Trichomonas Flashcards
Não apresenta forma de
resistência. Precisa de contato direto
Não é uma
DST
O gênero Trichomonas abrange espécies que parasitam o homem como
Trichomonas vaginalis, Trichomonas tenax e Pentatrichomonas hominis (habita o trato intestinal humano)
Mas só…o é patogênico, sendo ele responsável pela tricomoníase, considerada a infecção sexualmente transmissível (IST) não viral mais comum no mundo.
Trichomonas vaginalis. afeta TGU (vagina e trato genital masculino)
A transmissão do T. vaginalis se dá, majoritariamente, por . ´
contato sexual, embora seja descrito na literatura sua
transmissão via objetos íntimos como toalhas, roupas, vasos sanitários.
Entretanto, esses mecanismos de transmissão são muito questionados uma vez que esse protozoário não apresenta forma cística, ou seja, apresenta apenas trofozoíto, o qual não apresenta tanta resistência no meio adverso como a forma cística apresenta
Transmissão não sexual:
Mães podem infectar os filhos durante o parto (5%);
Água ou fômites (ropas íntimas, sanitários);
Material ginecológico (espéculo)
As espécies de Trichomonas são morfologicamente idênticas, e para diferenciar uma da outra, é necessário tomar conhecimento da procedência do
material:
material do trato genital (T. vaginalis), da mucosa oral (T. tenax) e da mucosa intestinal (T. hominis).
Homem é
único e obriatório hospedeiro
MORFOLOGIA
protozoário unicelular polimorfo que, quando vivo, é elipsoide ou oval e, algumas vezes, esférico. Pode forar pseudópodes.
Como todos os tricomonadídeos, não possui a forma cística, somente a trofozoítica.
As principais estruturas morfológicas que caracterizam o T. vaginalis
são:
Quatro flagelos anteriores livres, de tamanhos desiguais;
Uma membrana ondulante e a costa que nascem do complexo granular basal. A margem livre da membrana consiste em um filamento acessório fixado ao flagelo recorrente;
Um axóstilo, estrutura rígida e hialina que se projeta através do centro do organismo, prolongando-se até a extremidade posterior;
Ausência de núcleo e mitocôndrias, mas apresenta grânulos densos paraxostilares ou hidrogenossomos, dispostos em fileiras. Estes hidrogenossomos apresentam enzimas responsáveis pela síntese de ATP
Local de infecção:
Locomoção:
o T. vaginalis habita o trato genitourinário do homem e da mulher, no qual produz a infecção e não sobrevive fora do sistema urogenital. Favorecido por modificações na flora bacteriana vaginal, diminuição da acidez local, descamação epitelial (menstruação) e diminuição do glicogênio
flagelos.
Reprodução:
Fisiologia:
divisão binária longitudinal do tipo criptopleuromitótica
o T. vaginalis é um organismo anaeróbio facultativo. Cresce perfeitamente bem na ausência de oxigênio na faixa de pH compreendida entre 5 e 7,5 e em temperaturas entre 20ºC e 40ºC. Desenvolve-se melhor na presença de bactérias. Sua fonte de energia
baseia-se em glicose, maltose e galactose.
CB:
O T. vaginalis é transmitido através da relação sexual e pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio, após o coito com a mulher
infectada. O homem (que na maioria das vezes, é
assintomático) representa o principal vetor da doença: com a ejaculação, os tricomonas presentes na mucosa da uretra são levados à vagina pelo esperma.
Atualmente, admite-se que a transmissão não-sexual. A tricomoníase neonatal em meninas é adquirida durante o parto. Não é conveniente falar de ciclo biológico da tricomoníase, uma vez que se dá de maneira direta como descrito na transmissão.
De uma forma resumida, quando o protozoário atinge o hospedeiro e encontra condições favoráveis ao seu crescimento, ele coloniza a vagina, uretra, vesículas seminais ou na próstata.
Sobrevivência:
o Gota de secreção vaginal: várias horas.
o Água: 2h a 40oC.
o Urina coletada: 3 horas.
o Sêmen ejaculado: 6 horas.
PATOLOGIA
inflamação da uretra masculina e próstata; na mulher, a inflamação é comum no epitélio vaginal e exocérvice, trazendo como consequências um maior risco de infertilidade e transmissão do HIV.
A entrada do T. vaginalis ocorre na vagina quando há um aumento do pH devido a uma redução concomitante de Lactobacillus acidophilus (bactérias comensais que tem como função secretar fatores ácidos que inibem a ocorrência de infecções oportunistas do trato genitourinário) e um aumento na proporção de bactérias anaeróbias.
Um contato inicial entre T. vaginalis e leucócitos resulta em formação de pseudópodes, internalização e
degradação das células imunes nos vacúolos fagocíticos do parasito. Na mulher, o parasita passa a se alojar, principalmente, na vagina, colo do útero e, mais dificilmente, no trato urinário
O parasita também tem a função de promover a morte de hemácias para a aquisição de ferro da hemoglobina e também como fonte de ácidos graxos. A hemólise pode ser mediada pela inserção de poros na membrana da hemácia, formados pela liberação de proteínas do tipo perforinas (possivelmente cisteína-proteinases) ou através da interação entre receptores eritrocitários e adesinas do parasito, o que provoca a aderência entre as células e a eritrofagocitose pelo protozoário.
Os principais mecanismos patológicos do T. vaginalis são:
Problemas relacionados com a gravidez
Problemas relacionados com a fertilidade
Transmissão do HIV
OBS: Os bacilos de Dodeilein são uma forma de defesa pois
são microrganismos comensais da mucosa vaginal que, fisiologicamente, quebram o glicogênio liberado pelas células da mucosa, formando ácido láctico, o que diminui o pH vaginal da mulher. Esse mecanismo representa um meio de defesa da mucosa vaginal que é ameaçado pelo T. vaginalis, fazendo com que o pH da vagina tenda à alcalinização.