TPS 2022 PI Flashcards

1
Q

TPS - IADES - 2022

Para o construtivismo, a soberania é uma instituição e depende, assim, de entendimentos intersubjetivos, produzindo normas compartilhadas que impelem os Estados a justificarem suas ações perante a sociedade internacional.

A

Item certo! ✅

Alexander Wendt, um dos mais (re)conhecidos autores construtivistas, traz em “Anarchy Is What States Make of It: The Social Construction of Power Politics” reflexões acerca da soberania, identidade e ações dos Estados, dialogando com aquilo exposto pelo item.

Lembrando que um conceito caro ao Construtivismo é o da negação da antecedência ontológica, isto é, nem indivíduos nem sociedades existem antes um do outro, pelo contrário, depende um do outro para existir, num contexto de construção social.

Salvei esse trecho do livro de Alexander em notas.

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2
Q

TPS - 2022 - IADES - Governo de Shinzo Abe e a relação com o Brasil:

Em 2014, durante a visita de Abe ao Brasil, os governos brasileiro e japonês anunciaram o estabelecimento da Parceria Estratégica e Global. Entre as ações previstas nessa parceria, está a adoção de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Japão até 2030.

O governo de Shinzo Abe foi de 2012-2019.

A

Item errado! ❌

Segundo a nota oficial “Visita ao Brasil do Primeiro-Ministro do Japão, Shinzo Abe – Comunicado Conjunto – 31 de julho a 2 de agosto de 2014”, destaca-se o estabelecimento da Parceria Estratégica Global, que todavia não engloba a adoção de um acordo de livre comércio entre Mercosul e Japão até 2030. A única menção que há ao Mercosul foi em relação à uma reunião que tinha acontecido dois anos antes da visita de Abe, denominada “Diálogo para o Fortalecimento das Relações Econômicas entre o Mercosul e o Japão”, porém sem menção a qualquer tipo de acordo de livre comércio.

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3
Q

TPS - IADES - 2022 - Sobre o CSNU, julgue:

A assiduidade como membro não permanente no CSNU, somada à participação efetiva em operações de manutenção da paz das Nações Unidas, é condição indispensável para o êxito de pleito a assento permanente no órgão. Por essa razão, tão logo o processo de reforma do órgão seja finalmente concluído, os membros do chamado G-4 (Brasil, Alemanha, Índia e Japão), além de dois Estados do continente africano que preencham tais critérios, serão admitidos como membros permanentes.

A

Item errado! ❌

A primeira parte do item está correta. Entretanto, não é possível afirmar que haja um processo de reforma do CSNU em andamento, e muito menos que esta reforma está sendo conduzida com base no pleito do G-4.

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4
Q

TPS - IADES - 2022 - Sobre o CSNU, julgue:

Entre as medidas coercitivas que o Conselho de Segurança tem a prerrogativa de adotar, na forma de resolução, inclui-se a imposição de sanções econômicas multilaterais, com base no art. 41 da Carta da ONU. No entanto, a diplomacia brasileira tradicionalmente expressa oposição a esse recurso, manifestando preferência pela adoção de retaliações comerciais próprias, de caráter nacional, como forma de induzir a alteração do comportamento de Estados transgressores do direito internacional.

A

Item errado! ❌

A primeira parte do item está correta, pois o CSNU realmente possui como prerrogativa a adoção de sanções para preservar a paz no Sistema Internacional. Não obstante, o Brasil não manifesta preferência pela adoção de retaliações comerciais próprias, de caráter nacional.

Em relação à posição brasileira acerca do recurso das sanções, existem alguns pontos a serem observados.

O melhor guia para esse tema é o livro “Sanções do Conselho de Segurança: direito internacional e prática brasileira”, escrito pelo Embaixador Marcelo Baumbach. Ele comenta que:

“O respeito ao Direito Internacional e o cumprimento das decisões das Nações Unidas estão entre os princípios que pautam a atuação do País no plano internacional. O Brasil tem-se preocupado com a desvalorização do Direito como base para a solução pacífica dos conflitos internacionais, que se reflete também na maneira como o Conselho de Segurança concebe e gerencia seus regimes de sanções. Embora reconheça de que as sanções têm seu lugar entre os meios de garantia da paz e que constituem instrumento válido para o encaminhamento dos processos políticos, o governo brasileiro julga que devem ser evitados os critérios exclusivamente políticos e que as sanções devem ser aplicadas em consonância com o Direito Internacional e com os próprios princípios da Carta da ONU”.

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5
Q

TPS - IADES - 2022 - Sobre o CSNU, julgue:

Desde que assumiu seu novo mandato bianual (2022-2023), o Brasil voltou a participar das discussões atinentes à paz e à segurança internacionais no âmbito do Conselho, possuindo, além de voz nos debates, direito a voto nas questões procedimentais e substantivas levadas à atenção do colegiado. Entretanto, o Brasil, tal qual os demais Estados ocupando assentos rotativos, não possui o chamado “poder de veto”, à diferença do que sucede com os cinco membros permanentes do órgão – EUA, Federação Russa, França, Reino Unido e República Popular da China – nas votações substantivas.

A

Item certo! ✅

Trata-se de uma afirmação bastante genérica e amplamente conhecida sobre o funcionamento do CSNU. Realmente, o Brasil volta para a sua 11° participação no Conselho entre 2022 e 2023, contribuindo nos debates, em votos de questões procedimentais e substantivas tratadas por lá. O item afirma corretamente que o Brasil, juntamente com os outros membros não-permanentes, não possui o “poder de veto”, pois ele é restrito aos membros permanentes, corretamente enumerados no item.

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6
Q

TPS - IADES - 2022 - Política Internacional

Sobre o CSNU, julgue:

No processo de criação da Organização das Nações Unidas (ONU) e de seu Conselho de Segurança, o Brasil chegou a ser cogitado como possível membro permanente pelo então presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Franklin Delano Roosevelt, em função, principalmente, da participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) ao lado dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. A sugestão de Roosevelt não avançou mormente pelas resistências interpostas pelo Reino Unido e pela União Soviética.

A

Item certo! ✅

O item dialoga com a obra “O Sexto Membro Permanente”, de Eugênio Vargas Garcia. O autor deixa bem claro que as grandes potências não queriam a ampliação desmesurada do Conselho de Segurança, e que havia algumas questões sensíveis a serem tratadas, as quais requeriam minúcia diplomática, a exemplo da iminente fragmentação dos impérios britânicos e franceses, associados ao processo de descolonização. Eugênio Vargas expõe que a simpatia pelo Brasil, granjeada pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, seria um trunfo não muito consistente que a diplomacia brasileira poderia se respaldar, visto que o próprio Departamento de Estado norte-americano não endossava a candidatura brasileira como membro permanente.

O relacionamento pessoal entre Vargas e Roosevelt, além do prestígio do chanceler Oswaldo Aranha, contribuíram para alimentar as esperanças brasileiras ao pleito, o que não se concretizou. Pela análise da correspondência do embaixador Leão Veloso, responsável pela delegação brasileira na Conferência de São Francisco, haveria uma dificuldade política e estrutural em ampliar o Conselho de Segurança do organismo, e que as conversas com os interlocutores das grandes potências apontavam que o Brasil seria escolhido para ser membro não-permanente.

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7
Q

TPS - IADES - 2022

Para o neorrealismo, a soberania refere-se ao caráter das unidades, os Estados, que agem no sistema anárquico. O princípio da soberania garante a legitimidade das unidades e impele-as a agirem de maneira autárquica.

A

Item errado! ❌

A soberania não impele os Estados a agirem de maneira autárquica. É justamente pela existência da Soberania, que os Estados podem conviver e dialogar entre si em um ambiente anárquico. Agir de maneira autárquica é justamente o contrário disso.

Errei em 2022 (chutando) e deixei em branco qnd refiz em 23 😕

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8
Q

TPS - 2022 - IADES - Posição BR no que se refere a investimentos:

Durante a Conferência Ministerial de Cingapura em 1996, foram iniciadas, na Organização Mundial do Comércio (OMC), discussões a respeito dos chamados “Temas de Cingapura” (investimentos, políticas de concorrência, transparência em compras públicas e facilitação de comércio). Na ocasião, o Brasil apoiou a proposta canadense de discussão do tema dos investimentos no âmbito da OMC e foi criado um grupo de trabalho específico concernente ao assunto.

A

Item certo! ✅

É inegável que essa abordagem passou por um nível super específico de exigência dos candidatos.

Segundo o Glossário oferecido pela própria OMC em seu site oficial:

“Singapore Issues” = Four issues introduced to the WTO agenda at the December 1996 Ministerial Conference in Singapore: trade and investment, trade and competition policy, transparency in government procurement, and trade facilitation.

O apoio brasileiro à proposta de criação de um grupo de trabalho sobre investimentos está presente na declaração feita por Luiz Felipe Lampreia, Ministro das Relações Exteriores na época da Conferência Ministerial de Cingapura:

The proposed inclusion of some new issues in the already loaded agenda of the World Trade Organization deserves some further consideration.

We have already indicated our readiness to accept the creation of a working group within the WTO to address the issue of trade and investment. This working group should allow Members to fully understand all the implications of the relationship between trade and investment. We shall be prepared to engage in full negotiations on an Agreement on Investments and we consider that these should be carried out within the framework of a truly multilateral organization such as the WTO. As for the role UNCTAD could play in such process, I believe that cooperation between the two Organizations would certainly contribute to a better understanding of the implications of an agreement negotiated within the WTO, in order to allow Members of this Organization to make a sound decision on how to tackle the issue in the future.

Brazil regards the proposed work on competition policy as the necessary complement to the work in the area of investments. In this connection, we favour the creation of a working group to address the existing WTO rules in the area of trade and competition and examine the need to strengthen disciplines on restrictive business practices.

A declaração completa pode ser lida aqui: https://www.wto.org/english/thewto_e/minist_e/min96_e/st8.htm

Comentário de um cacdista: A bem da verdade este item traz duas incorreções que deveriam ter anulado a questão: os temas de Cingapura são “Comércio e Investimento” e “Comércio e Política da Concorrência”. A OMC não teria como regular o tema de “investimentos” nem “política da concorrência” mas sim tratar da interseção desses temas com o comércio. Vale lembrar por exemplo que TRIPS, significa Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights.

TRIPS (sigla em inglês) = Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio.

Errei em 22 e deixei em branco qnd refiz em 23 😕

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9
Q

TPS - IADES - 2022 - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP):

A CPLP é a principal organização de segurança coletiva transatlântica estabelecida entre os países lusófonos. Entre as medidas que podem ser adotadas pelo Conselho de Ministros de Relações Exteriores da entidade, desde que por unanimidade, consta a possibilidade de autorização de intervenção militar, em nome da organização, e de emprego de operações de manutenção da paz em parceria com as Nações Unidas, em caso de ameaça à paz e à segurança internacionais ou de ruptura à ordem democrática interna em um dos membros.

A

Item errado! ❌

Não tem nada mais longe da verdade do que esse item.

A CPLP não é uma organização de segurança coletiva; não autoriza intervenção militar; não emprega operações de paz em parceria com a ONU etc.

⇨ A CPLP baseia-se em três pilares: concertação político-diplomática, cooperação e difusão da língua portuguesa.

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10
Q

TPS - 2022 - IADES - Governo de Shinzo Abe e a relação com o Brasil:

A remilitarização do Japão foi um dos objetivos da política externa de Abe. Para alcançar esse objetivo, o governo adotou, entre as iniciativas, a ampliação das possibilidades de emprego das Forças de Autodefesa (FAD) e a criação do Conselho de Segurança Nacional.

O governo de Shinzo Abe foi de 2012-2019.

A

Item certo! ✅

Shinzo Abe, em seu discurso de posse no final de 2012, evidenciou diferentes focos da política externa de seu país, tais como a expansão das relações japonesas ao redor do globo e o fortalecimento da aliança histórica entre Tóquio e Washington, assim como o maior enfoque na segurança regional, destacando a sua preocupação com a China e a Coreia do Norte, ao considerar que a segurança do Japão é uma crise que deve ser resolvida. RAMOS DIAS, 2020).

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11
Q

TPS - 2022 - IADES - Governo de Shinzo Abe e a relação com o Brasil:

As políticas econômicas denominadas Abenomics tinham a finalidade de reaquecer a economia japonesa e de recuperar o prestígio internacional do país. São exemplos de objetivos dessas políticas a manutenção do crescimento econômico anual de 2,0% do PIB até 2020, o incentivo à inovação tecnológica, a promoção da exportação de produtos japoneses etc.

O governo de Shinzo Abe foi de 2012-2019.

A

Item certo! ✅

As políticas conhecidas como Abenomics tinham como objetivo combater o cenário de deflação presente há mais de duas décadas no país. O item faz um apanhado gerar dos objetivos e ações tomadas pelo governo.

Para um maior aprofundamento sobre o tema, recomendamos os seguintes materiais: https://www.cfr.org/backgrounder/abenomics-and-japanese-economy
https://www.japan.go.jp/abenomics/index.html

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12
Q

TPS - 2022 - IADES - A respeito do bloco da UE:

A Romênia e a Bulgária foram aceitas como países-membros da UE em abril de 2005, após decisão do Conselho da UE. Todavia, a adesão das duas repúblicas ao Espaço Schengen vem sendo protelada, apesar dos pedidos do Parlamento Europeu para que a questão seja decidida.

A

Item certo! ✅

No dia 25 de abril de 2005, Traian Basescu, Presidente da Romênia, e Siméon de Saxe-Cobourg-Gotha, Primeiro Ministro da República da Bulgária, assinam o Tratado de Adesão à União Européia para seus respectivos países. Eles entraram oficialmente na UE em 2007.

Cabe ressaltar que os dois “novos” membros figuram entre os países mais pobres do bloco, e enfrentam dificuldades para se integrar totalmente aos demais países.

Sobre o Espaço Schengen, lembrar que a Croácia passou fazer parte em janeiro de 2023: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-01/croacia-comemora-entrada-na-zona-do-euro-e-no-espaco-schengen

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13
Q

TPS - 2022 - IADES - Acerca da posição brasileira nas negociações na OMC

Em 2009, o Brasil exortou os membros da OMC a analisarem a questão da relação entre câmbio e comércio internacional. Para isso, defendeu a retomada do Grupo de Trabalho sobre Comércio, Dívida e Finanças (GTCDF), criado em 2001, no âmbito da Rodada Doha.

A

Item certo! ✅

Trata-se de um correto resumo sobre as posições brasileiras no âmbito do sistema multilateral de comércio.

A criação do Grupo de Trabalho sobre Comércio, Dívida e Finanças [Working Group on Trade, Debt Turquia, 2001). A percepção de que correções abruptas nos mercados de ativos e fugas de capital podem levar a profundas recessões, aumento da pobreza e deslocamento social foi um choque para muitos países em desenvolvimento. A crise da Argentina em 2002 fortaleceu a visão de que as crises globais deveriam ser enfrentadas por respostas políticas globais (ou pelo menos mais bem coordenadas) abrangendo não apenas dívida e finanças, mas também comércio. Os países mais pobres (na África, Caribe e alguns países da América Central), que não têm acesso aos mercados financeiros, também apoiaram o trabalho da OMC nessa área, especialmente vinculando sua integração ao sistema comercial com a redução da carga de dívida. Há uma sensação de que as iniciativas internacionais para reduzir o endividamento por meio do alívio da dívida (a Iniciativa HIPC) são insuficientes e apenas um componente de uma estratégia mais global que deve se concentrar no aumento do acesso ao mercado e no desenvolvimento de capacidades do lado da oferta.

O Grupo foi finalmente criado na 4ª Conferência Ministerial em Doha, em novembro de 2001, e inicialmente concedeu um nível de prioridade relativamente alto, com mandato para informar sobre o progresso da 5ª Conferência Ministerial em Cancún, 2003.

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14
Q

TPS - IADES - 2022 - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP):

Criada em 1996, a CPLP é integrada por nove Estados-membros, que são Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A exemplo de outras organizações intergovernamentais, a governança da CPLP é compartilhada entre a Presidência pro tempore, ocupada por Estado-membro em sistema de rotação, e uma estrutura burocrática chefiada por um(a) secretário(a)- executivo(a), responsável pelas incumbências tipicamente rotineiras e administrativas. A estrutura decisória da Comunidade conta ainda com Conferência dos Chefes de Estado e Governo, Conselho dos Ministros de Relações Exteriores e Comitê de Concertação Permanente.

A

Item certo! ✅

Trata-se de um item bastante enciclopédico que pode resolvido facilmente com informações disponibilizadas pelo site do Itamaraty:

Integrada por Angola 🇦🇴, Brasil 🇧🇷, Cabo Verde 🇨🇻, Guiné-Bissau 🇬🇼, Guiné Equatorial 🇬🇶, Moçambique 🇲🇿, São Tomé e Príncipe 🇸🇹, Portugal 🇵🇹 e Timor-Leste 🇹🇱, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi criada em 17 de julho de 1996, na Cúpula Constitutiva de Lisboa. Fundada no princípio da solidariedade, a CPLP tem em seus estatutos três objetivos centrais: a concertação político-diplomática, a cooperação em todos os domínios e a promoção e a difusão da língua portuguesa.

A CPLP possui três órgãos deliberativos: a Conferência de Chefes de Estado e de Governo (com reuniões bienais); o Conselho de Ministros, formado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores (com reuniões ordinárias anuais); e o Comitê de Concertação Permanente (CCP), que reúne os representantes permanentes dos Estados membros junto à organização, com reuniões mensais na sede na CPLP em Lisboa.

7 países fundadores: Angola 🇦🇴, Brasil 🇧🇷, Cabo Verde 🇨🇻, Guiné-Bissau 🇬🇼, Moçambique 🇲🇿, Portugal 🇵🇹 e São Tomé e Príncipe 🇸🇹.
2 que entraram depois: Timor-Leste 🇹🇱 e Guiné Equatorial 🇬🇶

O Presidente do Brasil 🇧🇷 era FHC.

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15
Q

TPS - 2022 - IADES - Segurança internacional na diplomacia brasileira e a PDN

O aumento da incidência de atos de pirataria nos Golfos da Guiné e de Áden constitui uma nova ameaça que recai sobre o entorno estratégico brasileiro, a qual a Marinha do Brasil deve estar preparada para combater.

PDN = Política de Defesa Nacional (de 2005)

A

Item errado! ❌

As ameaças citadas pelo item, apesar da extrema importância de serem observadas pela diplomacia e pela marinha brasileira, não estão incluídas no entorno estratégico brasileiro, pois o Golfo de Áden está localizado no Oceano Índico, e não no Atlântico Sul.

Golfo do Áden = abaixo do Iêmen | Goldo da Guiné = Atlântico Sul

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16
Q

TPS - 2022 - IADES - Segurança internacional na diplo brasileira e a PDN

A “Rota do Pacífico” é uma das principais rotas do tráfico internacional de drogas e atravessa quase todos os países que fazem parte do entorno estratégico brasileiro até chegar aos Estados Unidos da América.

PDN = Política de Defesa Nacional (de 2005)

A

Item errado! ❌

A Rota do Pacífico abrange também países da América Central e EUA, que não fazem parte do entorno estratégico brasileiro.

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17
Q

TPS - 2022 - IADES - Segurança internacional na diplo brasileira e a PDN

Desde 2005, o entorno estratégico brasileiro tem sido caracterizado pela baixa ocorrência – ou até mesmo ausência – de conflitos armados interestatais, porém mantiveram-se elevados a violência doméstica e os conflitos armados intraestatais.

PDN = Política de Defesa Nacional (de 2005)

A

Item certo! ✅

Tomando como base a América do Sul, o Atlântico Sul, os países da costa ocidental africana e a Antártica, pode-se dizer que essas regiões, apesar de ainda cobertas por diversos conflitos, eles não se caracterizam como interestatais, mas sobretudo como guerras civis e conflitos entre grupos armados locais.

O entorno estratégico do Brasil é: América do Sul, o Atlântico Sul, os países da costa ocidental africana e a Antártica.

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18
Q

TPS - 2022 - IADES - Segurança internacional na diplo brasileira e a PDN

A partir de 2005, o Brasil participou apenas de operações de paz realizadas em países que fazem parte do entorno estratégico brasileiro, a exemplo da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (Minusca).

PDN = Política de Defesa Nacional (de 2005)

A

Item errado! ❌

O Entorno estratégico é a área de interesse prioritário para o Brasil, que inclui a América do Sul, o Atlântico Sul, os países da costa ocidental africana e a Antártica. Cabe destacar, a Política Nacional de Defesa (PND) estabelece que, além das regiões onde se concentram os poderes político e econômico, deve-se dar prioridade à faixa de fronteira, à Amazônia e ao Atlântico Sul.

Em relação às operações de paz, o item restringe a participação brasileira em operações em países que fazem parte do entorno estratégico brasileiro. Alguns exemplos invalidam isso, como o Comando Marítimo da UNIFIL (Líbano), país que não se encontra dentro dessa área de interesse prioritário do Brasil.

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19
Q

TPS - IADES - 2022

A racionalidade que sustenta as perspectivas realista e liberal das Relações Internacionais favorece o Estado como ator fundamental. Este é privilegiado por sua capacidade regulatória doméstica em detrimento das inerentes dificuldades encontradas na esfera internacional.

A

Item certo! ✅

É possível argumentar que a Síntese Neo-Neo aponta algumas concordâncias entre neorealistas e neoliberais, a principal delas sendo a aceitação dos Estados como atores centrais e a sua existência em um ambiente internacional anárquico.

Enquanto os Realistas enxergam os Estados como uma bola de bilhar [política interna não interfere na política externa], os liberais acreditam que Estados mais democráticos tendem a ter uma maior preocupação com a preservação da paz.

Na visão dessas duas teorias, apesar de terem uma apresentação diferente, o Estado possui maior capacidade de regular os conflitos internamente do que externamente, justamente pela esfera internacional possuir uma essência anárquica.

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20
Q

TPS - IADES - 2022

A criação da Organização das Nações Unidas limitou a consolidação da concepção de Estado soberano, mesmo que a Carta de 1945 afirme a igualdade soberana dos membros como um dos seus princípios e a membresia de novas nações seja baseada no respeito a esse.

A

Item errado! ❌

A Carta da ONU não limitou a consolidação da concepção de Estado soberano, pelo contrário, aprofundou-a e delimitou-a.

21
Q

TPS - 2022 - IADES - Acerca da posição brasileira nas negociações na OMC

Na reunião miniministerial de Genebra, em julho de 2008, a coalizão G-20, liderada pelo Brasil, mantendo trajetória de atuação conjunta nas negociações agrícolas, iniciada na Conferência Ministerial de Cancún, em setembro de 2003, apresentou proposta no tema de acesso a mercados dos países em desenvolvimento, que incluía a abertura dos mercados da Índia e da China.

A

Item errado! ❌

O que me fez marcar errado foi a parte final, pois, ao meu ver, Índia e China possuem mercados um tanto quanto protecionistas.

Resposta do clipping:

A V Conferência Ministerial da OMC ocorreu em 2003 em Cancun no México. A reunião contou com representantes de 146 países, na perspectiva de discutir dois temas principais. Um do interesse dos países em desenvolvimento - o comércio de produtos agrícolas, agendado na Rodada de Doha de 2001 - e outro do interesse dos países ricos - a sujeição de investimentos, concorrência, compras governamentais e facilitações das trocas às regras do próprio comércio internacional, agendado na Rodada de Cingapura de 1996. Além disso, o encontro tinha como objetivo estabelecer as modalidades para as negociações agrícolas e também as referentes ao de acesso a mercados não agrícolas (NAMA). As modalidades dizem respeito aos parâmetros que definem as fórmulas e os prazos para os cortes das tarifas e dos subsídios sob negociação. Concomitantemente, estava previsto que no encontro fosse feita a deliberação sobre a inclusão dos “temas de Cingapura” (investimento, política de concorrência, compras governamentais e facilitação de comércio) na agenda negociadora. No entanto, as tentativas de formular essas modalidades antes da Conferência de Cancun fracassaram no sentido de construir um acordo.

O momento do surgimento do G-20, antes da Conferência de Cancun, representou um momento inaugural da proposta de adensamento do diálogo com os países em desenvolvimento e das parcerias Sul-Sul em busca de uma nova geografia comercial. No que diz respeito à estratégia brasileira na Conferência de Cancun, cabe destacar a inflexão na posição do país. De tradicional participante do Grupo de Cairns, o país passa a ser protagonista e líder na criação do G-20. O Grupo de Cairns balizou as ações brasileiras durante a Rodada Uruguai, que se estende de 1986 a 1994. As demandas deste grupo concentravam-se no acesso aos mercados dos Estados Unidos e da União Europeia. Ao contrário, a mudança da postura brasileira em direção a uma ação conjunta pelos interesses dos países em desenvolvimento demonstra a adoção de uma estratégia de diversificação de parcerias, orientada para o Sul. A posição brasileira, que até então, centrava-se na abertura dos mercados americano e europeu, flexibilizou-se e permitiu a ampliação da agenda de negociações internacionais (SANTOS, Bruna). O erro do item está em afirmar que o Brasil manteve trajetória de atuação conjunta em negociações agrícolas. Apesar de realmente ter sido iniciada em Cancún, pesquisas demonstram que durante a reunião da OMC realizada em Genebra em julho de 2008, o Brasil decidiu defender os seus próprios interesses em detrimento da cooperação com os membros do G-20.

Mais informações na dissertação “Os limites da cooperação: O Brasil e o G-20 nas negociações agrícolas da Organização Mundial de Comércio”, disponível em: https://www.funag.gov.br/ipri/btd/index.php/10-dissertacoes/1273-os-limites-da-cooperacao-o-brasil-e-o-g-20-nas-negociacoes-agricolas-da-organizacao-mundial-de-comercio

22
Q

TPS - IADES - 2022

Os teóricos do neoliberalismo das Relações Internacionais diferenciam a interdependência enquanto instrumento retórico da interdependência como conceito analítico. À medida que a primeira enfatiza custos compartilhados na política internacional, a segunda avalia as dimensões da sensibilidade e a vulnerabilidade na busca da simetria nas relações entre os Estados.

A

Item errado! ❌

O item traz uma inversão dos conceitos trazidos pelos teóricos da interdependência (Nye e Keohane).

A interdependência enquanto instrumento retórico = avalia as dimensões da sensibilidade e vulnerabilidade na busca da simetria nas relações entre os Estados e conforme Nye e Keohane, a interdependência também pode ser assimétrica.

A interdependência como conceito analítico = enfatiza custos compartilhados na política internacional.

Sobre os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade, o Prof. Felipe Estre faz a seguinte distinção:

Sensibilidade está relacionada a capacidade de resposta de um Estado a uma adversidade com meios próprios, isto é, sem que haja a implementação de políticas alternativas. Um Estado autossuficiente em petróleo, por exemplo, é menos sensível a um aumento do preço internacional desse produto do que um grande importador.

Vulnerabilidade relaciona-se à capacidade de resposta de um Estado quando é a ele possível elaborar políticas de resposta a adversidades. No caso de um aumento do preço do petróleo, por exemplo, vulnerabilidade está associada não simplesmente ao preço, mas à possibilidade de buscar fornecedores alternativos ou fontes alternativas de energia.

23
Q

TPS - 2022 - IADES - Sobre a cooperação Sul-Sul implementada pelo Brasi

A expansão de recursos e o número de projetos de Cooperação Sul-Sul ao longo dos anos de 2005 a 2009 foram acompanhados pelo crescimento da presença no exterior de instituições públicas brasileiras, tais como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e a Fundação Oswaldo Cruz, envolvidas na provisão de cooperação técnica.

A

Item certo! ✅

Trata-se de uma correta descrição da participação de instituições públicas brasileiras no processo de cooperação internacional.

A título de exemplo sobre a FIOCRUZ, podemos citar a inauguração de uma fábrica de remédio para tratamento da aids em Maputo, Moçambique.

Sobre a EMBRAPA, o site oficial da instituição afirma que eles são “uma empresa com espírito global, que, ao longo da sua história, tem construído uma sólida rede de cooperação internacional. Atualmente, estamos presentes em todos os continentes, com parcerias com algumas das principais instituições e redes de pesquisa do mundo. Coordenada pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), a atuação no exterior também contribui com o programa de cooperação técnica do Governo Brasileiro, que busca transferir e adaptar tecnologias nacionais para a realidade tropical de diferentes países”.

24
Q

TPS - 2022 - IADES - Sobre a cooperação Sul-Sul implementada pelo Brasi

Um dos principais desafios da Cooperação Sul-Sul do Brasil está relacionado à coordenação de mais de 100 órgãos governamentais envolvidos na cooperação internacional. Dessa forma, a distribuição de prerrogativas e mandatos entre os ministérios e as agências bem como a relação deles com o Ministério de Relações Exteriores e a ABC não estão, com frequência, claramente delineados.

A

Item certo! ✅

Esse item causou um estranhamento em alguns candidatos, justamente por trazer uma crítica à organização estrutural da cooperação técnica fornecida pelo Brasil.

Na ocasião da comemoração dos 30 anos da ABC, em 2017, diversos nomes relevantes contribuíram com um livro disponibilizado pela FUNAG acerca das “visões da cooperação técnica internacional brasileira”. http://funag.gov.br/loja/download/1193-30-anos-ABC_05_05_V_7.pdf

A introdução do livro afirma que:

“De acordo com o artigo 31 do decreto de 1987 [criação da ABC, cabia à Agência Brasileira de Cooperação, entre outras responsabilidades, articular órgãos nacionais e internacionais, inclusive universidades e empresas, a fim de que participassem nos programas de cooperação técnica internacional. Dentre outras atribuições, até hoje cabe à ABC orientar as instituições nacionais sobre as oportunidades existentes no âmbito dos vários acordos de cooperação técnica firmados pelo Brasil; apoiá-las na formulação dos projetos; coordenar, na condição de órgão oficial responsável pela cooperação técnica internacional, a negociação entre as instituições cooperantes e as solicitantes; monitorar a execução dos projetos, assim como divulgar informações sobre seu desenvolvimento e os resultados logrados.”

Fica evidente que o elaborador dessa questão trouxe uma visão bastante particular acerca de sua interpretação de como a Cooperação Internacional é distribuída entre os mais de 100 órgãos governamentais envolvidos.

Entretanto, se a distribuição de prerrogativas e mandatados “não estão, com frequência, claramente delineados”, isso recai sobre a própria constituição da ABC, que deve agir em prol de uma maior coordenação.

25
Q

TPS - 2022 - IADES - Sobre a cooperação Sul-Sul implementada pelo Brasil

Entre 2008 e 2012, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) priorizou projetos, nos países do Sul Global, com impactos sociais e econômicos de longo prazo, que aprimorariam as capacidades locais. Assim, para dar conta dos objetivos propostos, ocorreu reforma institucional na agência, proporcionando aprimoramento de recursos humanos, financeiros e logísticos para administrar o aumento da demanda e da complexidade dos projetos.

A

Item errado! ❌

Apesar da parte inicial do item estar correta, não existem indícios de que ocorreu uma reforma institucional na agência. Ou seja, o item pode ter sido considerado ERRADO por dois motivos:

Para dar conta dos objetivos propostos, não era necessário uma reforma institucional, pois ela já contava com uma estrutura à altura de seus desafios.

Não ocorreu uma reforma institucional, invalidando a afirmação feita no item.

26
Q

TPS - 2022 - IADES - Sobre a cooperação Sul-Sul implementada pelo Brasi

Da década de 1950 à década de 1990, o Brasil foi um receptor de cooperação externa, apesar de que, a partir da redemocratização, tenha começado a se engajar nas próprias parcerias de desenvolvimento por meio da prestação de cooperação à América Latina e aos países africanos lusófonos.

A

Item errado! ❌

As iniciativas de cooperação prestadas pelo Brasil se iniciam antes mesmo da redemocratização.

Na década de 70, o acúmulo de experiências positivas dos países em desenvolvimento, passíveis de serem transferidas para outros países com desafios semelhantes, fez com que as Nações Unidas desenvolvesse o conceito e fomentasse a “cooperação técnica entre países em desenvolvimento (CTPD)” ou “cooperação horizontal”, em contraponto à “cooperação Norte - Sul”. Em 1974 foi cria-da a Unidade Especial para CTPD no âmbito do PNUD, iniciando-se os estudos para o fomento a essa modalidade de cooperação. Em 1978, as diretrizes elaboradas foram propostas na Conferência das Nações Unidas sobre Cooperação Técnica entre Países em Desenvolvimento e suas recomendações aprovadas na forma do Plano de Ação de Buenos Aires (PABA).

O estágio de desenvolvimento alcançado pelo Brasil, entre diversos países que vinham se beneficiando intensamente da cooperação internacional nas últimas décadas, fez com que algumas instituições brasileiras fossem demandadas com crescente intensidade tanto por países interessados na sua experiência quanto por organismos internacionais. Neste particular, o governo brasileiro, reconhecendo a importância que a cooperação técnica internacional havia representado para o desenvolvimento nacional, passou a prestar cooperação ao exterior por meio do compartilhamento das suas experiências e boas práticas acumuladas.

O Site da Agência Brasileira de Cooperação lista diversos Acordos vigentes da Cooperação Técnica entre Países em Desenvolvimento - CGPD, vários deles sendo assinados antes mesmo da década de 80, incluindo países da América Latina e países africanos lusófonos, como por exemplo:

Cabo Verde - Acordo Básico de Cooperação Científica e Técnica, 28/04/1977.

Peru - Acordo Básico de Cooperação Técnica e Científica, 08/10/1975.

27
Q

TPS - 2022 - IADES - A respeito do bloco da UE:

Em 2019, Ursula von der Leyen tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Comissão Europeia. Nas diretrizes políticas que ela apresentou, von der Leyen centrou sua proposta de mandato em seis grandes ambições para a Europa, a saber: o estabelecimento de um Pacto Ecológico Europeu; o fortalecimento de uma economia a serviço das pessoas; a UE preparada para a era digital, com parâmetros seguros e éticos; a proteção do modo de vida europeu, embasado no estado de direito; a UE mais forte no mundo, trabalhando em prol de uma ordem global baseada em regras; e o fortalecimento da democracia dentro do próprio bloco.

A

Item certo! ✅

“Em 16 de julho de 2019, o Parlamento Europeu elegeu Ursula von der Leyen, ex-ministra da Defesa da Alemanha, como Presidente da Comissão Europeia, com uma estreita maioria de 383 votos (superando apenas a maioria absoluta exigida de 374) contra 327 e 22 abstenções.

A votação do Parlamento baseou-se num conjunto de ““Orientações Políticas para a próxima Comissão Europeia 2019-2024””, que constituem um esboço da política e do programa legislativo de von der Leyen.

No documento, publicado em língua inglesa, constam 6 “headline ambitions”:
1. A European Green Deal
2. An economy that works for people
3. A Europe fit for the digital age
4. Protecting our European way of life
5. A stronger Europe in the world
6. A new push for European democracy

Os detalhes de cada um deles podem ser explorados aqui: https://ec.europa.eu/info/sites/default/files/political-guidelines-next-commission_en_0.pdf

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Q

TPS - 2022 - IADES - Meio ambiente e a posição brasileira:

O Brasil participou de todo o processo negociador da CDB e defendeu o princípio da soberania estatal relacionado aos recursos naturais, contrastando com a posição dos países mais industrializados, os quais eram favoráveis ao acesso livre a esses recursos.

A

Item certo! ✅

O item traz informações corretas acerca da participação brasileira no processo negociador da Convenção sobre Diversidade Biológica.

29
Q

TPS - IADES - 2022

As leituras teóricas que dialogam a partir do pós-colonialismo buscam evidenciar os vieses das leituras tradicionais das Relações Internacionais e, para tal, propõem, entre outras agendas, a discussão das diferenças e dos conhecimentos que foram epistemologicamente silenciados.

A

Item certo! ✅

Exatamente, o Pós-Colonialismo nas Relações Internacionais traz para os debates novas agendas a partir da década de 1990. Segundo Nogueira e Messari:

Os acadêmicos que fazem parte do movimento pós-colonialista se preocupam com a própria condição criada no momento pós-colonial. De fato, o estabelecimento de novos atores nas relações internacionais, que aparentemente tinham a mesma condição de soberania que os demais Estados, mas que apresentavam grandes carências na sua organização e nos seus desempenhos, passou a representar um problema nas relações internacionais. As relações entre colonos e colonizados, as relações entre ex-colônias e ex-metrópoles e as relações entre imigrantes e hóspedes, seja na imigração interna seja na externa, impuseram novos desafios a uma disciplina ancorada na distinção entre o interno e o externo, o doméstico e o internacional. Dessa forma, os estudos pós-coloniais são estudos de fronteiras: entre disciplinas; entre grupos nacionais e étnicos; entre os incluídos e os excluídos. O movimento pós-colonial transgride as fronteiras e as questiona para poder estabelecer novos espaços e novas relações. Não surpreende, então, o lugar central que as questões de imigração e de comunidades imigrantes, sejam nacionais ou internacionais, ocupam.

30
Q

TPS - IADES - 2022

Na perspectiva neorrealista, a soberania dos Estados não é um salvo-conduto, e mesmo Estados revolucionários acabam afetados pela estrutura internacional anárquica, pois são constrangidos a ajustarem seus comportamentos.

A

Item certo! ✅

O Realismo Estrutural de Kenneth Waltz aponta uma estrutura anárquica como determinante do comportamento dos Estados. Em contexto amplo, os realistas defendem a precedência ontológica da estrutura em relação aos agentes. Não importa a forma que o Estado assuma (democrática, autoritária, monárquica ou republicana), todos eles terão seus comportamentos constrangidos pela estrutura.

31
Q

TPS - IADES - 2022

Enquanto as perspectivas tradicionais tendem a avaliar a soberania como um dado ou atributo dos Estados, as leituras teóricas críticas enfatizam o caráter histórico e processual da construção desse princípio, bem como suas consequências sociais.

A

Item certo! ✅

Os realistas e liberais ( = perspectivas tradicionais) não analisam criticamente a soberania, tomam como um dado existente da realidade internacional. As perspectivas críticas, incluindo o marxismo e o construtivismo, tendem a avaliar a construção histórica e social desse atributo estatal, bem como as consequências tanto para o Sistema Internacional quanto para as populações que podem eventualmente sofrer os arbítrios de um Estado soberano.

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Q

TPS - IADES - 2022 - Evolução do pensamento teórico em RI:

Conforme os defensores da chamada Teoria da Paz Democrática, regimes autoritários encontram mais facilidade em lançarem seus Estados em conflitos bélicos, se comparados aos regimes democráticos, uma vez que sofrem relativamente pouco controle por parte dos Poderes Legislativo e Judiciário e por parte da opinião pública.

A

Item certo! ✅

Podemos destacar entre os defensores da Teoria da Paz Democrática, autores clássicos como Immanuel Kant e autores contemporâneos como Michael Doyle. Este último autor afirma em “Liberalism and World Politics“ que:

“Liberal states, founded on such individual rights as equality before the law, free speech and other civil liberties, private property, and elected representation are fundamentally against war this argument asserts. When the citizens who bear the burdens of war elect their governments, wars become impossible. Furthermore, citizens appreciate that the benefits of trade can be enjoyed only under. conditions of peace. Thus the very existence of liberal states, such as the U.S., Japan, and our European allies, makes for peace”.

Portanto, é possível dizer que os controles de instituições democráticas, conforme defendido por autores liberais, tem um papel essencial em barrar conflitos bélicos.

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TPS - IADES - 2022 - Evolução do pensamento teórico em RI:

A teoria crítica opõe-se tanto ao realismo quanto ao liberalismo por seus posicionamentos engajados, embora opostos, e propõe, ao contrário, a neutralidade e a imparcialidade dos cientistas na análise dos fenômenos internacionais. A teoria pós-estruturalista, por sua vez, enfatiza a anarquia no sistema internacional como um espaço de insegurança e de incerteza, apenas possível de ser superada pela cooperação entre os Estados.

A

Item errado! ❌

Tudo errado! Aqui ocorre uma confusão generalizada com diversas teorias.

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Q

TPS - IADES - 2022 - Evolução do pensamento teórico em RI:

Na década de 1970, a área de Relações Internacionais sofreu forte influência de processos epistemológicos que se passavam nas ciências sociais em geral, com o objetivo de proporcionar maior objetividade e cientificidade às pesquisas. Um exemplo desse fenômeno foi a revolução behaviorista, que teve como consequências a maior influência das ciências exatas, o aumento da utilização de métodos quantitativos e o surgimento do debate acerca dos “níveis de análise” como instrumento para analisar fenômenos internacionais.

A

Item certo! ✅

Esse item causou polêmica por conta do recorte temporal estabelecido (década de 1970). A área de Relações Internacionais incorpora um maior rigor científico a partir da Revolução Behaviorista, que influencia o Segundo Debate das RI’s a partir dos anos 1950. Uma das obras que mais exemplifica isso é Theory of International Politics, escrita por Kenneth Waltz em 1979.

A rigor, a rev. behaviorista começa na década de 60. Prof. Tanguy disse que “a revolução behaviorista começou a trazer efeitos nas RIs a partir da publicação do livro “Man, State and War”, do Waltz, em 1959.

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Q

TPS - IADES - 2022 - Evolução do pensamento teórico em RI:

Os liberais pregam a importância das organizações internacionais governamentais (OIGs) por essas aumentarem a previsibilidade, a estabilidade e a socialização de informações nas relações entre os atores. Os realistas ditam que as OIGs não alteram, de forma decisiva, as escolhas dos Estados, pois, em última instância, estes sempre estarão mais interessados nos ganhos relativos do que nos ganhos absolutos que a cooperação pode gerar.

A

Item certo! ✅

Os autores liberais realmente dão maior importância para a pluralidade de atores que existem no Sistema Internacional, entre elas as OIGs. Além de contribuírem com a definição de regimes internacionais, elas podem facilitar a cooperação e a paz. Entretanto, o item afirma corretamente que o realistas não são tão enfáticos em relação à importância das OIG’s, sobretudo porque os Estados pensam mais nos ganhos de curto prazo, e tendem a enxergar a cooperação menos como uma mecanismo de superação da anarquia, e mais como uma faceta de ganhos mínimos na relação entre eles.

Comentário de um candidato que achei pertinente: O problema desse item a meu ver é que ele fala que os REALISTAS (e não neorealistas) se preocupam com ganhos relativos. Ora, para os realistas clássicos, os estados nem cooperam, como iriam se preocupar em ganhos relativos? No mínimo esse item deveria ter sido anulado…

Será que a prova costuma usar “realista” com frequência para referir-se ao que seria “neorrealistas” e “liberais” para referir-se a “neoliberais”? 🤨

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Q

TPS - 2022 - IADES - A respeito do bloco da UE:

A Primeira Cúpula Brasil-UE, que ocorreu em Lisboa em 2007, focou em temas relacionados à cooperação técnica e à agenda política mundial, negligenciando a ainda existente necessidade de se concluir as negociações do Acordo de Associação Mercosul-UE, iniciadas em 1999.

A

Item errado! ❌

Não houve negligência acerca da necessidade de conclusão do Acordo Mercosul-UE. Segundo Declaração Conjunta redigida após a Cúpula Brasil-União Européia, que aconteceu em Lisboa, no dia 4 de julho de 2007:

“O Brasil e a UE atribuem grande importância ao reforço de relações entre a UE e o Mercosul e estão empenhados na conclusão do Acordo de Associação UE-Mercosul, que permitirá aprofundar ainda mais as relações econômicas entre as duas regiões e intensificar o diálogo político, bem como as iniciativas em matéria de cooperação. O Brasil e a UE sublinham a grande importância econômica e política que este acordo terá para ambas as regiões e o seu papel no reforço dos respectivos processos de integração”.

O texto completo da Declaração Conjunta pode ser lido aqui: https://sistemas.mre.gov.br/kitweb/datafiles/Braseuropa/pt-br/file/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DE%20LISBOA-1.doc

37
Q

TPS - 2022 - IADES

A respeito do bloco da UE:

A Declaração da Identidade Europeia, adotada na Cúpula de Copenhague, de dezembro de 1973, mobilizou a recém-expandida “Europa dos 9” a estabelecer, como elementos de sua identidade comum, a democracia representativa, o estado de direito, a justiça social e o respeito pelos direitos humanos. Esse compromisso, todavia, ainda não impunha padrões a futuras expansões do bloco, algo que viria a se concretizar somente com os critérios de Copenhague de 1993.

A

Item errado! ❌

A parte inicial do item está correta. Entretanto, não é possível afirmar que a Declaração de Identidade Europeia de 1973 não impunha padrões a futuras expansões do bloco. Conforme consta na parte 2 do texto (II. The European Identity in Relation to the World):

As the Community progresses towards a common policy in relation to third countries, it will act in accordance with the following principles:
(a) The Nine, acting as a single entity, will strive to promote harmonious and constructive relations with these countries. This should not however jeopardize, hold back or affect the will of the Nine to progress towards European Union within the time limits laid down.
(b***) In future when the Nine negotiate collectively with other countries, the institutions and procedures chosen should enable the distinct character of the European entity to be respected.

(c) In bilateral contacts with other countries, the Member States of the Community will increasingly act on the basis of agreed common positions.

O texto completo pode ser lido aqui: https://www.cvce.eu/content/publication/1999/1/1/02798dc9-9c69-4b7d-b2c9-f03a8db7da32/publishable_en.pdf

38
Q

TPS - 2022 - IADES

Governo de Shinzo Abe e a relação com o Brasil:

A remilitarização do Japão foi um dos objetivos da política externa de Abe. Para alcançar esse objetivo, o governo adotou, entre as iniciativas, a ampliação das possibilidades de emprego das Forças de Autodefesa (FAD) e a criação do Conselho de Segurança Nacional.

O governo de Shinzo Abe foi de 2012-2019.

A

Item certo! ✅

Shinzo Abe, em seu discurso de posse no final de 2012, evidenciou diferentes focos da política externa de seu país, tais como a expansão das relações japonesas ao redor do globo e o fortalecimento da aliança histórica entre Tóquio e Washington, assim como o maior enfoque na segurança regional, destacando a sua preocupação com a China e a Coreia do Norte, ao considerar que a segurança do Japão é uma crise que deve ser resolvida. RAMOS DIAS, 2020).

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Q

TPS - 2022 - IADES

Governo de Shinzo Abe e a relação com o Brasil:

A remilitarização do Japão foi um dos objetivos da política externa de Abe. Para alcançar esse objetivo, o governo adotou, entre as iniciativas, a ampliação das possibilidades de emprego das Forças de Autodefesa (FAD) e a criação do Conselho de Segurança Nacional.

O governo de Shinzo Abe foi de 2012-2019.

A

Item certo! ✅

Shinzo Abe, em seu discurso de posse no final de 2012, evidenciou diferentes focos da política externa de seu país, tais como a expansão das relações japonesas ao redor do globo e o fortalecimento da aliança histórica entre Tóquio e Washington, assim como o maior enfoque na segurança regional, destacando a sua preocupação com a China e a Coreia do Norte, ao considerar que a segurança do Japão é uma crise que deve ser resolvida. RAMOS DIAS, 2020).

40
Q

TPS - IADES - 2022

Sobre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP):

Um dos dez idiomas mais falados no mundo, a língua portuguesa não integra o conjunto de idiomas oficiais das Nações Unidas, que são o inglês, o francês, o espanhol, o árabe, o chinês (mandarim) e o russo. Como consequência, os delegados dos Estados-membros da CPLP não utilizam a língua portuguesa em seus pronunciamentos oficiais durante as reuniões e conferências organizadas sob o signo da Organização das Nações Unidas (ONU). A exceção é o Debate-Geral da Assembleia-Geral, quando é facultado aos oradores proferir as intervenções nos próprios idiomas, inclusive o representante do Brasil, a quem está, além disso, reservada tradicionalmente a prerrogativa de proferir a primeira entre todas as alocuções dos Estados- membros.

A

Item certo! ✅

Apesar do item ter sido considerado como CERTO, e realmente a maior parte das informações estarem corretas, a redação da última parte do item gerou confusão. Ao mencionar que a única exceção ao uso de idiomas oficiais seja o Debate-Geral, o item traz uma informação errônea. O próprio site da ONU prevê que “às vezes, um delegado pode optar por fazer uma declaração em uma língua não oficial. Nesses casos, a delegação deve prover uma interpretação ou um texto com sua declaração escrita em um dos idiomas oficiais” (fonte: https://www.un.org/en/our-work/official-languages).

Qnd refiz em 2023, inicialmente marquei E por achar que eles utilizavam o PORT em qualquer ocasião, mas depois lembrei que não.

41
Q

TPS - IADES - 2022

Sobre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP):

A fundação da CPLP representou a materialização prática do antigo projeto, cujas raízes remontam aos albores do século 19, de constituição de entidade supranacional luso-brasileira, incluindo as ex-colônias portuguesas na África. Ao ratificarem sua adesão à CPLP, os demais países lusófonos optaram, voluntariamente, por outorgar a condução do processo decisório dentro do bloco ao condomínio Brasília-Lisboa, a quem cabe, por delegação, executar iniciativas bilaterais em favor do progresso e do desenvolvimento da coletividade dos membros.

A

Item errado! ❌

O final tá bem errado! “a quem cabe, por delegação, executar iniciativas bilaterais em favor do progresso e do desenvolvimento da coletividade dos membros”? SQN!

Segundo o Estatuto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, os princípios que orientam a organização são:
a) Igualdade soberana dos Estados membros;
b) Não ingerência nos assuntos internos de cada Estado;
c) Respeito pela sua identidade nacional;
d) Reciprocidade de tratamento;
e) Primado da Paz, da Democracia, do Estado de Direito, dos Direitos Humanos e da Justiça Social;
f) Respeito pela sua integridade territorial;
g) Promoção do Desenvolvimento;
h) Promoção da cooperação mutuamente vantajosa.

42
Q

TPS - 2022 - IADES - Meio ambiente e a posição brasileira:

Quanto às negociações do Protocolo de Nagoia, o Brasil coordenou o Grupo dos Megadiversos e tornou-se um dos principais articuladores da defesa de posições comuns entre os países em desenvolvimento.

A

Item certo! ✅

O Protocolo de Nagoia entrou em vigor em outubro de 2014. É um documento de importância central para os países detentores de recursos naturais abundantes. O Brasil concentra a maior biodiversidade do mundo, estimando-se que possua cerca de 20% de todas as espécies vegetais e animais do planeta.

As negociações do Protocolo iniciaram-se no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), em 2002, quando os países concordaram sobre a importância da assinatura de um instrumento vinculante que pudesse garantir, de maneira efetiva, a inibição da apropriação indevida de recursos genéticos.

Durante o processo negociador, que durou quase uma década, houve intenso debate entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, respectivamente usuários e detentores da maior parte dos recursos genéticos mundiais.

O Brasil participou ativamente das negociações do Protocolo, assumindo posição de liderança dos países em desenvolvimento e do Grupo dos Países Megadiversos e Afins durante a Conferência das Partes COP-10, realizada em Nagoia, em outubro de 2010, ocasião em que o documento foi assinado.

Em 2021, o Brasil depositou na ONU a carta de ratificação do Protocolo de Nagoia sobre Acesso e Repartição de Benefícios da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), assinada pelo senhor presidente da República, Jair Bolsonaro.

43
Q

TPS - 2022 - IADES

Sobre o meio ambiente e a posição brasileira:

O Brasil não assinou o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura (TIRFAA), porque se opôs a um dos objetivos desse tratado, que previa o acesso livre e sem custos aos recursos fitogenéticos relacionados com a agricultura.

A

Item errado! ❌

O TIRFAA é o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura, que busca promover a conservação e o uso sustentável de todos os recursos genéticos vegetais para alimentação e agricultura do planeta e a partilha justa e equitativa dos benefícios decorrentes de seu uso, em harmonia com a Convenção sobre Diversidade Biológica, com o fim de se alcançar segurança alimentar e agricultura sustentáveis.

O TIRFAA foi adotado na 31ª Conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, em 3 de novembro de 2001, e entrou em vigor em 29 de junho de 2004.

O Brasil é membro fundador e contribui ativamente para a implementação do TIRFAA, dentro e fora do país.

O tratado promove:
- a troca facilitada de material genético por meio de um sistema mundial, que facilita a pesquisa e o desenvolvimento agrícola de cientistas, empresas e instituições como a Embrapa, permitindo que novos cultivos cheguem aos campos e novos alimentos às mesas dos consumidores mundiais;
- o reconhecimento da enorme contribuição dos agricultores para a diversidade de culturas que alimentam o mundo;
- o apoio financeiro e técnico para projetos de conservação e uso sustentável de recursos genéticos, especialmente para agricultores de países em desenvolvimento.

Os progressos na implementação do TIRFAA desde a sua entrada em vigor são notáveis, e o número de países que participam do tratado passou de 55 a 146.

O TIRFAA é uma conquista da comunidade internacional, colaborando para combater a fome e a desnutrição, promover a agricultura e a segurança alimentar sustentáveis e apoiar os meios de subsistência rurais, em um contexto de perda de biodiversidade e mudança do clima.

44
Q

TPS - 2022 - IADES

Sobre o meio ambiente e a posição brasileira:

A diplomacia brasileira atuou nas negociações relativas ao terceiro objetivo da CDB, com o propósito de estabelecer um regime internacional para a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos.

A

Item certo! ✅

A Convenção está estruturada sobre três bases principais – a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos, todas elas fazendo parte do processo negociador feito pela diplomacia brasileira.

45
Q

TPS - 2022 - IADES - Sobre a posição brasileira nas negociações na OMC:

As negociações que ocorrem, desde 2008, no âmbito da Iniciativa da Declaração Conjunta sobre Comércio Eletrônico (Joint Statement Initiative – JSI) têm permitido ao Brasil vincular concessões acerca do comércio eletrônico à ampliação de compromissos dos Estados Unidos da América e da União Europeia no tema dos subsídios às exportações agrícolas.

A

Item errado! ❌

As posições brasileiras apresentadas na OMC no âmbito das negociações em e-commerce destacam-se por uma abordagem competente e firme, numa tentativa bem estruturada de liderar o movimento de formação de posições. Trazem consensos para a discussão sem deixar de apresentar posições e de trazer à tona temas espinhosos, mas caros aos países em desenvolvimento, como concorrência, direito do autor e tributação.
Ou seja, o item traz um dos temas mais espinhosos do comércio internacional (subsídios à exportações agrícolas), vinculado ao comércio eletrônico, algo que vai justamente contra a posição brasileira no tema, que busca consenso e equilíbrio.

O BR não tem esse poder para vincular (issue linked)

46
Q

TPS - 2022 - IADES

Acerca da posição brasileira nas negociações na OMC:

A posição brasileira na Conferência Ministerial de Bali, em 2013, foi favorável à inclusão do tema de facilitação ao comércio no pacote de resultados antecipados da Rodada Doha.

A

Item certo! ✅

À época da Conferência citada, o Ministério das Relações Exteriores comemorou o primeiro acordo comercial global fechado em quase 20 anos na conferência da OMC. O Itamaraty afirmou, em nota na época, que os resultados foram “amplamente positivos” para o Brasil e vão permitir a implantação de “reformas” no país.

“O acordo de facilitação de comércio, de grande interesse para o empresariado e para o governo brasileiros, impulsiona reformas que já estão sendo implementadas no país e facilita o acesso de nossos produtos a mercados em todo o mundo, ao simplificar e desburocratizar procedimentos aduaneiros”, diz a nota.

47
Q

TPS - 2022 - IADES

Sobre a posição brasileira no que se refere a investimentos:

O modelo brasileiro de ACFI está fundamentado em três pilares, que são mitigação de riscos; governança institucional; e agendas temáticas para cooperação e facilitação de investimentos.

A

Item certo! ✅

De acordo com o ex-Secretário de Comércio Exterior Daniel Godinho, os três pilares centrais dos ACFIs seriam:

(i) atingir governança institucional;
(ii) instituir mecanismos para mitigação de riscos e prevenção e solução de disputas;
(iii) promover a facilitação de investimentos por meio de agendas temáticas

[UNITED NATIONS CONFERENCE ON TRADE AND DEVELOPMENT. World Investment Forum 2014: investing in sustainable development. IIA Conference – 16 October 2014.]

48
Q

TPS - 2022 - IADES

Sobre a posição brasileira no que se refere a investimentos:

Em 2015, o Brasil assinou o Acordo sobre Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) com o Chile. O modelo de ACFI concebido pelo Brasil, a partir de então, reflete a abordagem original para o tratamento de investimentos, particularmente pelo fato de procurar prevenir controvérsias por meio de mecanismos de diálogo e, em última instância, prever mecanismo de arbitragem internacional entre investidores e Estados.

A

Item errado! ❌

Diferentemente dos BITs e dos APPIs, os ACFIs não adotam abirtragem internacional, mas entre os Estados.

Não sei se essa parte está correta, mas acho que sim ⇨ Em 2015, o Brasil assinou o Acordo sobre Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) com o Chile.

49
Q

TPS - 2022 - IADES

Sobre a posição brasileira no que se refere a investimentos:

Na década de 1990, com a expectativa de ampliar a atração de investimentos externos, o Brasil assinou 14 acordos de proteção e promoção de investimentos. Nenhum deles foi ratificado pelo Congresso Nacional, e os textos foram retirados em 2002.

A

Item certo! ✅

Uma questão com uma exigência bastante específica.

A informação presente no item parece ter sido retirada do artigo “Regulamentação Internacional do Investimento Estrangeiro: Desafios e Perspectivas para o Brasil”, disponível aqui: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/28416/E-book_Vers%C3%A3o%20Final.pdf

Os autores afirmam que:

“Apesar de o Brasil se destacar como um dos principais receptores de investimento estrangeiro no mundo e começar a despontar como um ascendente exportador de capital, os acordos internacionais de investimentos do país não existiam. A despeito de o país ter assinado 14 Acordos Bilaterais de Investimento, durante a década de 1990, nenhum deles havia sido devidamente ratificado. O Brasil apresentava apenas um único acordo sobre garantias de investimento, firmado em 1996 com os EUA, promulgado pelo Decreto n°. 57.943. Em nível regional, no Mercosul, o Brasil havia assinado os Protocolos de Colônia e de Buenos Aires, no entanto, nenhum deles foi ratificado. Essa situação, todavia, mudou com a elaboração do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) pelo país. Desde março de 2015, o Brasil já assinou sete ACFIs com países em desenvolvimento: Moçambique, Angola, México, Malauí, Colômbia, Chile e Peru.