Tutoria P1M1 (dispneia) Flashcards

1
Q

Conceito de dispneia

A

Sensação de dificuldade respiratória em pacientes doentes ou saudáveis em condição de exercício extremo

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Q

Conceito de respiração consciente

A

Quando a respiração se torna um ato consciente, associado a desconforto.

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3
Q

SENSAÇÃO X PERCEPÇÃO respiratória

A

Sensação: é quando há ativação neurológica, resultante de estimulação de receptor periférico

Percepção: resposta do indivíduo a sensação, resultado final da sensação

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4
Q

De onde surge a atividade motora respiratória

A

Região dorsal do bulbo, principalmente Grupo Respiratório Dorsal (GRD)

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5
Q

Como se projeta o GRD

A

Manda informação para o Grupo Respiratório Ventral (GRV) que se estende para medula e daí para motoneuronios respiratórios espinhais e para o nervo vago

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6
Q

GRD X GRV

A

GRD basicamente estimula a inspiração é dita o ritmo respiratório

GRV pode gerar tanto a inspiração quanto expiração dependendo da necessidade de ventilação

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7
Q

Onde fica os centros regulatórios

A

Ponte

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8
Q

Quais são os centros reguladores da ponte (2)

A

Centro pneumotaxico
Centro apnêustico

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9
Q

Como funciona o centro pneumotaxico

A

Ativado pela hipóxia, hipercapnia e insuficiência pulmonar. Pode aumenta a FR até 30 - 40 irpm

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10
Q

Oq faz o centro apneustico

A

Inibe a respiração

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11
Q

Sinais periféricos da respiração (4)

A

*corpos carotídeo e aórtico
*receptor do epitélio nasal e faringe
*estiramento de fibra C
*músculos intercostais e diafragma

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12
Q

Sinal central da respiração

A

Quimiorreceptor central na parte ventral do bulbo

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13
Q

Que estímulos ativam os corpos carotídeos e aórticos

A

PO2 < 60mmHg, responde com hiperventilação. Responde pouco a PCO2 e H+

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14
Q

Como ocorre a aferencia dos corpos carotideos e aórtico

A

Carotídeo: nervo IX (glossofaringeo) —-> GRD
Aórtico: nervo X (vago) —-> GRD

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15
Q

Como funciona os receptores periféricos do epitélio nasal e nasofaríngeo

A

Podem causar ausência de respiração, espirro e tosse a diversos estímulos mecânicos e químicos

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16
Q

Como funciona os receptores de estiramento de fibra C

A

Estão nos músculos liso das vias aéreas respondem a elevação da pressão intersticial e capilares

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17
Q

Como funciona os receptores dos músculos intercostal e do diafragma

A

Nós músculos existem fusos musculares (proprioceptores) que estão envolvidos nos reflexos a nível espinhal. O diafragma exerce efeito inibitório sobre a atividade respiratória central. Responde a hiperinsuflação.

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18
Q

Como funciona os quimiorreceptor central da respiração

A

Eles recebem informação do PCO2 e H+ no sangue. E altera a respiração.

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19
Q

Qual a teoria aceita pra explicar a sensação de dispneia

A

Teoria da dissociação eferente-reaferente

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20
Q

Explique a teoria da dissociação eferente -reaferentes

A

Quando ocorre um desequilíbrio entre oq o SNC manda de atividade motora e o feedback aferente que ele recebe dos receptores periféricos, mostrando que essa atividade não foi eficiente ou efetiva, a respiração se torna consciente e desconfortável

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21
Q

Queixa de dispneia pensar em qual tipo de paciente

A

Pacientes com doença pulmonar, doença cardiovascular, refluxo gastroesofágico, falta de condicionamento físico e quadros psicogênicos.

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22
Q

O que investigar quando se tem queixa de dispneia (9)

A

*Época e hora de aparecimento;
*Modo de instalação: dispnéia de instalação súbita é comum em processos de instalação aguda, como pneumotórax espontâneo ou embolia pulmonar; dispnéia de instalação progressiva é característica de processos evolutivos, tais como DPOC e fibrose pulmonar;
*Duração: desde o início dos sintomas e duração das crises;
*Fatores desencadeantes: tipos de esforços, exposições ambientais e ocupacionais, alterações climáticas, estresse, etc.
*Comparação: sensação de cansaço, esforço, sufocação, aperto no peito, etc;
*Número de crises e periodicidade: ao longo do dia, semanas e meses;
*Intensidade: avaliada com uso de escalas apropriadas e medidas de repercussão sobre a qualidade de vida;
*Fatores que acompanham: tosse, chiado, edema, palpitações, etc.;
*Fatores que melhoram: tipo de medicamentos, repouso, posições assumidas e relação com o decúbito

23
Q

Dispneia Atual x Usual

A

Atual: sintomas aparece em um momento preciso

Usual: dispneia causa limitação na execução de atividades do cotidiano

24
Q

Escalas para dispneia atual

A

Analogovisual
Numérica
Borg modificada

Ex: usada durante exercício ou crise de asma

25
Q

Escala para dispneia usual para que serve?

A

Traduz a intensidade e tipo de atividade que desencadeia dispneia, além dos efeitos do sintoma sobre a qualidade de vida dos pacientes

26
Q

Escala MRC para dispneia usual ou atual?

A

Usual

27
Q

Termos descritivos
Dispneia de Esforço

A

Agravamento da sensação de dispneia por atividade fica. É inespecífico

28
Q

Termos descritivos
Ortopneia

A

Surgimento ou agravamento da sensação de dispneia ao deitar. Comum em ICE com grado de congestão pulmonar. Pode ser observada em asma e DPOC.

29
Q

Termos descritivos
Dispneia paroxística noturna

A

Tem o sono interrompido por uma drástica sensação de falta de ar, precisando sentar ou levantar.
Comum em ICE

30
Q

Termos descritivos
Asma cardíaca

A

Termo inapropriado para designar paciente com ICE + sibilos + chiado no peito + dispneia.

31
Q

Termos descritivos
Platipneia

A

Dispneia surge ou agrava em posição ortostática (em pé). Comum em paciente com pericardite ou shunt direto esquerdo.

32
Q

Termos descritivos
Trepopneia

A

Dispneia piora com o decúbito lateral e melhora com o oposto. Comum quando comprometimento de um lado do pulmão mais que outro

33
Q

Termos descritivos
Orteodexia

A

Queda da saturação de oxigênio com a posição em pé. Comum na platipneia.

34
Q

Sono REM e dispneia paroxística noturna

A

No sono REM há sobrecarga dos nervos simpáticos que agrava a congestão pulmonar sendo uma teoria pra explicar a dispneia paroxística noturna.

35
Q

Tipos de Ritmos
Taquipneia

A

Aumento da irpm >20, com diminuição da amplitude. Ocorre em síndromes restritivas pulmonares (derrames pleurais, doenças intersticiais, edema pulmonar), febre, ansiedade.

36
Q

Tipos de Ritmos
Bradipneia

A

Redução das irpm <8. Ocorre em presença de lesões neurológicas, depressão dos centros respiratórios por drogas (opióides, diazepínicos), precedendo a parada respiratória em casos de fadiga dos músculos respiratórios.

37
Q

Tipos de Ritmos
Apneia

A

Interrupção da respiração por período prolongado. Sd apneia do sono.

38
Q

Tipos de Ritmos
Hiperpneia

A

Aumento da irpm junto com a amplitude, logo aumento da ventilação alveolar secundária. Ocorre em acidose metabólica, febre, ansiedade.

39
Q

Tipos de Ritmos
Dispneia suspirosa

A

Inspiração profundo do nada, no meio de um ritmo normal. Ocorre em momento emoção ou distúrbio psicológico.

40
Q

Tipos de Ritmos
Ritmo de Cantani

A

Aumento da amplitude dos movimentos respiratórios de modo regular. Ocorre em acidose metabólica, na CAD e insuficiência renal.

41
Q

Tipos de Ritmos
Ritmo de Kusmaul

A

Agravamento da acidose metabólica. Alternância sequencial de apneia inspiratório e expiratório.

42
Q

Tipos de Ritmos
Ritmo de Biot

A

Ritmo irregular tanto na amplitude quanto na frequência. Ocorre em HIC e lesão do sistema nervoso central.

43
Q

Tipos de Ritmos
Ritmo de Chaynes-Stockes

A

Apneia seguida de hiperpneia crescente depois decrescente até nova apneia. Ocorre em ICC, HIC e lesão de SNC.

44
Q

Explicar a respiração de Cheynes-Stockes por ICC

A

Ocorre uma dissociação entre os valores de Ph e PaCO2 no nível pulmonar e central por conta de um retardo circulatório do pulmão para o cérebro.

45
Q

Explicar dispneia psicogênica

A

Ritmo suspiroso, relacionado a conflitos emocionais que envolvem apatia, frustração, insegurança. Leva a uma elevação da frequência e amplitude da respiração de forma irregular e intermitente, que varia com o estado psicológico do paciente.

46
Q

Explicar dispneia metabólica

A

condições que causam acidose
Ex: aumento da ingestão de metanol, etilenoglicol e ácido acetilsalicílico; produção ou incapacidade de metabolização (DM descompensada, insuf. Hepática ou choque); insuficiência renal que diminui eliminação de ácidos.

47
Q

Como é a dispneia metabólica

A

O corpo tenta causar uma alcalose respiratória com hiperpneia que pode evoluir com ritmo de Cantani ate de Kussmaul

48
Q

Explicar dispneia neurogênica

A

Secundária a lesão grave do encéfalo
Ex: AVC AIT, meningoencefalite, trauma, intoxicação ou tumor. Pode ser por medicamento (benzodiazepina, opioide).

49
Q

Ritmo na dispneia neurogenica

A

Biot ou bradipneia

50
Q

Classificação da dispneia na insuficiência pulmonar

A

Objetiva: tiragem, cornagem(inspiração) e abaulamento (expiração)
Subjetiva: disfunção de musculatura, dor torácica, esforço e decúbito

51
Q

Fisiopatologia da DPOC

A

A hiperinsuflacao causada pela obstrução brônquica leva a um remodelamento da musculatura respiratória, principalmente o diafragma. Além disso os mecanorreceptores e quimiorrectores sofrem altercação e perdem a capacidade de percepção da dispneia, podendo causar óbito por falta de mecanismo adaptativo.

52
Q

Causas de dispneia súbita

A

Infarto pulmonar (TEP)
Pneumotórax
Anafilaxia
Inalação de corpo estranho
Arritmia cardíaca

53
Q

Causas de dispneia súbita com chiado e tosse

A

Exacerbação de DPOC
Exacerbação de asma
Bronquite
Falha de ventrículo esquerdo

54
Q

Causar de dispneia crônica

A

Obesidade
Asma
DPOC
Fibrose pulmonar intersticial (asbestose e silicose)
Alterações neuromusculares
Hipertensão pulmonar
Psicogênica
TEP crônico
ICC