SP 1 - TBL Flashcards
Caracterize a dor da dissecção aórtica
Dor “lacerante”, em facada ou rasgante, “lancinante”, “afiada”, “excruciante” de início súbito, que é máxima desde seu início, irradiando da porção anterior para a posterior do tórax ou vice-versa é a descrição clássica na dissecção aórtica. Dor localizada primariamente no dorso, especialmente dor interescapular que migra para a base do pescoço, sugere dissecção aórtica.
Quais alterações podem aparecer nos sinais vitais de um indivíduo com quadro de dissecção aórtica?
Diferença significativa de pressão arterial entre as extremidade superiores;
Ausência ou diminuição assimétrica de pulsos periféricos;
Taquicardia;
Sinais de choque ou dissecação proximal.
Quais achados radiográficos podem estar presentes na dissecção aórtica?
- Mediastino alargado;
- Silhueta aórtica anormal.
Quais os fatores de risco associados à dissecção aórtica?
- hipertensão
- arteriosclerose
- doença congênita da aorta ou valva aórtica
- tabagismo
Caracterize a dor do TEP (tromboembolismo pulmonar)
Pode variar bastante, mas é comum a dor em pontada, pleurítica, que piora com a inspiração profunda, e mais comumente lateral. Tem início abrupto e é máxima no começo. Pode ser episódica ou intermitente.
Quais outros sinais e sintomas associados à TEP?
- Desconforto respiratório (dispneia) súbito e diaforese, às vezes mais proeminente que a dor;
- Tosse acompanha cerca de 50% dos casos e hemoptise < 20%;
- No exame das extremidades pode apresentar edema unilateral na perna, calor, dor espontânea, dor à palpação ou eritema;
- Pode apresentar taquicardia, febre e atrito pleural.
O que pode aparecer no ECG é na gasometria arterial do paciente com TEP?
ECG: sobrecarga VD;
Gasometria arterial: hipoxemia.
Pode apresentar sinais de insuficiência cardíaca direita
Quais os fatores de risco associados ao TEP?
- Cirurgia > 30min nos últimos 3 meses;
- Imobilização prolongada;
- TVP ou TEP prévios;
- AP ou AF de hipercoagulabilidade;
- DPOC (exarcebação);
- contraceptivos orais com tabagismo.
SP1 CASO 1
Cite as causas de dor torácica para diagnóstico diferencial e o raciocínio para o caso
- SCA:
- dor torácica intensa retroesternal, constrictiva, desencadeada por esforço, prolongada (em torno de 20 a 15 minutos), associada a desconforto respiratório sugerem SCA. Sopro sistólico em área aórtica e pulmão com discretos estertores em base sugerem SCA. Paciente pode ter DAOP (Doença Arterial Obstrutiva Periférica) dado a redução dos pulsos distais (pedioso e tibial posterior), o que pode ser um fator de risco para doenças cardíacas isquêmicas. Além disso, tem hipertensão com uso irregular de medicações, além de ser ex-tabagista, 72 anos e sexo masculino, assim, são outros fatores de risco para as SCA.
Caracterize a dor anginosa
Dor constrictiva, em aperto, intensa, retroesternal ou precordial, com irradiação para a mandíbula, pescoço, ombro, membro superior, desencadeada por esforço e com melhora após repouso ou uso de nitratos. Reflete a isquemia do tecido miocárdico.
Caracterize a doença arterial coronariana (DAC)
A doença cardíaca coronariana inclui o espectro que abrange desde a DAC assintomática e a angina estável até a síndrome coronariana aguda - SCA - que inclui a angina instável, o IAM com ou sem supra de ST e a parada cardíaca.
Caracterize a angina estável
A angina estável faz parte do espectro da doença arterial coronariana, mas não é considerada uma forma de síndrome coronariana aguda. A angina estável resulta de aumentos na demanda miocárdica por oxigênio que ultrapassam a capacidade das artérias coronárias estenosadas de elevar a passagem de oxigênio, levando à isquemia; ela geralmente não está associada à rupturade placas. É menos caracterizada por dor e mais como um desconforto torácica retroesternal ou precordial em aperto, constrição ou queimação. Esse desconforto normalmente é previsível, reproduzível, e com uma frequência de ataques constantes no decorrer do tempo. O esforço físico ou estresse emocional pode provocar uma crise dessa angina que se resolve espontaneamente no decorrer de um período previsível de tempo (em média 5 minutos) com o repouso, com a administração de nitroglicerina (NTG) ou bloqueadores do canal de cálcio (que aumentam a perfusão). Frenquentemente associada a sudorese, náuseas, vômitos e dispneia.
Caracterize a SCA (definições, sinais, sintomas e métodos diagnósticos)
A SCA faz parte do espectro da doença arterial coronariana e requer atendimento de emergência. Inclue o Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST (IAMCSST) e a SCA sem supra de ST (que inclui o Infarto Agudo do Miocárdio sem supra de ST - IAMSSST - e a angina ínstavel.)
A angina instável é definida como uma angina que ocorre durante o repouso ou com esforço mínimo, com duração em geral de 20 minutos. É relatada como uma dor em “crescendo”: dor que é cada vez pior e dor com níveis decrescentes de esforço e estresse. Na maioria dos pacientes, a angina instável é causada pela ruptura de uma placa aterosclerótica, com trombose parcial superposta e, possivelmente, embolização ou vasospasmo (ou ambos). Em suas formas mais graves, a angina instável deve ser considerada um possível precursor do infarto agudo do miocárdio e, portanto, ser tratada de forma agressiva. (Qualquer mudança a partir de um padrão anteriormente estável de dor em termos de duração e frequência dos ataques, de esforço mínimo ou repouso, de piora com níveis decrescentes de esforço ou estresse e de resistência a medicamentos anteriormente eficazes devem ligar o alerta).
O infarto agudo do miocárdio, também comumente denominado “ataque cardíaco”, consiste na morte do músculo cardíaco devido à isquemia grave prolongada. Geralmente ocorre em decorrência da alteração aguda/súbita da placa ateromatosa (ruptura, ulceração e hemorragia intraplaca) que induz uma oclusão trombótica súbita, vasoespasmo estimulado pelos mediadores das plaquetas, resultando em necrose do miocárdio.