Imunizações Flashcards
Quais são as regras gerais nas imunizações?
- Todas as vacinas podem ser feitas de forma simultânea, exceção febre amarela e tríplice ou tetraviral, devendo aguardar um intervalo de 30 dias.
- Não é necessário reiniciar o esquema, se o mesmo for interrompido, independente do tempo de interrupção
- Período de latência da vacina da febre amarela: 10 dias
Contraindicações e falsa contraindicações a vacinação?
Contraindicações: reação anafilática a administração de dose previa ou reações anafilática a componentes da vacina; vacina de agentes vivos em imunodeprimidos e gestantes
Falsas contraindicações: doenças benignas comuns sem febre, desnutrição, prematuridade, amamentação, história familiar de evento adverso, uso de corticoide em dose não imunossupressora (2 mg/kg/dia ou 20mg por mais de 14 dias), hospitalização (não pode ser feita a VOP)
Adiamento da vacinação: doenças febris moderada a graves, após uso de terapia imunossupressora (esperar 3 meses), após transplante de medula óssea (deve reiniciar todo esquema), após uso de hemoderivados e imunoglobulinas (atrapalha a replicação das vacinas com vírus vivo)
Vacinas que apresentam ovo na sua composição?
Feb amarela e Influenza
BCG
Composição: bacilo de Calmette-Guérin, preparado com bacilo de Mycobacterium bovis atenuado
Aplicação por via intradérmica na inserção do deltoide direito
Previne as formas graves de turbeculoso (meningea e miliar), principalmente em menores de 1 ano
É fornecido pelo MS até os 4 anos 11 meses e 29 dias de idade
Revacinar se: ausência de cicatriz após 6 meses (dar apenas mais uma dose) ou contactante de hanseniase que apresenta apenas uma ou nenhuma cicatriz, se tiver menos de 1 ano de idade e for vacinado, noa precisa revacinar
Efeitos adversos: ulceração maior 1 cm por mais de 12 semanas; abscesso subcutâneo frio (O abscesso quente é causado pelo stafilococos, tratando com atb); linfadenite regional supurada. Todos os eventos adversos são tratados com isoniazida.
Contraindicações/adiamento: bebe pesa menos de 2kgs; lesão de pele; imunossupressão (exposição vertical ao HIV deve ser vacinada logo após o nascimento); contato domiciliar com bacilifero (recebe tratamento com isoniazida. Não faz o vacina por perder o parâmetro de acompanhamento pelo PPD). Não pode ser administrada em maiores de 5 anos portadores de HIV, mesmo que assintomáticos ou sem imunossupressão
Manejo do recém-nascido contactante de caso índice bacilifero
Iniciar quimioprofilaxia com isoniazida 10 mg/kg/dia e não vacinar para BCG por 3 meses
Realizar PPD
- Se menor 5 mm, suspender isoniazida e vacinar para BCG
- Se maior ou igual 5 mm, manter isoniazida por mais 3 meses
Caso apresente sinais de doença: iniciar esquema RIP
Vacina hepatite B
Composição: HBsAg produzido por recombinação de DNA em leveduras
Aplicação via IM
Pode ser encontrada na forma isolada ou em combinação com as vacina tríplice bacteriana e contra Haemophilus influenzae (vacina pentavalente)
Até 1 mês de idade irá receber 4 doses. Após 1 mês até 7 anos, recebe 3 doses na forma de pentavalente. Após os 7 anos, recebe três doses de forma isolada (0-1-6)
A profilaxia pós-exposição na transmissão vertical deve ser feita com vacina contra hepatite B (de preferência até 12h) e imunoglobulina hiperimune (até 7 dias), de preferência simultaneamente
Vacina pentavalente (2-4-6 meses) + reforço DTP (15 meses e 4 anos)
Composição: toxoide diftérico + toxoide tetânico + suspensão de células inteiras de Bordetella pertussis + Hib + hepatite B
Outras composições: Feitas até 7 anos incompletos -> DTPa (tríplice bacteriana acelular), DT (dupla infantil). Feita em maiores 7 anos -> dT (dupla adulto) e dTpa (feita em gestantes com mais de 20 semanas ou puérperas)
Via de administração é IM
Eventos adversos:
- choro persistente ou febre alta: analgésico / antipirético
- Episódio hipotônico-hiporresposivo: DTPa nas doses subsequentes
- Encefalopatia: DT nas doses subsequentes
Vacina hemofilos tipo B
Composição: polissacarídeo + proteína (vacina conjugada), pode ser encontrada de forma isolada ou na pentavalente
Via de administração IM
Após um ano de idade, sem vacinação previa, pode receber dose única
Profilaxia do tétano?
Se ferimentos mínimos, basta tomar a vacina se a última foi a mais de 10 anos ou se não tiver esquema completo (devendo completar o esquema)
Se ferimento de alto risco, indicar imunoglobulina ou soro se a última doses foi há mais de 10 anos. Se vacina entre 5 e 10 anos, fazer dose de vacina de reforço, somente se alto risco
Ferimentos de risco mínimo: ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados
Ferimentos de alto risco: ferimentos profundos ou superficiais sujos; corpos estranhos ou tecidos desvitalizados, queimaduras, feridas puntiformes, ou por arma branca e de fogo, mordeduras, politraumatismos e fraturas expostas
Vacina contra poliomielite
VIP (vacina inativa): feita pelo MS ate os 5 anos
- via de administração IM. De acordo com o MS, as 3 primeiras doses devem ser feitas com VIP
- Casos onde só a VIP pode ser feita: crianças imunodeprimidas, crianças em contato domiciliar ou hospitalar com pessoa imunodeprimidas, pessoas submetidas a transplantes de órgãos, crianças com história de paralisia flácida associadas à VOP, crianças filhas de mães HIV positivas antes da definição diagnostica.
VOP (vacina oral da poliomielite): vírus vivo atenuado, feito no reforço aos 15 meses e 4 anos. Feita pelo MS até os 5 anos. PODE ser repetida uma vez caso a criança regurgite. Efeito adverso: poliomielite associada a vacina, as doses previa de VIP diminuem a chance desse efeito.
Vacina do rotavírus
Composição: vírus vivo atenuado
Administração via oral. NÃO repetir caso a criança regurgite.
Feita as 2 e 4 meses, na prevenção de doença diarreia pelo rotavírus em menores de 1 ano.
Tempo máximo para 1 dose: 3 meses e 15 dias
Tempo máximo para 2 dose: 7 meses e 29 dias
Contraindicações: imunodeprimidos, crianças com mal formação congênita TGI não corrigida, história de invaginação previa, reação anafilática a dose anterior. PODE ser administrada em indivíduos que convivem com imunodeprimidos
Vacina antipneumocócica
Pneumo 10: vacina conjugada
- via de administração IM
- Vacina conjugada feita 2 e 4 meses e reforço aos 12 meses. Em crianças maiores de 1 anos, não vacinadas, pode ser feita dose única até 4 anos, se comorbidades receber 2 doses
Pneumo 23 (vacina polissacarídica)
- administrações via IM
- administrada a partir de 2 anos, podendo ter reforço a cada 5 anos
- feita apenas no CRIE, as seguintes indicações: HIV/AIDS, asplenia, pneumopatias crônicas, cardiopatias crônicas, nefropatias crônicas, transplante, DM, fistula liquioricas, hepatopatias crônicas, implante de cóclea
Vacina conjugada contra meningococo C
Administrações via IM
Dose aos 3 e 5 meses com reforço aos 12 meses
A partir de 2017, entrou no calendário vacinal dos adolescentes.
- 2017: 12 a 13 anos
- 2018: 11 a 12 anos
- 2019: 10 a 11 anos
- 2020: 9 a 10 anos
Indicações: semelhantes a Pneumo 23, com reforço a cada 5 anos
Vacina contra febre amarela
Composição: vírus vivo atenuado
Administrações via SC
Pode ser feita de 9 meses até 60 anos. Em maiores de 60 anos, apenas com autorização médica
Eventos adversos! Doença neurológica / viscerotrópica
Contraindicação: idade inferior a 6 meses (mesmo em situação de surto, vacina só vai ser feita a partir de 9 meses), mulheres amamentando crianças menores de 6 meses ou suspender vacinação por 10 dias após vacinação, anafilaxia a ovo, imunodeficiente e gestantes (podem ser vacinados se existir grandes riscos epidemiológicos, avaliando status imune no imunodeprimidos)
Tríplice viral
Composição: vírus vivo atenuado do sarampo, caxumba e rubéola
Administração via SC
Eventos adversos: meningite, encefalite, encefalopatia e PTI, contraindicam dose subsequente
Uso de hemoderivados ou imunoglobulina deve adiar a vacinação por pelo menos 3 meses. Repetir a vacinação se for feito esses mesmo produtos após 15-28 dias de vacinação
1 - 29: duas doses
30-49: uma dose