Síndromes de Transmissão Sexual Flashcards
Desequilíbrio da flora vaginal e crescimento polimicrobjano de bactérias anaeróbias estritas e facultativas
Agente: Gardenerella vaginalis
Vaginose bacteriana
Clínica vaginose bacteriana?
Corrimento BRANCO ACINZENTADO, fino, homogêneo, de odor fétido, sem dispareunia (na maioria dos casos)
Para que serve e quais são Critérios de Amsel?
Serve par diagnosticar vaginose bacteriana
Diagnóstico são 3 de 4
- pH vaginal > 4,5
- Teste das aminas positivo (KOH 10%)
- Corrimento branco acinzentado, homogêneo, fino
- Clue cells
Tratamento vaginose bacteriana?
Metronidazol 500mg, 12/12h por 7 dias. Pode usar metronidazol tópico
1º trimestre gestação: clindamicina 300mg, 12/12h por 7 dias
Lembrar! Efeito dissulfiram-like com metronidazol
NÃO precisa tratar parceiro!
Clínica + diagnóstico da candidíase?
Prurido, corrimentos branco aderido, em nata, PH < 4,5, pseudo-hifas
Tratamento candidíase?
Creme imidazólico (droga de escolha) -> miconazol por 7 dias ou nistatina por 14 dias
Segunda opção: fluconazol 150mg DU
Candidíase recorrente (4 ou mais episódios no ano): fluconazol nos dias 1, 4 e 7, após 1x/sem por 6 meses
NÃO precisa tratar o parceiro!
Clínica + diagnóstico da tricomoníase?
Corrimento AMARELO-ESVERDEADO, bolhoso, odor desagradável, prurido e/ou irritação vulvar, dispareunia, colpite em “framboesa”, após teste de Schiller -> aspecto tigroide
Diagnóstico: pH vaginal 4-5,5, teste das Aminas positivo, presença de protozoário flagelado no exame a fresco
Tratamento tricomoníase
Metronidazol 500mg, 12/12h por 7 dias
NÃO pode usar tratamento tópico!
PRECISA comunicar e convocar parceiro para tratamento!
Vulvovaginite mais comum da infância (principalmente causada por má higiene)
Não tem agente específico
Vulvovaginite inespecífica
Diagnóstico e tratamento da vulvovaginite inespecífica?
Diagnóstico de exclusão (exame físico, exame a fresco, parasitológico de fezes…)… suspeita de parasitoses (oxiuríase), corpo estanho…
Tratamento: medidas de higiene, modificação de vestuário, banho de assento, tratar verminoses (se houver)
Inflamação do epitélio colunar endocervical, ou seja, do epitélio glandular do colo uterino
Agentes: gonococo e clamídia
Cervicites
Fatores de risco para cervicites?
Parceiro com sintomas, múltiplos parceiros sem proteção -> transmissão sexual
Diagnóstico e indicação de tratamento na cervicite?
Tratamento?
Corrimento cervical, colo hiperemiado, friável, dor a mobilização do colo
Tratamento:
- gonococo: ceftriaxone 500mg IM DU ou cipro
- clamídia: azitromicina 1g VO DU ou doxiciclina
DEVE CONVOCAR E TRATAR PARCEIRO!
Complicações da cervicite?
- DIP
- Bartholinite: tratamento -> drenagem (alta recorrência), marsupialização (técnica que deixa pequeno orifício para drenagem) ou bartholinectomia
Síndrome clínica secundária a ascensão e disseminação, no trato genital feminino superior, de micro-organismos provenientes da vagina e/ou da endocérvice, que podem acometer o útero, trompas de falópio, ovários, superfície peritoneal e/ou estruturas contíguas (fígado)
Agentes primários: gonococo e clamídia, depois torna-se polimicrobiana
Doença inflamatória pélvica (DIP)
Fatores de risco para DIP?
Idade < 25 anos
Início precoce da atividade sexual
Estado civil (solteiras)
Estado socioeconômico
Tabagismo/alcoolismo/uso de drogas ilícitas
Múltiplos parceiros sexuais
Parceiro sexual portador de uretrite
Histórias de IST ou DIP prévias ou atuais
Vaginose bacteriana
Uso de contraceptivos e métodos de barreira (protetores)
DIU (não precisa retirar imediatamente)
Diagnóstico DIP?
3 critérios maiores (mínimos) + 1 menor
Ou
1 critério elaborado
Quais são os critérios?
Maiores (mínimos)
- Dor no hipogástrio
- Dor a palpação dos anexos
- Dor a mobilização de colo uterino
Menores: temp axilar > 37,5 ou > 38,5 (oral), conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal, massa pélvica, mais de 5 leucócitos por campo de imersão em material de endocervice, leucocitose, aumento de PCR ou VHS, comprovação lab de infeção por gonococo ou clamídia
Critérios eleborados:
- Evidência histopatologica de endometrite
- Presença de abscesso tubo ovariano ou fundo de saco de Douglas em exame de imagem
- Laparoscopia com evidência de DIP
Classificação de Monif?
Estágio 1: endometrite e salpingite sem peritonite
Estágio 2: salpingite aguda com peritonite
Estágio 3: salpingite aguda com oclusão tubária ou comprometimento tubo ovariano (ascensão tubo ovariano)
Estágio 4: abscesso tubo ovariano roto com secreção purulenta na cavidade, abscesso > 10cm
Tratamento da DIP
Monif 1: ambulatorial com reavaliação em 72h
Monif 2: internação + atb venoso
Monif 3: internação + atb venoso
Monif 4: internação + atb venoso + tto cirúrgico
Internar independe do estágio se: gestante, imunocomprometidos, sem resposta ao tratamento ambulatorial nas 72h
Antibioticoterapia na DIP
Ambulatorial: ceftriaxona 500mg IM DU + doxiciclina 100mg 12/12h por 14 dias + metronidazol 500mg 12/12h por 14 dias
Hospitalar: clindamicina 900mg EV 8/8h + gentamicina 240mg EV DU
Sequelas precoces na DIP..
Sequelas tardias na DIP…
Precoce: abscesso tubo ovariano, fase aguda da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis, morte
Tardias: infertilidade, prenhez ectopica, dor pélvica crônica, dispareunia, recorrência da DIP, fase crônica da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (“cordas de violino”)
Descrição da lesão da sífilis (cancro duro)?
Agente?
Úlcera única, indolor, autolimitada, bordos escurecidos com superfície lisa e limpa
Adenopatia uni ou bilateral que NÃO fistuliza
Agente: Treponema pallidum
Formas clínicas da sífilis?
Primária: cancro duro
Secundária (lesões cutaneomucosas não ulcerodas): condiloma plano, roséola, sifilides, madarose…
Terciária (cutaneomucosa ulcerada): gomas sifilíticas, tabes dorsalis, aneurisma aórtico, artropatia de Charcot…
Diagnóstico de sífilis?
Teste treponemico + teste não treponemico
Gestante: um teste positivo já indica início de tratamento, devendo solicitar o teste que falta para o diagnóstico
Seguimento: gestante (mensal), não gestante (trimestral)
Padrão ouro: campo escuro!