(S + A) NC VIII Flashcards

1
Q

Tontura x Vertigem

A
Tontura: mal estar inespecífico, sensação de desmaio, corpo gelado, suando. Desde ansiedade até arritmias. 
# Vertigem: sensação de movimento das coisas ao redor ("tudo gira, roda”). Como prosseguir: 
- Episódio único / prolongado —\> HINTS: Neurite vestibular x AVC. 
- Recorrente: Posicional periférica (VPPB) e central (VPC - vertigem posicional central) ou ainda não posicional (vertigem fóbica, migrânea vestibular, Doença de Meniére, AIT).
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2
Q

5 etapas do exame do nervo vestibular

A
  1. Equilíbrio estático (em pé)
  2. Equilíbrio dinâmico (marcha)
  3. Nistagmo
  4. VOR
  5. Pesquisa do Desvio-Skew
    Obs: provas calóricas - método complementar.
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3
Q

Desbalanço da atividade dos labirintos na lesão vestibular

A
  • Lesão vestibular à E >> tendência de lateropulsão para o lado da lesão.
  • Nistagmo ocorre pois o olho desvia para o lado da lesão, e o cérebro como tentativa de correção, “bate” o olho para o lado saudável (fase rápida).
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4
Q

Avaliação do equilíbrio estático:

A

Paciente em pé, de olhos abertos e em seguida fechados. Se houver queda:

  1. Sem lado preferencial, sem latência (imediata) - Sinal de Romberg = problema na propriocepção.
  2. Com lado preferencial, curto período de latência = problema vestibular, queda para o lado da lesão.
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5
Q

Romberg Vestibular

A

Queda ao fechar os olhos, para o lado da lesão, com curto período de latência. Ocorre mudança da queda conforme a posição da cabeça.

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6
Q

Avaliação do equilíbrio dinâmico:

A

Caminhar com os olhos abertos e fechados. Ainda,

  1. Marcha de Fukuda: parado, levantando os pés. Numa lesão periférica vestibular, ocorre desvio preferencial para a lesão.
  2. Marcha em Estrela ou Babinski-Weil: 5 etapas de 10 passos (p. trás e p. frente). Nas lesões periféricas, forma uma estrela (ao andar para trás, ocorre lateropulsão para o lado saudável).
  3. Manobra de Barany: examinador e paciente apontam um para o outro. Ao fechar os olhos, numa lesão vestibular periférica, ocorre desvio para o lado da lesão.
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7
Q

Avaliação do Nistagmo

(em 5 etapas)

A
  1. Olhar espontâneo
  2. Evocado pelo olhar: desvio de cerca de 30º do olhar, com fixação de um objeto
  3. Provocado: segurar a cabeça do paciente com olhos fechados, fazendo 20x o movimento de não >> desbalanço no sistema vestibular >> observar nistagmo no olhar espontâneo e evocado (cerca de 30º).
  4. Posicional: manobras posicionais
  5. Posição extrema: micro-semiologia. É um erro.
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8
Q

Características do nistagmo periférico

A
  • Bate sempre para o mesmo lado (o bom)
  • Piora para o lado da fase rápida (lado saudável - Lei de Alexander)
  • Melhora com a fixação visual (se torna mais evidente com o óculos de Frenzel, que anula a fixação visual)
  • VOR alterado
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9
Q

Reflexo Vestíbulo Ocular

A

+ clássico: ativação do canal semicircular horizontal, no VOR horizontal >> ao movimentar a cabeça para a E, ambos os olhos se movem para a D, pois o canal horizontal e o nervo vestibular E se comunicam com o contro do olhar conjugado horizontal do lado D (contralateral ao movimento da cabeça), ativando-o.

  • Está alterado quando os olhos, num primeiro momento, acompanham o movimento da cabeça, ocorrendo depois uma sacada corretiva. O lado em que ocorre atraso é o da lesão.
  • Alteração se dá nas lesões periféricas.
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10
Q

Desvio Skew

A
  • Desalinhamento vertical do olhar, no teste do cover-uncover. O olho hipertrópico é aquele que desce ao ser descoberto.
  • Infere lesão central, entre os núcleos vestibulares e o centro do olhar vertical, no mesencéfalo. Assim, o VOR geralmente não está alterado, e o nistagmo possui características centrais (alternância de fase rápida).
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11
Q

Provas calóricas

A
  • Água quente estimula o labirinto, e gelada o inibe (simula lesão).
  • Como o nistagmo ocorre para o lado “bom”, o estímulo com água quente gera desvio do olhar conjugado contralateral, com sacada corretiva para o lado do estímulo.
  • Já com água gelada, simulando uma lesão, ocorre desvio do olhar para o lado do estímulo, com nistagmo de fase rápida para o lado contralateral à água fria.
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12
Q

Como diferenciar vertigem aguda e contínua dentre lesão central e periférica?

A

HINTS

Central: VOR normal, nistagmo bidirecional, desvio skew (qualquer um dos 3 = investigar como lesão central)

Periférico: VOR alterado, sem desvio skew, nistagmo unidirecional

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13
Q

Nistagmos:

  • Upbeat
  • Downbeat
  • Pendular
  • See-saw
  • Nistagmo Periódico Alternante
A

Upbeat: p/ ⬆️ e piora ao olhar p/ ⬆️. Lesão bilateral do TE (FLM, pedúnculo cerebelar superior, núcleo do prepóstio do hioglosso). Considerar doenças desmielinizantes, AVC, Tumores, Encefalopatia de Wernicke.

Downbeat: p/ ⬇️, piora na mirada lateral e p/ ⬇️. Lesões cerebelares bilaterais, região flóculo-nodular. Pensar em lesões vasculares e desmielinizantes, malformação de Arnold-Chiari, intoxicação medicamentosa.

Pendular: Congênito ou adquirido, associado a baixa acuidade visual. Olhos não param de mexer.

See-saw: lesões quiasmáticas, com hemianopsia heterônima.

Nistagmo Periódico Alternante: no olhar primário, muda de sentido horizontal após cerca de 1 min. Indicativo de lesão central (TE ou cerebelo).

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14
Q

Intrusões sacádicas

A
  • Falhas na fixação ocular, sem fase lenta.

>> Com intervalo intersacádico: Square wave jerk. Síndromes parkinsonianas (DP e parkinsonismo atípico), indivíduos saudáveis (até 10/min).

>> Sem intervalo intersacádico: flutter ocular (apenas no plano horizontal) e opsoclônus (caótico). Considerar sds paraneoplásicas e infecciosas.

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15
Q

Movimentos oculares anormais no Coma

A
  • No coma ou em ME, paciente nunca terá nistagmo.

Ping-pong gaze: movimento de varredura alternante lento, coma ou encefalopatias metabólicas.

Dipping ocular: movimento lento para baixo, com correção para cima. Coma e encefalopatias.

Bobbing ocular: Indica destruição severa da ponte. Movimento em que os olhos sobem lentamente e descem rápido (oposto do dipping).

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16
Q

VPPB: características e canal mais comum

A

+ comum >> Canal posterior. Nistagmo vertical-torsional, com período de latência, crescendo-decrescendo, duração curta, fatigabilidade. Náuseas são intensas.

  • Diagnóstico: Dix-Hallpike, com nistagmo vertical e torcional.
  • Ttmto: Epley
17
Q

Quando pensar numa vertigem posicional central?

A
  • Nistagmo vertical puro ou torsional puro
  • Sem latência
  • Persistente
  • Sinais de tronco ou cerebelo associado
  • Ausência de fatigabilidade

≠ do padrão clássico da VPPB

18
Q

VPPB Canal Horizontal

A
  • Nistagmo horizontal, pode contra o chão - apogeotrópico; ou para o chão - geotrópico.
  • Manobra formal de avaliação: Supine Roll Test (em decúbito dorsal, gira-se a cabeça 90º para um lado e depois para o outro). Nistagmo é presente bilateralmente.
  • Manobra terapêutica: de Barbecue.
  • Quando suspeitar? História clássica de VPPB, sem alteração característica à manobra de Dix-Hallpike.