SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Flashcards
4 mecanismo da fisiopatologia da SOP
1 - Disfunção neuroendócrina
2 - Resistência à insulina
3 - Hiperandrogenismo
4 - Disfunção da foliculogênese
Manifestações clínicas da SOP
Alterações gonadais:
1 - Anovulação com irregularidades menstruais
• 1ª ano pós-menarca: > 90 dias qualquer ciclo
• > 1 ano e < 3 anos pós-menarca: ciclos < 21 dias ou > 45 dias
• > 3 anos após menarca até perimenopausa: ciclos < 21 ou > 35 dias ou < 8 ciclos/ano
Alterações pelo hiperandrogenismo
1 - Hirsutismo: pelos terminais aumentados em regiões do sexo masculino
• Escala de Ferriman e Gallwey - quantificar o hirsutismo
2 - Alopecia: perda capilar + miniaturização dos pelos
• Padrão de Ludwig: expansão centrífuga da perda a partir da área central
• Padrão de Olsen: perda com acentuação da área frontal
3 - Acne: menos prevalente e específico
Anormalidade metabólicas
1 - Resistência à insulina ou DM2
2 - Dislipidemia
Critérios diagnóstico
• Critérios mais referenciado são os de acordo com o Consenso de Rotterdam - 2 dos 3 critérios:
1- Hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial
2- Oligo-ovulação ou anovulação
3 - Morfologia policística na USG
• Necessário excluir outras causas de hiperandrogenismo e/ou síndrome ovulatória
4 fenótipos da SOP baseado nos critérios do Consenso de Rotterdam?
• A: hiperandrogenismo + disfunção ovulatória + morfologia ovariana policística
• B: hiperandrogenismo + disfunção ovulatória
• C (ovulatório): hiperandrogenismo + morfologia ovariana policística
• D (normoandrogênico): disfunção ovulatória + morfologia ovariana policística
OBS: A e B são as formas clássicas
Qual é o padrão de instalação dos sintomas da SOP?
SOP: progressão lenta e sem sintomas virilizantes
Início súbito, rápida instalação e virilização: sugestivo de tumores
Exames laboratoriais que irão caracterizar hiperandrogenismo laboratorial?
TT, TL e DHEAS (Sulfato de desidroepiandrosterona)
1 - Testosterona total e livre
• TT > 200 ng/mL –> investigação complementar
• TL - mais sensível, porém menos padronizado
2 - DHEAS
• Averiguar produção suprarrenal (SDHEA)
• > 700 mcg/dL – sugestivo de neoplasia suprarrenal –> exame de imagem (RM ou TC)
Após caracterizar hiperandrogenismo laboratorial o que é feito?
1 - Diferenciar se há ou não sintomas de virilização
• Sim = exames de imagem da adrenal e ovário
• Não = dosar 17-OHP
Para que serve a dosagem da 17-OHP no contexto da investigação dignóstica SOP?
Diferenciar a NC-HAC da SOP, hirsutismo idiopático e hiperandrogenismo idiopático
1 - Dosagem basal:
• < 200 ng/dL - praticamente descarta NC-HAC
• > 500 ng/dL- sinaliza contra SOP
• Entre 200 a 500 ng/dL - zona cinza –> realizar estímulo com ACTH
2- Dosagem estimulada por ACTH
• > 1000 ng/dL - favor de NC-HAC
• < 1000 ng/dL - favor das outras etiologias
Achados ultrassonográficos da SOP:
Pelo menos 1 deve estar presente:
• 12 ou + folículos medida 2 a 9 mm
• Volume ovariano > 10 cm³
Feito via transvaginal
Tratamento não medicamentoso da SOP - MEV:
1 - Atividade física + alimentação saudável
2 - Melhora todos os aspectos da doença e por isso é recomendação universal
3 - Redução de 5-10% já é benéfico
4 - Cessar tabagismo
5 - Fatores psicológicos: ansiedade e sintomas depressivos, distúrbios da imagem corporal e transtornos alimentares
Tratamento da infertilidade:
1 - Questionar sobre a vontade de gestar
2 - usar drogas indutoras da ovulação:
• 1ª linha: letrozol (inibidor da aromatase)
• 2ª linha: citrato de clomifeno (modulador seletivo do receptor estrogênico)
• 3ª linha: metformina
3 - Gonadotrofina: caro, indisponível, necessário monitorização com US e possibilidade gravidez múltipla
4 - Drilling ovariano: microperfurações elétricas ou térmica nos cistos ovarianos a fim de reduzir o estroma que produz andrógenos - última linha
5 - Fertilização in vitro
Tratamento da disfunção menstrual:
1 - 1ª linha: educação, MEV e ACO
2 - Vantagens: regulam o ciclo, diminui o risco de carcinoma endometrial e melhora as manifestações clínicas
3 - Não há superioridade entre os ACO
4 - Indicados: progestógenos com mais baixa atividade androgênica, porém mais chance de TEV
5 - metformina pode ser usada como segundo linha na impossibilidade de usar ACO
Tratamento do hiperandrogenismo:
1 - Utilização de ACO - suprime produção de LH e diminui produção ovariana de andrógenos
2 - Hirsutismo: demora para apresentar resultados - turnover lento dos pelos
3 - Tratamento cosmético concomitante: descoloração dos pelos, remoção transitória (depilação) ou definitiva (eletrólise e eletrodepilação a laser)