TEP Flashcards

1
Q

definição de TEP

A

obstrução mecânica de Art pulmonar ou de seus ramos por trombo, ar, gordura ou processo neoplasico

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2
Q

Como classificar o TEP temporal e hemodinamicamente

A

Classificação hemodinâmica pode se apresentar
● a) instável: com hipotensão < 90 ou queda > 40 após 15min sem explicação por causas como IAM, hipovolemia, sepse
● b) estável: pressão limitrofe ou normal que responde a fluidos

Isso tem relevância do ponto de vista prognostico uma vez que processos com instabilidade tem maior risco de mortalidade nas primeiras 2h e permenece elevado nas 72h seguintes a identificação.

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3
Q

quais podem ser as localizações de impactação das obstruções na TEP

A

Tronco da artéria pulmonar ou mais distalmente nos seus segmentos tipicamente com os lobos inferiores e nos seus ramos subgementares, nesses casos se manifestando com dor pleurítica e hemoptise

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4
Q

quais pacientes com maiores riscos de TEP com fatores de risco mais comumente associados

A

●- Sd nefrótica
●- Desordens trombóticas (deficiência de proteína C ou S, fator V leiden, mutação do gene da protrombina, SAAF): jovens com TEV ou sem fator risco
●- Gravidez e puerperio
●- Imobilização prolongada >72h : em pacientes hospitalizados como AVC, TRM, cirurgias ortopédicas
●- Neoplasia
●- Antecedente TVP/TEP
●- Uso de Terapia de reposição hormonal, ACO

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5
Q

patogênese do TEP e as alterações fisiopatológicas causadas

A

quaisquer alterações na tríade de virchow (≥ 2) que levem a êmbolos dos sistema venoso dos MMII (especialmente veia proximal no território ileo-femoral) ao sistema da artéria pulmonar.

Êmbolos impactam em alguns dos ramos impondo aumento na resistência vascular pulmonar e alta pressão nessa artéria que dificulta a a ejeção de sangue pelo VD e empurra o septo IV em direção ao VE, o que além de já ter diminuído a Retorno venoso para coração esquerdo, causa diminuição DC e consequente hipotensão.

O aumento de tensão (da dilatação exagerada) da parede de VD também comprime ACD e desencadeia isquemia miocárdica de VD com elevação de troponina pelos microinfartos dessa câmara. A obstrução leva a um espaço morto anatômico (área bem ventilada mas mal perfundida) comprometendo as trocas gasosas. Há também isquemia de ácinos alveolares com liberação de mediadores inflamatórios (TxA2 e serotonina) que estimulam que levam a alteraçõa do surfactante que contribuem para atelectasia pulmonar alem de esses mediadores causarem vasoconstricção, aumentando aresistencia pulmoinar e broncoespasmo (Sibilos)

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6
Q

locais mais comuns de origem dos trombos que causam TEP

A

Veias iliaca, femoral e poplítea

(> 50% dos pacientes com TEP possuem evidencia de trombo nesse territórios, mas a TVP da panturrilha raramente emboliza e tendem a desaparecer espontaneamente. No entanto, se não for tratado, 1/3 das TVP na panturrilha se estendem para as veias proximais, onde elas têm maior potencial de embolização.

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7
Q

Principal característica dos sintomas TEP e quando suspeitar predominantemtne de TEP

A

sintomas CARDIOrespiratórios (choque, dispneia) REPENTINOS+ fatores de risco de embolia.

TAquipneia ou Dispneia são presentes em 91% dos pacientes

Deve-se suspeitar de tEP sempre que houver hipotensão acompanhada de elevação venosa central pressão não explicada por IAM, pneumotórax hipertensivo, tamponamento pericardico ou uma nova arritmia DIANTE DE AUSCULTA LIMPA e RX TORAX LIMPO

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8
Q

quais principais manifestações clinicas e achados ao exame em pacientes com TEP

A

Sintomas podem ser leves e pouco sugestivos dai a importância do alto grau de suspeição PODENDO EVOLUIR DE FOMRA SUBAGUDA. Os casos graves podem se apresentar já com :
●- Parada cardíaca ou choque circulatório
●- Dispneia em repouso e ao exercício (73%) porem pode ser menos comum em pacientes sem doença cardiopulmonar
●- Tosse (37 %)
●- Dor pleurítica (66%) e Hipoxemia pelo infarto pulmonar especialmente desproporcional aos achados de imagem
●- Sincope (11-17%):
especialmente qdo fator precipitante não está claro deve aumentar suspeita e isso se deve a alguma arritmia enquanto trombo viaja
●- Ortopneia
à medida que o infarto pulmonar evolui, os pacientes podem desenvolver dispnéia progressiva, hipoxemia
●-CHOQUE SEM CAUSA CLARA (aumentar suspeita qdo causa não está clara e RX normal embora se deva analisar anafilaxia tbm) ACOMPANHADA DE ELEVAÇÃO DA PVC (NÃO EXPLICADA POR IAM, PNEUMOTRAX OU TAMPONAMENTO)

  • Taquicardia (24%)
  • Taquipneia (54%)
  • Estase jugular (14%)
  • Elevação paraesternal
  • cianose
  • hemoptise (13%)
  • Edema/ dor/ inchaço em mmii (47%)
  • febre (simula PAC)
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9
Q

utilidade e evidencias dos exames laboratoriais e de imagem na TEP

A

AJUDAM A REFORÇAR A HIPÓTESE MAS NÃO CONFIRMAM

  1. Gasometria Arterial
    ( hipoxemia+ alcalose respiratória pela hiperventilação)
  2. ECG 75%-90% alterado
    ( Eixo desviado para direita, Padrão S1Q3T3 em D1 e D3 + Taquicardia sinusal, inversão T de V1 a V4, P PULMONALE, BRD )
  3. Rx tórax - maior utilidade para diagnostico diferencial com processo infeccioso (normal ou Derrame pleural ou Atelectasia, Sinais de Westermark, Hampton, Palla). Além disso, tanto a hipoxemia com Rx normal aumenta muito suspeita quando as alterações Westmark e hampton
  4. Ecocardiograma
    ( Disfunção de VD reforça diagnostico e relação prognostica, embora ECOTT seja pouco sensivel para pacientes estaveis ja que anormalidades que buscaria são pouco frequentes)
  5. ↑ BNP, troponina (marcadores de lesão miocárdica ventricular) e D-dímero (VPN)
  6. Leucocitose, alto LDH, VHS, AST
    *Cr para avaliar possibilidade de contraste
    7, USG MMII: Embora não diagnostique, é suficiente para o diagnóstico de TVP para iniciar o tratamento.

*no entanto o padrão ECG só indica sobrecarga de câmara D

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10
Q

Corcova de Hampton

Sinal de Westermark

Sinal de Palla

A

Hipotransparência triangular periférica acima do diafragma (com ápice voltado para hilo devido a infarto pulmonar: dor pleurítica, tosse, hemoptise, febre com leucocitose)

Oligoemia (local mais transparente pela pouca vascularização em região de lobo pulmonar) localizada à radiografia de tórax.

Dilatação do ramo descendente da artéria pulmonar

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11
Q

importância do D-dímero

A

valor preditivo negativo: solicitado nos casos de baixa probabilidade (pontuação ≤4) pelo escore de Wells OU SEJA, ELE É UTIL QUANDO VEM NEGATIVO PQ SUA NEGATIVIDADE PRATICAMENTE DESCARTA TEP não tendo utilidade para pacientes com alta probabilidade > 4 no escore de Wells ou quando a probabilidade no escore triplo é de intermediaria-alta

↑ sensibilidade.
Baixa especificidade

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12
Q

marcadores prognósticos do TEP

A

grau sobrecarga VD = valores BNP e Tn

Tn normaliza com 2dias ao contrario do IAM

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13
Q

utilidade e importância da ecocardiograma na TEP

A

só visualiza trombos proximais na artéria pulmonar
mas ajuda a identificar para detectar condições que simulam TEP como IAM, Disseção aórtica, tamponamento cardíaco ou mesmo anormalidades ecocardiográficas ventriculares Direita indicativas de sobrecarga de tensão ou pressão que possam fornecer diagnóstico presuntivo:

● Aumento do tamanho do VD
●Função Ventricular D reduzida
●Regurgitação tricúspide
●Movimento anormal da parede septal 
  trombo de VD
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14
Q

TEP maçiço

A

●Hipotensão (choque obstrutivo PAS < 90 por mais de 15min sem causa clara da causa do choque) que não melhora com vasopressores ou volume

●IVD aguda

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15
Q

como se inica a abordagem inicial numa suspeita de TEP

A

conforme estabilidade hemodinâmica:

●-ESTAVEL:
acesso periférico, O2 (≥90%), aplicação escores +/- anticoagulação baseado na suspeição (Wells)
*ECOTT não acrescentaria aqui pois é pouco sensivel em pacientes estaveis e as anormalidades que buscamos costumam estar ausentes nessespctes)

●-INSTAVEL:
- (PAS < 90 ou queda > 40 na PAS ambos por > 15min)-
acesso para ressuscitação volêmica 500mL Sf0,9% por 15min seguidos terapia vasopressora (nora), caso a perfusão não consiga responder + O2 (≥90%), VM quando indicada
—- nestes casos, a presença de sinais indiretos por meio de USG doppler ou ECO TT de TVP ou de disfunção VD forneceriam um diagnostico presuntivo (já que o trombo é mais facilmente visto no ECO TE)

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16
Q

qual abordagem diante de paciente suspeito TEP hemodinamicamente estavel

A

Aplicação do escore de Wells para determinar probabilidade pre-teste

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17
Q

critérios de Wells e probabilidade de TEP conforme pontuação

A
  • EP ou TVP prévio (1,5p)
  • CA (1p)
  • sinais e sintomas de TVP (3p)
  • Outra diagnostico provavel (-3p)
  • Hemoptise (1p)
  • Imobilização >3d ou cirurgia nas ultimas 4sem (1,5p)
  • FC > 100 (1,5p)

OBS:. ESCORE NÃO É VALIDADO PARA GRAVIDAS

Probabilidade de TEP:
● Baixa (pontuação <2)
● Intermediário (escore 2 a 6) 
● Alto (escore> 6) 
   ou
os pacientes são 
●prováveis ​​(pontuação > 4)
● improvável (pontuação ≤4)
A estratificação de Wells em 3 camadas é útil para utilizar PERC em pacientes com Wells < 2 (baixa probabilidade) para determinar se a avaliação adicional com o dímero D é indicado quando NÃO preenche todos os 8 critérios abaixo não precisa pedir D-dímero
• < 50 anos
•FC < 100 
•SatO2 ≥ 95¨%
•Sem hemoptise
•Sem uso de estrogênio
•Sem TVP ou TEP anterior
•Sem inchaço unilateral nas pernas
•Nenhuma cirurgia / trauma que exija hospitalização nas 4 semanas anteriores
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18
Q

quando e qual importância de solicitar d-dímero ?

A

Produto da degradação da fibrina. Não tem papel diagnostico mas tem importância para afastar ou continuar a investigação.

1) Deve ser solicitado após utilizar escore de Wells e obter pontuação ≤ 4 pontos (PPT baixa-moderada) ou quando PERC não é preenchido com Wells <2
●D-dímero < 500 ng / mL afasta TE`P
●D-dímero ≥ 500 ng / mL deve-se prosseguir investigação com exame de imagem (angio-TC) desde que ClCr> 30

IDEAL ELISA

No entanto, para pacientes > 50 anos os valores de corte do D-dímero aumentam com idade. daí :
● Idade (> 50 anos) x 10 = valor de corte em ng / mL

Em grávidas, o D-dímero costuma aumentar durante cada trimestre sendo ferramenta mais util no 1º tri para exclusão quando abaixo dos valores <500. A sensibilidade no entanto cai a partir do 2º para 76%, SENDO O USG MAIS CONFIAVEL PARA DIAGNOSTICO

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19
Q

algoritmo abordagem diagnóstico de TEP

A

● 1- Suspeita clinica
● 2-Escore Wells p/ pedir D-dímero (≤4) ou para pedir Angio-TC (>4)
● 3- se D-dímero < 500, descarta TEP
se D-dímero > 500, AngioTC (se ClCr > 30)
● 4- Angio-TC
— EVITAR gestantes, ClCr < 30
–confirmando, tratar;
–se não diagnostica ou não disponível ou DRC –> cintilo V/Q —> se negativa –> duplex scan de mmii –>se negativa, Arteriografia pulmonar ou ECO TE ou RM

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20
Q

Exames específicos para paciente com alta probabilidade de TEP (Wells > 4 ) e qual padrão ouro para diagnostico de TEP

A

● 1. Angio-TC: modalidade inicial de escolha imagem para casos de PPT alto

- se normal NÃO AFASTA TEP e menor acurácia para o diagnóstico de êmbolos periféricos, subsegmentares
- contraindicação: alergia ao iodo, DRC e TFG < 30, gestação, hipotensão

● 2. Arteriografia pulmonar (OURO)

● 3. USG doppler de mmii
- quando imagem torácica é contraindicada ou indisponível e ultrassonografia positiva, os pacientes podem ser tratados (geralmente anticoagulação)

● 4. cintilografia relação V / Q
(gestantes, alergia ao iodo, DRC)

21
Q

importância da USG mmii e no ECO na avaliação e abordagem do TEP

A

USG Doppler geralmente não é usada como teste inicial na avaliação de TEP por conta da baixa sensibilidade e acaba sendo reservada para pacientes com suspeita e em quem a imagem definitiva (por exemplo, angio-tc, V / Q scan) é contra-indicada ou indeterminada. mas assim como ECO pode ser usada como ferramenta diagnóstica PRESUNTIVA em pacientes instáveis NA PRESENÇA de alterações sugestivas de TVP ou SVD

a) Se USG negativa e a suspeita de TEP for alta , outras imagens e / ou anticoagulação empírica deve ser tentada pois pode ser que já trombo viajou até o pulmão e não seria mais detectado
b) Se USG for positiva, os pacientes podem ser tratados (geralmente anticoagulação)

22
Q

qual abordagem diante de pacientes instabilidade hemodinamica e TEP

A

Na presença de instabilidade:
-PAS < 90 (ou < 100 em HAS) ou queda > 40 na PAS ambos por > 15min -

1- tentar reposição volêmica e observar se melhora PA após 15min

a) se melhora: considerar anticoagulação com HNF independente do grau de suspeição e iniciar investigação com exame de imagem (angio-TC)

B) sem melhora: usar USG mmii ou ECO TT como ferramenta diagnostica presumptiva para terapia trombolitica ou anticoagulação HNF conforme critério clinico a depender das condições do local

2- Trombolítico e, quando há contraindicação ao seu
uso, a embolectomia por cateter ou cirúrgica
poderá ser realizada

23
Q

Diagnóstico diferencial de TEP

A
  1. Pneumotórax
  2. SCA
  3. IC descompensada
  4. Pericardite
  5. PAC, asma, DPOC exacerbado
  6. Sincope (qdo fator precipitante não está claro)
24
Q

quais estratégias profiláticas de prevenção TEV

A
Meidcamentosa sempre: Manter por 4 semanas
● Enoxaparina 40 mg SC 1x/dia;
● HNF 5000U SC 12/12h ou 8/8h;
● Fondaparinux 2,5mg/dia
*NOACS para Pos op de cirurg ortopedica

A profilaxia mecânica apenas na contraindicação

              ESCORE de PADUA (clinico) Se 4 ptos-->  indicada anticoagulação profilática na ausência de  contraindicação até alta ou retorno da deambulação
●CA ativo -------------- 3ptos
●TEV prévio---------- 3 ptos
●Mobilidade reduzida -3 ptos
●Trombofilia ------------3 ptos
●Cirurgia/trauma < 1 mês--  2 ptos
●>70 anos --------- 1 pto
●ICC ou dça respirat --- 1 pto
●IAM ou AVC ------------ 1 pto
●Infecção ou dça reumat--- 1 pto
●Obesidade (imc > 30) -- 1 pto
●Tratamento hormonal-- 1 pto

já se considerar ALTO e manter por até 1 mÊs mesmo após alta :
●1.Cirurgia ortopédica quadril/joelho
●2. cirurgia de abdome ou pelve
● 3 ou mais fatores de risco

25
Q

quando usar filtro de veia cava no tratamento de TVP/TEP

A

● TVP proximal (acima da poplitea) ou TEP confirmados + contraindicação à anticoagulação
● Falha de anticoagulação como Trombose venosa que recorre em vigência de anticoagulação adequada

● ) se sangramento ativo o que contraindica anticoagulação

26
Q

quando e como iniciar tto para TEP

A

Uma vez feito o diagnóstico, realizar anticoagulação, dependendo do risco de sangramento ou quando a probabilidade pré-teste de TEP é alta e a imagem de diagnóstico ira atrasar deve ser iniciada a anticoagulação antes da confirmação do diagnóstico.

Deve ser iniciada dentro das 24h para todos pacientes TEP e pelos primeiros 10 dias (até que se defina qual terapia pelos próximos 3 meses)

 !!! escolha incial do anticoagulante:
● ESTABILIDIDADE : HBPM ou NOACS (rivaroxaban ou apixabana) * se CA ou gravidez, usar HBPM
● INSTABILIDADE ou ClCr< 30:  HNF
1 ampola (5mL) + 245mL SF 0,9% [100U/mL]: fazer bolus 5.000UI (1mL) e iniciar 1000UI/h (alvo TTPa 1,5-2,5)

Duração terapia heparina:

1) VARFARINA
não pode ser administrada como único anticoagulante na fase aguda, devendo ser usada com HBPM por pelo menos 5d até atingir INR terapêutico 2-3 por pelo menos 24h em duas dosagens seguidas:
●) Iniciar HBPM 1mg/kg SC 12/12h + varfarina 5mg VO e titular varfarina até INR alvo entre 2-3
-Suspender HPBM após 5 dias quando varfarina atingir efeito terapêutico em 2 medidas com intervalo de 24h

           OU

2) NOACS (se estável e sem CA, gravidez ou flegmasia cerulea dolens)
●) HBPM 5dias e depois Dabigatrana (150mg 12/12h) ou EdoXabana (60mg 1x/dia)
ou
●) Uso de imediato dentro de 5-10 dias do evento (RApido) Rivaroxabana (15mg 12/12h por 3 semanas e daí em diante 20mg 1x/dia ) ou Apixabana (10mg 12/12h por 7dias e depois 5mg 12/12h)
*exceto CA ou instabilidade

  • andexanet alfa: antidoto do Xa
  • idarucizumabe: antidoto do dabigatrana
27
Q

uso NOAC na TEP

A

mostraram beneficios em rdução de sangramentos mas não semelhante em mortalidade em relaçaõ a varfarina
●se não for gestante ou lactação*
●se estável
● se tiver ClCr > 30

a) HPBM 5dias e depois Dabigatrana (150mg 12/12h) ou EdoXabana (60mg 1x/dia)
ou
b) Uso de imediato (RApido) Rivaroxabana (15mg 12/12h por 3 semanas e daí em diante 20mg 1x/dia ) ou Apixabana (10mg 12/12h por 7dias e depois 5mg 12/12h)

  • se Ca gastrointestinal: HBPM (não tem uso de NOAC pelo aumento de risco)
28
Q

conduta para TEP

A

● paciente estavel

  • suspeita baixa + exame levará > 24h: anticoagula
  • suspeita baixa e exame logo: espera
  • suspeita intermediaria e exame > 4h: anticoagula
  • suspeita intermediaria e exame logo: espera
  • suspeita alta: anticoagula e faz assim q possivel o exame…. se exame confirmar… avaliar necessidade de trombolise ou não. Se trombolise não necessaria, mantem anticoagulação (embolectomia nos casos que precisa trombolisar mas não pode usar tombolitico)

●paciente instavel

  • O2 + fluidos +/- vaso pressor + ventilação
  • eCO TT para avaliar
  • avaliar se precisa trombolise
  • se puder usar trombolise: fazer e depois iniciar anticoagulaçaõ
  • se contraindicação de trombolise: embolectomia
29
Q

Indicação e contraindicação de trombólise na TEP

A

● TEP maciço
tPA 100mg IV em infusão continua por 2h pode ser usada até o 14º dia do inicio
NÃO FAZER JUNTO COM HEPARINA mas DEPOIS DA INFUSÃO e nesse caso, preferir HNF como opção para anticoagulação e não a HBPM

CONTRAINDICAÇÕES
● cirurgia recente
●  trauma facial ou craniano há 3 meses
●  doença intracraniana como MAV ou CA
●  Dissecção aorta
●  AVC há 3 meses
●  AVCh a qualquer momento

quando há contraindicação, a embolectomia por cateter ou cirúrgica poderá ser realizada

30
Q

QUAIS agentes podem ser usados para anticoagulação empírica na TEP conforme as contraindicações e indicações formais

A

Depende da presença ou ausência de instabilidade hemodinâmica e se risco de sangramento for baixo.

●1) ESTAVEL HEMODINAMICAMENTE e SEM insuficiência renal NÃO gravida

  • HBPM
  • NOAC (apixabana ou rivaroxabana, Edoxabana)
●2) INSTAVEL HEMODINAMICAMENTE ou necessidade futura de trombólise ou ClCr< 30 ou TVP extensa com flegmasia cerulea  
   -HNF 
------------------------------------
● Trombocitopenia induzida por heparina: 
- FONDAPARINUX
● insuficiência renal (< 30) e SAAF
- varfarina ou HNF
● gestantes/lactentes e CA: 
-HBPM
--------------------------------------

●Manter por pelo menos 3 meses, mas se CA, manter enquanto CA ativo

●Para aqueles que se iniciam anticoagulação de maneira empírica mesmo diante de estabilidade, devem ser monitorados pelo risco sangramento. Terapia deve ser administrada enquanto houver fatores de risco e por ate 3 meses se TVP ou indefinidamente na presença de fatores não modifcaveis.

31
Q

quando embolectomia no tto TEP

A

A embolectomia no TEP hemodinamicamente instável em quem a terapia trombolítica (rtPA 100mg) é contra-indicada ou foi malsucedida.

O ecocardiograma transesofágico (ETE) deve ser realizado antes ou durante a embolectomia para procurar trombos extrapulmonares

32
Q

clinica de TVP e fatores de risco

A

●dor, edema, eritema, empastamento muscular de coxa ou panturrilha unilateral
●Dorsiflexão dolorosa (Homans)
●Dor a compressão da panturrilhas (bancroft)
●Sinal bandeira (panturrilha dura)
● Ao exame do abdome e pelve pode-se tambem observar também dilatação de veias superficiais

QUANDO TVP ILIACAS:
● DOR em flanco, nadegas e costas com edema perna inteira

Idade> 65 anos
Obesidade
TVP anterior
Câncer
AVC com imobilidade
ACO ou TRH
Cirurgia recente
Gravidez ou puerpério
Dpça inflamatória intestinal
Insuficiência cardíaca
33
Q

diagnostico de TVP

A

USG doppler venoso de MMII
(avalia fluxo e compressibilidade) –> perda de compressibilidade vascular, veia comprimida não colaba POREM A AUSENCIA DE TVP NO USG NÃO DESCARTA TEP!

A usg expandida para veias ilicas podem ampliar a possibilidade diagnostica, mas se persistir negativa com suspeita alta, a angioTC poderá ser mais util.

● ausência de compressibilidade diagnóstica
● a compressibilidade descarta
● diagnóstico incerto acontece na presença de um tVP previa ou na presença de obesidade, edema, contraturas podendo ser repetida em 3dias

Se paciente com TVP previa:
trombo se reduz em pelo menos 50% nos 3 meses
● com USG previo
RVD > 4mm comparativamente ou extensão do trombo
● sem USG previo
se D-dimero muito elevado e a veia pouco compressivel

34
Q

abordagem diagnóstica de TVP e diferenciais

A

D-dímero solicitado permite excluir ou não TVP e prosseguir investigação com Doppler

● cisto baker
● celulite
● linfedema
●Estiramento/ ruptura do músculo da panturrilha - 40%

35
Q

tratamento TVP

A

●- Deambulação precoce ou repouso relativo com posição de trendelemburg para alivio edema
●- Analgésicos
●-HNF EV/SC por 10d
80U/kg atk + 18 U/kg/h em BIC
ou
1 ampola (5mL) + 245mL SF 0,9% [100U/mL]: fazer bolus 5.000UI (50mL) e iniciar 10mL/h = 1000UI/h com dosar TTPa 6/6h (alvo TTPa 1,5-2,5)
ou
HBPM por 10d 1mg/kg SC 12/12h
ou
Rivaroxabana (15mg 12/12h por 3 semanas e daí em diante 20mg 1x/dia ) ou Apixabana (10mg 12/12h por 7dias e depois 5mg 12/12h)
*exceto CA
ou
HPBM 5dias e depois Dabigatrana (150mg 12/12h)

trombólise se veias ilíacas e subclávias

36
Q

quando inidcar filtro de veia cava

A

1- que não podem usar anticoagulantes MESMO SEM EVIDENCIA de TVP
2- TEP na vigência de anticoagulação
3- se complicação hemorrágica pela anticoagulação
4- trombo venoso ileofemoral(acima da poplitea) em propagação na vigência de anticoagulação

POREM NÃO ALTERA MORTALIDADE, DIMINUINDO APENAS RISCO DE TEP e aumentando o risco de TVP

37
Q

quais NOACS que podem ser usados como MONOTERAPIA para tratamento TEp/TVP

A

● Rivaroxabana
● Apixabana

os estudos que compararam a anticoagulação com eles não mostraram superioridade em mortalidade ou recorrência de trombose comparado à varfarina, mas, diminuição de sangramentos intracranianos.

38
Q

quando preferir uso de hNF

A

1 ampola (5mL) + 245mL SF 0,9% [100U/mL]: fazer bolus 5.000UI (50mL) e iniciar 1omL/h = 1000UI/h com dosar TTPa 6/6h (alvo TTPa 1,5-2,5)
OU
bolus 333mg/kg + 250mg/kg 12/12h sem acompanhar TTPA (apenas para formulações de 5000UI/0,25mL)

● ClCr < 30
● instabilidade hemodinâmica por TEP maçiço
● Alto risco pela capacidade de reversão e meia vida baixa
● TVP extensa ou com phlegmasia cerulea dolens

tateando conforme TTPA:
●< 1,2: bolus 50mL e aumentar em 2mL/h
●1,2-1,49: bolus 25mL e aumentar em 1mL/h
●1,5-2,3: manter
●2,31-3: reduzir 1mL/h
●>3: pausar bomba por 1h e reduzr infusão em 2mL/h

39
Q

escore que indica a probabilidade de morte por TEP necessitando de internaçaõ

A
PESi simplificado (sPESI)
● > 80 anos
● Historia de câncer
● doença cardiopulmonar
● PAS < 100
● SatO2 < 90%
● Fc ≥ 110

BAIXO: 0 –> aplicar HESTIA para definir ambulatorial

ALTO ≥ 1 (mortalidade 10%) –> escore de BOVA (< 4 ptos; enfermaria/ 4 : UTI)

40
Q

o que influencia na escolha do inicio da anticoagulação empírica em pacientes com suspeita de TEP

A

DEPENDE
●grau de suspeição
● tempo até realização exame diagnostico
● risco de sangramento e presença de contrainidicações (sangramento ativo, tumor snc, AVCh)

a) ESTABILIDIDADE : HBPM ou NOACS (rivaroxaban ou apixabana) * se CA ou gravidez, usar HBPM
b) INSTABILIDADE ou ClCr< 30: HNF

1- Baixo de risco de sangramento com :
A) Grau suspeição alto ( >6)
B) Grau de suspeição intermediário e que levará > 4h
c) Grau de suspeição baixo que levará > 24h

Estáveis

a) suspeita baixa e cujo avaliação diagnostica levará mais que 24h
b) suspeita intermediária cuja avaliação diagnostica levará mais que 4h
c) suspeita alta, manter até a avaliação diagnsotica

2- Instaveis (mesmo apos medidas de suporte inciais)
a) após realização do eCo com evidencias de sobrecarga VD e inicio da terapia trombolitica, o paciente ter melhora, iniciar anticoagulaçaõ

41
Q

fatores de risco para sangramento a serem considerados antes da terapia anticoagulante empirica

A

dois ou mais: alto risco

Idade> 65 anos
OBesidade
Sangramento anterior
Câncer
Câncer metastático
Insuficiência renal
Insuficiência hepática
Trombocitopenia
AVC anterior
Diabetes
Anemia
Terapia antiplaquetária
Controle anticoagulante ruim
Comorbidade e capacidade funcional reduzida
Cirurgia recente
Quedas frequentes
Abuso de álcool
42
Q

trombolíticos na TEP

A

rTPA 50mg - 02 FA (100mg) EV correr BIC em 1h (além de HNF)

● até 14dias de TEP MAÇIÇO em pacientes instáveis (PAS < 90 ou queda > 40 na PAS ambos por > 15min) a despeito das medidas iniciais de reposição volêmica 500-1000mL SF 0,9% e vasopressores (nora) e que se apresenta com rebaixamento do nível de consciência e se não houver contraindicação (AVCh, Dissecção de Aorta, sangramento ativo)

TVP extensa com flegmasia cerulea dolens

43
Q

paciente com plaquetopenia após inicio da heparina

A

Queda plaquetas > 50% em relaçaõ ao basal apos inicio da heparina

suspensão de qualquer tipo de heparina (incluindo HNF) e uso do fondaparinux SC 1x/dia sem precisar acompanhar coagulograma .
O warfarin só deve ser iniciado após plaquetas > 150.000, estando o paciente adequadamente anticoagulado apos 5dias com o fondaparinux.

44
Q

interrogar trombofilia

A

TEV recorrente
TEV em jovens < 45a
TEV espontâneo
TEV em parentes 1º grau

trombose arterial: SAAF

1- def fator V
2-mutação gene protrombina
3- def proteína C e S
4- def antitrombina

3 e 4 podem se altera na presença de anticoagulação e só após 2 sem de suspensão do anticoagulante

45
Q

diagnóstico de TEP em gestante

A

Se alta probabilidade OU baixa com D-dímero +
● anticoagular
+
● USG doppler
- se presente TVP : mantém anticoagulante
-se ausente TVP : avaliar RX normal de tórax para ver possibilidade de cintilo V/Q. Se Rx anormal, AngioTc

em grávidas, o D-dímero costuma aumentar durante cada trimestre sendo ferramenta mais util no 1º tri para exclusão quando abaixo dos valores <500. A sensibilidade no entanto cai a partir do 2º para 76%, SENDO O USG MAIS CONFIAVEL PARA DIAGNOSTICO DE tvp EM GESTANTES

46
Q

embolia gordurosa definição e conduta

A

paciente politraumatizado com fratura de ossos longos pois MO gordurosa serve como embolo que se aloja no pulmão e leva a cascata inflamatória e vasculite sistêmica: CONFUSÃO SISTEMICA, PETEQUIAS E TAQUIDISPNEIA/HIPOXEMIA em 2-3dias apos evento inicial

TTO: suporte

47
Q

anticoagulação e Perioperatório

A

●HNF pode ser suspensa até 2h antes

●HBPM 12h suspender antes da cirurgia e 6h após cirurgia

●NOACS e fondaparinux introduzir 6-8h apenas após cirurgia

48
Q

contraindicações a HBPM

A

● < 40Kg
● > 120Kg
● ClCr < 30mL/min