ENTEROBIOSE Flashcards
Enterobíase/Enterobiose ou oxiurose é causada pelo…
Enterobius vermicularis
MORFOLOGIA DOS VERMES: 3
Apesar do dimorfismo sexual, entretanto, algumas caractererísticas são comuns aos dois sexos: cor branca (semelhantes a fios de algodão) e aspecto filiforme. Na extremidade anterior notam-se “asas cefálicas”.
FÊMEA - Mede cerca de 1cm de comprimento, por 0,4mm de diâmetro. Cauda pontiaguda e longa.
MACHO - Mede cerca de 5mm de comprimento, por 0,2mm de diâmetro. Cauda fortemente recurvada em sentido ventral e com um espículo presente.
MORFOLOGIA OVOS: 2
Apresenta o aspecto grosseiro de um D, pois um dos
lados é sensivelmente achatado e o outro é convexo. e possui uma membrana dupla, lisa e transparente.
No momento em que sai da fêmea, já apresenta no seu interior uma larva.
HABITAT: 2
Machos e fêmeas vivem no ceco e apêndice.
As fêmeas, repletas de ovos (5 a 16 mil ovos), podem ser encontradas na região perianal após migrarem para esta região e causarem o prurido característico da parasitose.
CICLO BIOLÓGICO: 5
É do tipo monoxênico; após a cópula, os machos são eliminados com as fezes e morrem.
As fêmeas, repletas de ovos, se desprendem do ceco e dirigem-se para o ânus (principalmente à noite), onde ocorre a eliminação dos ovos.
Os ovos eliminados, já embrionados, se tomam infectantes em poucas horas e são ingeridos pelo hospedeiro.
No intestino delgado, as larvas rabditoides eclodem e sofrem duas mudas no trajeto intestinal até o ceco. Aí chegando, transformam-se em vermes adultos.
Um a dois meses depois as fêmeas são encontradas na região perianal. Não havendo reinfecção, o parasitismo extingue-se aí.
TRANSMISSÃO(são 5):
Heteroinfecção: quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro (é também conhecida como primoinfecção);
Autoinfecção Indireta: quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou;
Autoinfecção externa ou direta: a criança (frequentemente) ou o adulto (raramente) levam os ovos da região perianal à boca.
Autoinfecção interna: Trata-se de um processo raro no qual as larvas eclodem ainda dentro do reto e depois migrariam até o ceco, transformando-se em vermes adultos;
Retroinfecção: as larvas eclodem na região perianal (externamente), penetram pelo ânus e migram pelo
intestino grosso chegando até o ceco, onde se transformam em vermes adultos.
PATOGENIA: 2
Na maioria dos casos, o parasitismo passa despercebido pelo paciente. Este só nota que apresenta o verme quando sente ligeiro prurido anal (a noite, principalmente) ou quando vê o verme (chamado popularmente de “lagartinha”) nas fezes. Em infecções maiores, pode provocar enterite catarral por ação mecânica e irritativa. O ceco apresenta-se inflamado e, às vezes, o apêndice também é atingido.
A alteração mais intensa e mais frequente é o prurido anal. O prurido ainda provoca perda de sono, nervosismo e, devido a proximidade dos órgãos genitais, pode levar à masturbação e erotismo, principalmente em meninas.A presença de vermes nos órgãos genitais femininos pode levar a vulvovaginites, salpingite e ovarite.
DIAGNÓSTICO: 3
CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO - O prurido anal noturno e continuado pode levar a uma suspeita clínica de enterobiose. Além disso, essa helmintose é prevalente em crianças de idade escolar, com distribuição universal, principalmente em ambientes coletivos fechados.
LABORATORIAL - O exame parasitologico de fezes pode funcionar para essa verminose intestinal caso sejam notáveis as larvas nas fezes . O melhor método é o da a fita adesiva (transparente) ou fita gomada ou método de Graham. Além disso o diagnóstico pode ser dado pela análise do material retirado das unhas desse paciente.
Fatores responsáveis por essa lata prevalência (são 4):
Somente a espécie humana alberga o E. vermicularis;
Fêmeas eliminam grande quantidade de ovos na região perianal;
Os ovos em poucas horas se tornam infectantes, podendo atingir os hospedeiros por vários mecanismos (direto, indireto, retroinfecção);
Os ovos podem resistir até três semanas em ambiente domésticos, contaminando alimentos e “poeira”.
PROFILAXIA:
Não sacudir as roupas de cama pela manhã ao realizar a troca para não espalhar o verme pelo ambiente e lavar roupas e roupa de cama do hospedeiro em água fervente, diariamente;
Tratamento de todas as pessoas parasitadas da família (ou outra coletividade) e repetir o medicamento duas outras vezes, com intervalo de 20 dias, até que nenhuma pessoa se apresente parasitada;
Cortar rente das unhas e evitar as coceiras, aplicação de pomada mercurial na região perianal ao deitar-se, banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza doméstica.
TRATAMENTO e detalhe: 5
Albendazol: 400mg dose única acima de 2 anos, mas contraindicado para gestantes;
Mebendazol: 100mg 2x ao dia por 3 dias
Pamoato de Pirvínio: 5 a 10 mg/kg dose única
Pamoato de pirantel: 10mg/Kg dose única, via oral, repetindo após 15 dias
Piperazina: 50 mg/kg diariamente, durante 1 semana.
O tratamento deverá ser repetido após 2 semanas