41 - Anestesia em cirurgia torácica Flashcards
Número de segmentos pulmonares?
Pulmão direito: 22;
Pulmão esquerdo: 20.
Total: 42.
Fórmula para cálculo de VEF1 predito pós-operatório?
ppoVEF1 = VEF1 pré-operatório x (nº segmentos pós / nº segmentos pré)
Influência do ppoVEF1 na conduta pós-operatória de ressecção de tecido pulmonar?
Planejar extubação no pós-operatório:
1. ppoVEF1 < 30%: desmame ventilatório e extubação em UTI;
2. ppoVEF1 de 30 a 40%: considerar extubação com base na tolerância ao exercício, relação V:Q e doenças associadas;
3. ppoVEF1 > 40%: pode ser extubado em sala cirúrgica, desde que esteja estável, aquecido, alerta e confortável.
Cirurgia de ressecção pulmonar com ppoVEF1 < 30%
Conduta no pós-operatório?
Desmame ventilatório e extubação em UTI.
Cirurgia de ressecção pulmonar com ppoVEF1 de 30 a 40%
Conduta no pós-operatório?
Considerar extubação com base na tolerância ao exercício, relação V/Q e doenças associadas.
Cirurgia de ressecção pulmonar com ppoVEF1 > 40%
Conduta no pós-operatório?
Pode ser extubado em sala cirúrgica, desde que esteja estável, aquecido, alerta e confortável.
Pode ser extubado em sala cirúrgica, desde que esteja estável, aquecido, alerta e confortável.
Espirometria.
V ou F?
Gasometria arterial é realizada através da coleta de 2 mL de sangue arterial em seringa não heparinizada.
F.
Gasometria arterial é realizada através da coleta de 2 mL de sangue arterial em seringa heparinizada.
V ou F?
Pacientes com gasometria arterial apontando PaCO2 > 45 mmHg e SpO2 < 90% em ar ambiente apresentam maior risco de complicações perioperatórias.
V.
Teste da caminhada de 6 minutos
Caminhada de 6 minutos em terreno plano no ritmo do paciente. Se o paciente percorrer uma distância > 600 metros e sem que haja queda na SatO2 > 4% da linha de base, o teste indicará boa reserva cardiopulmonar.
No paciente em decúbito lateral acordado, ou seja, não anestesiado, o pulmão melhor perfundido é o ___________ (dependente/não dependente) e o pulmão melhor ventilado é o ___________ (dependente/não dependente).
Dependente; dependente.
No paciente em decúbito lateral anestesiado, o pulmão melhor perfundido é o ___________ (dependente/não dependente) e o pulmão melhor ventilado é o ___________ (dependente/não dependente).
Dependente; não dependente.
O paciente em decúbito lateral anestesiado tem uma relação V/Q ______ (pior que/igual a/melhor que) um paciente em decúbito lateral não anestesiado.
Pior que.
No paciente em decúbito lateral, a indução anestésica não causa mudanças significativas na distribuição ____________ (da ventilação/do fluxo sanguíneo), mas tem impacto importante sobre a distribuição ____________ (da ventilação/do fluxo sanguíneo).
Do fluxo sanguíneo; da ventilação.
V ou F?
No paciente em decúbito lateral, o tórax fechado restringe a distensão do pulmão não dependente, contribuindo para uma pior relação V/Q do que com o tórax aberto.
F.
No paciente em decúbito lateral, o tórax fechado restringe a distensão do pulmão não dependente, contribuindo para uma melhor relação V/Q do que com o tórax aberto.
V ou F?
No paciente em decúbito lateral, o tórax aberto aumenta a complacência do pulmão não dependente, que não fica mais restrito ao espaço da cavidade torácica, aumentando o direcionamento da ventilação para o pulmão não dependente, enquanto a perfusão continua maior no pulmão dependente. Isso piora a relação V/Q dos pulmões.
V.
No paciente em decúbito lateral com o tórax aberto, ocorre uma piora mais intensa da relação V/Q quando o paciente está _____________ (em ventilação espontânea/com bloqueio neuromuscular), pois o deslocamento cefálico do diafragma torna-se máximo sobre o pulmão dependente, provocado pelo conteúdo abdominal.
Com bloqueio neuromuscular.
V ou F?
No paciente em decúbito lateral em ventilação espontânea, o dirafragma mantém sua capacidade de contração, contendo a pressão feita pelas vísceras abdominais principalmente na região dependente. Assim, a ventilação espontânea permite que o pulmão dependente mantenha volume corrente adequado durante a respiração.
V.
V ou F?
No paciente em decúbito lateral com bloqueio neuromuscular, o diafragma perde sua capacidade de contração. Dessa forma, o hemidiafragma dependente é empurrado cefalicamente pelas vísceras abdominais de maneira máxima. Esse processo diminui a complacência do hemitórax dependente, necessitando portanto de maiores pressões para manutenção de um volume corrente adequado.
V.
Fatores que impedem a expansão adequada do pulmão dependente em decúbito lateral? (3)
Deslocamento cefálico do hemidiafragma dependente;
Compressão do pulmão dependente pelo mediastino;
Compressão do pulmão dependente contra a mesa cirúrgica.
V ou F?
Ao anestesiar um paciente em decúbito lateral, a ventilação migra, em maior parte, para o pulmão não dependente, fazendo com que haja piora da relação V/Q. Isso se intensifica ainda mais se o tórax for aberto.
V.
Paciente em decúbito lateral em ventilação espontânea com o tórax aberto
Principais possíveis complicações? (2)
Deslocamento do mediastino (balanço de mediastino);
Respiração paradoxal.
Balanço de mediastino
Complicação possível de ocorrer em pacientes em decúbito lateral em ventilação espontânea com o tórax aberto.
Durante a inspiração, a pressão negativa no hemitórax dependente, por ser maior que no hemitórax aberto (pressão ambiente), pode fazer com que o mediastino se desloque verticalmente para baixo, pressionando o pulmão dependente.
Balanço de mediastino
Quadro clínico? (2)
Desconforto respiratório;
Hipotensão/choque.
Balanço de mediastino
Mecanismos do desconforto respiratório? (2)
Aumento do pneumotórax com aumento do colabamento do pulmão não dependente;
Compressão do pulmão dependente pelo mediastino.
Balanço de mediastino
Mecanismos da hipotensão/choque? (2)
Torção dos vasos da base;
Reflexo vagal.
Balanço de mediastino
Tratamento?
Intubação do paciente e ventilação com pressão positiva.
Respiração paradoxal
Durante a inspiração, como o pulmão dependente apresenta pressão negativa e o pulmão não dependente, por estar com o tórax aberto, apresenta pressão ambiente (pressão atmosférica), o ar pode se deslocar do pulmão não dependente para o pulmão dependente. O oposto pode ocorrer durante a expiração.
Esse movimento de ar de um pulmão para o outro durante a respiração causa um desperdício do trabalho respiratório por piorar a troca gasosa (parte do espaço pulmonar que seria destinado ao ar ambiente com FiO2 adequada, fica ocupado por ar vindo dos próprios pulmões, já rico em CO2 e com pouco O2).
Respiração paradoxal
Fatores que a intensificam? (2)
Toracostomia grande;
Aumento da resistência das vias aéreas no pulmão dependente.
Respiração paradoxal
Tratamento?
Intubar o paciente e colocá-lo em ventilação mecânica com pressão positiva
OU
vedar o tórax aberto adequadamente.
Ventilação monopulmonar
Indicações absolutas? (4)
Isolamento de cada pulmão para impedir contaminação do pulmão saudável (abscesso pulmonar, cisto infectado, hemorragia pulmonar);
Controle de distribuição da ventilação para apenas um pulmão (fístula broncopleural, fístula cutânea broncopleural, cisto ou ou bolha unilateral, grande acometimento ou trauma brônquico);
Lavagem pulmonar unilateral;
Cirurgia toracoscópica vídeo-assistida.
V ou F?
Ventilação monopulmonar pode ser indicada com critério de auxiliar na exposição cirúrgica da área a ser operada, como em cirurgias esofágicas, por exemplo.
V.
Método mais utilizado para fazer separação pulmonar e ventilação monopulmonar?
Tubo endobrônquico de duplo lúmen.
V ou F?
Tubo duplo lúmen consiste em 2 tubos endotraqueais “ligados” entre si. Um dos tubos é suficientemente longo para alcançar um brônquio fonte e o outro termina com uma abertura na traqueia distal. A separação pulmonar é obtida pela insuflação dos 2 cuffs, um localizado na traqueia proximal e o outro no brônquio fonte. A partir daí, a seleção do pulmão a ser ventilado se dá por meio da abertura ou não dos orifícios de cada tubo próximos ao ramo inspiratório.
V.
Desvantagem da presença do gancho carinal no tubo duplo lúmen?
Maior dificuldade de inserção do tubo duplo lúmen na via aérea.
Tubo duplo lúmen tipo Carlens ________ (possui/não possui) gancho carinal.
Possui.
Tubo duplo lúmen tipo Robertshaw ________ (possui/não possui) gancho carinal.
Não possui.
Desvantagem do tubos duplo lúmen direito?
Maior dificuldade de posicionamento adequado.
V ou F?
Tubos duplo lúmen direitos apresentam maior dificuldade de posicionamento adequado, visto que, para haver adequada ventilação do lobo superior direito, há a necessidade de que a ranhura ventilatória no lado do cateter brônquico se situe exatamente sobre o orifício do lobo superior direito. A margem de segurança para que isso ocorra é extremamente pequena (1 a 8 milímetros). Dessa forma, ao usar tubo duplo lúmen direito há maior dificuldade de posicionamento adequado do tubo e também maior risco de que o tubo se desloque durante o posicionamento do paciente e a manipulação cirúrgica, podendo ocluir o orifício do lobo superior direito nesses casos.
V.
V ou F?
Pela maior facilidade de posicionamento, o tubo duplo lúmen esquerdo é preferível somente para procedimentos ou cirurgias em hemitórax direito.
F.
Vantagens dos tubos duplo lúmen descartáveis? (5)
Maior facilidade de inserção e de posicionamento correto na via aérea;
Facilidade de reconhecimento da cor azul do cuff endobrônquico quando se utiliza broncoscopia por fibra ótica;
Possibilidade de confirmar a posição o tubo por radiografia de tórax, utilizando as linhas radiografas da parede do tubo;
O plástico do tubo ser transparente possibilita a observação contínua da troca gasosa corrente e da umidade respiratória através do plástico transparente;
Possibilidade de ser usado para ventilação de longo prazo em UTI, por ter cuff de alto volume e baixa pressão.
O tamanho mais comum de tubo duplo lúmen utilizado em homens adultos é…
39 Fr.
O tamanho mais comum de tubo duplo lúmen utilizado em mulheres adultas é…
37 Fr.
O menor tamanho de tubo duplo lúmen que, em adultos em geral, pode ser utilizados com segurança sem causar hipoxemia é…
35 Fr.
Profundidade média da inserção de tubos duplo lúmen em adultos?
Adulto de 1,70 a 1,80 m de altura: 29 cm.
Para cada 10 cm de aumento ou de redução na altura do paciente, devemos avançar ou recuar o tubo duplo lúmen em 1 cm.
Outra forma é dividir a altura do paciente por 10 e somar 12 ao resultado. O resultado final será a profundidade estimada para a inserção do tubo duplo lúmen.
Medidas de preparo que devem ser feitas no tubo traqueal de duplo lúmen antes de sua inserção no paciente? (2)
Verificar cuff traqueal com seringa de 20 ml e cuff brônquico com seringa de 3 ml;
Lubrificar o tubo com lubrificante hidrossolúvel.
Passos da técnica de intubação orotraqueal com tubo duplo lúmen Robertshaw? (8)
Testar ambos os cuffs do tubo duplo lúmen;
Lubrificar o tubo duplo lúmen;
Laringoscopar o paciente com laringoscópio de lâmina tipo Macintosh;
Inserir o tubo duplo lúmen com sua curvatura distal voltada para a posição anterior;
Após a ponta do tubo duplo Robertshaw passar as cordas vocais, remover o estilete de seu interior e girar delicadamente o tubo em 90º (se o tubo for esquerdo, girar para a esquerda; se o tubo for direito, rodar para a direita);
Avançar delicadamente o tubo Robertshaw até que seja encontrada resistência moderada à sua passagem, o que indica que a ponta do tubo provavelmente estará assentada no brônquio fonte;
Somente nesse momento, após todas os passos acima, deve-se parar a laringoscopia do paciente;
Fazer manobras de teste e ausculta averiguar a localização adequada do tubo duplo lúmen.
Manobras do teste e ausculta averiguar a localização adequada do tubo duplo lúmen? (3)
Insuflar apenas o cuff traqueal e checar se há ventilação igual em ambos os pulmões;
Insuflar os dois cuffs (traqueal e brônquico) e testar cada lúmen do tubo isoladamente: clampear cada lúmen do tubo de uma vez e ventilar o paciente testando se o tubo está sendo ou não capaz de seletivas adequadamente os pulmões do paciente;
Remover os clampes de ambos os lúmens e testar se, com os dois cuffs insuflados e sem nenhum clampe, o tubo duplo lúmen é capaz de ventilar ambos os pulmões adequadamente.
O volume que cabe no cuff traqueal de um tubo duplo lúmen é…
20 ml.
O volume que cabe no cuff brônquico de um tubo duplo lúmen é…
3 ml.
Paciente foi intubado com tubo duplo lúmen. Com apenas o cuff traqueal insuflado, paciente foi ventilado e apresentou ausculta assimétrica comparando-se os hemitórax. Hipótese diagnóstica?
Tubo posicionado muito profundamente na traqueia, fazendo com que até mesmo a abertura do lúmen traqueal esteja seletivada ou no brônquio fonte, ou na carina.
Paciente foi intubado com tubo duplo lúmen. Com apenas o cuff traqueal insuflado, paciente foi ventilado e apresentou ausculta assimétrica comparando-se os hemitórax. Conduta?
Desinsuflar os cuffs e retroceder delicadamente a inserção do tubo duplo lúmen em 2 a 3 cm.
Geralmente será o suficiente para igualar a ausculta bilateralmente, fazendo com que o lúmen traqueal deixe de estar seletivo.
Técnicas que podem ser usadas para verificar o correto posicionamento de tubos traqueais de duplo lúmen? (6)
Testes de ausculta;
Fluoroscopia (escopia contínua);
Radiografia de tórax;
Capnografia seletiva;
Vedação imersa;
Broncoscópio pediátrico.
Possíveis complicações decorrentes do mau posicionamento de um tubo de duplo lúmen? (6)
Laceração ou até ruptura de traqueia ou de brônquio;
Obstrução da ventilação do lobo superior direito (caso um tubo duplo lúmen esquerdo seja inserido no brônquio fonte direito);
Tubo duplo lúmen direito pode eventualmente fechar o orifício do lobo superior direito, podendo obstruir sua ventilação (pequena margem de segurança para o posicionamento da ranhura ventilatória: 1 a 8 mm);
Tubo duplo lúmen esquerdo pode eventualmente fechar o orifício do lobo superior esquerdo, podendo obstruir sua ventilação;
Inserção muito profunda do tubo duplo lúmen, seletivamente até mesmo o lúmen traqueal;
Inserção insuficiente do tubo duplo lúmen, deixando a abertura do lúmen brônquico acima da carina (tubo não conseguirá ficar seletivo).
Causas mais comuns de lesão ou ruptura de traqueia ou brônquio em pacientes em uso de tubo duplo lúmen? (3)
Intubação com progressão do tubo duplo lúmen sem delicadeza ou insistir em progredir o tubo mesmo após encontrar resistência;
Reposicionamento do tubo duplo lúmen sem desinsuflar ambos os cuffs;
Pressão e/ou volume excessivo no cuff traqueal e/ou brônquico.
Separação pulmonar da ventilação de pacientes traqueostomizados pode ser realizada por meio de…
bloqueador brônquico inserido pela traqueostomia.
Tubos duplo lúmen não passam pela traqueostomia e nem possuem curvatura adequada para fazê-lo.
Técnica adotada para intubação com tubo duplo lúmen em pacientes com via aérea difícil?
Intubação acordado com uso de fibroscópio.
Passos da técnica de separação pulmonar por meio de bloqueador brônquico? (2)
Com o auxílio de um fibroscópio, passa-se um bloqueador brônquico no paciente e o cuff é insuflado no brônquio fonte do pulmão que se deseja bloquear;
Após isso, o paciente é intubado com tubo traqueal normal. Dessa forma o pulmão está separado.
V ou F?
Bloqueadores brônquicos raramente são utilizados atualmente pois bloqueadores brônquicos usam cuffs de alta pressão de distensão. Isso faz com que eles possam facilmente escorregar do brônquio fonte para a traqueia, não só obstruindo a ventilação, como também perdendo a separação entre os dois pulmões. A perda da separação pulmonar pode ser uma situação potencialmente fatal (risco de passagem de pus, sangue ou fluido de um pulmão para o outro). Por esse risco, bloqueadores brônquicos raramente são utilizados atualmente.
V.
Tubo Univent
Tubo traqueal de lúmen único com um bloqueador brônquico móvel acoplado.
V ou F?
De acordo com a extensão e duração do procedimento cirúrgico, pacientes em uso de tubo duplo lúmen podem apresentar edema, secreções e traumas na via aérea. Isso pode fazer com que a via aérea do paciente, mesmo que não seja difícil inicialmente, torne-se difícil durante a extubação.
V.
Cuidados que devem ser tomados na extubação de pacientes com tubo duplo lúmen? (4)
Corticoide EV antes da extubação;
Cabeceira elevada para reduzir o edema e facilitar a deglutição de secreções;
Estimular a diurese em caso de edema importante;
Aspirar bem as vias aéreas.
Ventilação monopulmonar
Conduta inicial se pressão de pico > 40 cmH2O?
Excluir o mau posicionamento do tubo duplo lúmen.
Ventilação monopulmonar
Manobras, em ordem, que podem ser aplicadas em caso de hipoxemia? (8)
Caso a FiO2 esteja menor que 100%, colocar a FiO2 = 100% de imediato;
Verificar as conexões e a posição do tubo duplo lúmen, idealmente com broncoscópio;
Aplicar CPAP de 10 cmH2O no pulmão não-dependente;
Adicionar PEEP de 5 a 10 cmH2O no pulmão dependente;
Realizar manobras de recrutamento frequentes;
Insuflar e desinsuflar intermitentemente o pulmão operado (ventilação bioluminescência intermitente com a cooperação do cirurgião);
Se já não estiver sendo realizada, considerar anestesia venosa total;
Clampeamento da artéria pulmonar do pulmão não-dependente (essa manobra elimina o shunt do pulmão que está sendo operado).
Ventilação monopulmonar
Conduta inicial em caso de instabilidade hemodinâmica?
Ventilação bipulmonar.
(até que o problema seja resolvido)
Cirurgias torácicas
Complicações comuns decorrentes da manipulação pericárdica?
Arritmias;
Hipotensão.
Videotoracoscopia diagnóstica
Opções de técnica anestésica? (2)
Paciente acordado com bloqueio periférico ou peridural;
Anestesia geral com ou sem bloqueio periférico associado, com ventilação mono ou bipulmonar.
Videotoracoscopia terapêutica
Técnica anestésica de escolha?
Anestesia geral, com ou sem bloqueio periférico ou peridural associada, com ventilação mono ou bipulmonar.
Pneumectomia
Cuidados anestésicos recomendados? (6)
Obter acesso periférico calibroso, acesso venoso central e pressão arterial invasiva;
Coletar gasometrias arteriais seriadas;
Associar anestesia geral com peridural contínua ou bloqueio periférico para fornecer adequada analgesia perioperatória;
Atenção especial para o risco de arritmias (a ressecção pulmonar causa perda afunda-se cerca de 50% do leito vascular pulmonar, causando maior resistência no ventrículo direito e assim podendo precipitar arritmias, como FA);
Realizar administração restritiva de fluidos durante a cirurgia a fim de evitar edema pulmonar (o balanço hídrico total positivo nas primeiras 24 horas não deve exceder 20 ml/kg);
Dar preferência a manter a perfusão tecidual por meio de drogas vasoativas ao invés de volume.
Cirurgias de traqueia
Cuidados anestésicos recomendados? (6)
Pré-oxigenação adequada antes de qualquer tentativa de intubação (cogitar intubação acordada a fim de evitar o risco de colapso das vias aéreas);
Broncoscópio rígido disponível para passar a obstrução traqueal e ventilar o paciente em caso de falha de intubação ou mesmo de ventilação do paciente;
Pressão arterial invasiva a fim de coletar gasometrias arteriais seriadas no paciente;
Circuito ventilatório e tubo, ambos estéreis, disponíveis em sala para que o cirurgião possa manusear a ventilação do paciente abaixo da estenose no intra-operatório;
Manter a cabeça do paciente em flexão ao fim da cirurgia visando evitar qualquer tensão sobre a sutura traqueal (por isso alguns cirurgiões realizam a sutura da pele do mento com a pele do manúbrio external; essa sutura de pele limita a extensão, mas já foi associada a tetraplegia por flexão acentuada do pescoço);
Broncoscópio flexível disponível em sala durante a extubação e na SRPA em caso de necessidade de reintubação do paciente (em caso de reintubação do paciente, esta deve ser feita sob broncoscopia flexível e idealmente com o cuff insuflado distalmente à anastomose traqueal).
Cirurgias torácicas
Principais complicações possíveis? (8)
Pneumotórax;
Hemotórax;
Arritmias;
Deiscência de suturas bronquiais;
Torção do lobo remanescente;
Falha de analgesia;
Falência respiratória;
Herniação cardíaca.
A arritmia mais comum em cirurgias torácicas é…
fibrilação atrial.
A principal complicação responsável por morbidade e mortalidade no perioperatório de cirurgias torácicas de grande porte é…
falência respiratória.
(incidência de até 18%)
Cirurgias torácicas
Principais fatores de risco para desenvolvimento de falência respiratória no perioperatório? (3)
Idade do paciente;
Extensão da ressecção pulmonar;
Presença de doença arterial coronariana.
Herniação cardíaca
Saída do coração da sua posição habitual.
Ocorre geralmente quando o pericárdio não foi fechado corretamente ou quando a sutura pericárdica se rompe.
V ou F?
Herniação cardíaca pode ocorrer em cirurgias de pneumectomia.
V.
Herniação cardíaca
Quadro clínico? (4)
Hipotensão arterial grave;
Aumento da FC;
Obstrução do retorno venoso ao coração por torção dos grandes vasos;
Aumento da PVC.
Herniação cardíaca
Diagnósticos diferenciais? (4)
TEP;
Pneumotórax hipertensivo;
Tamponamento cardíaco;
Hemotórax maciço.
Herniação cardíaca
Tratamento?
Cirurgia de emergência visando recolocar o coração sua posição anatômica normal e corrigir o pericárdio.
Mediastinoscopia
Complicação com o maior potencial de gravidade?
Sangramento.
Pode ser maciço, por lesões dos grandes vasos do coração, geralmente sendo necessária uma esternotomia ou toracotomia de emergência para controlar o sangramento.
Lesão da veia cava superior em uma cirurgia torácica
Conduta imediata?
Acesso calibroso em algum dos membros inferiores.
Pois, em caso de lesão da veia cava superior, os fármacos, fluidos e hemocomponentes infundidos nos membros superiores não alcançarão o coração.
Shunt
Região pulmonar em que ocorre déficit de ventilação em relação à perfusão local.
(V < Q)
Vasoconstrição pulmonar hipóxica
Mecanismo de defesa da ventilação do paciente em que áreas pulmonares submetidas a hipóxia (áreas pouco ou não ventiladas) sofrem vasoconstrição, diminuindo o volume de sangue direcionado a elas e assim reduzindo o shunt pulmonar na região.
Efeito benéfico da vasoconstrição pulmonar hipóxica sobre a ventilação monopulmonar?
Redução do shunt do pulmão não ventilado.
Com a vasoconstrição pulmonar hipóxica, ocorrerá vasoconstrição pulmonar no pulmão não ventilado; isso desviará o sangue para o pulmão ventilado reduzindo o shunt e melhorando a troca gasosa.
Vasoconstrição pulmonar hipóxica
Consequência possível de sua inibição em pacientes em ventilação monopulmonar?
Aumento do shunt pulmonar.
A inibição da vasoconstrição pulmonar hipóxica fará com que não haja vasoconstrição no pulmão não ventilado; como consequência ao paciente, pode haver queda da saturação de oxigênio pela piora na troca gasosa pulmonar.
Drogas anestésicas que reduzem a vasoconstrição pulmonar hipóxica?
Anestésicos halogenados.
Reduzem a vasoconstrição pulmonar hipóxica de maneira dose-dependente.
V ou F?
No paciente em decúbito lateral, o tórax fechado restringe a distensão do pulmão não dependente, contribuindo para uma pior relação V/Q do que com o tórax aberto.
Falso.
No paciente em decúbito lateral, o tórax fechado restringe a distensão do pulmão não dependente, contribuindo para uma melhor relação V/Q do que com o tórax aberto.
V ou F?
Gasometria arterial é realizada através da coleta de 2 mL de sangue arterial em seringa não heparinizada.
Falso.
Gasometria arterial é realizada através da coleta de 2 mL de sangue arterial em seringa heparinizada.
No paciente em decúbito lateral acordado, ou seja, não anestesiado, o pulmão melhor perfundido é o ___________ (dependente/não dependente) e o pulmão melhor ventilado é o ___________ (dependente/não dependente).
Dependente; dependente.