PMSUS - RETESTE Flashcards
Quais os critérios laboratoriais normais, pré-DM2 e DM2? Quantos precisam estar alterados?
Glicemia em jejum:
1. Normal: < 100mg/dl;
2. Pré-DM: 100 a < 126mg/dl;
3. DM2: >= 126mg/dl.
TOTG 75g 2h:
1. Normal: <140mg/dl;
2. Pré-DM: 140 a <200mg/dl;
3. DM2: >= 200mg/dl.
HbA1c:
1. Normal: < 5,7%;
2. Pré-DM: 5,7 a < 6,5%;
3. DM2: >= 6,5%
É necessário que dois exames estejam alterados. Se somente um exame estiver alterado, este deverá ser repetido para confirmação.
Quais os critérios para rastreamento do DM2 em adultos assintomáticos?
De quanto em quanto tempo se faz esse rastreio?
-> Recomenda-se rastreio para todos os indivíduos com idade maior ou igual a 45 anos, mesmo sem fatores de risco, e para indivíduos com sobrepeso/obesidade, que tenham pelo menos um fator de risco adicional para DM2: História familiar de DM2 em parente de primeiro grau, etnias de risco (afro descendente, hispânico ou indígena), história de doença cardiovascular, HAS, HDL menor que 35. Triglicérides maior que 250. SOP, Sedentarismo, Presença de acantose, paciente pré DM, história e DM gestacional, HIV;
-> O rastreio deve ser considerado em intervalos de, no mínimo, 3 anos. Intervalos mais curtos podem ser adotados quando ocorrer ganho de peso acelerado ou mudanças nos fatores de risco. Todavia, em adultos com exames normais, porém com mais de um fator de risco para DM2, deve ser considerado repetir o rastreamento laboratorial em intervalo não superior a 12 meses.
V ou F
Na presença de sintomas inequívocos de hiperglicemia, É RECOMENDADO que o diagnóstico seja realizado por meio de glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dl.
Verdadeiro. Sintomas inequívocos de hiperglicemia: 4p’s -> poliúria, polidpsia, polifagia e perda de peso.
V ou F
-> É RECOMENDADO fazer rastreamento para diabetes nos pacientes que apresentem comorbidades relacionadas ao diabetes secundário, como endocrinopatias e doenças pancreáticas, ou com condições frequentemente associadas ao DM, como infecção por HIV, doença periodontal e esteatose hepática;
-> É RECOMENDADO que pacientes que irão iniciar medicações com potencial efeito hiperglicemiante, como glicocorticoides ou antipsicóticos, sejam rastreados para diabetes antes e após o início do tratamento.
As duas são verdadeiras.
Quais os critérios para rastreamento de DM2 em crianças e adolescentes assintomáticos?
É RECOMENDADO realizar triagem para DM2 em crianças e adolescentes com 10 ou mais anos de idade ou após início da puberdade que apresentem sobrepeso ou obesidade, e com, pelo menos, um fator de risco para detecção de DM2:
- História de diabetes materno;
- História familiar de parente de primeiro ou segundo grau com DM2;
- Etnia de risco;
- Sinais de resistência à insulina: Acantose nigricans, dislipidemia, hipertensão arterial, adolescente com SOP, baixo peso ao nascimento.
Crianças com DM2 são geralmente assintomáticas ou oligossintomáticas por longos períodos, o que justifica a necessidade de rastreamento para DM em indivíduos de alto risco.
Como se dá a abordagem não medicamentosa do DM2?
As medidas de estilo de vida, incluindo controle de peso, alimentação saudável (frutas, verduras, legumes - evitar gordura saturada e trans) e implementação de atividade física (150 minutos por semana) são recomendadas universalmente como tratamento do diabetes durante todas as fases, incluindo pré-DM e DM.
Qual o fluxograma da abordagem medicamentosa do DM2?
Paciente com DM2 (assintomático, sem fator de risco, diagnóstico recente; sintomático, com fator de risco, diagnóstico prévio:
-> Metformina + mudança de hábitos. Se tolerou bem e atingiu meta de HbA1c <igual a 7, acompanhar;
-> Tolerou metformina, mas não atingiu meta terapêutica, adicionar sulfonilureia (glibeclamida, glicazida);
-> Caso paciente seja intolerante a metformina, substituir por sulfonilureia (glibeclamida, glicazida);
-> Se tolerou as sulfonilureias e atingiu as metas terapêuticas, acompanhar;
-> Tolerou as sulfonilureias, mas não atingiu as metas terapêuticas, adicionar insulina e acompanhar;
-> Caso paciente seja intolerante as sulfonilureias, substituir por insulina e acompanhar.
Paciente com DM2 com DCV e idade maior ou igual a 65 anos:
-> Metformina + mudança de hábitos. Se tolerou bem e atingiu meta de HbA1c <igual a 7, acompanhar;
-> Tolerou metformina, mas não atingiu meta terapêutica, adicionar sulfonilureia (glibeclamida, glicazida);
-> Caso paciente seja intolerante a metformina, substituir por sulfonilureia (glibeclamida, glicazida);
-> Se tolerou as sulfonilureias e atingiu as metas terapêuticas, acompanhar; Se não, adicionar iSGLT2 (Dapagliflozina);
-> Se atingiu meta terapêutica e tolerou Dapagliflozina sem apresentar contraindicações, acompanhar. Se não, adicionar insulina e acompanhar.
OBS:
pacientes com HbA1c > 10% ou glicemia jejum ≥ 300, sintomas de hiperglicemia aguda (poliúria, polidipsia, perda ponderal) ou na presença de intercorrências médicas e internações hospitalares devem iniciar insulinoterapia.
Quais são as metas de controle glicêmico do DM2?
- Pacientes com DM1 ou DM2
- É RECOMENDADA a meta de HbA1c < 7,0% para todos os indivíduos com diabetes, para prevenção de complicações microvasculares, desde que não incorra em hipoglicemias graves e frequentes;
- Glicemia de jejum pré-prandial: 80-130;
- Glicemia 2h pós-prandial: <180;
- Glicemia ao deitar: 90-150.
- Idoso saudável (estado funcional e cognitivo preservado e poucas comorbidades crônicas): tudo igual, menos Hb1Ac que é < 7,5;
- Idoso comprometido (comprometimento funcional e cognitivo leve a moderado e múltiplas comorbidades crônicas):
- HbA1c < 8,0;
- Glicemia de jejum pré-prandial: 90-150;
- Glicemia 2h pós-prandial: <180;
- Glicemia ao deitar: 100-180. - Idoso muito comprometido (comprometimento funcional e cognitivo grave, estado terminal):
- Glicemia de jejum pré-prandial: 100-180;
- Glicemia ao deitar 110-200. - Criança e adolescente:
Tudo igual, só muda glicemia de jejum pré-prandial que fica de 70-130.
Quando a insulinoterapia está indicada?
A insulinoterapia está indicada quando há falha no controle glicêmico em uso de antidiabéticos orais.
OBS:
pacientes com HbA1c > 10% ou glicemia jejum ≥ 300, sintomas de hiperglicemia aguda (poliúria, polidipsia, perda ponderal) ou na presença de intercorrências médicas e internações hospitalares devem iniciar insulinoterapia.
Em relação à aplicação da insulina, qual a via de administração usual? Quais equipamentos? Quais locais de aplicação?
A via de administração usual é subcutânea (SC), por seringas ou canetas. A aplicação SC pode ser realizada nos braços, no abdômen, nas coxas e nádegas.
V ou F
É necessário lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina, mas não é necessário limpar o local de aplicação com álcool.
Verdadeiro.
V ou F
Deve homogeneizar as suspensões de insulina (NPH ou associações) antes do uso, rolando gentilmente o frasco de insulina entre as mãos.
Verdadeiro.
Como deve ocorrer a aplicação de insulina?
Antes da aplicação, o local da injeção deve ser inspecionado para garantir que se encontre livre de lipodistrofia, edema, inflamação e infecções. Para a aplicação da insulina, é necessário pinçar levemente o local de aplicação entre dois dedos e introduzir a agulha completamente, em ângulo de 90 graus.
Como evitar desenvolvimento de lipodistrofia e o descontrole glicêmico no local de aplicação da insulina?
É importante realizar rodízio do local de aplicação sistematicamente, de modo a manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada injeção.
Qual a recomendação em relação ao reuso de seringas e agulhas de insulina?
O reuso de seringas e agulhas de insulina por um número limitado de vezes pode ser considerado. A recomendação é de uso de uma agulha por dia, por insulina utilizada. Porém, ao se optar por reutilização de seringa e canetas, considerar os seguintes aspectos:
1- Boas condições de higiene;
2- Ausência de infecções de pele nas mãos e no local de aplicação; 3- Seringa, caneta e agulha de uso individual; 4- Após o uso a agulha a ser reutilizada deve ser reencapada.