SP 1.3 - TUTORIA Flashcards

1
Q

Defina a dispneia

A

A dispneia é a dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não consciência desse estado. Será subjetiva quando só for percebida pelo paciente, e objetiva quando se fizer acompanhar de manifestações que a evidenciam ao exame físico. A dispneia subjetiva nem sempre é confirmada pelos médicos, e a objetiva nem sempre é admitida pelo paciente. (Porto)

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2
Q

Classifique a dispneia de acordo com as atividades físicas

A

Relacionando a dispneia com as atividades físicas, pode­-se classificá­-la em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços. Dispneia de repouso é a dificuldade respiratória mesmo em repouso. (Porto)

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3
Q

Classifique a dispneia de acordo com a escala de dispneia do Medical Research Council modificada (mMRC).

A

(0) Sinto falta de ar ao realizar exercício físico intenso;
(1) Sinto falta de ar quando aperto meu passo ou subo escadas ou ladeira;
(2) Preciso parar algumas vezes quando ando no meu passo, ou ando mais devagar que as outras pessoas da minha idade;
(3) Preciso parar muitas vezes devido à falta de ar quando ando perto de 100 m ou poucos minutos de caminhada no plano;
(4) Sinto tanta falta de ar que não saio de casa, ou preciso de ajuda para me vestir ou tomar banho sozinho.

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4
Q

Defina a ortopneia

A

Ortopneia é a dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar­se ou a ficar de pé para obter algum alívio.

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5
Q

Defina trepopneia

A

Trepopneia é a dispneia que aparece em determinado decúbito lateral, como acontece nos pacientes com derrame pleural que se deitam sobre o lado são.

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6
Q

Defina a platipneia

A

A platipneia (contrário da ortopneia) é a dispneia que aparece quando o paciente passa da posição deitada para sentado ou em pé. As causas mais frequentes são malformação arteriovenosa pulmonar, síndrome hepatopulmonar, forame oval patente ou um defeito no septo atrial.
(shunt direita­esquerda intracardíaco).

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7
Q

Considerando os movimentos respiratórios, o que pode acompanhar a dispneia?

A

A dispneia pode acompanhar­se de taquipneia (frequência aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada).

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8
Q

O que é bradipneia, eupneia e taquipneia? Relacione isso às incursões respiratórios e seus valores

A

Bradipneia, eupneia e taquipneia são termos usados para descrever diferentes padrões respiratórios em relação à frequência respiratória:

Bradipneia: Refere-se a uma frequência respiratória anormalmente lenta, geralmente inferior a 12 respirações por minuto em adultos.

Eupneia: É o termo usado para descrever uma respiração normal, ou seja, uma frequência respiratória dentro dos limites considerados normais para a idade e a condição física de uma pessoa. Em adultos: entre 12 e 20 irpm no repouso.

Taquipneia: Refere-se a uma frequência respiratória anormalmente rápida, geralmente acima de 20 respirações por minuto em adultos no repouso.

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9
Q

Quais a fisiopatologia da dispneia e suas causas?

A

A fisiopatologia da dispneia depende de suas causas, que são múltiplas: atmosféricas, obstrutivas, pleurais, toracomusculares, diafragmáticas, teciduais ou relacionadas ao sistema nervoso central.

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10
Q

Caracterizena as causas atmosféricas de dispneia

A

Quando a composição da atmosfera for pobre em oxigênio ou sua pressão parcial estiver diminuída, surge dispneia. Nesses casos, o organismo reage, de início, com taquipneia, mas, se esta situação perdurar, aparece a sensação de falta de ar. Pacientes com insuficiência respiratória crônica, mas compensada, ao mudarem de altitude, quase sempre se queixam de dispneia.

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11
Q

Caracterize a fisiopatologia relacionando com as causas obstrutivas de dispneia

A

As vias respiratórias podem sofrer redução de calibre incluindo, nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos, sendo que essa obstrução pode ser intraluminal, parietal ou mista.

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12
Q

Cite as causas de obstrução da traqueia

A

As obstruções da traqueia, em geral por compressão extrínseca, decorrem de bócio, neoplasias malignas, aneurisma da aorta.

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13
Q

Cite as causas de obstrução dos brônquios

A

As obstruções brônquicas podem ser intraluminais, parietais ou mistas, e são causadas por neoplasias, bem quando há estreitamento destes ductos, seja por espasmo ou edema da parede ou achado de secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, na DPOC (bronquite crônica), nas bronquiectasias (que pode trazer broncoconstricção associada), nss infeccões traquebrônquicas (bronquite aguda) e nas obstruções localizadas.

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14
Q

Caracterize as obstruções bronquiolares

A

As obstruções bronquiolares são sempre mistas e aparecem na asma e nas bronquiolites.

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15
Q

Cite e caracterize as causas pleurais de dispneia

A

A pleura parietal é dotada de inervação sensitiva e sua irritação provoca dor que aumenta com a inspiração. Para evitá­-la, o paciente procura limitar ao máximo seus movimentos, bem como deitar sobre o lado que o incomoda. Esses dois mecanismos juntos explicam a dispneia desses pacientes. Grandes derrames, embora não se acompanhem de dor, reduzem a expansão pulmonar e, por isso, causam dispneia.

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16
Q

Caracterize uma causa cardíaca de dispneia

A

Dependem do mau funcionamento da bomba aspirante­premente que é o coração. O mecanismo principal da dispneia é a congestão passiva dos pulmões. (Insuficiência cardíaca congestiva)

17
Q

Cite e caracterize as causas de dispneia relacionada ao sistema nervoso?

A

Podemos separá­-las em dois grupos: as de origem neurológica por alterações do ritmo respiratório, como ocorre em certos tipos de hipertensão craniana, e as psicogênicas, que se manifestam sob a forma de dispneia suspirosa. A dispneia psicogênica grave (síndrome de hiperventilação) acompanha­se de modificações somáticas decorrentes da alcalose respiratória, especialmente espasmos musculares e dormências, podendo chegar à perda da consciência.

18
Q

Cite e caracterize as causas de dispneia toracopulmonares

A

As causas de dispneia toracopulmonares são causadas por alterações capazes de modificar a dinâmica toracopulmonar, reduzindo sua elasticidade e sua movimentação, ou provocando assimetria entre os hemitórax. Nessas condições se incluem as fraturas dos arcos costais, a cifoescoliose e as alterações musculares, tais como miosite, pleurodinia ou mialgia intensa.

19
Q

Cite e caracterize as causas de dispneia diafragmática

A

Sendo o diafragma o mais importante músculo respiratório, contribuindo com aproximadamente 70% da ventilação, toda afecção que interfira com seus movimentos pode ocasionar dispneia. As principais alterações são paralisia, hérnias e elevações uni ou bilaterais.

20
Q

Cite e caracterize a dispneia de origem tecidual

A

O aumento do consumo celular de oxigênio é uma resposta fisiológica normal ao aumento de atividade metabólica. Praticamente basta intensificar a atividade muscular para condicionar o aparecimento de dispneia (exercício físico, tetania, crises convulsivas).

21
Q

Defina e caracterize o sibilo

A

O sibilo, a sibilância ou chiado é um ruído adventício anormal contínuo dos sons pleuropulmonares, que podem estar presentes na ausculta respiratória. Resulta da redução do calibre da árvore brônquica, seja por broncoespasmo (aumento do tônus broncomotor), edema da parede ou secreção aderida a ela. Isso irá causar vibração das paredes brônquicas/bronquiolares e de seu conteúdo gasoso, gerando um som agudo de alta frequência e timbre elevado, sendo comparado ao miado de um gato. Geralmente, é predominantemente presente na fase expiratória da respiração.
Em geral são múltiplos, disseminados por todo o toráx, fugazes e mutáveis. No entanto, quando unilaterais ou bem localizados sugerem semiobstrução por neoplasia ou corpo estranho.

22
Q

Quais condições clínicas podem causar sibilo?

A

Asma, bronquite aguda e crônica (DPOC), bronquiectasias, infiltrados eosinofílicos, tuberculose brônquica, pneumonia, neoplasias malignas e benignas, embolia pulmonares, fármacos colinérgicos, bloqueadores beta-adrenérgicos, inalantes químicos, vegetais e animais, insuficiência ventricular esquerda e obstruções localizadas.

23
Q

Defina broncoespasmo suas causas e complicações

A

Broncoespasmo é a contração súbita e involuntária dos músculos que compõem os brônquios, resultando em estreitamento das vias respiratórias nos pulmões. Isso pode levar à dispneia, à tosse e aos sibilos.
As principais causas de broncoespasmo incluem:

  1. Asma: condição alérgica em que as vias aéreas ficam inflamadas e hiper-reativas, resultando em episódios recorrentes de broncoespasmo e edema;
  2. Infecções respiratórias: a liberação de mediadores inflamatórios pelo agente infeccioso na bronquite aguda, broquiolite, pneumonia, tuberculose brônquica, infiltrados eosinofílicos leva à inflamação, edema e broncoespasmo não atópico;
  3. Exposição a irritantes: na DPOC o broncoespasmo e o edema são decorrentes da resposta inflamatória anormal dos brônquios à inalação de partículas ou gases tóxicos (fumaça de cigarro, poluentes do ar e produtos químicos);
  4. Alergias: exposição a alérgenos como pólen, poeira, pelos de animais ou mofo pode desencadear uma resposta alérgica que leva ao broncoespasmo;
  5. Exercício físico: alguns indivíduos podem experimentar broncoespasmo induzido pelo exercício, especialmente durante atividades físicas vigorosas em ambientes frios ou secos;
  6. Refluxo gastroesofágico: a regurgitação de ácido do estômago para o esôfago pode irritar as vias respiratórias e desencadear broncoespasmo em algumas pessoas.

Tudo isso pode levar à dispneia, à tosse e aos sibilos.

24
Q

Qual a definição de DPOC?

A

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença pulmonar heterogênea caracterizada por anomalias das vias aéreas que causam obstrução persistente e muitas vezes progressiva do fluxo aéreo, gerando sintomas respiratórios crônicos (dispneia, tosse, produção de expectoração e/ou exacerbações). Nesse sentido, a DPOC inclui anomalias da via área (bronquite e bronquiolite) e dos alvéolos (enfisema). (GOLD)

25
Q

Quais as causas e fatores de risco da DPOC?

A

A DPOC resulta de interações gene(G)-ambiente(E) que ocorrem ao longo da vida(T) do indivíduo (GETomics). Tais interações são cumulativas e dinâmicas ao longo da vida que podem danificar os pulmões e/ou alterar os seus processos normais de desenvolvimento ou envelhecimento.

As principais exposições ambientais que levam à DPOC são o tabagismo (principalmente) (cigarro, charuto, cachimbo, narguilé, passivos), a inalação de partículas e gases tóxicos provenientes da poluição atmosférica doméstica (madeira, esterco animal, resíduos de colheitas e carvão, normalmente queimados em fogueiras ou fogões), exterior/ocupacional (poeiras orgânicas e inorgânicas, agentes químicos, pesticidas, material particulado (PM), ozônio, óxidos de nitrogênio ou enxofre, metais pesados, etc) e infeccões respiratórias (estudos recentes sugeriram que a pneumonia na infância pode levar a maior risco de DPOC em idades mais avançadas; e a tuberculose pulmonar, além de diagnóstico diferencial e comorbidade associada, pode ser um fator de risco);

O fator de risco genético mais relevante (embora epidemiologicamente raro) para DPOC identificado até o momento são as mutações no gene SERPINA1, levando à deficiência de ÿ1-antitripsina;

Outros fatores de risco incluem sexo e condição socioeconômica.

26
Q

Em pacientes com DPOC, as alterações patológicas podem ser encontradas principalmente em quais áreas?

A

Em pacientes com DPOC, alterações patológicas podem ser encontradas nas vias aéreas, no parênquima pulmonar e na vasculatura pulmonar.

27
Q

Quais são as duas alterações patológicas que podem ser encontradas nas vias aéreas, no parênquima pulmonar e na vasculatura pulmonar dos pacientes com DPOC?

A

Alterações inflamatórias e estruturais, que a acabam por limitar o fluxo aéreo.

28
Q

Explique o mecanismo geral das alterações inflamatórias e estruturais da DPOC.

A

A inflamação observada nos pulmões de pacientes com DPOC parece ser uma modificação da resposta inflamatória normal a irritantes crônicos, como o fumo do cigarro. Os mecanismos para esta inflamação anormal e amplificada ainda não são totalmente compreendidos, mas podem, pelo menos em parte, ser determinados geneticamente. Nesse sentido, a DPOC é caracterizada pelo aumento do número de macrófagos nas vias aéreas periféricas, parênquima pulmonar e vasos pulmonares, juntamente com aumento de neutrófilos ativados e aumento de linfócitos. Estas células inflamatórias, juntamente com células epiteliais e outras células estruturais, liberam múltiplos mediadores inflamatórios que atraem células inflamatórias da circulação (fatores quimiotáticos), amplificam o processo inflamatório (através de citocinas pró-inflamatórias) e induzem alterações estruturais (através de fatores de crescimento).

A inflamação pode preceder o desenvolvimento de fibrose ou lesões repetidas da própria parede das vias aéreas podem levar à produção excessiva de tecido muscular e fibroso. Isso pode ser um fator que contribui para o desenvolvimento de obstrução de pequenas vias aéreas.

Há evidências convincentes de um desequilíbrio nos pulmões de pacientes com DPOC entre proteases derivadas de células inflamatórias e epiteliais que decompõem componentes do tecido conjuntivo e antiproteases que contrabalançam essa ação. Destruição da elastina mediada por protease, um importante componente do tecido conjuntivo o parênquima pulmonar, é uma característica importante do enfisema.