Antifúngicos Flashcards
Principal componente da parede celular dos fungos
Quitina
1,3-Beta-glucana
Galactomanana (glicoproteína específica dos fungos do gênero Aspergillus)
Como é a membrana plasmática dos fungos?
Possui ergosterol (semelhante ao colesterol, mas dos fungos)
Tipos de infecções fúngicas
Superficiais - pele ou pelo
Cutâneas - dermatofitoses
Subcutâneas
Sistêmicas
Antifúngicos usados para tratamento tópico
Imidazóis: clotrimazol, cetoconazol, miconazol
Alilaminas: Terbinafina
Poliênicos: Nistatina
Antifúngicos usados para tratamento sistêmico
Equinocandinas (parenteral)
Griseofulvina (VO)
Poliênicos: anfotericina B (parenteral)
Triazóis
Tratamento das dermatofitoses
Imidazólicos (cetoconazol, isoconazol) - tratamento tópico é padrão ouro
Triazólicos (fluconazol, itraconazol)
Se for tinea capitis - tratamento sistêmico (Terbinafina, Griseofulvina)
Quais são os poliênicos?
Anfotericina B
Nistatina
Mecanismo de ação dos poliênicos
Age na membrana plasmática (ergosterol), formando poros e interferindo na permeabilidade e funções de transporte
Espectro de ação da anfotericina B
Antifúngico com maior espectro de ação - ativo contra a maioria dos fungos patogênicos
Ativo contra protozoários (L. braziliensis, N. fowleri)
Sem ação antibacteriana
Usos da anfotericina B
Infecções fúngicas sistêmicas potencialmente graves
Como é a farmacocinética e a via de administração da anfotericina B?
Ampla distribuição tecidual (incluindo SNC)
Via IV (infusão lenta)
Efeitos adversos da anfotericina B
Toxicidade renal (em 80% dos casos reduz a função renal - insuficiência)
Hipocalemia
Hipomagnesemia
Usos da Nistatina
Tratamento de infecções fúngicas orais e cutâneas, principalmente por Candida
Sobre a Nistatina
( ) É absorvida através das membranas mucosas ou pele
( ) Não possui ação contra os dermatófitos e não deve ser utilizada
( ) Administrada por via tópica, oral ou parenteral
F - Não é absorvida
V
F - não é administrado por via parenteral, pois possui toxicidade sistêmica
Como deve ser feito o tratamento da candidíase vulvovaginal?
O tratamento via oral é mais conveniente, porém, pode causar intolerância GI, cefaleia e anormalidades transitórias da função hepática
Tópico: imidazólicos, nistatina
Oral: triazóis
Qual é a utilidade da Griseofulvina?
Possui pequeno espectro - concentra-se no pelo. Possui ação contra os dermatófitos, principalmente para T. capitis
Mecanismo de ação da Griseofulvina
Interfere na mitose fúngica pela ligação a tubulina e consequente inibição da polimerização dos microtúbulos
Quais são as equinocandinas? Como são administradas?
Caspofungina
Anidulafungina
Micafungina
Administração exclusivamente IV
Sobre quais fungos atuam as equinocandinas?
Candida - fungicidas
Aspergillus - fungistáticos
Pegam todos as espécies desses fungos
Quando são usadas as equinocandinas?
Infecções graves (candidemias, infecções por Aspergillus) quando há resistência pelos outros fármacos
Quais tecidos as equinocandinas não conseguem chegar? O que fazer nesses casos?
Retina
Rim
SNC
Utilizar Anfotericina B
Como agem as equinocandinas?
Inibem a síntese do 1,3-β-glicano (β-1,3-glucana sintase), um polímero de glicose necessário à manutenção da parede celular. Isso gera ruptura e morte do fungo
Efeitos adversos das equinocandinas
Poucos, são bem toleradas
Pode causar sintomas GI e hepatotoxicidade
Mecanismo de ação dos azólicos
Inibem a conversão do lanosterol em ergosterol - ação fungicida
O que ocorre se administra anfotericina B e azólicos?
A depleção de ergosterol da membrana causada pelos azólicos reduz os locais de ligação da anfotericina B
Quais são os triazóis? Para que são utilizados?
Fluconazol
Itraconazol
Voriconazol
Posaconazol
Isavuconazol
Usados por via sistêmica para o tratamento de infecções cutâneas ou sistêmicas
Quais são os imidazóis? Quando são utilizados?
Cetoconazol
Miconazol
Sulconazol…
Usados por via tópica contra infecções cutâneas
Interações medicamentosas dos azóis (4)
Varfarina - aumentam o risco de sangramento
Amiodarona - aumento do intervalo QT e do risco de arritmias
Atorvastatina - aumento do risco de rabdomiólise
BCC e BRA - aumento do risco de hipotensão
Por que os imidazóis normalmente são utilizados por via tópica?
Alto risco de hepatotoxicidade e maior incidência de interações e efeitos adversos
Usos dos imidazóis
Tineas, candidíase orofaríngea e vulvovaginal
Sequência de espectro de ação dos triazólicos:
Fluconazol (menos)
Itraconazol
Voriconazol
Posaconazol
Isavuconazol (mais)
Fungos resistentes ao Fluconazol
Zigomicetos
Fusarium
Aspergillus
Principais usos do Fluconazol
Candidíase
Criptococose
Meningite criptococócica (após uso inicial de anfotericina B)
Principais usos do Itraconozol
Dermato/onicomicoses
Aspergilose
Esporotricose
Paracoccidioidomicose
Histoplasmose
Blastomicose
Criptococose sem envolvimento do SNC - NÃO ATRAVESSA A BHE
Como deve ser administrado o Itraconazol?
Junto às refeições - precisa de um pH ácido para absorção
*Apresente efeito inotrópico negativo - deve ter cautela em pacientes com IC
Qual é a utilidade do Voriconazol?
Aspergilosa invasiva
Candidíase
Tecido que o Voriconazol fica em baixas concentrações
Não é adequado para tratamento de infecção urinária - baixa concentração na urina
Usos e contraindicações do Posaconazol
Aspergilose invasiva
Evitado em gestantes
Atravessa a BHE
Principal uso da Terbinafina
Dermatofitoses, onicomicoses, esporotricose (em combinação com itraconazol)
Mecanismo de ação das alilaminas (Terbinafina)
Inibidor da esqualeno epoxidase - bloqueia a síntese do ergosterol