Aterosclerose e Síndrome Coronariana Aguda Flashcards

1
Q

Qual a definição da aterosclerose?

A

Doença inflamatória progressiva em resposta à injúria endotelial, caracterizada pelo acúmulo progressivo de lipídios, células (macrófagos, linfócitos T e m. lisas) e elementos fibróticos nas artérias de médio e grande calibre.

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Q

Descreva a fisiopatologia da aterosclerose

A
  1. Injúrias endoteliais (ex: dislipidemia, HAS, tabagismo) = ↑ permeabilidade do endotélio às lipoproteínas, principalmente, à LDL.
  2. Uma vez no espaço subendotelial as liporpoteínas são oxidadas = resposta inflamatória
    • atração de células inflamatórias (moleculas de adesão endotelial)
    • formação de macrófagos espumosos
    • ↑ permeabilidade enditelial (+ lipoproteínas adentram)
  3. Formação de estria gordurosa
    • aumento da inflamação
    • fator de crescimento para M. lisa
    • capa fibrosa
  4. Placa aterosclerótica desenvolvida
    • elementos celulares
    • matriz extra-celular
    • núcleo lipídico
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3
Q

Qual a diferença entre uma placa de aterosclerose estável e uma instável?

A
  • Placa estável: ainda protegida por uma camada de endotélio e uma capa fibrosa (conteúdo inflamatório isolado da luz do vaso)
  • Placa Instável:↓ colágeno = enfraquece capa fibrosa = ruptura da placa - conteúdo exposto = altamente trombogênico = trombo
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4
Q

Qual o papel do HDL na aterogênese?

A

HDL, além de conseguir retirar colesterol de dentro do LDL da placa, ainda dimunui a expressão de moléculas de adesão e inibe a oxidação da LDL

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5
Q

Qual a diferença entre a Síndrome Coronariana Aguda COM OU SEM supradesnivelamento de ST?

A
  • Com** Supra de ST (SCA_C_**SST) =
    • dor torácica aguda +
    • supra persistente do segmento ST OU bloqueio de ramo esquerdo (BRE) novo ou presumivelmente novo
    • geralmente relacionada com oclusão coronariana total e necessidade de reperfusão imediata
    • Pode ser:
      • IAM com supra (IAMCSST) - se ↑marcadores
      • lesão miocárdica aguda - sem marcador
  • Sem Supra de ST (SCASSST)
    • dor torácica aguda
    • sem supra de ST
      • associado ou não a outras alterações de ECG, ex:
        • supra transitório de ST,
        • infra** transitório ou persistente de **ST
        • inversão onda T (plana ou pseudonormalização)
    • sem oclusão total
    • pode ser:
      • Angina instável - + cronico
      • IAM sem supra de ST (IAMSSST) = ↑ marcadores de necrose miocárdica.
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6
Q

Situações em que ocorre elevação de marcadores de necrose miocárdica, na ausência de isquemia detectada por quadro clínico, ECG ou exames de imagem, devem ser definidas como ______________**, e não **______________**. Podem ser secundárias a causas cardíacas (como **______________…**) ou extracardíacas (**______________…).

A

Situações em que ocorre elevação de marcadores de necrose miocárdica, na ausência de isquemia detectada por quadro clínico, ECG ou exames de imagem, devem ser definidas como lesão miocárdica aguda**, e não **IAM**. Podem ser secundárias a causas cardíacas (como **procedimentos cardiovasculares, miocardite, arritmias, insuficiência cardíaca descompensada**) ou extracardíacas (**como choque, anemia grave, sepse e hipóxia.)

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7
Q

Qual a fisiopatologia básica do IAM com supra de ST causado por doenca aterosclerótica?

A
  • Morte de cardiomiócitos causada por isquemia prolongada devido à trombose e/ou vasoespasmo** sobre uma placa **aterosclerótica.
    1. Isquemia - distúrbios eletrolíticos
    2. Lesão - alterações morfológicas reversíveis
    3. Necrose - danos irreversíveis
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8
Q

Quais os criterios disgnósticos para IAM com supra de ST?

(definição universal de infarto)

A
  • lesão miocárdica aguda (= troponina > percentil 99 com com comportamento dinâmico - ascensão e/ou queda dos valores basais) + um ou mais critérios:
    • 1) Sintomas isquêmicos típicos
    • 2) Nova alteração do ECG
      • Supra-ST >1mm em 2 derivações contíguas
      • Nova onda Q patológica
      • Infra-ST típico em 2 derivações
      • Novo BRE ou BRD
      • Ondas T negativas
    • 3) Exame de imagem evidenciando nova alteração de contratilidade ou perda de miocárdio viável consistente com etiologia isquêmica
    • 4) Trombose coronária evidenciada no cateterismo ou autópsia
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9
Q

Cite 5 sintomas que podem ocorrer em casos de IAM com supra sem dor pré-cordial.

A
  1. Epigastralgia
  2. Náuseas
  3. Vômitos
  4. Sudorese
  5. Dispnéia
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10
Q

Como determinamos onde ocorreu a isquemia (e consequentemente, qual coronária está acometida) usando o ECG?

A
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11
Q

Como classificamos o risco de um paciente com IAM (clinicamente Killip)?

A
  • KIlip 1: Sem sinais de insuficiência cardíaca
  • Kilip 2: Insuficiência cardíaca discreta (estertores nas bases e presença de terceira bulha)
  • Kilip 3: edema agudo de pulmão
  • Kilip 4: Choque cardiogênico
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12
Q

Como classificamos o risco de um paciente com IAM (clinicamente HEART)?

A
  • ≤ 3 = risco baixo
  • > 4 = risco intermediário (tratar como IAM sem supra)
  • > 7 = alto risco
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13
Q

Como classificamos o risco de um paciente com IAM pelo escore TIMI?

A
  • 0-2: baixo
  • 3-4: intermediario
  • 5 ou mais é alto
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14
Q

Quais são os principais marcadores de lesão miocárdica? Diferencie-as.

A
  • CK-MB massa(creatina quinase):
    • Elevação após algumas horas do início dos sintomas
    • Pico nas primeiras 24h
    • Não é totalmente específica
  • Troponinas cardíacas (I e T)
    • elevadas por tempo mais prolongado
    • mais sensíveis que CK-MB

MEDIDAS SERIADAS (6-6H)

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15
Q

Somente uma dosagem de marcadores de IAM já são o bastante para diagnosticar esse quadro?

A

Necessário dosagens seriadas (admissão/ após 6 hrs / após 12 hrs = 6 em 6 horas) para avaliar tempo de elevação, ápice e queda

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16
Q

Antes da chegada do resultado da troponina, precisamos iniciar o tratamento do paciente?

A

Sim: realizar algum escore de risco e tratar:

  • Risco médio ou alto - iniciar tratamento empírico
17
Q

Qual o tratamento empírico inicial (medidas iniciais) para SCA?

A
  • Oxigenioterapia se sat. < 90%
  • Antianginoso e analgésico se dor
    • 1) Nitratos
      • Mononitrato de isossorbida 5 mg SL
      • Dinitrato de isossorbida 2,5-5 mg SL
      • Nitroglicerina 5-10 µg/min bomba de infusão
    • 2) Betabloqueador (↓ demanda)
      • Metoprolol 5 mg EV de 5/5 min até 15 mg
      • (verificar CI: asma, bradicardia, choque cardiogênico)
    • 3) Morfina (se outros não funcionarem)
      • 2-5 mg/dose EV em bólus
  • Dupla antiagregação: AAS + Clopidogrel ou Prasugrel ou Ticagrelor.
    • AAS:
      • ataque 150-300 mg VO mastigado
      • manutenção: 75-100 mg VO 24/24 horas.
    • Clopidogrel:
      • Dose de ataque: 300-600 mg VO
      • manutenção: 75 mg VO de 24/24 horas
    • Prasugrel ou Ticagrelor: não usar se trombólise química.
  • Anticoagulação plena:
    • Heparina não fracionada
    • Enoxaparina
  • IECA
  • Estatinas (Iniciar o mais breve possível, maior potencia e maior dose)
    • Atorvastatina 80 mg
18
Q

Em casos de IAM sem ou com supra, sempre será necessária terapia de referfusão?

A

SIM

  • o que muda é:
    • qual o método
    • qual o prazo máximo de espera
      • IAM com supra = IMEDIATO
      • IAM sem supra = depende do risco (HEART, TIMI, GRACE…)
19
Q

Quais os criterios para síndrome metabólica?

A
  • Circunferência abdominal
    • > 94 cm para homem
    • > 80 cm para mulher
  • Associado a 2 desses 4:
    • TG> 150
    • HDL < 40 para homem e <50 para mulher
    • Glicemia de jejum >110
    • HAS > 135 sistólica e 85 para diastólica