Tronco da Criança Flashcards

1
Q

O que é torcicolo muscular congênito?

A

Contratura e encurtamento do ECOM, com inclinação da cabeça para o lado acometido e rotação do queixo em direção ao lado oposto.
Geralmente observado nas primeiras semanas de vida.

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2
Q

Qual a epidemiologia do torcicolo congênito?

A
  • Mais comum em meninas
  • Lado direito
  • 20% dos casos associados a luxação congênita do quadril
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3
Q

Qual a etiologia do torcicolo congênito?

A
  • Fibrose do ECOM –> contratura e encurtamento

- Ocorre por oclusão venosa devido ao mau posiocionamento intra-uterino e síndrome compartimental local (isquemia)

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4
Q

Quais as alterações no desenvolvimento a criança pode apresentar caso o torcicolo congênito não seja corrigida, sendo observadas no exame físico?

A
  • Plagicefalia (um lado da face aplanado)
  • Olhos e orelhas desnivelados
  • Escoliose cervicotorácica
  • Esforço ocular (fadiga da musculatura extrínseca do olho)
  • Tumefação fusiforme próximas às inserções claviculares e esternais
  • Atraso motor
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5
Q

Qual o tratamento conservador para o torcicolo congênito?

A
  • Exercícios passivos para estirar a musculatura
  • Estímulos para criança olhar para o lado oposto
  • Manter cabeça pronada na metade do tempo para evitar vícios posturais
  • Resolve 80-90% dos casos
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6
Q

Quais as indicações do tratamento cirúrgico no torcicolo congênito?

A
  • Crianças de 12-18 meses sem melhora com ttmto conservador

- Crianças com restrição de rotação > 30 graus e deformidade facial

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7
Q

No que consiste o ttmto cirúrgico do torcicolo congênito?

A
  • Liberação da parte clavicular do ECOM e prolongamento da porção esternal (cortando em z)
  • O pct deve fazer fisioterapia mesmo assim
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8
Q

Qual a definição de escoliose?

A
  • Desvio da coluna do plano coronal > 10 graus

- PORÉM, o desvio da coluna é tridimensional

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9
Q

Como são classificadas as escolioses?

A

Flexíveis e rígidas

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10
Q

Como é caracterizada uma escoliose flexível?

A
  • Com uma manobra de redução, é possível retificar a coluna

- Resposta a um processo doloroso (antálgica) ou má postura

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11
Q

Como é caracterizada uma escoliose rígida?

A
  • Coluna desviada permanentemente, só é retificada com cirurgia.
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12
Q

Quais as causas mais comuns de escoliose rígida?

A
  • Idiopática (mais comum)
  • Congênita
  • Neuromusculares (paralisia cerebral, Duchenne)
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13
Q

Em que momentos a escoliose idiopática pode surgir, qual q mais comum e qual a mais grave?

A
  • Infantil (0-3 anos): mais grave
  • Juvenil (4-10 anos)
  • Adolescente ( >10 anos): mais comum. Afeta mais meninas.
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14
Q

Qual a razão pela escoliose idiopática ser mais grave em crianças do que em adolescentes?

A

Quanto mais jovem, maior a capacidade de progressão da deformidade. Como o adolescente está próximo a maturidade esquelética, a escoliose progredirá bem menos.

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15
Q

Por que a escoliose idiopática precisa ser tratada?

A

Para não comprometer as estruturas intratorácicas, como coração, câmaras pulmonares

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16
Q

O que é o fenômeno virabrequim?

A
  • Ocorre em cirurgias de colunas de pacientes jovens, com o esqueleto não totalmente formado.
  • Maior em escoliose infantil e juvenil
  • A parte posterior da coluna é fundida, mas a anterior continua crescendo, gerando uma deformidade da coluna
  • É importante que na cirurgia no esqueleto imaturo se faça a equalização das fises de crescimento, para não haver crescimento de uma parte da coluna em detrimento da outra.
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17
Q

Quais os fatores relacionados a progressão da escoliose idiopática do adolescente (lembrando que esta é rígida)?

A
  • Pré-menarca
  • Sinal de Risser 0
  • Curvas duplas
  • Curvas > 50 graus na coluna torácica ou > 30 graus na coluna lombar
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18
Q

Como será o teste de Adams na escoliose idiopática do adolescente?

A

O teste de Adams consiste na flexão do tronco. No caso da escoliose idiopática do adolescente, uma vez que é rígida, a deformidade não irá se reduzir, ocorrendo na verdade uma acentuação da giba torácica.

19
Q

O que é observado no exame físico da escoliose idiopática?

A
  • Giba torácica
  • Assimetria de ombros
  • Diferença de tamanho entre mamas
  • Assimetria do trígono do talhe (distância entre membros superiores e tronco)
20
Q

Qual o exame básico para avaliação da escoliose idiopática do adolescente?

A
  • radiografia panorâmica em AP e perfil
21
Q

Quais outros exames de imagem podem ser feitos na escoliose idiopática além do RX?

A
  • TC

- RNM

22
Q

Quais os principais parâmetros avaliados na radiografia panorâmica na escoliose idiopática do adolescente?

A
  • Ângulo de Cobb - gravidade da escoliose

- Sinal de Risser (maturidade esquelética)

23
Q

O que é o ângulo de Cobb?

A

Ângulo desenhado ao se traçar uma reta no platô superior da primeira vértebra com deformidade (>10 graus) e outra reta no platô inferior da vértebra distal da deformidade. Em seguida, uma reta perpendicular a cada uma.

24
Q

O que é o sinal de Risser?

A

Observado na asa do ilíaco, diz até onde a fise de crescimento está aberta.

  • Risser 0: nenhuma ossificação da crista ilíaca
  • Risser 1: 25% da crista ossificada
  • 2: 50% da crista ossificada
  • 3: 75% da crista ossificada
  • 4: 100% da crista ossificada
  • 5: 100% da crista ossificada e fundida com o osso ilíaco
25
Q

Quais os pacientes com escoliose idiopática estão indicados apenas para observação e acompanhamento periódico radiográfico?

A
  • Ângulo menor que 20-25 graus ou entre 40-50 graus com Risser alto
26
Q

Quais os pacientes com escoliose idiopática candidatos a colocação de órteses?

A
- Curvas de 25 a 40 graus
OU
- Curvas de 30 graus na primeira consulta
OU
- Progressão de 5 graus em seis meses

Obs: o colete é indicado para pacientes com Risser 0, 1 ou 2, pois o objetivo é evitar a progressão. Deve ser utilizado durante 23h.

27
Q

Quais os pacientes com escoliose idiopática indicados a cirurgia?

A
  • Risser baixo com ângulo 40-50
    OU
  • Ângulo maior que 50 graus independente do Risser

É feita artrodese. Se a deformidade for muito grande, pode haver necessidade de tirar uma vértebra, para não provocar lesão medular. A correção também não pode ser muito aguda por risco de laceração dos músculos dorsais.

28
Q

Quais são os dois tipos mais prevalentes de hipercifose?

A
  • Doença de Scheurmann (rígida, irredutível)
  • Postural (flexível, redutível)

Outras: sindrômica, tumoral, tuberculose, congênita.

29
Q

Como é definida a hipercifose?

A
  • ângulo de Cobb > 40 graus no plano sagital
30
Q

Quais as características da hipercifose postural?

A
  • Mais comum em meninas adolescentes
  • Corrige com o teste de Adams ou hiperextensão do tronco
  • Protusão dos ombros
  • Encurtamento dos músculos isquiotibiais
  • Tratamento: fisioterapia, quiropraxia, RPG, correção postural
31
Q

Quais as principais características da doença de Scheurmann?

A
  • Mais prevalente em meninos adolescentes
  • Encurtamento dos isquiotibiais
  • Protusão dos ombros
  • Dor lombar por hiperlordose compensatória
  • Hipercifose persiste com teste de Adams e hiperextensão do tronco
32
Q

Quais os critérios diagnósticos da doença de Scheurmann?

A
  • Cifose > 45o
  • Encunhamento (abaulamento da região anterior da vértebra) vertebral de 5 graus em 3 vértebras consecutivas
  • Nódulos de Schmorl: irregularidade das placas terminais (disco entra para dentro do corpo vertebral devido a uma fragilidade da placa terminal)
33
Q

Quais os pacientes com doença de Scheurmann candidatos a observação?

A
  • 40-50 graus, acompanhando com RX panorâmica de coluna vertebral em perfil
34
Q

Quais os pacientes com doença de Scheurmann candidatos a utilização de órtese?

A
  • 50-75 graus.

Milwakee para Risser < 3, 23h/dia

35
Q

Quais os pacientes com doença de Scheurmann candidatos a cirurgia?

A
  • > 75 graus.
  • Progressão grande mesmo com órteses
  • Deformidade estática
  • Desequilíbrio no plano sagital
  • Dor lombar

A cirurgia é a artrodese.

36
Q

Qual o local preferido de acometimento da tuberculose vertebral?

A

Porção anterior dos corpos vertebrais e região toracolombar (T10-L2)

37
Q

Qual o diagnóstico diferencial da TB vertebral na RNM? Como diferenciá-los?

A
  • Tumor

- Tumor não poupa o disco, TB costuma poupar (gostam de cobrar isso)

38
Q

Como é feito o diagnóstico da TB vertebral?

A
  • Clínica: história de contato com bacilíferos, população vulnerável…
  • Radiológico: imagem em forma de fuso, não acometendo disco, podendo ter abscesso paravertebral
  • Padrão ouro: biópsia por agulha fina, com cultura e histopatológico demonstrando a presença de um granuloma caseoso.
39
Q

Como a TB vertebral pode cursar com paraplegia (mal de Pott)?

A
  • Granuloma caseoso sofre necrose e forma um abscesso
  • Isso causa colapsos vertebrais que culminam com hipercifoses
  • O acometimento vertebral pode causar deslocamento medular, causando déficit neurológico
  • Paciente pode ficar paraplégico.
40
Q

O que é o mal de Pott?

A

Consequência grave da tuberculose vertebral.

- Ocorre deformidade angular da coluna secundária a destruição do corpo vertebral

41
Q

Qual a tríade do mal de Pott?

A
  • Deformidade (cifose)
  • Abscesso paravertebral (fuso)
  • Déficit neurológico (paraplegia quando o abscesso invade o canal vertebral)
42
Q

Como pode ocorrer psoíte no mal de Pott?

A
  • O abscesso é drenado para o músculo psoas maior, gerando uma fístula na inserção desse músculo no trocanter menor.
43
Q

Qual o tratamento na TB vertebral?

A
  • Conservador: RIPE por 6 meses e órtese

- Cirurgia: casos refratários, recidivas, deformidade e déficit neurológico. No mal de Pott é logo feita a cirurgia.