Fraturas da perna Flashcards

1
Q

Quais ossos formam a perna e estão envolvidos nas fraturas desse segmento?

A

A perna é formada pela tíbia e pela fíbula, que são frequentemente envolvidas em fraturas devido à sua localização e função de suporte de peso.

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2
Q

Qual é a epidemiologia das fraturas da perna?

A

São comuns em traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos, e em quedas de altura. A tíbia é o osso mais frequentemente acometido.

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3
Q

Quais são os tipos principais de fraturas da tíbia?

A

Fraturas diafisárias, fraturas metafisárias proximais (platô tibial), fraturas metafisárias distais (pilão tibial), fraturas expostas.

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4
Q

Qual é a classificação usada para fraturas diafisárias da tíbia?

A

A classificação AO/OTA, baseada na localização, morfologia e extensão da fratura.

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5
Q

Quais são os mecanismos de trauma mais comuns nas fraturas da perna?

A

Trauma direto (ex.: pancadas ou acidentes), trauma indireto (ex.: torções ou quedas), lesões de alta energia (ex.: acidentes automobilísticos).

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6
Q

Por que as fraturas da tíbia têm maior risco de exposição?

A

A tíbia possui uma cobertura muscular limitada em sua face anteromedial, aumentando a vulnerabilidade em traumas.

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7
Q

Qual é a importância da fíbula em fraturas da perna?

A

A fíbula contribui com 15% do suporte de peso e serve como ponto de fixação para músculos e ligamentos, influenciando a estabilidade.

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8
Q

Como a classificação de Gustilo se aplica às fraturas expostas da perna?

A

Divide as fraturas em tipos I, II e III (III subdividido em A, B e C), com base no tamanho da ferida, grau de contaminação e extensão do dano tecidual.

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9
Q

Quais exames de imagem são essenciais para diagnosticar fraturas da perna?

A

Radiografias anteroposterior e lateral, tomografia computadorizada, especialmente para fraturas complexas (ex.: platô tibial ou pilão tibial), ressonância magnética em casos de lesões ligamentares associadas.

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10
Q

Qual é o tratamento inicial para fraturas da perna no ambiente pré-hospitalar?

A

Imobilização do membro afetado, controle de hemorragias, transporte rápido para unidade de trauma, curativo estéril em fraturas expostas.

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11
Q

Quais são as opções de tratamento definitivo para fraturas da tíbia?

A

Conservador (imobilização com gesso), cirúrgico (fixação interna com placas/parafusos ou haste intramedular), fixação externa em fraturas expostas ou instáveis.

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12
Q

Quando o tratamento conservador é indicado em fraturas da perna?

A

Fraturas não deslocadas, pacientes com contraindicações à cirurgia, fraturas de baixo impacto.

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13
Q

Quais são as complicações mais comuns das fraturas da perna?

A

Síndrome compartimental, pseudoartrose, infecção (especialmente em fraturas expostas), encurtamento do membro, mal alinhamento.

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14
Q

O que caracteriza uma fratura em espiral da tíbia?

A

Fratura resultante de força de torção, com linhas de fratura helicoidais, frequentemente associada a traumas esportivos.

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15
Q

Quais são os critérios para indicar haste intramedular em fraturas diafisárias da tíbia?

A

Fraturas instáveis ou cominutivas, fraturas de alta energia, fraturas expostas Gustilo I e II.

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16
Q

Qual é o papel das placas e parafusos no tratamento de fraturas da perna?

A

Oferecem estabilidade absoluta em fraturas articulares ou cominutivas, sendo frequentemente utilizadas em fraturas do platô tibial e pilão tibial.

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17
Q

O que é síndrome do impacto do pilão tibial?

A

É uma fratura da extremidade distal da tíbia causada por trauma axial de alta energia, que comprime a articulação do tornozelo.

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18
Q

Quais são os sinais clínicos de fraturas da perna?

A

Dor intensa no local da lesão, deformidade evidente, edema e hematoma, crepitação ao movimento.

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19
Q

Como avaliar a viabilidade de tecidos moles em fraturas expostas da perna?

A

Avaliando coloração, temperatura, presença de pulsos periféricos e resposta à manipulação.

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20
Q

O que caracteriza fraturas do platô tibial?

A

Fraturas metafisárias proximais que frequentemente envolvem a articulação do joelho, podendo ser classificadas de acordo com Schatzker.

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21
Q

O que é a classificação de Schatzker para fraturas do platô tibial?

A

Divide fraturas em seis tipos baseados no padrão de fratura e no envolvimento articular: Tipo I: Fratura em cunha lateral, Tipo II: Cunha lateral + depressão, Tipo III: Depressão central, Tipo IV: Cunha medial, Tipo V: Fratura bicondilar, Tipo VI: Fratura com separação da diáfise.

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22
Q

Quais são as indicações para fixação externa nas fraturas da perna?

A

Fraturas expostas Gustilo III, fraturas com danos extensos em tecidos moles, lesões neurovasculares associadas.

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23
Q

Quais fatores aumentam o risco de pseudoartrose em fraturas da perna?

A

Tabagismo, infecção, instabilidade mecânica, trauma de alta energia.

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24
Q

Como tratar fraturas da tíbia em pacientes pediátricos?

A

Preferencialmente de forma conservadora com gesso, devido ao potencial de remodelação óssea em crianças.

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25
Q

O que diferencia fraturas de estresse na perna de fraturas traumáticas?

A

Fraturas de estresse resultam de microtraumas repetitivos e apresentam dor gradual, enquanto as traumáticas têm dor aguda e deformidade evidente.

26
Q

Quais exames são indicados para diagnosticar fraturas de estresse na perna?

A

Radiografias iniciais podem ser normais, cintilografia óssea e ressonância magnética são mais sensíveis.

27
Q

Qual é o tratamento recomendado para fraturas de estresse na perna?

A

Suspensão de atividades físicas, imobilização parcial ou total, reabilitação gradual.

28
Q

Como manejar fraturas expostas da perna em ambiente hospitalar?

A

Irrigação e debridamento precoce, administração de antibióticos, estabilização temporária com fixador externo, cobertura de partes moles em até 72 horas.

29
Q

O que caracteriza fraturas segmentares da tíbia?

A

Presença de dois ou mais segmentos de fratura separados, geralmente associadas a traumas de alta energia e instabilidade.

30
Q

Quais são as complicações tardias das fraturas da perna?

A

Encurtamento do membro, mal união ou não união, osteomielite, deformidades angulares.

31
Q

Quais são as principais indicações para enxerto ósseo em fraturas da perna?

A

Defeitos ósseos significativos, pseudoartroses atróficas, fraturas cominutivas em que a regeneração óssea é insuficiente.

32
Q

Como o tempo de consolidação varia nas fraturas da tíbia?

A

Geralmente, o tempo médio de consolidação é de 16 a 24 semanas, mas pode ser prolongado em casos de fraturas expostas ou instáveis.

33
Q

Qual é o papel da tração esquelética no tratamento de fraturas da perna?

A

É usada temporariamente para alinhar fragmentos ósseos em fraturas instáveis antes da cirurgia definitiva.

34
Q

O que é mal união em fraturas da perna?

A

É a consolidação óssea em posição inadequada, resultando em deformidades angulares, encurtamento ou rotação do membro.

35
Q

Como prevenir infecção em fraturas expostas da perna?

A

Irrigação e debridamento adequados, administração precoce de antibióticos, cobertura rápida de partes moles.

36
Q

Quais são as vantagens do uso de haste intramedular bloqueada nas fraturas da tíbia?

A

Permite carga precoce, mantém alinhamento anatômico, minimiza danos a tecidos moles.

37
Q

O que caracteriza fraturas de avulsão da fíbula?

A

São fraturas causadas por tração excessiva de ligamentos ou músculos inseridos na fíbula, frequentemente associadas a lesões do tornozelo.

38
Q

Como tratar fraturas cominutivas da perna?

A

Fixação com haste intramedular ou fixador externo, enxerto ósseo em casos de perda significativa de osso, monitoramento rigoroso para evitar complicações.

39
Q

Quais são os sinais de síndrome compartimental associados a fraturas da perna?

A

Dor desproporcional ao estímulo, tensão ao toque, alterações neurovasculares (parestesia, pulso diminuído), edema severo.

40
Q

Quando realizar cobertura de partes moles em fraturas expostas?

A

Idealmente dentro de 72 horas, utilizando enxertos de pele ou retalhos musculares, dependendo da extensão da lesão.

41
Q

O que é fratura em galho verde, comum na perna de crianças?

A

É uma fratura incompleta, onde o osso dobra sem romper completamente, devido à maior elasticidade do osso infantil.

42
Q

Quais fraturas da perna estão mais associadas a lesões neurovasculares?

A

Fraturas proximais da tíbia, devido à proximidade de estruturas como o nervo peroneal comum e vasos poplíteos.

43
Q

Qual é o papel da fisioterapia na reabilitação de fraturas da perna?

A

Recuperação da amplitude de movimento, fortalecimento muscular, reeducação funcional e retorno progressivo à carga.

44
Q

Quais os cuidados no manejo de fraturas patológicas da perna?

A

Tratar a causa subjacente (ex.: osteoporose, tumores), fixação cirúrgica para estabilidade, uso de terapias complementares, como bifosfonatos.

45
Q

O que diferencia fraturas fechadas de fraturas expostas?

A

Fechadas: Sem comunicação do foco de fratura com o meio externo. Expostas: Comunicação direta com o meio externo, aumentando o risco de infecção.

46
Q

Como evitar discrepâncias de comprimento em fraturas da perna?

A

Alinhamento adequado durante a fixação, uso de técnicas cirúrgicas que preservem o comprimento ósseo, monitoramento no pós-operatório com radiografias seriadas.

47
Q

Quais lesões ligamentares podem estar associadas a fraturas do platô tibial?

A

Lesões do ligamento cruzado anterior (LCA), lesões do ligamento colateral medial (LCM), lesões do menisco.

48
Q

Quais complicações podem surgir de fraturas do pilão tibial?

A

Artrose pós-traumática, rigidez articular, infecção em fraturas expostas, mal alinhamento articular.

49
Q

Quais são as vantagens do tratamento conservador para fraturas não deslocadas da tíbia?

A

Evita riscos cirúrgicos, reduz custo e tempo de internação, menor impacto em tecidos moles.

50
Q

Qual é o impacto do tempo entre o trauma e a cirurgia em fraturas da perna?

A

O atraso na cirurgia aumenta o risco de complicações, como infecção, má consolidação e lesão de partes moles.

51
Q

Como o grau de energia do trauma influencia o prognóstico de fraturas da perna?

A

Traumas de alta energia estão associados a maior dano tecidual, maior risco de complicações (ex.: infecção, pseudoartrose) e recuperação mais prolongada.

52
Q

Qual é a abordagem inicial para fraturas bilaterais da tíbia?

A

Estabilização de ambos os membros, avaliação prioritária de lesões associadas, fixação temporária com fixador externo, se necessário.

53
Q

Quais fatores biomecânicos afetam a consolidação de fraturas da perna?

A

Estabilidade do foco de fratura, carga funcional precoce, alinhamento correto dos fragmentos ósseos.

54
Q

Quais são os principais tipos de fixadores externos utilizados em fraturas da perna?

A

Fixadores uniplanares, fixadores circulares (ex.: Ilizarov), fixadores híbridos.

55
Q

Quais são os desafios no manejo de fraturas segmentares da tíbia?

A

Dificuldade em manter alinhamento adequado, necessidade frequente de enxertos ósseos, alto risco de não união e infecção.

56
Q

Como identificar fraturas ocultas da perna?

A

Clínico: Dor localizada persistente e edema. Imagens: Ressonância magnética ou cintilografia óssea quando radiografias são normais.

57
Q

Quais fatores psicológicos podem influenciar a recuperação de fraturas da perna?

A

Ansiedade e depressão podem impactar negativamente o processo de reabilitação e adesão ao tratamento.

58
Q

Qual a importância do acompanhamento radiográfico em fraturas tratadas conservadoramente?

A

Verificar alinhamento ósseo, monitorar a formação do calo ósseo, identificar precocemente sinais de complicações.

59
Q

Qual a importância do acompanhamento radiográfico em fraturas tratadas conservadoramente?

A

Verificar alinhamento ósseo.
Monitorar a formação do calo ósseo.
Identificar precocemente sinais de complicações.

60
Q

Quais são os objetivos principais da reabilitação pós-fratura da perna?

A

Restaurar a amplitude de movimento.
Recuperar a força muscular.
Reintroduzir carga gradualmente.
Minimizar o risco de rigidez articular e atrofia muscular.

61
Q

Quais avanços tecnológicos têm melhorado o manejo de fraturas da perna?

A

Hastes intramedulares bloqueadas com liberação controlada de medicamentos.
Sistemas de navegação cirúrgica.
Impressão 3D para guias cirúrgicos e substitutos ósseos.
Uso de terapias biológicas, como BMPs e células-tronco.