41 - Anestesia em cirurgia torácica Flashcards

1
Q

Número de segmentos pulmonares?

A

Pulmão direito: 22;
Pulmão esquerdo: 20.
Total: 42.

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2
Q

Fórmula para cálculo de VEF1 predito pós-operatório?

A

ppoVEF1 = VEF1 pré-operatório x (nº segmentos pós / nº segmentos pré)

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3
Q

Influência do ppoVEF1 na conduta pós-operatória de ressecção de tecido pulmonar?

A

Planejar extubação no pós-operatório:
1. ppoVEF1 < 30%: desmame ventilatório e extubação em UTI;
2. ppoVEF1 de 30 a 40%: considerar extubação com base na tolerância ao exercício, relação V:Q e doenças associadas;
3. ppoVEF1 > 40%: pode ser extubado em sala cirúrgica, desde que esteja estável, aquecido, alerta e confortável.

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4
Q

Cirurgia de ressecção pulmonar com ppoVEF1 < 30%

Conduta no pós-operatório?

A

Desmame ventilatório e extubação em UTI.

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5
Q

Cirurgia de ressecção pulmonar com ppoVEF1 de 30 a 40%

Conduta no pós-operatório?

A

Considerar extubação com base na tolerância ao exercício, relação V/Q e doenças associadas.

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6
Q

Cirurgia de ressecção pulmonar com ppoVEF1 > 40%

Conduta no pós-operatório?

A

Pode ser extubado em sala cirúrgica, desde que esteja estável, aquecido, alerta e confortável.

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7
Q

Pode ser extubado em sala cirúrgica, desde que esteja estável, aquecido, alerta e confortável.

A

Espirometria.

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8
Q

V ou F?

Gasometria arterial é realizada através da coleta de 2 mL de sangue arterial em seringa não heparinizada.

A

F.

Gasometria arterial é realizada através da coleta de 2 mL de sangue arterial em seringa heparinizada.

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9
Q

V ou F?

Pacientes com gasometria arterial apontando PaCO2 > 45 mmHg e SpO2 < 90% em ar ambiente apresentam maior risco de complicações perioperatórias.

A

V.

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10
Q

Teste da caminhada de 6 minutos

A

Caminhada de 6 minutos em terreno plano no ritmo do paciente. Se o paciente percorrer uma distância > 600 metros e sem que haja queda na SatO2 > 4% da linha de base, o teste indicará boa reserva cardiopulmonar.

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11
Q

No paciente em decúbito lateral acordado, ou seja, não anestesiado, o pulmão melhor perfundido é o ___________ (dependente/não dependente) e o pulmão melhor ventilado é o ___________ (dependente/não dependente).

A

Dependente; dependente.

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12
Q

No paciente em decúbito lateral anestesiado, o pulmão melhor perfundido é o ___________ (dependente/não dependente) e o pulmão melhor ventilado é o ___________ (dependente/não dependente).

A

Dependente; não dependente.

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13
Q

O paciente em decúbito lateral anestesiado tem uma relação V/Q ______ (pior que/igual a/melhor que) um paciente em decúbito lateral não anestesiado.

A

Pior que.

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14
Q

No paciente em decúbito lateral, a indução anestésica não causa mudanças significativas na distribuição ____________ (da ventilação/do fluxo sanguíneo), mas tem impacto importante sobre a distribuição ____________ (da ventilação/do fluxo sanguíneo).

A

Do fluxo sanguíneo; da ventilação.

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15
Q

V ou F?

No paciente em decúbito lateral, o tórax fechado restringe a distensão do pulmão não dependente, contribuindo para uma pior relação V/Q do que com o tórax aberto.

A

F.

No paciente em decúbito lateral, o tórax fechado restringe a distensão do pulmão não dependente, contribuindo para uma melhor relação V/Q do que com o tórax aberto.

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16
Q

V ou F?

No paciente em decúbito lateral, o tórax aberto aumenta a complacência do pulmão não dependente, que não fica mais restrito ao espaço da cavidade torácica, aumentando o direcionamento da ventilação para o pulmão não dependente, enquanto a perfusão continua maior no pulmão dependente. Isso piora a relação V/Q dos pulmões.

A

V.

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17
Q

No paciente em decúbito lateral com o tórax aberto, ocorre uma piora mais intensa da relação V/Q quando o paciente está _____________ (em ventilação espontânea/com bloqueio neuromuscular), pois o deslocamento cefálico do diafragma torna-se máximo sobre o pulmão dependente, provocado pelo conteúdo abdominal.

A

Com bloqueio neuromuscular.

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18
Q

V ou F?

No paciente em decúbito lateral em ventilação espontânea, o dirafragma mantém sua capacidade de contração, contendo a pressão feita pelas vísceras abdominais principalmente na região dependente. Assim, a ventilação espontânea permite que o pulmão dependente mantenha volume corrente adequado durante a respiração.

A

V.

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19
Q

V ou F?

No paciente em decúbito lateral com bloqueio neuromuscular, o diafragma perde sua capacidade de contração. Dessa forma, o hemidiafragma dependente é empurrado cefalicamente pelas vísceras abdominais de maneira máxima. Esse processo diminui a complacência do hemitórax dependente, necessitando portanto de maiores pressões para manutenção de um volume corrente adequado.

A

V.

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20
Q

Fatores que impedem a expansão adequada do pulmão dependente em decúbito lateral? (3)

A

Deslocamento cefálico do hemidiafragma dependente;
Compressão do pulmão dependente pelo mediastino;
Compressão do pulmão dependente contra a mesa cirúrgica.

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21
Q

V ou F?

Ao anestesiar um paciente em decúbito lateral, a ventilação migra, em maior parte, para o pulmão não dependente, fazendo com que haja piora da relação V/Q. Isso se intensifica ainda mais se o tórax for aberto.

A

V.

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22
Q

Paciente em decúbito lateral em ventilação espontânea com o tórax aberto

Principais possíveis complicações? (2)

A

Deslocamento do mediastino (balanço de mediastino);
Respiração paradoxal.

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23
Q

Balanço de mediastino

A

Complicação possível de ocorrer em pacientes em decúbito lateral em ventilação espontânea com o tórax aberto.
Durante a inspiração, a pressão negativa no hemitórax dependente, por ser maior que no hemitórax aberto (pressão ambiente), pode fazer com que o mediastino se desloque verticalmente para baixo, pressionando o pulmão dependente.

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24
Q

Balanço de mediastino

Quadro clínico? (2)

A

Desconforto respiratório;
Hipotensão/choque.

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25
Q

Balanço de mediastino

Mecanismos do desconforto respiratório? (2)

A

Aumento do pneumotórax com aumento do colabamento do pulmão não dependente;
Compressão do pulmão dependente pelo mediastino.

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26
Q

Balanço de mediastino

Mecanismos da hipotensão/choque? (2)

A

Torção dos vasos da base;
Reflexo vagal.

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27
Q

Balanço de mediastino

Tratamento?

A

Intubação do paciente e ventilação com pressão positiva.

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28
Q

Respiração paradoxal

A

Durante a inspiração, como o pulmão dependente apresenta pressão negativa e o pulmão não dependente, por estar com o tórax aberto, apresenta pressão ambiente (pressão atmosférica), o ar pode se deslocar do pulmão não dependente para o pulmão dependente. O oposto pode ocorrer durante a expiração.
Esse movimento de ar de um pulmão para o outro durante a respiração causa um desperdício do trabalho respiratório por piorar a troca gasosa (parte do espaço pulmonar que seria destinado ao ar ambiente com FiO2 adequada, fica ocupado por ar vindo dos próprios pulmões, já rico em CO2 e com pouco O2).

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29
Q

Respiração paradoxal

Fatores que a intensificam? (2)

A

Toracostomia grande;
Aumento da resistência das vias aéreas no pulmão dependente.

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30
Q

Respiração paradoxal

Tratamento?

A

Intubar o paciente e colocá-lo em ventilação mecânica com pressão positiva
OU
vedar o tórax aberto adequadamente.

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31
Q

Ventilação monopulmonar

Indicações absolutas? (4)

A

Isolamento de cada pulmão para impedir contaminação do pulmão saudável (abscesso pulmonar, cisto infectado, hemorragia pulmonar);
Controle de distribuição da ventilação para apenas um pulmão (fístula broncopleural, fístula cutânea broncopleural, cisto ou ou bolha unilateral, grande acometimento ou trauma brônquico);
Lavagem pulmonar unilateral;
Cirurgia toracoscópica vídeo-assistida.

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32
Q

V ou F?

Ventilação monopulmonar pode ser indicada com critério de auxiliar na exposição cirúrgica da área a ser operada, como em cirurgias esofágicas, por exemplo.

A

V.

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33
Q

Método mais utilizado para fazer separação pulmonar e ventilação monopulmonar?

A

Tubo endobrônquico de duplo lúmen.

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34
Q

V ou F?

Tubo duplo lúmen consiste em 2 tubos endotraqueais “ligados” entre si. Um dos tubos é suficientemente longo para alcançar um brônquio fonte e o outro termina com uma abertura na traqueia distal. A separação pulmonar é obtida pela insuflação dos 2 cuffs, um localizado na traqueia proximal e o outro no brônquio fonte. A partir daí, a seleção do pulmão a ser ventilado se dá por meio da abertura ou não dos orifícios de cada tubo próximos ao ramo inspiratório.

A

V.

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35
Q

Desvantagem da presença do gancho carinal no tubo duplo lúmen?

A

Maior dificuldade de inserção do tubo duplo lúmen na via aérea.

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36
Q

Tubo duplo lúmen tipo Carlens ________ (possui/não possui) gancho carinal.

A

Possui.

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37
Q

Tubo duplo lúmen tipo Robertshaw ________ (possui/não possui) gancho carinal.

A

Não possui.

38
Q

Desvantagem do tubos duplo lúmen direito?

A

Maior dificuldade de posicionamento adequado.

39
Q

V ou F?

Tubos duplo lúmen direitos apresentam maior dificuldade de posicionamento adequado, visto que, para haver adequada ventilação do lobo superior direito, há a necessidade de que a ranhura ventilatória no lado do cateter brônquico se situe exatamente sobre o orifício do lobo superior direito. A margem de segurança para que isso ocorra é extremamente pequena (1 a 8 milímetros). Dessa forma, ao usar tubo duplo lúmen direito há maior dificuldade de posicionamento adequado do tubo e também maior risco de que o tubo se desloque durante o posicionamento do paciente e a manipulação cirúrgica, podendo ocluir o orifício do lobo superior direito nesses casos.

40
Q

V ou F?

Pela maior facilidade de posicionamento, o tubo duplo lúmen esquerdo é preferível somente para procedimentos ou cirurgias em hemitórax direito.

41
Q

Vantagens dos tubos duplo lúmen descartáveis? (5)

A

Maior facilidade de inserção e de posicionamento correto na via aérea;
Facilidade de reconhecimento da cor azul do cuff endobrônquico quando se utiliza broncoscopia por fibra ótica;
Possibilidade de confirmar a posição o tubo por radiografia de tórax, utilizando as linhas radiografas da parede do tubo;
O plástico do tubo ser transparente possibilita a observação contínua da troca gasosa corrente e da umidade respiratória através do plástico transparente;
Possibilidade de ser usado para ventilação de longo prazo em UTI, por ter cuff de alto volume e baixa pressão.

42
Q

O tamanho mais comum de tubo duplo lúmen utilizado em homens adultos é…

43
Q

O tamanho mais comum de tubo duplo lúmen utilizado em mulheres adultas é…

44
Q

O menor tamanho de tubo duplo lúmen que, em adultos em geral, pode ser utilizados com segurança sem causar hipoxemia é…

45
Q

Profundidade média da inserção de tubos duplo lúmen em adultos?

A

Adulto de 1,70 a 1,80 m de altura: 29 cm.

Para cada 10 cm de aumento ou de redução na altura do paciente, devemos avançar ou recuar o tubo duplo lúmen em 1 cm.

Outra forma é dividir a altura do paciente por 10 e somar 12 ao resultado. O resultado final será a profundidade estimada para a inserção do tubo duplo lúmen.

46
Q

Medidas de preparo que devem ser feitas no tubo traqueal de duplo lúmen antes de sua inserção no paciente? (2)

A

Verificar cuff traqueal com seringa de 20 ml e cuff brônquico com seringa de 3 ml;
Lubrificar o tubo com lubrificante hidrossolúvel.

47
Q

Passos da técnica de intubação orotraqueal com tubo duplo lúmen Robertshaw? (8)

A

Testar ambos os cuffs do tubo duplo lúmen;
Lubrificar o tubo duplo lúmen;
Laringoscopar o paciente com laringoscópio de lâmina tipo Macintosh;
Inserir o tubo duplo lúmen com sua curvatura distal voltada para a posição anterior;
Após a ponta do tubo duplo Robertshaw passar as cordas vocais, remover o estilete de seu interior e girar delicadamente o tubo em 90º (se o tubo for esquerdo, girar para a esquerda; se o tubo for direito, rodar para a direita);
Avançar delicadamente o tubo Robertshaw até que seja encontrada resistência moderada à sua passagem, o que indica que a ponta do tubo provavelmente estará assentada no brônquio fonte;
Somente nesse momento, após todas os passos acima, deve-se parar a laringoscopia do paciente;
Fazer manobras de teste e ausculta averiguar a localização adequada do tubo duplo lúmen.

48
Q

Manobras do teste e ausculta averiguar a localização adequada do tubo duplo lúmen? (3)

A

Insuflar apenas o cuff traqueal e checar se há ventilação igual em ambos os pulmões;
Insuflar os dois cuffs (traqueal e brônquico) e testar cada lúmen do tubo isoladamente: clampear cada lúmen do tubo de uma vez e ventilar o paciente testando se o tubo está sendo ou não capaz de seletivas adequadamente os pulmões do paciente;
Remover os clampes de ambos os lúmens e testar se, com os dois cuffs insuflados e sem nenhum clampe, o tubo duplo lúmen é capaz de ventilar ambos os pulmões adequadamente.

49
Q

O volume que cabe no cuff traqueal de um tubo duplo lúmen é…

50
Q

O volume que cabe no cuff brônquico de um tubo duplo lúmen é…

51
Q

Paciente foi intubado com tubo duplo lúmen. Com apenas o cuff traqueal insuflado, paciente foi ventilado e apresentou ausculta assimétrica comparando-se os hemitórax. Hipótese diagnóstica?

A

Tubo posicionado muito profundamente na traqueia, fazendo com que até mesmo a abertura do lúmen traqueal esteja seletivada ou no brônquio fonte, ou na carina.

52
Q

Paciente foi intubado com tubo duplo lúmen. Com apenas o cuff traqueal insuflado, paciente foi ventilado e apresentou ausculta assimétrica comparando-se os hemitórax. Conduta?

A

Desinsuflar os cuffs e retroceder delicadamente a inserção do tubo duplo lúmen em 2 a 3 cm.

Geralmente será o suficiente para igualar a ausculta bilateralmente, fazendo com que o lúmen traqueal deixe de estar seletivo.

53
Q

Técnicas que podem ser usadas para verificar o correto posicionamento de tubos traqueais de duplo lúmen? (6)

A

Testes de ausculta;
Fluoroscopia (escopia contínua);
Radiografia de tórax;
Capnografia seletiva;
Vedação imersa;
Broncoscópio pediátrico.

54
Q

Possíveis complicações decorrentes do mau posicionamento de um tubo de duplo lúmen? (6)

A

Laceração ou até ruptura de traqueia ou de brônquio;
Obstrução da ventilação do lobo superior direito (caso um tubo duplo lúmen esquerdo seja inserido no brônquio fonte direito);
Tubo duplo lúmen direito pode eventualmente fechar o orifício do lobo superior direito, podendo obstruir sua ventilação (pequena margem de segurança para o posicionamento da ranhura ventilatória: 1 a 8 mm);
Tubo duplo lúmen esquerdo pode eventualmente fechar o orifício do lobo superior esquerdo, podendo obstruir sua ventilação;
Inserção muito profunda do tubo duplo lúmen, seletivamente até mesmo o lúmen traqueal;
Inserção insuficiente do tubo duplo lúmen, deixando a abertura do lúmen brônquico acima da carina (tubo não conseguirá ficar seletivo).

55
Q

Causas mais comuns de lesão ou ruptura de traqueia ou brônquio em pacientes em uso de tubo duplo lúmen? (3)

A

Intubação com progressão do tubo duplo lúmen sem delicadeza ou insistir em progredir o tubo mesmo após encontrar resistência;
Reposicionamento do tubo duplo lúmen sem desinsuflar ambos os cuffs;
Pressão e/ou volume excessivo no cuff traqueal e/ou brônquico.

56
Q

Separação pulmonar da ventilação de pacientes traqueostomizados pode ser realizada por meio de…

A

bloqueador brônquico inserido pela traqueostomia.

Tubos duplo lúmen não passam pela traqueostomia e nem possuem curvatura adequada para fazê-lo.

57
Q

Técnica adotada para intubação com tubo duplo lúmen em pacientes com via aérea difícil?

A

Intubação acordado com uso de fibroscópio.

58
Q

Passos da técnica de separação pulmonar por meio de bloqueador brônquico? (2)

A

Com o auxílio de um fibroscópio, passa-se um bloqueador brônquico no paciente e o cuff é insuflado no brônquio fonte do pulmão que se deseja bloquear;
Após isso, o paciente é intubado com tubo traqueal normal. Dessa forma o pulmão está separado.

59
Q

V ou F?

Bloqueadores brônquicos raramente são utilizados atualmente pois bloqueadores brônquicos usam cuffs de alta pressão de distensão. Isso faz com que eles possam facilmente escorregar do brônquio fonte para a traqueia, não só obstruindo a ventilação, como também perdendo a separação entre os dois pulmões. A perda da separação pulmonar pode ser uma situação potencialmente fatal (risco de passagem de pus, sangue ou fluido de um pulmão para o outro). Por esse risco, bloqueadores brônquicos raramente são utilizados atualmente.

60
Q

Tubo Univent

A

Tubo traqueal de lúmen único com um bloqueador brônquico móvel acoplado.

61
Q

V ou F?

De acordo com a extensão e duração do procedimento cirúrgico, pacientes em uso de tubo duplo lúmen podem apresentar edema, secreções e traumas na via aérea. Isso pode fazer com que a via aérea do paciente, mesmo que não seja difícil inicialmente, torne-se difícil durante a extubação.

62
Q

Cuidados que devem ser tomados na extubação de pacientes com tubo duplo lúmen? (4)

A

Corticoide EV antes da extubação;
Cabeceira elevada para reduzir o edema e facilitar a deglutição de secreções;
Estimular a diurese em caso de edema importante;
Aspirar bem as vias aéreas.

63
Q

Ventilação monopulmonar

Conduta inicial se pressão de pico > 40 cmH2O?

A

Excluir o mau posicionamento do tubo duplo lúmen.

64
Q

Ventilação monopulmonar

Manobras, em ordem, que podem ser aplicadas em caso de hipoxemia? (8)

A

Caso a FiO2 esteja menor que 100%, colocar a FiO2 = 100% de imediato;
Verificar as conexões e a posição do tubo duplo lúmen, idealmente com broncoscópio;
Aplicar CPAP de 10 cmH2O no pulmão não-dependente;
Adicionar PEEP de 5 a 10 cmH2O no pulmão dependente;
Realizar manobras de recrutamento frequentes;
Insuflar e desinsuflar intermitentemente o pulmão operado (ventilação bioluminescência intermitente com a cooperação do cirurgião);
Se já não estiver sendo realizada, considerar anestesia venosa total;
Clampeamento da artéria pulmonar do pulmão não-dependente (essa manobra elimina o shunt do pulmão que está sendo operado).

65
Q

Ventilação monopulmonar

Conduta inicial em caso de instabilidade hemodinâmica?

A

Ventilação bipulmonar.

(até que o problema seja resolvido)

66
Q

Cirurgias torácicas

Complicações comuns decorrentes da manipulação pericárdica?

A

Arritmias;
Hipotensão.

67
Q

Videotoracoscopia diagnóstica

Opções de técnica anestésica? (2)

A

Paciente acordado com bloqueio periférico ou peridural;
Anestesia geral com ou sem bloqueio periférico associado, com ventilação mono ou bipulmonar.

68
Q

Videotoracoscopia terapêutica

Técnica anestésica de escolha?

A

Anestesia geral, com ou sem bloqueio periférico ou peridural associada, com ventilação mono ou bipulmonar.

69
Q

Pneumectomia

Cuidados anestésicos recomendados? (6)

A

Obter acesso periférico calibroso, acesso venoso central e pressão arterial invasiva;
Coletar gasometrias arteriais seriadas;
Associar anestesia geral com peridural contínua ou bloqueio periférico para fornecer adequada analgesia perioperatória;
Atenção especial para o risco de arritmias (a ressecção pulmonar causa perda afunda-se cerca de 50% do leito vascular pulmonar, causando maior resistência no ventrículo direito e assim podendo precipitar arritmias, como FA);
Realizar administração restritiva de fluidos durante a cirurgia a fim de evitar edema pulmonar (o balanço hídrico total positivo nas primeiras 24 horas não deve exceder 20 ml/kg);
Dar preferência a manter a perfusão tecidual por meio de drogas vasoativas ao invés de volume.

70
Q

Cirurgias de traqueia

Cuidados anestésicos recomendados? (6)

A

Pré-oxigenação adequada antes de qualquer tentativa de intubação (cogitar intubação acordada a fim de evitar o risco de colapso das vias aéreas);
Broncoscópio rígido disponível para passar a obstrução traqueal e ventilar o paciente em caso de falha de intubação ou mesmo de ventilação do paciente;
Pressão arterial invasiva a fim de coletar gasometrias arteriais seriadas no paciente;
Circuito ventilatório e tubo, ambos estéreis, disponíveis em sala para que o cirurgião possa manusear a ventilação do paciente abaixo da estenose no intra-operatório;
Manter a cabeça do paciente em flexão ao fim da cirurgia visando evitar qualquer tensão sobre a sutura traqueal (por isso alguns cirurgiões realizam a sutura da pele do mento com a pele do manúbrio external; essa sutura de pele limita a extensão, mas já foi associada a tetraplegia por flexão acentuada do pescoço);
Broncoscópio flexível disponível em sala durante a extubação e na SRPA em caso de necessidade de reintubação do paciente (em caso de reintubação do paciente, esta deve ser feita sob broncoscopia flexível e idealmente com o cuff insuflado distalmente à anastomose traqueal).

71
Q

Cirurgias torácicas

Principais complicações possíveis? (8)

A

Pneumotórax;
Hemotórax;
Arritmias;
Deiscência de suturas bronquiais;
Torção do lobo remanescente;
Falha de analgesia;
Falência respiratória;
Herniação cardíaca.

72
Q

A arritmia mais comum em cirurgias torácicas é…

A

fibrilação atrial.

73
Q

A principal complicação responsável por morbidade e mortalidade no perioperatório de cirurgias torácicas de grande porte é…

A

falência respiratória.

(incidência de até 18%)

74
Q

Cirurgias torácicas

Principais fatores de risco para desenvolvimento de falência respiratória no perioperatório? (3)

A

Idade do paciente;
Extensão da ressecção pulmonar;
Presença de doença arterial coronariana.

75
Q

Herniação cardíaca

A

Saída do coração da sua posição habitual.

Ocorre geralmente quando o pericárdio não foi fechado corretamente ou quando a sutura pericárdica se rompe.

76
Q

V ou F?

Herniação cardíaca pode ocorrer em cirurgias de pneumectomia.

77
Q

Herniação cardíaca

Quadro clínico? (4)

A

Hipotensão arterial grave;
Aumento da FC;
Obstrução do retorno venoso ao coração por torção dos grandes vasos;
Aumento da PVC.

78
Q

Herniação cardíaca

Diagnósticos diferenciais? (4)

A

TEP;
Pneumotórax hipertensivo;
Tamponamento cardíaco;
Hemotórax maciço.

79
Q

Herniação cardíaca

Tratamento?

A

Cirurgia de emergência visando recolocar o coração sua posição anatômica normal e corrigir o pericárdio.

80
Q

Mediastinoscopia

Complicação com o maior potencial de gravidade?

A

Sangramento.

Pode ser maciço, por lesões dos grandes vasos do coração, geralmente sendo necessária uma esternotomia ou toracotomia de emergência para controlar o sangramento.

81
Q

Lesão da veia cava superior em uma cirurgia torácica

Conduta imediata?

A

Acesso calibroso em algum dos membros inferiores.

Pois, em caso de lesão da veia cava superior, os fármacos, fluidos e hemocomponentes infundidos nos membros superiores não alcançarão o coração.

82
Q

Shunt

A

Região pulmonar em que ocorre déficit de ventilação em relação à perfusão local.

(V < Q)

84
Q

Vasoconstrição pulmonar hipóxica

A

Mecanismo de defesa da ventilação do paciente em que áreas pulmonares submetidas a hipóxia (áreas pouco ou não ventiladas) sofrem vasoconstrição, diminuindo o volume de sangue direcionado a elas e assim reduzindo o shunt pulmonar na região.

85
Q

Efeito benéfico da vasoconstrição pulmonar hipóxica sobre a ventilação monopulmonar?

A

Redução do shunt do pulmão não ventilado.

Com a vasoconstrição pulmonar hipóxica, ocorrerá vasoconstrição pulmonar no pulmão não ventilado; isso desviará o sangue para o pulmão ventilado reduzindo o shunt e melhorando a troca gasosa.

86
Q

Vasoconstrição pulmonar hipóxica

Consequência possível de sua inibição em pacientes em ventilação monopulmonar?

A

Aumento do shunt pulmonar.

A inibição da vasoconstrição pulmonar hipóxica fará com que não haja vasoconstrição no pulmão não ventilado; como consequência ao paciente, pode haver queda da saturação de oxigênio pela piora na troca gasosa pulmonar.

87
Q

Drogas anestésicas que reduzem a vasoconstrição pulmonar hipóxica?

A

Anestésicos halogenados.

Reduzem a vasoconstrição pulmonar hipóxica de maneira dose-dependente.

88
Q

V ou F?

No paciente em decúbito lateral, o tórax fechado restringe a distensão do pulmão não dependente, contribuindo para uma pior relação V/Q do que com o tórax aberto.

A

Falso.

No paciente em decúbito lateral, o tórax fechado restringe a distensão do pulmão não dependente, contribuindo para uma melhor relação V/Q do que com o tórax aberto.

89
Q

V ou F?

Gasometria arterial é realizada através da coleta de 2 mL de sangue arterial em seringa não heparinizada.

A

Falso.

Gasometria arterial é realizada através da coleta de 2 mL de sangue arterial em seringa heparinizada.

90
Q

No paciente em decúbito lateral acordado, ou seja, não anestesiado, o pulmão melhor perfundido é o ___________ (dependente/não dependente) e o pulmão melhor ventilado é o ___________ (dependente/não dependente).

A

Dependente; dependente.