Fraturas expostas Flashcards

1
Q

O que define uma fratura exposta?

A

Uma fratura é considerada exposta quando há comunicação entre o foco de fratura ou hematoma perifraturário com o meio externo. Mesmo que a ferida seja distante, mas no mesmo membro acometido, na dúvida, deve-se considerar como exposta.

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2
Q

Quais são os principais locais anatômicos mais afetados por fraturas expostas, segundo o Manual AO?

A

Tíbia (21%), Fêmur (12,1%), Rádio e ulna (9,3%), Úmero (5,7%).

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3
Q

Por que as fraturas expostas são mais suscetíveis à infecção?

A

Devido à contaminação de tecidos, oxigenação deficiente e desvitalização do tecido ao redor, criando um ambiente propício para infecções. A maioria das infecções são causadas por patógenos hospitalares, como o Staphylococcus aureus.

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4
Q

Qual é a importância do período de 6-8 horas nas fraturas expostas?

A

Esse período é considerado crítico para o início da replicação bacteriana, tornando essencial o debridamento agressivo precoce e a lavagem adequada antes desse intervalo para minimizar o risco de infecção.

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5
Q

O que preconiza a classificação de Gustilo & Anderson para fraturas expostas?

A

A classificação divide fraturas expostas em tipos baseados no tamanho da ferida, grau de lesão de partes moles e contaminação:
Tipo I: Ferida até 1 cm, mínimo deslocamento e contaminação.
Tipo II: Ferida de 1-10 cm, lesão de partes moles moderada a extensa.
Tipo III: Ferida maior que 10 cm, lesão extensa de partes moles e alta contaminação, subdividida em IIIA, IIIB e IIIC.

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6
Q

O que diferencia os subtipos IIIA, IIIB e IIIC da classificação de Gustilo & Anderson?

A

IIIA: Cobertura óssea primária adequada, apesar de lacerações. IIIB: Lesão extensa que impede cobertura óssea primária. IIIC: Lesão arterial necessitando reparo cirúrgico.

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7
Q

Qual é o manejo pré-hospitalar recomendado para fraturas expostas?

A

Imobilização do membro. Curativo estéril. Evitar múltiplas manipulações. Encaminhar ao centro cirúrgico o mais rápido possível. Essas medidas reduzem o índice de infecção de 19,2% para 4,2%.

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8
Q

Quais são os principais passos do manejo intra-hospitalar de uma fratura exposta?

A

Avaliação única pelo ortopedista. Aplicação de antibióticos profiláticos e vacina antitetânica. Curativo estéril sem lavagem antes do debridamento. Encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para debridamento agressivo e irrigação com 10 litros de solução salina a baixa pressão.

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9
Q

Qual antibiótico é indicado para cada tipo de fratura exposta segundo Rockwood?

A

Tipo I e II: Cefalosporina de 1ª geração (cefazolina); alternativa: clindamicina (alergia a β-lactâmicos). Tipo III: Cefalosporina de 1ª geração + gentamicina; alternativa: clindamicina + aminoglicosídeo (gentamicina). Áreas rurais: Adicionar penicilina/metronidazol para cobrir anaeróbios.

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10
Q

Quais os fatores que determinam a viabilidade de tecidos durante o debridamento cirúrgico?

A

Os quatro ‘C’s: Contratilidade, Coloração, Circulação, Consistência.

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11
Q

Qual o germe mais frequentemente isolado em fraturas expostas?

A

O Staphylococcus aureus é o germe mais comumente encontrado.

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12
Q

Quando deve ser realizada a estabilização definitiva em fraturas expostas Gustilo IIIA?

A

Pode ser realizada na cirurgia inicial, desde que as condições do paciente e do local permitam.

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13
Q

O que é “early total care” e qual sua controvérsia nas fraturas expostas?

A

“Early total care” é a estabilização definitiva dentro de 6-8 horas do trauma. Controvérsia: indicada apenas em pacientes estáveis e em fraturas Gustilo IIIA; nas demais, prioriza-se o controle de danos.

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14
Q

O que fazer com fragmentos ósseos desvitalizados encontrados durante o debridamento?

A

Fragmentos com menos de 50% de cobertura periosteal ou sem inserção muscular devem ser removidos, mesmo que causem gaps ósseos.

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15
Q

Por que o uso de torniquete é controverso em fraturas expostas?

A

Prós: Reduz sangramento, melhora o campo visual e ajuda a identificar tecidos viáveis. Contras: Pode prejudicar a perfusão de tecidos já lesionados.

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16
Q

Qual é o momento ideal para o debridamento cirúrgico em fraturas expostas?

A

Idealmente nas primeiras 6-8 horas após o trauma.

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17
Q

Qual a taxa de infecção esperada em fraturas expostas?

A

Tipo I: 1,9%. Tipo II: 8%. Tipo III: 41%.

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18
Q

O que diferencia uma fratura exposta Grau IV na classificação de Gustilo?

A

Fraturas com amputação subtotal ou total, onde o remanescente de partes moles não excede 1/4 da circunferência do membro.

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19
Q

Qual o protocolo de profilaxia antibiótica para cirurgias eletivas após fratura exposta?

A

Cefalosporina de 1ª geração 30-60 minutos antes da incisão, com reforço a cada 4-6 horas e suspensão após 24 horas.

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20
Q

Quais são os cuidados no uso de irrigação no manejo de fraturas expostas?

A

Utilizar solução salina a baixa pressão, preferencialmente 10 litros para fraturas Gustilo III, evitando agentes químicos que possam causar lesão tecidual adicional.

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21
Q

Quais cuidados devem ser tomados no transporte pré-hospitalar de pacientes com fraturas expostas?

A

Evitar manipulações desnecessárias. Manter o membro imobilizado e em posição anatômica. Cobrir a ferida com curativo estéril. Garantir transporte rápido para uma unidade especializada.

22
Q

Qual é a importância da cobertura da ferida dentro das primeiras 72 horas?

A

Cobrir a ferida antes de 72 horas reduz o risco de infecção e perda de cobertura cutânea comparado a intervenções tardias.

23
Q

Quando considerar uma amputação em fraturas expostas?

A

Isquemia quente > 6-8 horas. Lesão vascular irreparável sem fluxo colateral. Múltiplas comorbidades graves. Fraturas Gustilo IIIC com lesão do nervo tibial.

24
Q

O que é o índice de GHOIS, e como ele é utilizado em fraturas expostas?

A

O índice GHOIS avalia viabilidade de membros com base em cobertura cutânea, lesão óssea, lesão miotendínea e comorbidades. Pontuações > 17 indicam amputação.

25
Q

Quais são as fases principais no tratamento de uma fratura exposta?

A

Avaliação inicial e estabilização. Profilaxia contra infecção (ATB e antitetânica). Debridamento e irrigação cirúrgica. Estabilização temporária ou definitiva. Cobertura de partes moles.

26
Q

Qual a relação entre fraturas expostas e embolia gordurosa?

A

A embolia gordurosa é mais comum em fraturas fechadas, mas pode ocorrer em expostas de alta energia.

27
Q

Por que fraturas expostas na tíbia têm maior risco de síndrome compartimental?

A

Apesar da exposição, fraturas de baixa energia da tíbia frequentemente apresentam maior risco de síndrome compartimental devido ao confinamento anatômico.

28
Q

Quais sinais indicam necessidade de cirurgia emergencial em fraturas expostas?

A

Contaminação grave. Lesões vasculares ameaçando a viabilidade do membro. Lesões nervosas extensas. Presença de síndrome compartimental.

29
Q

Quais técnicas podem ser usadas para estabilização temporária em fraturas expostas?

A

Fixador externo. Tração esquelética. Imobilização com talas.

30
Q

O que fazer em casos de fraturas expostas com perda significativa de partes moles?

A

Cobertura temporária com curativo a vácuo. Considerar retalhos locais ou livres para reconstrução. Manter estabilização óssea adequada até a recuperação dos tecidos.

31
Q

Quais os critérios para uso de fixadores externos em fraturas expostas?

A

Fraturas altamente contaminadas. Lesões extensas de partes moles. Instabilidade óssea significativa. Necessidade de manejo temporário antes de estabilização definitiva.

32
Q

O que é a técnica de ‘second look’ em fraturas expostas?

A

É uma reavaliação cirúrgica realizada dentro de 48 horas após o debridamento inicial para verificar viabilidade tecidual e progressão da limpeza.

33
Q

Como as fraturas por arma de fogo são classificadas dentro das fraturas expostas?

A

Alta energia: Equivalentes a Gustilo III. Baixa energia: Classificação varia dependendo do tamanho da lesão e contaminação.

34
Q

Qual o manejo indicado para fraturas expostas associadas à contaminação com material agrícola?

A

Adicionar penicilina ou metronidazol para cobrir anaeróbios. Debridamento agressivo e repetido. Cobertura rápida das partes moles.

35
Q

Por que fraturas expostas de fêmur têm menor incidência de infecção do que as da tíbia?

A

O fêmur possui maior vascularização e proteção muscular, reduzindo a exposição e facilitando a recuperação tecidual.

36
Q

Como prevenir complicações tardias em fraturas expostas?

A

Estabilização adequada precoce. Cobertura de partes moles em até 72 horas. Profilaxia antibiótica correta. Reabilitação adequada.

37
Q

O que fazer em casos de fraturas expostas com amputação traumática?

A

Priorizar controle de sangramento. Realizar limpeza e estabilização do coto. Avaliar possibilidade de reimplante em ambiente especializado.

38
Q

Qual é o impacto da demora na irrigação e debridamento em fraturas expostas?

A

O atraso aumenta significativamente o risco de infecção e necrose, impactando negativamente no prognóstico.

39
Q

O que caracteriza a técnica de cobertura cutânea imediata em fraturas expostas?

A

Fechamento primário da ferida no momento do debridamento, indicado em feridas limpas e sem contaminação significativa.

40
Q

Quais são os principais fatores de mau prognóstico em fraturas expostas?

A

Alta contaminação. Lesões vasculares e nervosas associadas. Isquemia prolongada. Falha em estabilizar adequadamente o foco.

41
Q

Qual o papel do curativo a vácuo (VAC) no manejo de fraturas expostas?

A

O VAC promove redução de edema, melhora da perfusão tecidual e prepara a ferida para cobertura definitiva, sendo uma opção em casos de grandes perdas de partes moles.

42
Q

Qual a conduta em fraturas expostas com lesão arterial associada?

A

Revascularização emergencial para salvar o membro. Debridamento e estabilização óssea. Cobertura cutânea precoce para evitar exposição secundária.

43
Q

Como diferenciar fraturas expostas grau IIIA de IIIB na prática clínica?

A

IIIA: Cobertura óssea primária possível sem necessidade de retalhos. IIIB: Necessidade de retalhos devido à extensa lesão de partes moles.

44
Q

Qual o risco de se lavar a ferida na sala de emergência antes do debridamento?

A

Pode aumentar a contaminação, espalhando bactérias e dificultando o manejo posterior.

45
Q

Quando considerar uma RAFI (redução aberta e fixação interna) em fraturas expostas?

A

Fraturas Gustilo I e II com baixo risco de infecção. Fraturas com estabilidade óssea suficiente após limpeza. Condições locais favoráveis de tecidos moles.

46
Q

Qual o papel da profilaxia antitetânica em fraturas expostas?

A

Prevenir o tétano em pacientes sem imunização adequada, devendo ser administrada nas primeiras horas após o trauma.

47
Q

O que deve ser avaliado em uma fratura exposta antes de decidir o manejo cirúrgico?

A

Extensão da contaminação. Lesões vasculares e neurológicas associadas. Grau de lesão das partes moles. Estado geral do paciente.

48
Q

Quais as vantagens de um fixador externo no manejo inicial de fraturas expostas?

A

Estabilização rápida. Minimiza o trauma em tecidos moles. Permite acesso fácil para revisões e debridamentos.

49
Q

Qual o papel da angiografia em fraturas expostas?

A

Avaliar lesões arteriais em casos de isquemia ou pulso periférico ausente.

50
Q

Quais são os princípios gerais no manejo de fraturas expostas?

A

Avaliação inicial com estabilização do paciente. Prevenção de infecções (antibióticos e vacina antitetânica). Irrigação e debridamento precoce. Estabilização óssea adequada. Cobertura de partes moles.

51
Q

Quais são os princípios gerais no manejo de fraturas expostas?

A

Avaliação inicial com estabilização do paciente.
Prevenção de infecções (antibióticos e vacina antitetânica).
Irrigação e debridamento precoce.
Estabilização óssea adequada.
Cobertura de partes moles o mais rápido possível.