toxilogia Flashcards
Além disso, vale destacar que a toxicologia se apoia em três elementos básicos:
a) o agente químico (AQ) capaz de produzir um efeito;
b) o sistema biológico (SB) com o qual o AQ irá interagir para produzir o efeito; e
c) o efeito resultante (EF) que poderá ser adverso (ou tóxico) para o SB
a) Perigo:
pode ser qualquer coisa potencialmente causadora de danos, sejam materiais, equipamentos,
métodos ou práticas de trabalho.
b) Risco:
é a possibilidade, elevada ou reduzida, de alguém sofrer danos provocados pelo perigo.
Risco =
Toxicidade x Exposição
Nessa perspectiva, a Agência Europeia define a avaliação de risco
como sendo o processo que mede os
riscos para a segurança e a saúde dos trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho.
Por sua vez, o IPCS (2004) estabelece as seguintes definições para esses termos
a) Perigo (hazard): propriedade inerente de um agente ter o potencial de causar efeitos adversos
quando um organismo, sistema ou (sub)população é exposta a este agente
b) Risco (risk): probabilidade de um efeito adverso ser causado a um organismo, sistema ou
(sub)população sob circunstâncias de exposição a este agente.
Por sua vez, a Norma Regulamentadora n.° 01 (NR 01), traz as seguintes definições correlatas:
a) Perigo ou fator de risco ocupacional / Perigo ou fonte de risco ocupacional: fonte com o potencial
de causar lesões ou agravos à saúde. Elemento que isoladamente ou em combinação com outros tem
o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou agravos à saúde.
b) Risco ocupacional: combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por
um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade
dessa lesão ou agravo à saúde.
Nesse contexto, considera-se toxicidade
o potencial de um determinado agente em promover dano quando
interage com determinado organismo, popularmente conhecido como perigo. Quanto mais baixas as doses
que podem causar danos adversos, maior a toxicidade de uma substância (quanto menor o limite de
tolerância ou limite de exposição, maior a toxicidade).
Em outra análise, associa-se a toxicidade
a característica de uma molécula química ou composto em produzir
uma doença, uma vez que alcança um ponto suscetível dentro ou na superfície do corpo
Em resumo, os fatores que influenciam na toxicidade de um agente químico são a:
- frequência de exposição ao agente;
- duração da exposição;
- via de introdução (via de entrada) da substância no organismo
A frequência de exposição1 que pode causar danos aos seres humanos é determinada com base em
observações ambientais ou ocupacionais. São definidas três categorias, não havendo fronteira precisa entre
elas, tais sejam:
a) exposição aguda: são exposição em que o indivíduo ficou por um período relativamente curto com o
toxicante (no máximo 24 horas)ou ainda quanto teve um único episódio ou exposição em curto
espaço de tempo;
b) exposição subcrônica: são exposições nas quais o indivíduo ficou exposto a repetidas doses por
períodos entre 21 e 90 dias (altores também falam em 1 mês), ou ainda exposições repetidas por
algumas semanas ou poucos meses;
c) exposição crônica: são situações em o indivíduo permanece por longos períodos (superior a 10% do
seu tempo de vida) em contato com o agente tóxico, essa exposição pode durar meses ou anos.
Geralmente isso ocorre no ambiente de trabalho. Mas podemos ter exposições crônicas fora do
ambiente laboral, um exemplo são as exposições crônicas oriundas da poluição atmosférica.
a) exposição aguda
são exposição em que o indivíduo ficou por um período relativamente curto com o
toxicante (no máximo 24 horas) ou ainda quanto teve um único episódio ou exposição em curto
espaço de tempo;
b) exposição subcrônica:
são exposições nas quais o indivíduo ficou exposto a repetidas doses por
períodos entre 21 e 90 dias (altores também falam em 1 mês), ou ainda exposições repetidas por
algumas semanas ou poucos meses;
c) exposição crônica:
são situações em o indivíduo permanece por longos períodos (superior a 10% do
seu tempo de vida) em contato com o agente tóxico, essa exposição pode durar meses ou anos.
Geralmente isso ocorre no ambiente de trabalho. Mas podemos ter exposições crônicas fora do
ambiente laboral, um exemplo são as exposições crônicas oriundas da poluição atmosférica.
Considera-se agente tóxico ou toxicante (veneno)2
como a entidade química capaz de causar dano a um
organismo afetando seriamente uma função ou causando a morte. Este conceito está ligado às
características qualitativas e quantitativas da substância química.
Em geral, as exposições ocupacionais que causam doenças nos trabalhadores são
as crônicas
intoxicação
Por sua vez, a manifestação, clínica e/ou laboratorial, dos efeitos nocivos causados por substâncias
químicas é chamada intoxicação, sendo caracterizada por um desequilíbrio da fisiologia consequente das
alterações bioquímicas causadas pela substância
toxicidade,
Já a capacidade inerente de uma substância química provocar danos aos sistemas biológicos é conhecida
por toxicidade, que expressa a noção de perigo de uma substância.
Os efeitos nocivos (ou tóxicos)
são muito amplos, podendo variar de uma leve irritação dos olhos até o
câncer ou uma mutação, no entanto, pode ser difícil estabelecer o que é nocivo, ou seja, quando um efeito
biológico passa a ser nocivo
A National Academy of Sciences defende que um efeito passa a ser nocivo quando:
a) ao ser gerado em uma exposição prolongada, resulta em transtornos da capacidade funcional e/ou
da capacidade do organismo em compensar nova sobrecarga;
b) diminui perceptivelmente a capacidade do organismo de manter sua homeostasia, quer sejam efeitos
reversíveis ou irreversíveis;
c) aumenta a susceptibilidade aos efeitos nocivos de outros fatores ambientais, que podem ser
químicos, físicos, biológicos ou sociais.
A toxicidade pode ser
imediata ou retardada.
retardada quando
os
efeitos tóxicos ocorrem após o decurso de algum tempo (crônico).
. Será imediata quando
após uma única exposição ao agente
tóxico (exposição aguda), o indivíduo desenvolve rapidamente as reações
A avaliação da toxicidade
consiste em um conceito amplo com vistas a caracterizar de forma qualitativa e
quantitativa o potencial perigo que determinado agente representa quando o trabalhador entra em contato com ele. Isso se reflete em risco, que corresponde à probabilidade de uma substância promover dano
dentro de certas características de exposição.
Segundo o Conselho Nacional de Saúde Brasileiro CNSB, há cinco tipos de ensaios de toxicidade
aguda, subaguda,
crônica, teratogênica e embriotoxicidade –, além de estudos especiais.
aguda, subaguda,
crônica, teratogênica e embriotoxicidade –, além de estudos especiais.
quando os efeitos adversos ocorrem logo após uma única exposição ou
múltiplas no período de 24 horas, e os efeitos tóxicos surgem imediatamente ou no decorrer de, no
máximo, duas semanas.
A toxicidade aguda entre as diferentes substâncias químicas é determinada pelo parâmetro Dose Letal 50
(DL50 – dose letal para 50% da população exposta), quando a substância é administrada por via oral ou
injetada. Para gases ou vapores inalados, é usada a Concentração Letal 50 (CL50 – concentração letal para
50% da população exposta). Os dois parâmetros são obtidos experimentalmente em animais de laboratório,
em geral em ratos, camundongos, cobaias, coelhos entre outros.
a) Dose letal 50 (DL50): é a dose que levou à morte metade (50%) da população de animais
de laboratório submetida à administração daquela dose. A administração pode ser por
diferentes vias: oral, intravenosa ou outras (intraperitoneal, subcutânea, dérmica). Os
dados obtidos são extrapolados com reservas para os seres humanos, mas podem dar uma
ideia do perigo imediato de uma substância química. Os resultados são apresentados em
miligramas ou gramas por quilogramas de peso (mg/Kg ou g/Kg) e variam de acordo com
a espécie, a idade, o sexo do animal e a via de introdução.
b) Concentração Letal 50 (CL50): Tem o mesmo conceito de DL50, mas é definido para a
concentração média da substância no ar ambiente inaladas por animais de laboratórios,
variando de acordo com a espécie do animal e o tempo de exposição. É semelhante à
exposição ocupacional no que diz respeito à via de introdução no organismo, pois se refere
à contaminação no ar inalado. Os resultados são apresentados em massa por volume de
ar: miligramas por litro de ar (mg/L ou mg.L-1
), ou miligramas por metro cúbico (mg/m3 ou
mg.m-3
), ou ainda em partes por milhão (ppm). Esta última forma de expressão é mais
utilizada para contaminantes em forma de vapor ou gás, e a forma mg/m3
, para material
particulado (sólido ou líquido).
A toxicidade aguda entre as diferentes substâncias químicas é determinada
pelo parâmetro Dose Letal 50
(DL50 – dose letal para 50% da população exposta), quando a substância é administrada por via oral ou
injetada. Para gases ou vapores inalados, é usada a Concentração Letal 50 (CL50 – concentração letal para
50% da população exposta). Os dois parâmetros são obtidos experimentalmente em animais de laboratório,
em geral em ratos, camundongos, cobaias, coelhos entre outros