Taquiarritmias Flashcards
Eletrocardiograma
Significado do intervalo QT?
Período refratário, quando o coração não está pronto para receber estímulos. Por isso, quando aumentado, há maior risco de arritmias.
Eletrocardiograma
Duração de cada “quadradinho” e “quadradão”?
Quadradinho: 40 ms;
Quadradão: 200 ms.
(1 quadradão = 5 quadradinhos)
Descreva o percurso normal do estímulo elétrico cardíaco.
Nó sinusal → nó atrioventricular → feixe de HIS e ramos → fibras de Purkinje.
Eletrocardiograma
Duração normal do intervalo QT?
Até 440 ms (11 quadradinhos).
“QT → QuaTrocentos e QuarenTa”
Duração normal do intervalo QRS?
< 120 ms.
“QRS → 3 letras → normal até 3 quadradinhos”
Síndrome do QT longo
Causas? (4)
- Congênito;
- Fármacos (macrolídeos, cloroquina, antipsicóticos, antiarrítmicos);
- Inseticida;
- “Hipos” (K, Mg, Ca).
Os _____ (hipos/hipers) K, Mg, Ca são causas de alargamento do intervalo QT.
Hipos.
(↓eletrólitos → ↑intervalo QT)
Síndrome do QT longo
Aumenta o risco de qual arritmia?
Torsades de pointes.
Tratamento do torsades de pointes? (2)
Outro nome: taquicardia ventricular polimôrfica
Sulfato de Mg + desfibrilação.
Como calcular a frequência cardíaca (FC) pelo eletrocardiograma?
FC = 1500/RR (nº de quadradinhos RR).
OU
300/nº de quadradões
Como calcular a frequência cardíaca em ritmos cardíacos irregulares?
Calcula o número de QRSs nos D2 longo (10s) e multiplica por 6X
Taquiarritmias
1a pergunta?
Existe taquicardia?
(FC > 100 bpm ou RR < 3 quadradões)
Taquiarritmias
2a pergunta?
Existe onda P?
(se existir, ou é atrial ou é sinusal; P atrial → morfologia estranha)
Taquiarritmias
3a pergunta?
Existe onda F de flutter atrial?
(Olhar V1, D2, D3 e aVF… se existir é flutter)
Taquiarritmias
4a pergunta?
QRS estreito ou alargado (> 3 quadradinhos)?
(se alargado → é ventricular)
Taquiarritmias
5a pergunta?
RR regular ou irregular?
(regular → taquicardia supraventricular; irregular → FA)
V ou F?
A taquicardia ventricular sustentada (TVS) é mais grave que a não-sustentada, normalmente ocorrendo em portadores de cardiopatias estruturais.
Verdadeiro.
Taquicardia ventricular sustentada (TVS)
Duração > 30 segundos OU com instabilidade hemodinâmica.
Como diferenciar a TV monomórfica da TSV com aberrância de condução?
Pelos critérios de Brugada.
Ausência de onda P + RR irregular, pensar em…
Fibrilação atrial (FA)
Fibrilação atrial (FA)
Mecanismo?
Múltiplos microcircuitos de reentrada (“loops”) → contrações atriais desorganizadas.
Fibrilação atrial (FA)
Causas? (3)
- Cardiopatia estrutural (HAS, estenose mitral);
- Reversíveis (tireotoxicose, álcool, pós-operatório);
- Isolada (foco arritmogênico oculto).
Holiday heart syndrome
Arritmia aguda reversível (normalmente FA), induzida por consumo alcoólico exagerado em indivídio não-cardiopata.
Fibrilação atrial (FA)
Classificação cronológica? (4)
- Paroxística: < 7 dias;
- Persistente: > 7 dias;
- Longa duração: > 1 ano;
- Permanente.
Fibrilação atrial (FA)
Clínica? (3)
Assintomático ou…
Palpitações;
Dor precordial;
Dispneia.
Qual a bulha dependente da contração atrial estará ausente na FA?
B4.
“B ‘quÁTRIO’ (B4)”
Sinais de instabilidade nas arritmias? (4)
- Congestão pulmonar (dispineia);
- Dor torácica;
- ↓PA (hipotensão);
- Síncope/Rebaixamento do nível de consciência.
Fibrilação atrial
Conduta no paciente instável?
Cardioversão 120-200 J (choque sincronizado).
Vai inciar anticoagulação também
V ou F?
A reversão da FA não é obrigatória. Tende-se a reverter após o primeiro episódio, pacientes muito sintomáticos ou jovens.
Verdadeiro.
Idade < 65 anos;
Primeiros episódios;
Sintomáticos.
O controle de ritmo da FA é opcional pois não altera a mortalidade.
Diferença entre cardioversão e desfibrilação?
- Cardioversão: choque sincronizado (C de “Cincronizado”) com o QRS, evitando complicações pelo “fenômeno R sobre T”;
- Desfibrilação: choque Dessincronizado com o QRS, utilizado na PCR.
OBS: se eu desfibrilar ao invez de cardioverter o paciente pode ter uma PCR
Fibrilação atrial
Conduta no paciente estável? (3)
Controle da FC → anticoagulação (se candidato) → controle do ritmo (se necessário).
Fibrilação atrial
Como controlar a frequência cardíaca? (3)
- Betabloqueador;
- BCC cardiosseletivos (verapamil/diltiazem);
- Digitais (somente se ICFER).
Fibrilação atrial
Como controlar o ritmo? (3)
- Choque;
- Amiodarona;
- Propafenona.
V ou F?
A amiodarona é pouco usada para controle de FC na FA pelo risco de reversão inadvertida do ritmo.
Verdadeiro.
(prejudicial na presença de trombo atrial)
V ou F?
O ritmo cardíaco de um mesmo paciente pode oscilar entre FA e Flutter.
Verdadeiro.
“arritmias irmãs”
Fibrilação atrial
Prevenção de novos eventos após reversão? (4)
- Amiodarona (escolha na IC);
- Propafenona;
- Sotalol;
- Ablação por radiofrequência (se refratário).
Fibrilação atrial
Anticoagulantes de primeira linha? (2)
“Novos anticoagulantes”:
* Rivaroxabana;
* Apixabana.
* Dabigatrana
Fibrilação atrial
Quando anticoagular com Warfarin?
Doença valvar OU clearance de creatinina < 15.
Fibrilação atrial
Quando anticoagular antes da reversão? (3)
- FA > 48h;
- FA de duração indeterminada;
- Alto risco para tromboembolismo.
Fibrilação atrial
A anticoagulação pré-reversão pode ser omitida se…
Ecocardiograma transesofágico sem trombos.
Fibrilação atrial
Duração da anticoagulação pré-reversão? Pós-reversão?
- Pré: 3 a 4 semanas.
- Pós: 4 semanas (ad eternum se alto risco de recorrência, ex.: IC).
Pré: dissolver trombos formados pela estase atrial.
Pós: evitar formação de novos trombos se a FA recorrer.
Fibrilação atrial
Quem é alto risco para episódios tromboembólicos? (2)
CHA2DS2VASc > 2 (homem) ou > 3 pontos (mulher) OU “FA valvar” (Estenose mitral moderada-grave ou prótese valvar)
Fibrilação atrial
Escore para risco embólico na FA não-valvar? (8)
CHA2DS2VASc
Congestive (IC, IVE);
HAS;
A2ge (idade > 75) - 2 pontos;
Diabetes;
S2troke (AVE, AIT, embolia) - 2 pontos;
Vascular disease;
Age: 65-74 anos;
Sexo feminino.
CHA2DS2VASc = 1 ou 2 pontos
O que fazer? (mulher)
Considerar anticoagulação.
(não é obrigatória)
CHA2DS2VASc = 0 pontos: Não precisa anticoagular.
Qual a diferença entre ondas “f” e ondas “F”?
- f (minúsculo) → fibrilação atrial;
- F (maiúsculo) → flutter atrial.
Flutter atrial
FC?
150 bpm (2:1) - mais comum OU 75 bpm (4:1).
(onda F em V1, D2, D3 e aVF)
No flutter atrial o intervalo RR é ________ (regular/irregular).
Regular.
(≠ da FA)
OBS: pode ser irregular no Flutter atrial BAV variável
Flutter atrial
Mecanismo?
Foco único de macrorrentrada atrial.
(ablação mais fácil que na FA)
V ou F?
O flutter atrial deve sempre ser revertido, diferentemente da FA que pode-se não reverter.
Verdadeiro.
(a reversão não reduz mortalidade na FA)
Flutter atrial
Conduta? (3)
Controlar FC → iniciar anticoagulação → reverter (sempre).
Flutter atrial
Como reverter o ritmo? (2)
Cardioversão 50-100 J (preferencial) OU ibutilida (pouco disponível).
(método preferido para reversão; feito com baixa voltagem - 50 J)
Flutter atrial
Profilaxia para recidivas? (2)
Ablação por radiofrequência (preferencial) OU farmacológica.
Flutter atrial
Indicação de anticoagulação?
CHA2DS2Vasc.
(dispensável se ECO TE normal, como na FA)
Taquicardia supraventricular (TSV)
Tipos? (2)
- Reentrada nodal (70%): mulher jovem;
- Reentrada por via acessória (30%): criança / Wolff-Parkinson-White.
TSV paroxística por reentrada nodal
Conduta? (3)
- Instável: cardioversão elétrica;
- Estável: manobra vagal / adenosina / verapamil;
- Terapia definitiva: ablação.
TSV paroxística por reentrada na via acessória
Epônimo?
Síndrome de Wolff-Parkinson-White.
TSV paroxística por reentrada na via acessória
ECG? (3)
- PR curto;
- Onda delta;
- QRS largo.
- Taquicardia
Síndrome da pré-excitação ventricular
PR curto + onda Δ.
(ocorre por reentrada em via acessória)
V ou F?
A presença da via acessória caracteriza a síndrome de Wolff-Parkinson-White.
Falso.
A presença da via acessória associada a taquiarritmia caracteriza a síndrome de Wolff-Parkinson-White.
(via acessória isolada não caracteriza a síndrome)
Taquicardia supraventricular (TSV)
Tratamento, se instável?
Cardioversão (50-100 J).
Taquicardia supraventricular (TSV)
Primeiro tratamento, se estável?
Manobra vagal.
(valsalva modificada, compressão de seio carotídeo, bolsa gelada em face)
TSV
Conduta se não responder à manobra vagal?
Adenosina, IV, 6 mg em bolus.
(repetir uma vez com 12 mg, se necessário)
Se Acesso Venoso Central: faz metade da dose
TSV
Profilaxia para recidivas?
Ablação por radiofrequência.
TV monomórfica sustentada (TVMS)
Causas? (3)
- Pós-IAM (fase tardia);
- Intoxicação por cocaína;
- Displasia do VD (onda épsilon).
TV monomórfica sustentada (TVMS)
Tratamento agudo? (2)
(estável x instável)
- Estável: procainamida, amiodarona, sotalol. Se intoxicação por cocaína → bicarbonato de sódio;
- Instável: cardioversão elétrica com 100 J.
TV monomórfica sustentada (TVMS)
Quando indicar CDI?
Instabilidade hemodinâmica OU FE < 30-40%.
O Torsades de Pointes ocorre somente em portadores de…
QT longo.
Torsades de Pointes (TV polimórfica)
Condições associadas? (6)
Congênitas ou adquiridas:
- ↓K+; ↓Mg2+; ↓Cálcio
- Tricíclicos;
- Cocaína;
- Farmacológica: haloperidol, sotalol, quinidina, hidroxicloroquina;
- Bradiarritmias malignas.
Torsades de Pointes (TV polimórfica)
Tratamento? (3)
- Sulfato de magnésio (estabilizar membrana “arritmia diferente”);
- Desfibrilação, se instabilidade hemodinâmica;
- Marca-passo e isoproterenol (se bradicardia).
QT longo congênito + surdez neurossensorial caracteriza a síndrome de…
Jervell-Lange-Nielsen (autossômica recessiva).
Principais causas de morte súbita em < 30 anos? E em > 30 anos?
< 30 anos: cardiomiopatia hipertrófica.
> 30 anos: doença arterial coronariana.
Arritmia típica do DPOC?
Taquicardia atrial multifocal.
Como realizar a cardioversão nas taquiarritmias? (4)
- Orientar o paciente (se consciente);
- Sedação + analgesia;
- Sincronização (se aplicável) e choque;
- Observar o ritmo após o choque (manter as pás, ≠ da RCP).
Tratamento da TV com estabilidade hemodinâmica? (3)
Antiarrítmicos PAS
* Procainamida;
* Amiodarona;
* Sotalol.
(pode demandar choque, pela gravidade)