Síndromes Respiratórias Na Infância Flashcards
Definição de resfriado comum?
Quadro benigno e autolimitada causado pela infecção viral e inflamação da mucosa do nariz, seios paranasais e faringe
Quantos episódios por ano menores de 5 anos tem de resfriado comum?
6-8x. Podendo chegar até 12, se estiver em creche
Principais agentes do resfriado comum?
RINOVÍRUS (mais da metade dos casos), VSR, coronavírus, influenza
Clínica no resfriado comum?
Coriza e obstrução nasal (marcadores cardinais)
Outros: tosse, irritação na garganta, febre
Tratamento do resfriado comum?
Lavagem nasal com solução fisiológica + antipiréticos
NAO USAR: mucoliticos, antitussigenos, descongestionantes
MEL TEM REDUÇÃO DA TOSSE NOTURNA! (Não usar em menores de 1 ano, sob risco de associação com botulismo)
Principais agentes da otite média aguda?
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável, Moraxella catarrhalis
Clínica OMA?
História clínica
Otoscopia: hiperemia, membrana timpânica opaca, abaulada (sinal de maior especificidade)
Quem tratar na OMA?
Todos: abaixo de 6 meses, com sinais de gravidade e com otorreia, menores de 2 anos com OMA bilateral
Pode considerar observação: maiores de 2 anos com OMA bilateral ou unilateral
Sinais de gravidade: temp > 39, dor moderada a intensa, > 48h de doença
Como tratar OMA?
Amoxicilina por 10 dias
Mecanismo de resistência: strepto (menor afinidade PBP) -> dobrar a dose. Hemofilo e moraxella (produtor de betalactamase)-> associar clavulonato
Quem pode apresentar maior resistência? Crianças menores de 2 anos, ficam em creche, uso de amoxicilina nos últimos 30 dias
OMA + CONJUNTIVITE -> HEMOFILO
Complicações da OMA?
Mastoidite aguda -> internamento + ATB venoso + TC de crânio
Otite média com efusão (serosa) -> pode ser acompanhada até três meses, se permanecer encaminhar para otorrino
Anatomia dos seios paranasais nas crianças?
RN: seios etmoidais + maxilares rudimentares
5 anos: seios maxilares aerados + seio esfenoidal
7 anos - adolescência: formação do seio frontal
Clínica da sinusite?
- Resfriado arrastado (dura mais do que 10 dias)
- Quadro grave (maior 3 dias) com febre alta e coriza mucopurulenta
- Quadro que piora (bifásico)
Critérios radiológicos da sinusite?
Espessamento mucoso (> 4 mm) Opacificação (velamento) do seio Nível hidroaéreo
Tratamento sinusite?
Etiologia = OMA
Atb = OMA
Manter atb por mais 7 dias após melhora do quadro
Complicações da sinusite?
Celulite orbitaria: seios etmoidais -> proptose ocular, diminuição da mobilidade, edema da conjuntiva (quemose)
Diagnóstico diferencial?
Rinorreia unilateral: CORPO ESTRANHO!
Rinite alérgica: prurido, espirros, palidez de mucosa
Sífilis: primeiros 3 meses, obstrução intensa, secreção sanguinolenta
Agentes etiológicos da faringite aguda?
Principal: vírus
Bacteria: streptococcus beta-hemolítico do grupo A
Clínica da faringite bacteriana?
Entre 5-15 anos
Febre, odinofagia, vômitos, dor abdominais, exsudato amigdaliano, hiperemia do Pilar anterior, petequias no palato, adenopatia cervical
NAO TEM TOSSE, CORIZA, OBSTRUÇÃO NASAL -> pensar em vírus
Como identificar infecção estreptocócica?
Teste rápido (alta especificidade, baixa sensibilidade)
Cultura da orofaringe (padrão ouro)
Tratamento da faringite bacteriana?
Penicilina Benzatina dose única: 600.000 < 27kg // 1.200.000u > 27kg
Pen V oral ou amoxicilina por 10 dias
Eritromicina, cefalexina, clindamicina por 10 dias ou azitromicina por 5 dias
Complicações supurativas da faringite bacteriana?
- Abscesso periamigdaliano (peritonsilar): acomete preferencialmente adolescentes e adultos jovens, amigdalite, disfagia, sialorreia, trismo, desvio da úvula contralateral. TRATAMENTO: drenagem + atb com cobertura para anaerobios
- Abscesso retrofadingeo: acomete geralmente menores de 5 anos. Pode ser formado por qualquer infecção da via aérea superior. Febre alta, odinofagia, disfagia, sialorreia, estridor, dor a mobilização do pescoço
Diagnóstico diferencial das faringites bacterianas?
Herpangina (Coxsakievírus A): úlceras na região posterior da cavidade oral
Adenovirus: faringite + conjuntivite
Mononucleose infecciosa
PFAPA: condição que não tem etiopatogenia estabelecida. Síndrome na qual o paciente apresenta crises periódicas (intervalos 3-6 semanas), caracterizada por FEBRE, ESTOMATITE AFTOSA, FARINGITE EXSUDATIVA, ADENITE. Tratamento: corticoide
Agentes etiológicos da epiglotite aguda?
H. influenzae tipo B
S. pneumoniae
S. pyogenes
S. aureus
Quadro clínico da epiglotite aguda?
Instalação HIPERAGUDA (12-24h)
Febre alta, toxemia
Odinofagia progressiva, sialorreia
Estridor variável e acentuada dificuldade para respirar
POSIÇÃO TRIPÉ (sentada com tronco para frente, mãos apoiadas nos joelhos, cabeça para frente, queixo para cima, mandíbula profusa, língua para fora e sialorreia)
Conduta imediata na epiglotite?
Garantir via aérea! IOT ou TOT
Após, antibiótico venoso por 10 dias -> bom prognóstico
RX -> SINAL DO POLEGAR
Principal agente etiológico da laringotraqueite viral (crupe)?
Vírus parainfluenza
Outros vírus da família do paramyxovirus pode dar crupe (ex. Sarampo)
Clínica da laringotraqueite aguda?
Prodromos catarrais + tosse metálica + rouquidão + estridor
RX -> SINAL DA TORRE OU PONTA DE LÁPIS
Tratamento da laringotraqueite aguda?
Quadros leves (sem estridor em repouso) -> corticoide (dexametasona em dose única)
Quadros moderados/graves (com estridor em repouso ou desconforto respiratório) -> nbz com adrenalina + corticoide. Reavaliar em 2h, se melhor alta. Se persistir estridor, nova nbz com adrenalina
Diagnósticos diferenciais da laringotraqueite?
Laringite estridulosa ou crupe espasmódico: crupe sem prodromos
Traqueíte bacteriana (complicação da laringotraqueite viral) -> piora clínica com resposta parcial ou ausente da nbz com adrenalina -> internamento + atb venoso (PRINCIPAL É S. AUREUS), considerar IOT
Frequência respiratória normal na infância?
Menores de 2 meses - até 60 irpm
2-12 - até 50 irpm
12-5 anos - até 40 irpm
Etiologia da pneumonia bacteriana?
Menores de 2 meses: S. agalactae, gram negativos entéricos
Maiores de 2 meses: S. pneumoniae, H. influenzae, S. aureus (grave)
Características clínicas da pneumonia bacteriana?
Início hiperagudo com febre alta, calafrios, toxemia
PNEUMONIA GRAVE: tiragem subcostal, BAN, gemência)
PNEUMONIA MUITO GRAVE: cianose
Principais critérios de internação na pneumonia bacteriana?
Menores de 2 meses Sinais de gravidade respiratória Sinais de comprometimento do estado geral Presença de comorbidades graves Presença de complicações
Indicação de solicitar rx pneumonia bacteriana?
Qual a principal complicação?
Se internamento. Para avaliar complicações
Derrame pleural. Se empiema, drenar e mantes esquema antibiótico (pH > 7.2, glicose < 40, presença de bactérias)
Tratamento pneumonia bacteriana?
Ambulatorial: amoxicilina 10 dias ou penicilina procaina IM, com reavaliação em 48-72h
Internamento
- menores de 2 meses: ampicilina + aminoglicosideo
- maiores de 2 meses: penicilina cristalina. Mas crianças muito graves: oxacilina + ceftriaxona
Definição de bronquiolite aguda?
Primeiro episódio de sibilância em menores de 2 anos, associado a infecção viral
Principal agente da bronquiolite aguda?
VSR
Quadro clínico da bronquiolite aguda?
Lactente que apresenta prodromos de infecção viral das vias aéreas superiores e evolui com taquipneia e sibilância
Diagnóstico na bronquiolite aguda?
Clínico!
Rx tórax evidência hiperinsuflação e atelectasias
Dentro do hospital, principal forma de precaução na transmissão do VSR?
Precaução de contato: lavar as mãos!
Tratamento bronquiolite aguda?
Oxigenioterapia se saturação menor 90%, pode considerar fazer nebulização com solução hipertônica (diminui tempo de internamento)
NAO FAZER! Corticoide, beta2agonista, fisioterapia respiratória
Principal diagnóstico diferencial na bronquiolite?
Asma!
Lactente sibilante com alto risco para asma: 1 critério maior ou 2 menores
Critérios maiores 1. Um dos pais com asma 2. Dermatite atópica Critérios menores 1. Diagnóstico médico de rinite alérgica 2. Sibilância não associada a resfriado 3. Eosinofilia maior 3%
Quando está indicado fazer profilaxia com Palivizumabe (ac monoclonal VSR)?
Nascidos com menos 29 anos, no primeiro ano de vida
Doença pulmonar crônica da prematuridade
Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica
NÃO É INDICADO PARA CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN OU FIBROSE CÍSTICA
Principal agente e quadro clínico da pneumonia afebril do lactente?
Clamídia tracomatis
Quadro de evolução insidiosa, marcada por tosse, taquipneia e relato de manifestações extrapulmonares (conjuntivite). Até os 3 meses de idade
Leuco: EOSINOFILIA!!!
Tratamento: macrolidio. Eritromicina nos primeiros dias de vida está associado ao desenvolvimento de estenose hipertrofica de piloro
Principal agente, quadro clínico e tratamento da pneumonia atípica?
Agente: mycoplasma pneumoniae
Costuma ocorrer após 5 anos de idade. Quadro insidioso, a tosse é um sintoma proeminente e é comum o relato de contato com casos semelhantes
Tratamento: macrolideos
Principal diagnóstico diferencia da pneumonia afebril do lactente?
Coqueluche!
Quadro clínico em 3 fases
- Fase catarral (inespecífico)
- Fase paroxístico: acessos de tosse que terminam com a emissão de um guincho. Crianças muito pequenas não conseguem emitir esse som, por isso o principal sinal é a APNEIA
- Fase de convalescência
Tratamento: azitromicina (primeira escolha)