ESTRONGILOIDÍASE Flashcards

1
Q

Causada por:

A

Strongyloides stercoralis

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2
Q

Quais as formas evolutivas - são 6:

A

Fêmea partenogenética triploides (3n) e podem, com isso, produzir ao mesmo tempo três tipos de ovos, que originarão três tipos de larvas rabditoides.

fêmea e macho de vida livre estercoral = seguem por um ciclo indireto

ovos

larvas rabditóides

larvas filarióides

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3
Q

Morfologia dos OVOS

A

São elípticos, de parede fina e transparente, praticamente idênticos aos dos ancilostomídeos.

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4
Q

TIPOS DE CICLO BIOLÓGICO: 4

A

As larvas rabditoides eliminadas nas fezes do indivíduo parasitado podem seguir dois ciclos: o direto, ou partenogenético, e o indireto, sexuado ou de vida livre, ambos monoxênicos.

No ciclo direto as larvas rabditoides no solo ou sobre a pele da região perineal, após 24 a 72 horas, se
transformam em larvas filarioides infectantes.

No ciclo indireto as larvas rabditoides sofrem quatro transformações no solo e após 18 a 24 horas, produzem fêmeas e machos de vida livre.

Os ovos que vão se originar da cópula entre o macho e a fêmea de vida livre vão ser triploides, e as larvas rabditoides evoluirão para larvas filarióides (3n) infectantes.

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5
Q

TRANSMISSÃO:

A

Ocorre através da penetração ativa das larvas L3 na pele ou mucosa oral, esofágica ou gástrica do hospedeiro.

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6
Q

CICLO BIOLÓGICO: 6

A

É monoxênico. Após a penetração ativa da L3, o ciclo continua pelas larvas atingindo a circulação venosa e linfática e seguindo para o coração e pulmões.

Chegam aos capilares pulmonares, onde se transformam em L4, atravessam a membrana alveolar e, através de migração pela árvore brônquica, chegam a faringe.

Podem ser expelidas ou serem deglutidas, atingindo o intestino delgado, onde se transformam em fêmeas partenogenéticas.

Os ovos são depositados na mucosa intestinal e as larvas alcançam a luz intestinal.

Elas podem ser eliminadas pelas fezes enquanto que algumas larvas não infectantes podem sofrer mutações em infectantes, que invadem a parede gastrointestinal e estabelecem uma autoinfecção endógena ou hiperinfecção.

Esse ciclo é único do S. stercoralis e explica a importância dessa verminose.

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7
Q

Tipos de TRANSMISSÃO - são 3:

A

HETERO OU PRIMOINFECÇÃO
Larvas filarioides infectantes (L3) penetram através da pele ou das mucosas, principalmente da boca e do esôfago.

AUTOINFECÇÃO EXTERNA OU EXÓGENA
Larvas rabditoides presentes na região perianal de indivíduos infectados transformam-se em larvas filarioides infectantes e ali penetram, completando o ciclo direto.

AUTOINFECÇÃO INTERNA OU ENDÓGENA
Larvas rabditoides transformam-se em larvas filarioides ainda na luz intestinal de indivíduos infectados, penetrando na mucosa intestinal (íleo ou cólon).

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8
Q

PATOGENIA, PATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA 6

A

Já quanto às formas graves, as vezes fatais, relacionam-se com fatores extrínsecos, principalmente pela carga parasitária e com fatores intrínsecos
(subalimentação com carência de proteínas provocando enterite; ocorrência de diarreia e vômitos facilitando os mecanismos de autoinfecção.

Indivíduos portadores de pequeno número de parasitos no intestino geralmente são assintomáticos

Ação mecânica: Pode haver alterações cutâneas onde as larvas penetraram ativamente a pele e/ou a mucosa de seus hospedeiros. É possível observar uma reação celular ao redor das larvas que não conseguiram penetrar no hospedeiro e morreram no local ou então lesões urticariformes ou maculopapulares, semelhantes a uma serpente (também chamadas de lesões serpentiformes), conhecida como “larva currens”, sendo um importante diagnóstico diferencial com a larva migrans cutânea.

Os sintomas clínicos mais comuns dos pacientes parasitados são os quadros de pneumonia grave com
insuficiência respiratória aguda (caracterizada por tosse com ou sem expectoração, febre, dispneia e crises asmatiformes, instabilidade hemodinâmica) e distensão abdominal.

Em casos graves da doença, o paciente pode apresentar broncopneumonia, síndrome de Loeffler, edema pulmonar e até insuficiência respiratória.

No sistema nervoso central também podem ocorrer alterações como: cefaleia, alteração no nível de consciência, convulsão e até mesmo coma.

Como as fêmeas partenogênicas se localizam preferencialmente na mucosa do jejuno e do duodeno, as suas simples presenças podem ocasionar enterite catarral, enterite edematosa e enterite ulcerosa. Na enterite catarral, consegue-se visualizar os parasitos nas criptas glandulares do intestino, além de uma reação inflamatória leve, acumulando células secretoras de mucina. Com isso, há o aumento do muco, dando nome ao quadro clínico apresentado pelo paciente. Cabe lembrar que, quando nesta fase, o quadro ainda é reversível. Na enterite edematosa os parasitos conseguem ser visualizados não só nas criptas glandulares, como nas túnicas da parede intestinal.

A reação inflamatória é acompanhada de edema de submucosa com o desaparecimento do relevo mucoso do intestino. O paciente, então, apresenta-se com um quadro clássico de uma síndrome de má absorção, sendo bastante grave, porém ainda é um quadro reversível. Na enterite ulcerosa, esses parasitos irão provocar intensa eosinofilia, associada a ulcerações. Essas úlceras, com a evolução da doença, transformam-se em tecido fibrótico, provocando uma rigidez daquela mucosa intestinal. Por outro lado, essa lesão possui um caráter irreversível, pois a fibrose no intestino provoca diversas alterações graves como alterações no peristaltismo, podendo causar íleo paralítico.

HÁ MAIS NO JALEKO

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9
Q

MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO - são 5:

A

CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: Um diagnóstico sugestivo da Estrongiloidíase pode ser estabelecido por meio de uma tríade clássica encontrada nesses pacientes: presença de diarreia, dor abdominal e urticária. Deve ser considerada nos casos de imunossuprimidos. A avaliação do histórico de vida do paciente também é de suma importância (nível de higiêne pessoal).

LABORATORIAL: Pesquisa de larvas nas fezes
através do método de Baermann-Moraes ou de Rugai, Mattos e Brisola.

Cropocultura: Método de Loss

Como método métodos indiretos, citamos: hemograma

diagnósticos por imagem,

métodos imunológicos (sorológico), etc.

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10
Q

TRATAMENTO - 4 E Efeitos colaterais

A

Tiabendazol: 25mg/Kg, duas vezes ao dia, durante 3 a 5 dias, tomando antes das refeições ou 50mg/Kg em uma única dose, fracionada em 4 tomadas (atua somente sobre fêmeas paternogenéticas)

Cabendazol: 5mg/Kg dose única (atua sobre fêmeas paternogenéticas e larvas)

Albendazol: 400mg/dia durante 3 dias consecutivos (atua sobre fêmeas paternogenéticas e larvas)

Ivermectina: 200 μg/kg durante 1 a 2 dias, sendo a droga de escolha em gestantes. Nas formas graves e disseminadas da doença e em pacientes com AIDS, recomendam-se multidoses de 200 μg/kg nos dias 1,2, 15 e 16 de tratamento.

Os efeitos colaterais são leves, observando-se diarreia, anorexia e prurido. É A medicação de escolha no tratamento empírico antes do uso de corticoides.

Efeito colateral: tontura, náusea, dores de cabeça ou abdominais, diarreia e sonolência.

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11
Q

Morfologia da fêmea partenogenética

A

fêmea partenogenética é quem irá parasitar o homem, se reproduzindo por reprodução assexuada.

Possui corpo cilíndrico e com aspecto filiforme longo. A extremidade anterior possui caráter arredondado ao passo que a posterior sofre um afilamento. Seu tamanho pode chegar até 2,5 mm. Possui cutícula fina, transparente e com estrias no sentido transversal e por toda a extensão do corpo. A ovipostura é cerca de 30 a 40 ovos por dia. Como é um ser ovovivíparo elimina na mucosa intestinal do seu hospedeiro o ovo já larvado.

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12
Q

Morfologia das larvas de vida livre

A

A fêmea de vida livre ou estercoral possui também aspecto fusiforme, apresentando a sua extremidade anterior arredondada e a posterior afilada.

De maneira semelhante, o o macho de vida livre possui aspecto fusiforme, com a extremidade anterior arredondada, sendo diferente em sua extremidade posterior recurvada ventralmente. Na parte anterior encontra-se a boca do verme composta por três lábios, além de dois pequenos espículos que irão auxiliar durante a cópula.

O macho não é a espécie que parasita o homem, vivendo no solo e se alimentando de detritos.

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13
Q

Morfologia das larvas rabditoides

A

as larvas rabditoides, denominação em função do seu esôfago ser do tipo rabditoide, terminam em uma cauda pontiaguda. É a forma evolutiva que não é capaz de infectar o homem e é liberada nas fezes do hospedeiro.

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14
Q

Morfologia das larvas filarioides

A

as larvas filarioides, denominação devido a seu esôfago ser do tipo filarióide, possui a sua porção anterior ligeiramente afilada e a posterior sofrendo um afilamento gradual.

A extremidade anterior termina em duas pontas e é popularmente conhecida como cauda entalhada, fato que a diferencia das larvas filarióides dos ancilostomídeos (esse último possui cauda pontiaguda)

Esta larva filarioide é a forma infectante do parasito (chamada de L3) sendo inclusive a forma capaz de penetrar o hospedeiro pela pele ou pelas mucosas.

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15
Q

HABITAT

A

As fêmeas partenogenéticas, quando em seu habitat natural, encontram-se localizadas na parede intestinal do seu hospedeiro, mais especificamente mergulhadas nas criptas da mucosa intestinal, estrutura denominada de glândulas de Lieber-kühn.

Também podem ser encontradas na porção superior do jejuno, local onde as fêmeas realizam a ovipostura. Em infestações graves, são encontradas desde a porção pilórica do estômago até o intestino grosso desses pacientes.

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16
Q

A autoinfecção interna pode acontecer de maneira acelerada, provocando a elevação rápida do número de parasitos, tanto no intestino quanto nos pulmões, e a esse fenômeno dá-se o nome de….2

A

Hiperinfecção. Elas podem ainda se disseminar por diversos órgãos do hospedeiro, chamada de forma disseminada da doença.

É importante salientar que quando ocorre uma hiperinfecção no paciente, pode ainda ocorrer perfuração intestinal devido a grande quantidade de larvas presentes naquele intestino.

17
Q

PROFILAXIA 4

A

Destino adequado das fezes;

Educação sanitária sobre mecanismos e fontes de contaminação;

Lavagem adequada dos alimentos e verduras;

utilização de calçados;

educação e engenharia sanitária na população;

melhora da fonte de renda e alimentação dos indivíduos.

18
Q

Motivos para ser tão relevante

A

Elevada Prevalente em regiões tropicais e subtropicais

Facilidade de transmissão

O caráter de cronicidade

Autoinfeccão: hiper e disseminada

Probabildade de reagudização em imunossuprimidos

19
Q

É o único que libera…

A

larvas nas fezes

20
Q

Dif. para ancilostomídeo:

A

Pelo vestíbulo bucal ou precórdio genital.
Se o vestíbulo bucal é curto, larva rabditoide de Strongiloides; se é longo, larva rabditoide de Ancilostomídeos

Porção terminar: Larvas de Ancilostomídeos terminam lentamente, larvas de Strongiloides possuem cauda entalhada (afilam bruscamente)

21
Q

Resp imune

A

Aumenta IgE e diminui IgG4

22
Q

Patogenia

A

Ação mecânica, irritativa, tóxica, traumática e antigênica.