Síndrome compartimental Flashcards
O que é síndrome compartimental (SC)?
É uma condição em que há aumento crítico da pressão dentro de um compartimento osteofascial, levando à redução do fluxo sanguíneo e isquemia tecidual.
Quais são os tipos de síndrome compartimental?
Aguda: Associada a trauma ou fraturas, com aumento súbito da pressão.
Crônica: Relacionada a exercícios, com aumento gradual da pressão durante a atividade física.
Qual é a fisiopatologia da síndrome compartimental?
Aumento da pressão compartimental → compressão de vasos sanguíneos.
Redução do fluxo sanguíneo → hipoxia tecidual.
Lesão celular → inflamação → aumento da pressão, criando um ciclo vicioso.
Quais são os compartimentos mais frequentemente acometidos?
Perna (anterior, lateral, posterior superficial e profundo).
Antebraço (anterior, posterior e móvel).
Coxa e mão (menos comum).
Quais são os fatores de risco para síndrome compartimental?
Fraturas (especialmente da tíbia e fêmur).
Traumas contusos.
Uso excessivo de anticoagulantes.
Queimaduras e compressão prolongada de membros.
Quais são os sinais clássicos da síndrome compartimental?
Os “6 P’s”:
Dor (disproporcional).
Palidez.
Parestesia.
Pulso ausente ou fraco (sinal tardio).
Paralisia.
Pressão elevada no compartimento.
Qual o primeiro sinal clínico de síndrome compartimental?
Dor desproporcional ao estímulo, que piora com a extensão passiva do músculo envolvido.
Como medir a pressão intra-compartimental?
Utiliza-se um dispositivo de medição invasivo. Pressões > 30-40 mmHg ou ΔP (PA diastólica – pressão compartimental) < 30 mmHg indicam síndrome compartimental.
O que é ΔP na síndrome compartimental?
É a diferença entre a pressão arterial diastólica e a pressão compartimental. Um ΔP < 30 mmHg sugere isquemia e necessidade de fasciotomia.
Qual é a principal complicação da síndrome compartimental não tratada?
Contratura isquêmica de Volkmann, caracterizada por necrose muscular irreversível e deformidade do membro.
Qual é o manejo inicial de síndrome compartimental?
Remoção de curativos ou gesso compressivos.
Manter o membro ao nível do coração.
Realizar fasciotomia se não houver melhora.
O que é fasciotomia?
É uma cirurgia que envolve a abertura do compartimento afetado para aliviar a pressão e restaurar o fluxo sanguíneo.
Em quais circunstâncias deve-se realizar uma fasciotomia mesmo após 24 horas de evolução?
Quando houver sinais claros de síndrome compartimental, pois a liberação da pressão pode evitar complicações sistêmicas e salvar tecidos viáveis.
Quais são os critérios para decidir a necessidade de fasciotomia?
ΔP (PA diastólica – pressão compartimental) < 30 mmHg.
Pressão compartimental > 30-40 mmHg.
Sinais clínicos inequívocos de isquemia (dor desproporcional, parestesia, etc.).
Quais são os compartimentos liberados durante uma fasciotomia de perna?
Anterior e lateral (via lateral).
Posterior superficial e profundo (via medial).
Quais são as principais causas de síndrome compartimental aguda?
Fraturas, especialmente de tíbia e fêmur.
Lesões de partes moles.
Queimaduras.
Compressão prolongada de membros.
Hemorragias internas (uso de anticoagulantes).
Como se diagnostica síndrome compartimental crônica?
Por aumento da pressão intra-compartimental durante o exercício, com melhora após o repouso. Sinais clínicos incluem dor e parestesia durante atividades físicas.
O que é contratura isquêmica de Volkmann?
É uma deformidade irreversível do membro causada por necrose muscular secundária à síndrome compartimental não tratada, com rigidez e limitação funcional.
Quais os sintomas mais comuns de síndrome compartimental em crianças?
Agitação.
Ansiedade.
Aumento da necessidade de analgesia, além de dor e edema.
Qual a posição ideal para o membro em caso de síndrome compartimental?
Deve ser mantido ao nível do coração para evitar redução do gradiente arteriovenoso e melhorar a perfusão.