Roteiro 08 - Acesso venoso central Flashcards

1
Q

O acesso venoso central pode ser realizado por um médico, não necessariamente cirurgião, procedimento eletivo, mas de urgência também.

V ou F?

A

Verdadeiro

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2
Q

INDICAÇÕES de CVC (6)

A
  • Impossibilidade de acesso venoso periférico (esgotadas as possibilidades);
  • Administração de drogas irritantes aos vasos periféricos (quimioterapia, drogas vasoativas – noradrenalina, dobutamina, alguns antibióticos e entre outras);
  • Monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central; uso do cateter de Swan-Ganz para artéria pulmonar)
  • Implantação de dispositivos venosos (marcapasso venoso, filtro de veia cava, stents vasculares);
  • Terapias extracorpóreas (plasmaférese, hemodiálise);
  • Nutrição parenteral total (NPT).
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3
Q

CONTRA-INDICAÇÕES de CVC (5)

A

Locais com distorções anatômicas, marcapassos ou stent endovascular

Lesão cutânea adjacente ou lesão vascular

Coagulopatia, trombocitopenia (relativo)

Veia subclávia é evitada em coagulopatas ou heparinizados ou doença pulmonar

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4
Q

Complicações (10)

A
  • Punção arterial inadvertida
  • Pneumotórax
  • Hidrotórax
  • Hemotórax
  • Embolia gasosa
  • Tromboflebite
  • Arritmias
  • Sangramento
  • Infecção
  • Mal-posicionamento
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5
Q

SÍTIOS DE PUNÇÃO (3)

A

Veias jugular interna
Subclávia
Femoral.

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6
Q

Vantagens de acordo com o local de acesso central - Veia jugular interna (4)

A
  • Menor risco de pneumotórax iatrogênico;
  • Abordagem pela cabeceira do leito;
  • Compressão direta da artéria se punção acidental;
  • Baixo risco de falha por profissionais inexperientes.
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7
Q

Desvantagens de acordo com o local de acesso central - Veia jugular interna (9)

A
  • Não ideal para acessos de tempo prolongado;
  • Risco de punção de carótida;
  • Desconfortável para o paciente;
  • Difícil manutenção do cateter e do curativo;
  • Risco de perfuração do ducto torácico, se punção realizada à esquerda;
  • Difícil identificação anatômica em pacientes obesos ou edemaciados;
  • Proximidade do cateter da área de abordagem para pacientes com traqueostomia concomitante
  • Veia propensa a colapsar em estados hipovolêmicos;
  • Difícil acesso durante manejo emergencial enquanto a via aérea estiver sendo estabelecida.
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8
Q

Vantagens de acordo com o local de acesso central - Veia subclávia (4)

A
  • Fácil de manter o curativo e a fixação;
  • Mais confortável para o paciente;
  • Melhor identificação anatômica em pacientes obesos;
  • Local de inserção acessível durante o estabelecimento da via aérea.
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9
Q

Desvantagens de acordo com o local de acesso central - Veia subclávia (6)

A
  • Risco aumentado de pneumotórax iatrogênico;
  • Sangramento relacionado ao procedimento e menos propício a pressão direta;
  • Menor risco de sucesso com profissionais inexperientes;
  • Trajeto mais longo da pele até o vaso;
  • Mau posicionamento do cateter é mais comum;
  • Cateter afetado por compressões torácicas.
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10
Q

Vantagens de acordo com o local de acesso central - Veia femoral (5)

A
  • Acesso rápido com alta probabilidade de sucesso;
  • Não interfere nas manobras de ressuscitação cardiopulmonar;
  • Não interfere na intubação orotraqueal;
  • Não há risco de pneumotórax;
  • Não é necessária a posição de Trendelemburg durante o procedimento.
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11
Q

Desvantagens de acordo com o local de acesso central - Veia femoral (5)

A
  • Demora da circulação de drogas durante a ressuscitação cardiopulmonar;
  • Impede a mobilização do paciente;
  • Dificuldade de manter o local de inserção estéril;
  • A veia femoral é a que tem maiores taxas de infecção de cateter;
  • Risco aumentado de trombose iliofemoral.
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12
Q

O consentimento é uma exigência legal, exceto em casos de pacientes inconscientes

V ou F?

A

Verdadeiro

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13
Q

CVC - O paciente deve ser instruído quanto aos seguintes tópicos (5)

A

a. O que constitui um acesso venoso central;

b. As vantagens e as desvantagens de ter um dispositivo de acesso venoso central;

c. Os riscos envolvidos no procedimento de inserção do cateter;

d. Cuidados necessários com o dispositivo;

e. Indicações de retirada do cateter.

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14
Q

MATERIAL NECESSÁRIO para CVC (16)

A
  • Campos estéreis;
  • 1 Kit acesso venoso central (kits estéreis para o procedimento são comercializados contendo: agulha, seringa, dilatador, fio-guia, cateter e fixadores).
  • Pacotes de gases;
  • Lidocaína sem vasoconstritor;
  • Seringa de 20mL;
  • Seringa de 10mL;
  • Agulha 40x12;
  • Agulha 25x7;
  • Agulha 13x4;
  • Fio de sutura mononylon 2.0 ou 3.0;
  • Luvas estéril;
  • Equipo;
  • Frasco de solução salina de 250mL;
  • Clorexidina-tintura;
  • Fita aderente;
  • Kit de sutura – Porta agulha, tesoura, pinça dente de rato e Kelly reta;
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15
Q

Técnica que consiste na inserção do cateter auxiliado por um fio-guia através de uma punção percutânea.

A

TECNICA DE SELDINGER

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16
Q

É obrigatória a ausculta pulmonar e a realização de radiografia do tórax para a verificação da posição adequada do cateter e excluir possíveis complicações mecânicas, quando o acesso venoso central se der através da veia subclávia ou da veia jugular interna

V ou F?

A

Verdadeiro

17
Q

Abordagem à veia jugular interna (posterior):
Paciente (4)

A

Paciente em decúbito dorsal, em posição de Trendelemburg – cabeceira abaixada a 15º - com a cabeça rotacionada para o lado oposto ao da punção a 45°.

Deve-se identificar o músculo esternocleidomastoideo e a veia jugular externa.

Introduzir a agulha imediatamente acima do cruzamento entre a veia jugular externa e a borda posterior do esternocleidomastoideo, ao nível da união de seu terço médio com o inferior, aproximadamente a 5 cm acima da clavícula, a um ângulo de 30º-45º com a pele.

Dirigir a agulha lateralmente ao plano sagital direcionada para a fúrcula esternal. Se o sangue não for aspirado dentro de 1,3 a 2,5 cm de inserção da agulha, retirar a agulha lentamente, mantendo a pressão negativa contínua e olhando para o retorno do sangue.

18
Q

Abordagem à veia jugular interna (anterior) (4)

A

Paciente em decúbito dorsal, em posição de Trendelemburg – cabeceira abaixada a 15º - com a cabeça rotada para o lado oposto ao da punção a 45°.

Deve-se identificar o ápice do triângulo (triângulo de Sedillot) formado pelas duas cabeças do músculo esternocleidomastoideo,

Introduzir a agulha lateral à pulsação da carótida, um pouco abaixo do ápice do triângulo, a um ângulo de 30º-45º com a pele.

Dirigir a agulha lateralmente ao plano sagital para o mamilo ipsilateral. Se o sangue não for aspirado dentro de 1,3 a 2,5cm de inserção da agulha, retirar a agulha lentamente, mantendo a pressão negativa contínua e olhando para o retorno do sangue.

19
Q

Abordagem à veia subclávia:

A

Paciente em decúbito dorsal, em posição de Trendelemburg, com a cabeça rotada para o lado oposto ao da punção, braços estendidos ao longo do corpo, colocar um coxim ao longo da coluna torácica – entre as escápulas – a fim de retrair os ombros e reduzir a proeminência do deltoide.

O ponto de punção localiza-se na junção dos terços médio e medial da clavícula, aproximadamente 1cm abaixo do seu bordo inferior.

Mantenha a agulha na direção da fúrcula no plano coronal para facilitar o deslizamento abaixo do osso e para minimizar o risco de punção pleural.

Uma inserção da agulha lateral à linha hemiclavicular aproveita a convexidade fina anterior da clavícula para facilitar uma abordagem a nível coronal que pode propiciar maior segurança ao operador.

20
Q

Abordagem à veia femoral

A

Paciente em decúbito dorsal, cabeceira elevada a 15º, com a perna rotada lateralmente e em abdução (a elevação da nádega com um coxim pode facilitar a exposição do local).

O procedimento é geralmente realizado de frente para o paciente no mesmo lado do acesso.

A artéria femoral fornece um marco importante para orientar o acesso.

O sítio de punção é inferior ao ligamento inguinal, onde a veia femoral comum fica superficial e medial à artéria.

Orientar a agulha com o bisel voltado para cima e introduzi-la em ângulo de 20º-30º com a pele. Insira a agulha de 1 a 2 cm abaixo do ligamento inguinal e 5 a 10 mm medial à artéria femoral, em direção à cicatriz umbilical.

O vaso normalmente é atingido dentro de 2 a 4 cm, mas pode ser mais profundo em pacientes obesos ou edematosos. Se não obter êxito, direcione a agulha sistematicamente para medial e para lateral até a veia femoral comum ser localizada.

A introdução da agulha deve ser feita com aspiração contínua; caso não seja aspirado sangue, deve-se retirar a agulha pelo mesmo trajeto, sempre com sucção mantida.

Quando a veia femoral for alcançada com sucesso, deve-se continuar com a introdução do cateter; em seguida, deve-se testar a posição intraluminal do cateter - aspirando 5ml de sangue venoso pela seringa, sem dificuldades.

Depois, deve-se realizar a fixação do dispositivo à pele e concluir o procedimento com curativo local

21
Q

O acesso pela veia femoral é mais fácil tecnicamente e possui menos riscos de complicações na passagem do cateter, porém é mais susceptível a infecções, constituindo uma alternativa a outras vias de acesso.

V ou F?

A

Verdadeiro

22
Q

Ao fim do procedimento, descartar corretamente o material perfuro-cortante, orientar paciente e equipe de enfermagem.
Solicitar radiografia de tórax (jugular e subclávia) de controle: avaliar posicionamento do cateter e ausência de complicações. Só depois dessa avaliação, liberar o cateter para uso.

V ou F?

A

Verdadeiro

23
Q

TECNICA DE SELDINGER - 1 à 14

A
  1. Explicar ao paciente/acompanhante sobre o procedimento e sua finalidade;
  2. Reunir todo material e trazer próximo ao leito;
  3. Realizar o posicionamento adequado do paciente;
  4. Colocar gorro, máscara e óculos;
  5. Posicionar paciente;
  6. Realizar a degermação do paciente – clorexidina/ PVPI degermante – pescoço, face e tórax (jugular interna/subclávia), coxas, região genital e abdome inferior (femoral);
  7. Realizar escovação cirúrgica das mãos – clorexidina/ PVPI degermante;
  8. Vestir avental e luvas estéreis;
  9. Realizar pintura da região - PVPI tintura;
  10. Colocação dos campos estéreis;
  11. Anestesiar o local;
  12. Puncionar a veia com agulha conectada a uma seringa, mantendo a pressão negativa sobre o êmbolo (aspiração contínua);
  13. Identificar a presença de “sangue” na seringa, indicando que o lúmen venoso foi atingido;
  14. Desconectar a seringa, ocluindo-se a abertura da agulha com o dedo evitando embolia gasosa;
24
Q

TECNICA DE SELDINGER - 15 à 28

A
  1. Introduzir o fio-guia através da agulha de forma suave e sem resistência até obter o posicionamento adequado (aproximadamente 15 a 18 cm);
  2. Retirar a agulha mantendo-se o fio-guia – nunca soltar o guia;
  3. Realizar uma pequena incisão ampliando o orifício da punção (opcional quando em uso de cateteres mais finos);
  4. Introduzir o dilatador através do fio-guia em movimentos giratórios, dilatando-se o trajeto do orifício da punção até a luz da veia puncionada (só assim o cateterpoderá ser introduzido uma vez que o calibre da agulha é menor em relação ao diâmetro do cateter);
  5. Retirar o dilatador, mantendo-se o fio-guia;
  6. Introduzir o cateter até o comprimento desejado, observando o fio-guia exteriorizar por uma das vias do cateter (vai variar de acordo com o local de punção);
  7. Retirar o fio guia;
  8. Proceder a coleta de amostras de sangue (se necessário);
  9. Conectar o cateter ao equipo de infusão;
  10. Realizar o teste do fluxo (com o equipo aberto, observar o soro caindo em “fio”);
  11. Realizar o teste do refluxo (com o frasco de soro abaixo do nível da cama do paciente, observar o refluxo espontâneo de sangue pelo equipo)
  12. Lavar as vias do cateter com soro (heparinizar, se cateter de hemodiálise -Sorensen);
  13. Fixar o cateter à pele usando pontos simples no dispositivo para ancoramento;
  14. Fazer o curativo