Sífilis Flashcards
Relação com o HIV
Sífilis aumenta a infectividade do HIV
HIV facilita a disseminação da sífilis pro SNC
Abordagem
Investigar histórico de vida sexual Notificação compulsória (semanal) Testar hepatites e outras ISTs Testar parceiros Vacinação e orientação pós-teste (exposição continua favorecendo após tto) PrEP se indicado
Fase primária - características / diagnóstico
4 a 6 semanas após relação desprotegida - úlcera indolor em genital, única, altamente infectiva (cancro duro ou protossifiloma)
Fase secundária - características / diagnóstico
1 a 6 meses após protossifiloma, com febre, linfadenomegalia generalizada, alopecia areata, roséolas (lesões eritematosas ricas em treponemas, ovaladas ou arredondadas, que acometem o corpo inteiro, inclusive regiões palmoplantares)
Fase de latência - períodos
Precoce: do desaparecimento dos sintomas até 1 ano
Tardia: após 1 ano sem sintomas
Fase terciária - características / diagnóstico
Surge de poucos anos a décadas depois da infecção (infrequente devido ao diagnóstico precoce), com acometimento cutâneo (gomas cutâneas), ósseo (lesões osteoarticulares), cardiovascular (aortite sifilítica, aneurisma/estenose de coronárias) e neurológico
Sífilis - acometimento neurológico
Mais precocemente pode ocorrer meningite aguda sintomática e lesão meningovascular
O comprometimento sintomático geralmente é tardio: tabes dorsalis, quadros demenciais, quadros convulsivos, sífilis ocular, paresia geral
Exames para acompanhamento e para diagnóstico (sorológicos)
VDRL quantitativo (queda titulos) - acompanhamento
FTA-ABs (treponêmico) e VDRL (não treponêmico) - diagnóstico
FTA-ABs e VDRL - significados de acordo com valores (positivo ou negativo)
FTA-ABs + VDRL -: sífilis tratada ou inicial
FTA-ABs - VDRL +: falso positivo
FTA-ABs - VDRL -: ausência de infecção ou muito recente
FTA-ABs + VDRL +: infecção recente ou prévia (depende do título)
Exame diagnóstico padrão ouro (não sorológico) e sua limitação
Microscopia campo escuro
Executável apenas se lesão presente para coletar material
Quando iniciar tratamento apenas pela positividade de testes rápidos
Gestação, violência sexual, clínica sugestiva, chance de perder seguimento
*Se positivo, começar tratamento e solicitar teste não treponêmico para monitorizar cura
VDRL falso positivo - como definir e situações possíveis
VDRL + (geralmente baixos títulos) e FTA-ABs neg
LES, SAAF, colagenose, hanseníase, tuberculose, hepatite, cirrose, gestação, malária, drogas injetáveis
Tratamento (precoce, tardia e neuro) e como proceder se alergia a penicilina
Primária, secundária ou precoce - penicilina G benzatina (sem caso de resistência no mundo) 2.4 milhões UI dose única
Secundária tardia ou latente tardia - penicilina G benzatina 2.4 milhões UI 3 doses com intervalo de uma semana entre elas, ou doxiciclina por 28 dias, ou ceftriaxone IM ou EV 14 dias
Neurossífilis - penicilina cristalina EV (18 a 24 milhões UI por dia) ou ceftriaxone EV dose dobrada (2g/dia), por 14 a 21 dias
Se alergia, dessensibilizar ou usar azitro, doxiciclina ou tetraciclina
Reinfecção e cura - critérios
Reinfecção - aumento de 2 títulos do VDRL (atenção especial - população que faz sexo desprotegido)
Cura - queda de 2 títulos do VDRL em 6 meses
Sífilis no SNC - quando pode ocorrer
Em qualquer fase da doença pode ocorrer, embora o comprometimento sintomático seja mais comum em estágios tardios