Meningites agudas Flashcards
Bacterianas - clínica e principais agentes infecciosos nos adultos em ordem de importância e aspecto no Gram
Febre, irritação meníngea (rigidez, Kernig, Brudzinski), cefaleia intensa, vômitos, rebaixamento do nível de consciência - clínica inespecífica em menores de 9 meses
Meningococo (coco GN), pneumococo (coco G+) e haemophilus (cocoBGN)
*Listeria (BG+) em idosos e imunossuprimidos
Bacterianas - corticoides - indicação e como fazer
Iniciar 20 minutos antes do ATB (ou no máximo junto), dexametasona 0,15mg/kg a cada 6 horas, por 2 a 4 dias
*indicado para reduzir sequelas (comprovadamente de pneumococo e haemophilus, mas pode fazer para todas as bacterianas)
Indicação de realizar exame de imagem previamente ao líquor
HIC (cefaleia, náusea, vômito, papiledema, tríade de Cushing), sinais focais, rebaixamento grave da consciência, convulsões, imunocomprometidos
*nesses casos, iniciar ATB antes mesmo de puncionar LCR
Bacterianas - quimioprofilaxia de contactantes (indicação)
Para pessoas que tiveram contato íntimo e prolongado e para profissionais que realizaram procedimento invasivo
Vale para haemophilus e meningococo
Iniciar idealmente nas primeiras 48h (iniciar em até 7 a 10 dias no máximo)
Bacterianas - quimioprofilaxia de contactantes (drogas e doses)
Rifampicina 20mg/kg/dia VO 2 a 4 dias
Ceftriaxone 125mg IM em crianças e 250 em adultos 2 a 4 dias
Ciprofloxacino 500mg VO dose única
Bacterianas - conduta
Logo na suspeita - internar com precaução de gotículas (até pelo menos 24h de ATB), solicitar exames inclusive hemocultura e LCR, iniciar Ceftriaxone 2g EV BID (dose dobrada) e ampicilina se suspeita de Listeria
Bacterianas - principais agentes em menores de 3 meses
GBS, BGN e Listeria
Meningoencefalite herpética - suspeita clínica
Instalação aguda ou subaguda de alteração de consciência, febre, sinal focal (hemiparesia, distúrbio de linguagem…), convulsão, desorientação
Meningoencefalite herpética - diagnóstico
Alterações clínicas, laboratoriais, de imagem e EEG (afastar diferenciais)
PCR HSV1/HSV2 nem sempre disponível, mas com boa acurácia
Meningoencefalite herpética - alterações em LCR e RM
Pleocitose linfomonocitária e aumento de proteína (mais discreto que na bacteriana), glicose normal
Lesões hiperdensas e edema mesial-temporal, orbitofrontal e insular
Meningoencefalite herpética - conduta
Cobrir empiricamente com aciclovir EV 10mg/kg a cada 8 horas por 14 a 21 dias, manejo em UTI, fenitoína EV se convulsões
Neurotuberculose - peculiaridades clínico-laboratoriais
Subaguda (cefaleia e demais sintomas progressivos), com hidrocefalia e acometimento de pares de nervos cranianos (por exsudato em base do crânio, que é visível em TC e RM)
LCR com hipoglicorraquia e hiperproteinorraquia, celularidade mista com predomínio linfomonocitário, menos de 500 células e aumento de ADA
Neurotuberculose - tratamento
RHZE 2 meses - indução
RH 10 meses - manutenção
Associar corticoide por 2 a 4 meses
Principal etiologia viral e evolução natural
Enterovírus (Coxsackie e Polio) - autolimitada, bom estado geral (7 a 14 dias), antecedida por manifestações gastrointestinais, respiratórias, mialgia e erupção cutânea
*herpética: tratar pois cursa com alterações mais sérias (afinal, é uma meningoencefalite)
Doença meningocócica
Meningite + meningococcemia (prostração, toxemia, exantema, petéquias, sufusões hemorrágicas, hipotensão)