higiene ocupacional Flashcards
Riscos
ocupacionais
1 riscos
ambientais
1.1 físicos
1.2 químicos
1.3 biológicos
2 riscos
mecânicos ou
de acidentes
3 riscos
ergonômicos
Organização Internacional
do Trabalho – OIT
Higiene ocupacional é a ciência que trata da antecipação, reconhecimento,
avaliação, prevenção e controle dos riscos originados nos locais de
trabalho e que podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores,
também levando em consideração o possível impacto nas comunidades
vizinhas e no meio ambiente em geral
A etapa de antecipação de riscos
envolve a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos
de trabalho, ou de modificações dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir
medidas de proteção para sua redução ou eliminação. Um exemplo clássico da etapa de antecipação
(identificação de riscos) é a elaboração do inventário de riscos
Tanto a etapa de antecipação quanto a de reconhecimento é realizada através
de
técnicas de avaliação qualitativa.
Nessa etapa também serão obtidas as informações necessárias para determinar as prioridades de
monitoramento e controle ambiental, com a interpretação dos resultados das medições representativas das
exposições, de forma a subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
avaliação
O processo de avaliação é preferencialmente quantitativo, entretanto, há previsão de
avaliações qualitativas para alguns agentes ambientais.
Não obstante, deve ficar claro
que a avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessário para
comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados de maneira
qualitativa.
de
técnicas de avaliação qualitativa.
consiste no processo de avaliar e dimensionar (no caso de avaliação
quantitativa) a exposição dos trabalhadores e a magnitude dos fatores ambientais. O objetivo central é a
coleta de dados e a quantificação dos riscos. Existem diversas metodologias ou técnica para avaliar os riscos
ocupacionais. Por exemplo, verificar os possíveis danos provocados à saúde dos trabalhadores, através dos
registros de exames ocupacionais, é uma técnica de avaliação de riscos. Em verdade, qualquer metodologia
aplicada para determinação da criticidade do risco integra a etapa de avaliação de riscos
Na etapa de reconhecimento de riscos
deve-se identificar os diversos fatores ambientais relacionados aos
processos de trabalho, suas características intrínsecas (etapas, subprodutos, rejeitos, produtos finais,
insumos) e compreender a natureza e extensão de seus efeitos no organismo dos trabalhadores e/ou meio
ambiente.
Por fim, a etapa de controle de riscos
última fase da higiene ocupacional, consiste em selecionar meios,
medidas e ações (procedimentos de trabalho) para eliminar, neutralizar, controlar ou reduzir, a um nível
aceitável, os riscos ambientais, a fim de atenuar os seus efeitos a valores compatíveis com a preservação
da saúde, do bem-estar e do conforto.
c) para às Vibrações de Mãos e Braços - VMB
um valor de aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) de 2,5 m/s², e para às Vibrações de Corpo Inteiro - VCI, um valor da aceleração
resultante de exposição normalizada (aren) de 0,5 m/s², ou o valor da dose de vibração resultante
(VDVR) de 9,1 m/s1,75
Para embasar as medidas de controle dos riscos, a higiene ocupacional leva em consideração alguns fatores
determinantes da exposição
a) Características físico-químicas (agentes químicos) ou natureza (agentes físicos): o conhecimento
das características específicas de cada agente é fundamental na definição de seu potencial de
agressividade e, inclusive, na proposição de medidas técnicas para a sua neutralização. Cada agente
ambiental tem características e efeitos específicos de acordo com sua natureza;
b) Concentração (agentes químicos e biológicos) ou intensidade máxima (agentes físicos): quanto
maior a concentração ou intensidade dos agentes agressivos presentes no ambiente de trabalho,
maior será a probabilidade de efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores. A concentração dos agentes
químicos ou a intensidade dos agentes físicos devem ser avaliadas mediante amostragens
representativas nos locais de trabalho;
c) Tempo de exposição: quanto maior o tempo de exposição, maiores serão as possibilidades de
desencadeamento de doenças ocupacionais no trabalhador exposto;
d) Sinergismo: na maioria das situações reais de trabalho, existe exposição simultânea a mais de um
agente, originando exposições combinadas e interações de tais agentes. As consequências para a
saúde quando da exposição a um único agente podem diferir consideravelmente das consequências
da exposição a este mesmo agente em combinação com outros, particularmente se houver
sinergismo ou potenciação dos efeitos. Por exemplo, a exposição às vibrações em ambientes frios,
como ocorre no caso de corte de carnes em frigoríficos, potencializa a probabilidade de ocorrência
de Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho - DORT;
e) Suscetibilidade Individual: a complexidade e a variabilidade do comportamento do organismo
humano fazem com que a resposta à exposição a um dado agente ambiental possa variar de indivíduo
para indivíduo. Nesse contexto, a suscetibilidade individual é um fator importante, e os Limites de
Tolerância - LT não devem ser considerados como 100% seguros. Os controles fixados a 50% dos
limites de tolerância (os Níveis de Ação - NA) devem ser prioritários
princípios de avaliação de riscos
a) abordagem dos locais e das condições de trabalho:
b) determinação da amostra (amostragem):
c) definição de Grupos de Exposição Similar - GES
d) definição do período de amostragem
e) avaliação da exposição ocupacional:
f) monitoramento periódico da exposição:
g) monitoração biológica:
b) para o ruído
a metade da dose, ou seja, a dose de 0,5 (dose superior a 50%);
Limite de Tolerância - LT
Concentração ou intensidade máxima ou
mínima relacionada com a natureza e o
tempo de exposição ao agente, que não
causará danos à saúde do trabalhador
durante sua vida laboral
princípios básicos da prevenção e controle de riscos,
Princípio da
não geração
do risco
Princípio da
redução do
risco na fonte
Princípio da
retenção do
risco na fonte
Princípio da
organização
do trabalho
Princípio da
proteção
individual
a) para agentes químicos
a metade dos limites de exposição ocupacional previstos na NR 15 ou, na
ausência destes, os valores adotados pela ACGIH
1.2.6 Hierarquia das medidas de controle
Geração do fator de risco
na fonte
Propagação
Condições de exposição
do trabalhador
01 (SELECON / PREF. SÃO GPNÇALO-SP / 2022) Para a substância química álcool metílico, que possui Limite
de Tolerância de 156 ppm (NR 15, Anexo 11, Quadro N.° 1), o Nível de Ação estabelecido legalmente, a
partir do qual as ações preventivas devem ser iniciadas, é de:
(A) 39 ppm (B) 78 ppm (C) 117 ppm (D) 156 ppm
Comentários: como vimos, “de acordo com a NR 09, deverão ser objeto de controle sistemático as situações
que apresentem exposição ocupacional acima dos Níveis de Ação:
b
02 (AMEOSC / PREF. SANTA HELENA-SC / 2022) Em relação aos riscos ambientais existentes nos ambientes
de trabalho que são capazes de causar danos à saúde do trabalhador, analise as afirmativas abaixo:
I. O ruído é consiste em um som capaz de causar uma sensação indesejável e desagradável para o trabalhador,
quando acima da intensidade, conforme legislação específica, podem causar inúmeros danos à saúde do
trabalhador. É considerado risco do tipo físico.
II. Os agentes biológicos são substâncias compostas ou produtos que podem penetrar no organismo humano
pela via respiratória ou que pela natureza da atividade de exposição possam ter contato ou ser absorvidos
pelo organismo humano através da pele ou por ingestão.
III. Os agentes químicos são microrganismos presentes no ambiente de trabalho que podem penetrar no
organismo humano pelas vias respiratórias através da pele ou por ingestão.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) CORRETA(S)?
(A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I, II e III. (D) I e III, apenas.
a
Por sua vez, o ruído
é uma interpretação subjetiva e desagradável do som. Na higiene ocupacional
costuma-se denominar barulho ou ruído todo som que seja indesejável, errático. Para a OIT (Art. 3º da
Convenção n.º 148), o termo “ruído” compreende qualquer som que possa provocar uma perda de audição
ou ser nocivo à saúde ou contenha qualquer outro tipo de perigo.
Em resumo, o som
é uma
sensação auditiva provocada por variações de pressão geradas por uma fonte de vibração. Trata-se de um
movimento ondulatório caracterizado por uma intensidade, uma frequência e uma velocidade de
propagação.
As ondas sonoras são produzidas
por deformações provocadas pela diferença de pressão em um meio
elástico:sólido, líquido ou gasoso, sendo imprescindível a existência deste meio para sua propagação. Assim,
frise-se que, por ser uma onda mecânica, o som não se propaga no vácuo.
Adicionalmente, destaque-se que são ainda reconhecidas como possíveis
consequências da exposição ocupacional ao ruído consequências:
fisiológicas: distúrbios gastrointestinais e perturbações do sistema nervoso central.
* Psicológicas: alteração do equilíbrio psicológico, irritabilidade em pessoas tensas e agravamento de
estados de angústia em pessoas depressivas.
03 (CEPUERJ / UERJ / 2021) O agente físico é qualquer forma de energia que, em função de sua natureza,
intensidade e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Um exemplo desse tipo
de agente é:
(A) radiações não ionizantes
(B) névoas de ácido sulfúrico
(C) fungo Coccidioides immitis
(D) poeira mineral contendo sílica cristalina
a
b) Nível de pressão sonora:
db
a) Frequência:
número de vibrações por unidade de tempo
(1ciclo/segundo = 1HZ
Deve situar-se entre 20 e 20.000 Hz
O máximo incremento possível na escala logarítmica de soma de nível de pressão
sonora é de
3 dB(A), e ocorre quando os equipamentos emitem o mesmo nível de
pressão sonora, ou seja, quando a diferença é zero. Assim, se temos duas máquinas que
emitem 100 dB(A) cada uma, o nível resultante será L = 100 + 3 = 103 dB(A).
Imagine que uma empresa adquira dois equipamentos para seu processo produtivo, uma politriz e uma
lixadeira. Segundo os manuais dos respectivos fabricantes, a politriz emite 95 dB de ruído e a lixadeira 100
dB. No caso de esses equipamentos serem ligados lado a lado, qual será o nível de pressão sonora próximo
a eles?
Primeiramente, devemos determinar a diferença linear entre os dois níveis de pressão sonora a serem
somados, que é 100 - 95 = 5 dB. Essa diferença deve ser identificada no eixo horizontal do gráfico, traçandose uma linha vertical para cima até “tocar” a curva logarítmica (linha vermelha vertical).
Em seguida, traça-se uma linha horizontal até o eixo vertical esquerdo (linha vermelha horizontal), que define
o nível de pressão sonora, em dB(A), a ser adicionado ao maior valor entre os níveis somados. Assim,
obtemos o seguinte nível resultante L = 100 + 1,2 = 101,2 dB(A). Simples, não é?
05 (INSTITUTO AOPC / ITEP / 2021) Um engenheiro de segurança do trabalho foi questionado sobre qual
produto saneante deveria ser adquirido para uso nas atividades do ITEP. Após consulta nas FISPQs dos
produtos, o engenheiro escolheu o produto com menor toxicidade. Considerando os objetivos da Higiene
Ocupacional, é correto afirmar que foi aplicada a etapa de
d
Intermitente
Quando a variação do nível de pressão sonora varia até 3 dB
em períodos inferiores a 15 minutos e superiores a 0,2
segundo.
A Curva “A” aproxima-se das curvas de igual audibilidade humana para baixos níveis de pressão sonora.
Por
isso, a Portaria MTE n.º 3.214/1978 (NRs) adotou a curva de compensação “A” para mensurar ruído contínuo
e intermitente
Contínuo
Quando a variação do nível de pressão sonora atinge 3 dB
durante um período superior a 15 minutos.
Curva “C”
elevado
Controle do
risco na
fonte
ruído
Eliminação da fonte;
* Seleção de máquinas ou equipamentos menos ruidosos;
- Manutenção: elaboração de planos de manutenção preventiva e corretiva como por
exemplo, balanceamento periódico de máquinas rotativas e lubrificação de
rolamentos; - Modificação das fontes geradoras: Instalação de silenciadores em sistemas de ar
comprimido, compressores, bicos de saída de ar, válvulas pneumáticas, condutores
de sistemas de ventilação etc.; utilização de bases rígidas na montagem de máquinas
e equipamentos para redução da vibração (isolamento de máquina), ou de sistemas
de amortecimento para reduzir a transmissão da vibração;
A Curva “B”
médio