Tuberculose - doença Flashcards
Forma de transmissão e de prevenção / precaução de contato
Transmissão por aerossol - paciente deve ser mantido isolado em leito com pressão negativa, com filtro HEPA ou, na impossibilidade, isolado com porta fechada, e profissional deve usar EPI - máscara PF2 ou N95
Manifestações clínicas
Tosse crônica (mais de 3 semanas se busca ativa ou mais de 2 quando busca passiva), principalmente se história de contato domiciliar ou profissional.
Manifestações sistêmicas (nem sempre presentes): febre, sudorese noturna, perda ponderal, hemoptise
- busca ativa - serviço rastreia
- busca passiva - paciente procura serviço devido à tosse
Propedêutica complementar
Radiografia de tórax, pesquisa de BAAR (Ziehl-Nielsen) e cultura para micobactéria em escarro, teste rápido molecular
Alterações radiológicas
Infiltrado predominante em ápice pulmonar, lesão escavada com paredes espessas, padrão micronodular (árvore em brotamento)
*Infiltrado difuso se padrão miliar
Diagnóstico forma pulmonar
Clínica, alteração radiológica, pesquisa BAAR + (escarro, biópsia, lavado broncoalveolar) ou cultura positiva para micobactérias
Forma ganglionar - apresentação e diagnóstico
Adenomegalia cervical com supuração
Necrose caseosa identificada na biópsia
Forma pleurítica - apresentação e diagnóstico
Tosse seca, dor ventilatório-dependente, derrame pleural
Punção de líquido pleural com exsudato linfocitário, ADA > 40, biópsia padrão ouro
Tratamento (formas pulmonar e outras)
Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol
Fase intensiva - RHZE; Fase de manutenção - RH
Pulmonar: 2 meses intensivo, 4 meses manutenção
Articular e neuro TB: 2 intensivo, 10 manutenção
*Neuro - glicocorticoides para reduzir sequelas neurológicas
Indicações de internação
Dispneia progressiva, redução do nível de consciência, TB óssea ou em sistema nervoso ou ocular, hepatite grave (adverso a RHZE), forma pulmonar extensa
Tratamento de tuberculose no paciente HIV+
Evitar atazanavir e outros inibidores de protease (alta interação com rifampicina)
Iniciar RHZE antes de TARV, mas, se CD4<50, esperar no máximo 2 a 4 semanas para iniciar
TARV de escolha - efavirenz + dolutegravir dose dobrada
Principal efeito adverso da isoniazida e como manejar
Hipovitaminose B6
Suplementar se neuropatia periférica em botas e luvas (ou se psicose, que é mais rara)
RHZE - possível efeito adverso que todos têm em comum, além do principal, e como manejar
Intolerância gástrica (gastrite, náuseas, vômitos, dor abdominal)
Sintomático, reformular horário de ingestão com alimentos
RHZE - principal efeito adverso
Hepatotoxicidade - monitorizar com transaminases (aceitar aumentos de até 3 a 5 vezes o limite superior de referência)
Efeitos adversos - rifampicina, pirazinamida e etambutol
R - nefrite, urina avermelhada
Z - hiperuricemia, artralgia
E - neurite óptica
Seguimento
Consultas e baciloscopia mensal, verificar adesão
Rx tórax no mês 2 e 6
Avaliar função renal, hepática e glicemia ao início do tratamento, no primeiro mês, e reavaliar conforme necessidade