epidemiologia Flashcards
É a ciência que estuda o processo
saúde-doença em coletividades humanas,
analisando a distribuição dos fatores determinantes das doenças, agravos e
eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas de prevenção, controle
ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores (informações) que sirvam
de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações.
Da definição proposta na obre de Mendes (2013), importante destacar alguns termos (grifados):
-
distribuição: refere-se à análise segundo tempo, lugar e classes ou subgrupos de pessoas afetadas
em uma população ou sociedade; -
determinantes: são todos os fatores de risco (físicos, químicos, biológicos, sociais, culturais,
econômicos etc.) que influenciam a saúde; e -
estados e eventos de saúde: incluem doenças, causas de mortes, comportamentos, reações e
programas preventivos e reações eles, provisão e uso de serviços de saúde;
* populações especificadas: são aquelas com características comuns identificáveis.
distribuição:
refere-se à análise segundo tempo, lugar e classes ou subgrupos de pessoas afetadas
em uma população ou sociedade;
determinantes:
são todos os fatores de risco (físicos, químicos, biológicos, sociais, culturais,
econômicos etc.) que influenciam a saúde; e
estados e eventos de saúde:
incluem doenças, causas de mortes, comportamentos, reações e
programas preventivos e reações eles, provisão e uso de serviços de saúde;
populações especificadas:
: são aquelas com características comuns identificáveis
Pois bem, agora vejamos alguns exemplos mais genéricos de aplicação da epidemiologia
- descrever as condições de saúde da população;
- investigar os fatores determinantes da situação de saúde;
- avaliar o impacto das ações para alterar a situação de saúde.
O risco é também conhecido como incidência cumulativa e mede a
probabilidade de uma população
desenvolver uma doença em um período de tempo específico
risco
n acometidos / população x 100
De uma forma mais resumida, a incidência
diz respeito à
ocorrência de casos novos relacionados a uma unidade de intervalo de tempo.
Fatores que AUMENTAM a prevalência
Maior duração da doença
Aumento da sobrevida do indivíduo sem a cura
efetiva.
Imigração (entrada) de pessoas com doença no
estudo.
Emigração (saída) de pessoas sadias (sem doença)
do estudo.
Melhoria dos recursos diagnósticos.
Aperfeiçoamento dos sistemas de registr
Fatores que DIMINUEM a prevalência
Manor duração da doença.
Maior letalidade da doença
Imigração (chegada) de pessoas sadias.
Emigração (saída) de pessoas com a doença
Por sua vez, o coeficiente de morbidade é
um número que expressa a quantidade de indivíduos acometidos
por uma doença num intervalo de tempo. É o indicador quantitativo da morbidade, podendo ser expresso
por:
𝑵° 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔 𝒅𝒂 𝒅𝒐𝒆𝒏ç𝒂 //
𝑷𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐
× 𝟏0n
O coeficiente de morbidade pode ser subdividido
em coeficiente de incidência e coeficiente de
prevalência.
Em um estudo transversal
as informações são coletadas de cada indivíduo em um ponto no tempo. A
principal medida de frequência de um evento neste estudo é a prevalência e, assim, os estudos transversais
são também conhecidos como estudos de prevalência e podem ser descritivos ou analíticos:
estudo transversal pode ser:
- Os estudos transversais descritivos são usados para a coleta, em um ponto no tempo, de
informações sobre a frequência e distribuição de variáveis relacionadas ao processo saúde-doença
na população em estudo. - Os estudos transversais analíticos são realizados para investigar a associação entre exposições
(fatores de risco) e efeito (doença ou outra condição) em estudo.
Por sua vez, estudos nos quais grupos de pessoas são seguidos no tempo denominam-se
estudos de
seguimento ou estudos longitudinais e podem incluir uma intervenção, como o ensaio clínico, ou não, como
o estudo de coorte. Neste último, os indivíduos participantes não sofrem nenhuma intervenção, apenas são
observados (daí o nome “observacional”) no decorrer do tempo.
Assim, em relação às doenças relacionadas ao trabalho, os estudos longitudinais têm como principal
característica
o fato de comparar a ocorrência do efeito do agravo à saúde em dois grupos distintos em um
grande espaço de tempo, ou seja, compara-se a prevalência da doença entre os dois grupos, durante um
intervalo de tempo adequado.
A característica dos estudos transversais analíticos que os distingue dos estudos longitudinais é que a
informação sobre os possíveis fatores de risco e sobre os efeitos são obtidas simultaneamente
Ao contrário,
nos estudos longitudinais, o estudo começa a partir de um grupo de indivíduos que são conhecidamente
expostos ou não-expostos aos potenciais fatores de risco e este “coorte” de indivíduos é acompanhada no
tempo para verificar em cada indivíduo se houve ou não o aparecimento dos efeitos de interesse.
Os estudos transversais são aqueles nos quais a
exposição e o desfecho são determinados simultaneamente,
como uma fotografia em um ponto no tempo, o resultado do estudo será a prevalência da doença/agravo,
por isso, são conhecidos como estudos de prevalência. Não existe análise de causalidade, mas fornece dados
rápidos e que ajudam a avaliar as necessidades de saúde da população estudada.
A única diferença para o estudo ecológico é que irá comparar as diferentes áreas geográficas em momentos
distintos no tempo, tornando-se um estudo longitudinal. Por exemplo,
observar a incidência de COVID-19
no Brasil e comparar com a China em janeiro de 2020, janeiro de 2021 e janeiro de 2022. Cada momento
deste, seria um estudo ecológico diferente.
Este tipo de estudo utiliza indicadores de saúde e os compara com indicadores gerais. Por exemplo
qual a
incidência de carcinoma de pulmão e a média de consumo de tabaco e comparar esses indicadores em duas
populações situadas em áreas geográficas diferentes.
exemplo estudo transversal
Por exemplo, em determinada população foi selecionada uma amostra para avaliar quantas pessoas têm
hipertensão arterial entre expostos e não expostos ao ruído. Este estudo consegue fornecer prevalência, mas
não consegue determinar o risco (incidência) do ruído em causar hipertensão, pois tanto a exposição quanto
a doença estão sendo analisadas no mesmo momento.
Além disso, é um estudo sujeito aos
estudo transversal
vieses de seleção, pois há um maior risco da amostra coletada não
representar a população estudada