TIREOIDE Flashcards
Qual a diferença do hipertireoidismo primário para o secundário?
Hiper primário: fonte do problema é a glândula tireoide
Hiper secundário: fonte do problema é a hipófise ou hipotálamo
Diferença entre tireotoxicose de hipertireoidismo:
Tireotoxicose: estado excesso de hormônios que pode ser derivado do hipertireoidismo, tireotoxicose factícia e tireoidites
Hipertireoidismo: hiperfunção da glândula tireoide que aumenta a produção e liberação hormonal
Manifestações gerais de tireotoxicose:
1 - Perda ponderal
2- Pele quente e úmida
3 - Tremores: finos e sustentados - evidenciado na extensão das extremidades superiores
4 - Cardiovascular: Taquicardia sinusal, FA, pressão de pulso alargada
Outros: insônia, agitação, labilidade emocional, agressividade, intolerância ao calor, oligo/amenorreia
Manifestações específicas de DG:
1 - Bócio: difuso e simétrico
2 - Oftalmopatia: antes, durante e depois o hiper- curso clínico independe do hiper - 90% é bilateral
3 - Mixedema pré-tibial - acúmulo de glicosaminoglicanos - pele espessa, cor violácea com aspecto de casca de laranja
4 - Baqueteamento digital (acropatia)
Diagnóstico laboratorial da DG:
Função tireoidiana: TSH suprimido e T4L elevado
TRAb (anticorpos antirreceptor de TSH):
• Recomendada na avaliação diagnóstico inicial
• Boa especificidade (98,3 a 99,2%) e sensibilidade (97,1 a 97,4%)
• TRAb ≥ 12 U/L - chance de remissão com antitireoidianos é baixa
Exames de imagem no hipertireoidismo na DG:
USG: simples, mais barata, sem radiação ionizante
• Diferencia: DG x tireotoxicose induzida pela destruição folicular
Cintilografia: Realizar se detectar nódulos na USG
• Diferenciar: nódulos quentes x nódulos frios
• DG a captação será difusa
Pontos importantes sobre tionamidas na DG:
1 - Fármacos: Metimazol e Propiltiouracil (gestantes)
2 - Mecanismo: inibição da síntese T4 e T3 na células foliculares ao inibir a peroxidase tireoidiana - interfere na organificação e acoplamento
3 - Doses (Metimazol)
• Iniciais: depende do aumento T4L (1-1,5 LSN: 5-10 mg; 1,5-2 LSN: 10-20; 2 a 3: 30-40 mg) - tomada única
• Manutenção usual: 5-10 mg/dia
4 - Duração de 12 a 18 meses (adultos)
5 - Recidivas são frequentes - ocorre mais no primeiro ano pós-remissão
6 - Efeitos colaterais: mais comuns: prurido, erupção cutânea, febre e artralgias
Pontos importantes sobre os BB na DG:
1 - Alvo: idosos com sintomas de tireotoxicose, FC > 90 ou DCV coexistente
2 - Função: controle sintomático em fases iniciais da doença até que as tionamidas façam efeito pleno (10 a 15 dias)
3 - Posologia: propranolol 40-120 mg/dia em 2-3 doses por 3 a 4 semanas
4 - Alternativa ao BB –> BCC (diltiazem ou verapamil)
Pontos sobre tratamento com radioiodo na DG:
1 - Controla o hiper tornando o paciente hipo - mais seguro o uso crônico de levotiroxina do que de drogas antitireoidianas
2 - Pode precipitar ou exacerbar a doença ocular tireoidiana
3 - Contraindicações: gravidez ou amamentação; não deve ser utilizada em quem planeja ter filho nos próximo 4-6 meses
4 - LT4: introduzida de imediato na evidência laboratorial de hipotireoidismo
Pontos sobre a tireoidectomia na DG:
1 - Situações de indicações:
• Bócios muito volumosos (> 150 g)
• Sintomas compressivos ou nódulos suspeito na PAAF
• Opção do paciente
2 - tireoidectomia total é a preferencial:
• Quase 100% de cura
• Quase 0% de risco de recidiva
3 - Vantagens: normalização rápida de T3 e T4 e efetividade em tratar sintomas compressivos
4 - Desvantagens: custo, risco anestésico, complicações da cirurgia (hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, lesão do nervo recorrente laríngeo)
Sintomas do BMT:
1 - Sintomas gerais de tireotoxicose
2 - oftalmopatia quase nunca presente - pensar em associação DG
3 - Sinal de Pemberton (bócio mergulhante)
3 - Bócio pode ficar grande –> efeitos compressivos
Exames para diagnóstico BMT e AT:
1 - Função tireoidiana; TSH suprimido e T4L elevado
2 - Cintilografia: presença de nódulo quente (hipercaptante) com supressão parcial ou total do resto da tireoide
3 - USG: avalia anatomia; número, o tamanho e a ecogenicidade dos nódulos
Tratamento definitivos do BMT e AT:
1 - Radioiodo
2 - Cirurgia
• BMT: tireoidectomia total ou quase total
• AT: lobectomia ipsilateral com ou sem istmectomia
Etiologia do hipotireoidismo primário e central?
1 - hipo primário
• Autoimune: tireoidite de Hashimoto – causa mais comum em países com suficiência de iodo – presença de anti-TPO
• Nutricional: carência de iodo – causa mais comum em áreas com insuficiência de iodo (< 100 mcg/dia)
• Iatrogênica: radioablação, tireoidectomia – 2ª causa mais comum em países com suficiência de iodo
• Congênito: disgenesia da glândula
2 - hipo central
• Hipopituitarismo: tumores, cirurgia, congênito, trauma
• Doenças hipotalâmicas: tumores, trauma
Classificação de hipotireoidismo?
- Primário: falência tireoidiana – > 90% dos casos – mais comum > 65 anos
- Secundário: falência hipofisária – deficiência de TSH
- Terciário: deficiência hipotalâmica de TRH
- Secundário e terciária – chamadas de hipotireoidismo central
Sinais e sintomas do hipotireoidismo?
1 - Alterações metabólicas: • Dislipidemia: aumenta LDL-c associado ou não com TG 2- Alterações neuropsiquiátricas • Fala lenta ou arrastada • Hiporreflexia profunda 3 - Alteração de pele e fâneros • Peles seca, descamativa e áspera • Cabelos secos e quebradiços • Queda de cabelo • Unha frágil • Edema peripalpebral (comum, porém inespecífico) 4 - Alterações cardiovasculares • Bradicardia • Redução do DC • Baixa voltagem do QRS 5 - Alterações reprodutivas • SF: irregularidades menstruais - oligo/amenorreia; anovulação e infertilidade • SM: redução da libido, disfunção erétil e oligospermia
Pontos sobre o tratamento com levotiroxina:
1 - Meia vida: 7 dias
2 - Administração em dose única diária e 30 a 60 minutos antes do desjejum pela manhã
3 - Dose adultos (16-65 anos): 1,6 a 1,8 μg/kg de peso
4 - Resposta inicial avaliada após 6 semanas, posteriormente: 6 a 12 meses
5 - Metas TSH:
• 1 a 2,5 - pacientes < 60 anos (metade inferior do VR)
• 3 a 4 - entre 60 e 70 anos
• 4 a 6 > 70 anos
6 - TSH elevado –> elevar a dose em 12,5 a 25 μg/dia
7 - Supressão do TSH –> redução da dose
8 - Gravidez deve-se elevar a dose - incremento de 20 a 50% (ou mais)
Diagnóstico e indicações de tratamento do hipotireoidismo subclínico:
1 - Diagnóstico: • TSH aumentado e T4L normal • Dosar T3 ou T3L é desnecessária 2 - Indicações absolutas: • TSH ≥ 10 mU/L • Gravidez ou intenção de gravidar 3 - Fatores para indicação relativa: • Idade ≥ 65 com TSH < 10 mU/L - avaliação individual, mas tende a não se tratar • Presença de sintomas • Risco cardiovascular alto • Presença de DCV • Maior risco de progressão para hipoF: sexo feminino, aumento progressivo do TSH e anticorpos antitireoidianos positivos
Diagnóstico e indicações de tratamento do hipertireoidismo subclínico:
1 - Diagnóstico:
• TSH baixo ou suprimido e T4L normal
• Dosar T3 é necessária para excluir tireotoxicose por T3
2- Indicações do tratamento
• ≥ 65 anos deve realizar o tratamento
• < 65 anos + sintomatologia; pós-menopausa sem TH; osteopenia/osteoporose; risco cardiovascular e/ou presença de DCV - avaliar tratar
• < 65 anos sem comorbidades: TSH < 0,1 (considerar tratar); TSH entre 0,1-0,44 (observar)