PMSUS - DIABETES Flashcards
Diferencie o DM1 do DM2
DM2:
- Tipo mais comum;
- Caracterizado por resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células ß pancreáticas, além de alterações na secreção de incretinas;
- Tem início insidioso;
- Está frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento;
- Apresenta frequentemente características clínicas associadas à resistência à insulina, como acantose nigricans e hipertrigliceridemia.
DM1:
- Mais comum em crianças e adolescentes;
- Causado por destruição das células ß, geralmente autoimune, o que leva a uma deficiência grave da secreção de insulina;
- Apresentação clínica clássica do DM1 geralmente é abrupta, com maior propensão à cetose e cetoacidose;
- Necessidade de insulinoterapia plena desde o diagnóstico ou após curto período;
- Pacientes com diagnóstico na vida adulta podem apresentar uma forma mais lentamente progressiva da doença, com evolução clínica mais branda.
Como fazer o diagnóstico laboratorial de DM2 no indivíduo assintomático?
Glicemia em jejum maior ou igual a 126mg/dl
TOTG 75g 2h maior ou igual 200mg/dl
Hb1Ac maior ou igual 6,5%
É necessário que dois exames estejam alterados. Se somente um exame estiver alterado, este deverá ser repetido para confirmação.
Como fazer o diagnóstico diferencial entre DM1 e DM2?
O diagnóstico diferencial entre DM1 e DM2 DEVE SER CONSIDERADO apenas em bases clínicas ¹Exames complementares específicos só são necessários quando há dúvidas em relação ao diagnóstico².
¹: a idade no diagnóstico, o uso de insulina, o tempo para início de insulinoterapia e o índice de massa corporal foram preditores independentes e bons para diferenciação entre os dois tipos principais de diabetes, em especial a combinação de idade ao diagnóstico e tempo para início de insulina;
²: - Apresentação clínica insidiosa em crianças e adolescentes, especialmente com acantose nigricans, obesidade e disglicemia leve;
- Apresentação abrupta em adultos, especialmente sem hiperglicemia prévia recente, sem fator desencadeante para hiperglicemia (como medicamentos hiperglicemiantes ou infecções), sem obesidade e/ou com história de autoimunidade pessoal ou familiar;
- Necessidade de início de insulinoterapia nos primeiros anos após o diagnóstico em adultos para controle glicêmico adequado;
- Cetoacidose diabética ao diagnóstico em adultos, evoluindo subsequentemente com baixas doses de insulina, especialmente em associação com obesidade.
Quais os critérios para rastreamento de DM2 em crianças e adolescentes assintomáticos?
Jovens com sobrepeso e obesidade com, pelo menos, um fator de risco:
- História de diabetes materno;
- História familiar de parente de primeiro ou segundo grau com DM2;
- Etnia de risco;
- Sinais de resistência à insulina: Acantose nigricans, dislipidemia, hipertensão arterial, adolescente com SOP, baixo peso ao nascimento.
O diagnóstico de DM2 em crianças deve ser suspeitado em adolescentes com obesidade e afrodescendentes, com história familiar positiva para DM2, que apresentam hiperglicemia e/ou glicosúria em exame de rotina.18
A cetoacidose ao diagnóstico também pode estar presente em pacientes com DM2. Nestes casos, o diagnóstico diferencial com DM 1 será realizado pela história clínica, observação da evolução da doença e pela determinação de autoanticorpos. Em jovens com DM2, os anticorpos não estão presentes e os níveis de peptídeo C são normais ou elevados.
V ou F
É recomendado sempre considerar fatores clínicos e interferentes laboratoriais na interpretação dos resultados dos exames solicitados para diagnóstico de DM e pré-diabetes.
Verdadeiro.
O que fazer em caso de suspeita clínica de DM1?
Em casos de suspeita clínica de DM1 em adultos, É RECOMENDADO a solicitação de autoanticorpos. O resultado positivo confirma o diagnóstico de DM1. Além disso, o tratamento com insulina deve ser inicado imediatamente, independentemente da confirmação laboratorial do diagnóstico. Caso os autoanticorpos sejam negativos, realizar dosagem do peptídeo C após 3 ou 5 anos com diabetes razoavelmente controlado, na ausência de hipoglicemias (glicemia > 100mg/dL, de preferência) ou glicemias acima de 200mg/dL. Deve ser realizada, de preferência, fora do jejum, em qualquer horário do dia. Embora a dosagem seja mais útil para diagnóstico diferencial do DM 1 e DM2 após 3 a 5 anos de duração da doença, ela também pode ser uma ferramenta útil antes deste período, especialmente se houver níveis séricos muito baixos no início do quadro (o que é sugestivo de DM1) ou níveis séricos elevados em qualquer momento da doença (o que é sugestivo de resistência à insulina e DM2).
Quais os critérios para rastreamento do DM2 em adultos assintomáticos?
Idade a partir de 45 anos (universal) / Sobrepeso ou obesidade + um fator de risco dentre os seguintes:
- História familiar de DM2 em parente de primeiro grau;
- Pacientes com pré-diabetes;
- DMG;
- Etnias de alto risco (afrodescendentes, hispânicos ou indígenas);
- Acantose nigricans;
- Hipertensão arterial;
- Doença cardiovascular;
- Sedentarismo;
- Triglicérides > 250mg/dL;
- HDL < 35mg/dL;
- Indivíduos com HIV
Quais os critérios laboratoriais normais, pré-DM e DM2?
Glicemia em jejum:
1. Normal: < 100mg/dl;
2. Pré-DM: 100 a < 126mg/dl;
3. DM2: >= 126mg/dl.
TOTG 75g 2h:
1. Normal: <140mg/dl;
2. Pré-DM: 140 a <200mg/dl;
3. DM2: >= 200mg/dl.
HbA1c:
1. Normal: < 5,7%;
2. Pré-DM: 5,7 a < 6,5%;
3. DM2: >= 6,5%
Qual a fisiopatologia do DM2?