siscomex.

2.2 Emissão de documentos eletrônicos

De acordo com o Serpro, uma empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda,
o Siscomex é responsável pela emissão de documentos relacionados à exportação e à
importação.

2.3. Modernização da plataforma Siscomex Exportação

A partir do ano de 2010 o módulo do Siscomex responsável pelos Registros de Exportação
(RE) ganhou uma nova plataforma web. O objetivo foi a atualização tecnológica com maior
viabilidade na implementação de novas funcionalidades.
O Novoex (Siscomex Exportação) possui avançadas funcionalidades em relação ao
Siscomex Exportação anterior, com destaque para a apresentação em plataforma web, com
acesso via internet, o que diminui o custo e torna mais ágil o acesso do exportador.
Outro quesito importante é a totalização de valores e quantidades informados para as
mercadorias, saldos existentes, além de outras formas de acompanhamento em relação ao
preenchimento das informações, apresentando críticas para valores incompatíveis.
[FIGURA 2]

2.4. Siscomex Importação WEB

A motivação para a atualização do Siscomex importação está ligada à defasagem do
sistema diante da crescente dinamização do comércio internacional,tambémpela necessidade
de simplificar e aperfeiçoar os processos de importação.
A implantação ocorreu em duas fases, sendo que a primeira fase (implantação) ocorreu
em 2012, com premissa de estabelecer a modernização da plataforma tecnológica com
melhorias na apresentação e na navegação do sistema. Já a segunda fase em 2013 teve
como premissa a finalização da conversão para web do sistema e a revisão do processo de
importação de forma a simplificar e aprimorar seus procedimentos
[FIGURA 3]

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