MMII criança Flashcards

1
Q

O que é a sinovite transitória do quadril?

A

sinovite reacional que acomete crianças entre 3 e 6 anos relacionada a infecções de vias aéreas superiores (patognomônico). Não há espessamento sinovial e não são encontradas muitas alterações em exames de imagem

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2
Q

Qual o quadro clínico da sinovite transitória do quadril?

A
  • História de infecção de VAS
  • Início agudo
  • Claudicação
  • Limitação da rotação interna (liquido se acumula no acetábulo de forma que dificulta a rotação interna)
  • Atitude de rotação externa
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3
Q

Qual o diagnóstico diferencial da sinovite transitória do quadril?

A

Artrite séptica do quadril. porém, não há febre e bloqueio articular, hemograma sem sinais de infecção

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4
Q

Qual o tratamento da sinovite transitória do quadril?

A

Repouso e sintomáticos

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5
Q

O que é epifisiólise?

A

Escorregamento da epífise proximal do fêmur, com acometimento da camada hipertrófica da placa fisária.
- adolescentes, meninos, negros

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6
Q

Qual a classificação temporal da epifisiólise?

A
  • Aguda: < 3 semanas (trauma)

- Crônica: > 3 semanas (quadro arrastado, queixa de claudicação)

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7
Q

Qual o quadro clínico da epifisiólise?

A
  • marcha com rotação externa
  • sinal de drenam: PATOGNOMÔNICO. na flexão passiva do quadril do pct, a partir de certo ponto ocorrerá abdução e rotação externa do quadril
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8
Q

Como é o diagnóstico radiográfico da epifisiólise?

A
  • RX AP do quadril
  • Linha de Klein: ao traçar uma linha na articulação do quadril passando pelo colo do fêmur, ela tangencia e não corta a cabeça do fêmur.
  • RX simples de pelve AP em posição de batráquio: deslizamento parcial inferior da cabeça do fêmur, reabsorção óssea, rarefação metafisária
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9
Q

Qual o tratamento para epifisiólise?

A

CIRURGIA!
- Epifisiodese: interrupção do deslizamento da epífise femoral. É colocado um parafuso perpendicular à cabeça do fêmur onde ela se encontra, impedindo que continue deslizando. manter por 6-8 semanas, o tempo que leva para estabilizar a epífise

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10
Q

Quais as possíveis complicações da cirurgia da epifisiólise?

A
  • Necrose da cabeça do fêmur
  • Condrólise
    O risco é o parafuso lesar os vasos circunflexos femorais. Ou o parafuso pode lesar a cartilagem do acetábulo
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11
Q

O que é legg-perthes?

A

Necrose avascular da cabeça do fêmur da criança, de etiologia idiopática.

  • Meninos brancos
  • 2-12 anos
  • < 6 anos é mais grave
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12
Q

Como é o quadro clínico da necrose avascular da cabeça do fêmur?

A
  • Claudicação
  • Dor do quadril que irradia para o joelho
  • 20% bilateral
  • Autolimitada
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13
Q

Quais as fases da necrose avascular da cabeça do fêmur?

A
  • Necrose
  • Fragmentação e revascularização
  • Reossificação
  • Remodelamento
    essas fases ocorrem simultaneamente em várias partes da cabeça do fêmur
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14
Q

Como é feito o diagnóstico radiográfico da necrose avascular da cabeça do fêmur?

A
  • RX de quadril
  • Sinal do crescente: linha radiotransparente, indicando fragmentação e revascularização da área
  • Colapso da cabeça do fêmur, áreas achatadas, áreas mais opacas (reossificação), áreas fragmentadas
  • O pct precisas ser observado pelo risco de evoluir com incongruência articular permanente
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15
Q

Como é o tratamento da necrose avascular da cabeça do fêmur?

A

O objetivo é manter a cabeça do fêmur estável no acetábulo e esférica

  • Conservador: órtese em abdução (modifica o local em que a cabeça do fêmur recebe carga, facilitando a resolução e evitando o colapso) ou tração
  • Cirúrgico: osteotomia, que trata as sequelas (colapso)
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16
Q

O que é a displasia do desenvolvimento do quadril?

A

Luxação do fêmur do acetábulo, geralmente detectada ao nascer. Mais comum em meninas e do lado esquerdo.

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17
Q

Quais os fatores de risco para DDQ?

A
  • Apresentação pélvica
  • Oligodrâmnio
  • Gemelaridade
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18
Q

Quais são as apresentações da DDQ?

A
  • Displasia: anormalidade de tamanho, morfologia, orientação anatômica ou organização da cabeça do fêmur e/ou acetábulo
  • Subluxação
  • Luxação
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19
Q

Quais os tipos de DDQ?

A
  • Típica

- Teratológica (artrogripose, mielomeningocele)

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20
Q

Quais condições congênitas estão associadas com a DDQ?

A
  • Torcicolo congênito

- Pé torto

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21
Q

Como é observada a DDQ na clínica?

A
  • Assimetria de pregas glúteas
  • Telescopagem: ao tracionar o membro inferior da criança, é como se ele estivesse solto
  • Sinal de Galeazzi: criança em decúbito dorsal, com quadril e joelho fletidos, pés no chão, observamos que um joelho fica mais baixo (o luxado) que o outro
  • Manobra de Barlow e Ortolani
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22
Q

Como é a manobra de Ortolani?

A

Testa um quadril luxado - tentativa de redução

- Flexão e abdução do quadril

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23
Q

Como é a manobra de Barlow?

A

Testa um quadril luxável - tentativa de tirar o fêmur do acetábulo
- Flexão pouco acentuada e adução

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24
Q

Como é o diagnóstico por imagem da DDQ?

A
  • Radiografia (7-9 meses): ao traçar 4 quadrantes (quadrantes de Ombredane) com uma linha vertical que passa pelo bordo externo do acetábulo (linha de Perkins) e uma horizontal que passa pelo centro de cartilagem trirradiada (linha de Hilgenreiner), o quadril normal deve estar no quadrante ínfero-medial
  • USG: fecha o diagnóstico
25
Q

Qual o tratamento da DDQ para crianças até 18 meses?

A
  • Tirante de Pavlik (até 6 meses): mantem bb em flexão e abdução do quadril. Após 6 meses, deve ser utilizado gesso.
  • Redução incruenta: por volta de 1 ano
  • Tenotomia adutora
26
Q

Qual o tratamento da DDQ para crianças após 18 meses?

A

Cirúrgico

  • Redução cruenta: tenotomia dos adutores
  • Osteotomias pélvicas
27
Q

O que é a anteversão femoral?

A

Alteração rotacional dos MMII, onde estes ficam rotados medialmente. A cabeça femoral encontra-se mais anteriorizada.

28
Q

Qual a etiologia e quando é feito o diagnóstico de anteversão femoral

A
  • Associada a uma frouxidão ligamentar - crianças que sentam na posição em W
  • Diagnóstico após os 2 anos, as crianças ao nascer naturalmente possuem uma maior anteversão, que vai sendo corrigida ao longo do tempo
29
Q

Como é a clínica de quem tem anteversão femoral?

A
  • Marcha desajeitada
  • MMII rotados medialmente
  • História de sentar em w da infância
  • Pct em decúbito ventral, com quadris estendidos, é observada a rotação
  • Torção tibial externa compensatória
30
Q

Como é o tratamento para anteversão femoral?

A
  • Em 80% dos casos há correção espontânea até os 8 anos.
  • Desde cedo, estimular criança a sentar de pernas cruzadas
  • Se o ângulo de anteversão for > 50 graus após 8 anos, com rotação externa nula, pode ser feita correção cirúrgica (osteotomia)
31
Q

Considerações sobre genuvaro infantil

A
  • Toda criança até 18 meses possui genuvaro fisiológico
  • Crianças com peso elevado e que começaram a andar precocemente desenvolvem doença de Blout: tíbia recebe uma grande sobrecarga em sua fise medial, podendo causar morte das células epifisárias, comprometendo seu crecimento (tíbia vara)
32
Q

Quais os fatores associados a doença de Blout (tíbia vara)? Formas?

A
  • Raça negra
  • Sobrepeso
  • Início precoce da marcha
  • Forma infantil: até 4 anos
  • Forma juvenil: 4-10 anos
  • Forma do adolescente: a partir dos 10 anos
  • Assintomático
33
Q

Como é o diagnóstico por imagem da doença de Blout?

A
  • RX do joelho em AP e perfil acima de 3 anos
  • é traçada uma linha pelo eixo da tíbia e outra perpendicular a este. Depois, traçar uma linha oblíqua passando pela fise, que gera um ângulo metafísio-diafisário (MD). Se for > 16 graus, é Blout
34
Q

Como é o tratamento da doença de Blout?

A
  • Órtese corretiva

- Cirurgia

35
Q

Considerações sobre o genovalgo?

A

É fisiológico que crianças dos 18 meses até 6-7 anos apresentem genovalgo. Depois costuma normalizar

36
Q

Quando o genovalgo infantil é considerado patológico?

A
  • História familiar
  • Baixa estatura para idade
  • Raquitismo
  • Fratura da metáfises proximal
  • Displasia metafisária
37
Q

O que é importante ver no exame físico do genovalgo infantil?

A

Distância intermaleolar
Acima dos 3 anos, é fisiológico até 8cm
É patológico se DIM > 7,5 a 10 cm aos 10 anos

38
Q

Como é o tratamento do genovalgo patológico na criança/adolescente?

A
  • Hemiepifisiodese (bloqueio da fise)

DIM > 12,5 ou pct acima de 13 anos, é feito grampeamento fisário no fêmur e na tíbia

39
Q

O que é a doença de Osgood-Schlatter?

A

Ocorre por uma tração excessiva do tendão patelar sobre uma inserção epifisária imatura, causando fraturas microlaceradas (tendão “puxa” o centro de ossificação).

  • Ocorre dos 9 aos 14 anos em meninos e 8 aos 12 em meninas
  • Em geral, unilateral
  • Mais comum em meninos
  • Associada a exercício físico
40
Q

Como é o quadro clínico da doença de Osgood-Schlatter?

A
  • Dor da região anterior do joelho, na tuberosidade da tíbia, sem história de trauma
  • Edema local
  • Ossificação na região de cartilagem tibial, formando um osso com forma de língua
41
Q

Como é o diagnóstico por imagem da doença de Osgood-Schlatter?

A
  • RX em AP e perfil do joelho
    Um osso em forma de língua na região tibial é patognomônico, se associado a dor na tuverosidade da tíbia e atividade física fecha o diagnóstico de certeza.
42
Q

Como é o ttmto da doença de Osgood-Schlatter?

A

SEMPRE CONSERVADOR

  • AINEs
  • Restrição da atividade física
  • Imobilização com talas em casos de muita dor
43
Q

O que é o pé plano?

A
  • Pés com arcos plantares acentuadamente baixos ou ausentes quando submetidos a carga
  • Toda criança apresenta um pé plano valgo flexível até os 3 anos. A formação do arco ocorre entre 5 e 6 anos devido a diminuição da elasticidade ligamentar e maturação do esqueleto
  • Patológico: pé plano congênito
44
Q

Quais as características clínicas do pé plano?

A
  • Eversão excessiva do complexo subtalar
  • Talus em flexão plantar e desviado medialmente
  • posição em valgo do calcanhar
  • antepé abduzido e supinado
  • Navicular abduzido e dorsofletido em relação ao talus
  • Encurtamento da coluna lateral
  • Se for fisiológico, desaparece quando fica na ponta dos pés
45
Q

O que é o teste de Jack?

A

Com o pé no chão, é feita uma extensão passiva do hálux, puxando-o para cima e para trás. Se o pé plano for flexível, o arco irá se formar. Se patológico, não aparece

46
Q

Como é o pé plano congênito?

A
  • Pé talo vertical ou pé em mata-borrão
  • Contratura do tendão de Aquiles, fibulares e anteriores do tornozelo
  • Associado a genocurvato, luxação de quadril e agenesia vertebral
47
Q

Como é o pé plano desenvolvimental?

A
  • Ocorre na pré-adolescência
  • Causa dor incapacitante, limitação da inversão, espasmo dos eversores (dor ao ficar na ponta do pé)
  • Cuasado por barras ósseas de fusão calcaneonaviculares e subtalares
  • RX/TC pra diagnóstico
48
Q

Uma terceira classificação para pé torto congênito é por desequilíbrio muscular. que doenças podem causar?

A

Paralisia cerebral, poliomielite, TRM, lesão de nervos periféricos

49
Q

Qual o tratamento conservador do pé plano?

A

Observação, pq no pé plano flexível costuma formar o arco espontaneamente

50
Q

Como é o tratamento cirúrgico do pé plano?

A
  • No congênito, ou seja, mata-borrão, é sempre cirúrgico.
  • Pés dolorosos, com falha no tratamento conservador e após 10 anos
  • Artrodese (barras talocalcâneas)
  • Ressecção de barra
  • osteotomia do calcâneo
51
Q

O que é o pé torto congênito?

A

Deslocamento plantar medial intra-uterino das articulações talocalcaneonavicular e calcâneocuboide, com contratura de partes moles.

  • Mais comum em meninas
  • 50% bilateral
  • Idiopático
52
Q

Como é o quadro clínico do pé torto congênito?

A
  • Ponta e porção mediana do pé invertida
  • Borda lateral do pé convexa
  • Borda medial do pé côncava
  • Musc tibial anterior e posterior ativos e contraídos (mantém o pé em varo)
  • Tríceps sural contraído (mantém o pé equino)
  • Musc fibulares fracos e alongados
  • Extensores dos dedos normais
  • Ponta do pé não faz abdução nem eversão
  • Articulação do tornozelo não faz dorsiflexão para posição neutra
  • Avaliar presença de alterações vasculares
53
Q

Como fazer a avaliação radiológica do pé torto

A
  • RX em AP e perfil

Traçar linha em eixo talocalcâneo, medir ângulo talocalcâneo

54
Q

Quais as metas no tratamento do pé torto congênito?

A
  • Conseguir alinhamento anterior normal
  • Estabelecer equilíbrio muscular
  • Fornecer pé móvel
    Encaminhar pro ortop. o mais rápido possível!!
55
Q

Como é o tratamento conservador do pé torto congênito?

A
  • Manipulação seriada dos pés: forçar/alongar o pé um pouco a cada semana, ganhando aos poucos a posição correta
  • Aparelhos gessados (método ded Ponseti)
  • Corrige primeiro o pé em varo e dps o pé equino
56
Q

Se não houver resolução com o tratamento conservador, qual a conduta do pé torto?

A
  • Redução aberta
57
Q

Quais as complicações do ttmto do pé torto?

A
  • Recidiva: fibrose, desequilíbrio dinâmico da musculatura
  • Rotação interna
  • Desequilíbrio dinâmico da musculatura
58
Q

Quais as associações que podem estar presentes com o pé torto?

A
  • Espinha bífida

- Displasia de Streeter (banda amniótica de constricção congênita)